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Papers by Bruno Comparato

Research paper thumbnail of Guia de boas práticas acadêmicas

Todo saber científico é fruto de uma reflexão coletiva. Mesmo uma nova invenção reproduz ou coloc... more Todo saber científico é fruto de uma reflexão coletiva. Mesmo uma nova invenção reproduz ou coloca à prova conhecimentos acumulados ou partilhados pela comunidade científica. Reconhecer esse saber acumulado é um primeiro passo para o que se pode chamar de integridade ética, que envolve respeito aos trabalhos de nossos pares. Trabalhos acadêmicos são todos aqueles que, de alguma maneira, apresentam quaisquer resultados científicos. Os trabalhos acadêmicos podem estar relacionados a atividades de pesquisa, ensino e extensão. Neste guia, discute-se aspectos relacionados com a produção e a apresentação de trabalhos acadêmicos e científicos. Independentemente de sua função e da sua proposta acadêmica (relatório, trabalho de conclusão de curso, dissertação, tese, artigo de periódico e outros), esses trabalhos podem ser fruto de uma construção coletiva. Assim, devem ser sempre pautados, desde sua concepção, em princípios éticos para: (I) preservar a integridade da produção; (II) proteger t...

Research paper thumbnail of A Democracia Necessária, Segundo Francisco Weffort

Lua Nova: Revista de Cultura e Política

Research paper thumbnail of Ciências Sociais e Educação: Atualidade Do Debate

Lua Nova: Revista de Cultura e Política

Research paper thumbnail of Mobilização, Populismo e Direitos

Lua Nova: Revista de Cultura e Política

Research paper thumbnail of Da experiência política clássica à análise de conjuntura

Lua Nova: Revista de Cultura e Política

O número 107 da revista Lua Nova inicia com um dossiê organizado por Patrício Tierno e Eunice Ost... more O número 107 da revista Lua Nova inicia com um dossiê organizado por Patrício Tierno e Eunice Ostrensky sobre a teoria política clássica e alguns aspectos das heranças grega e romana. No artigo inaugural, Patrício Tierno trata justamente das ramificações da Grécia e de Roma na teoria política e aborda as "mediações interpretativas em jogo na disputa pelo sentido de acontecimentos originados na democracia de Atenas do século V a.C. e na república de Roma no decorrer das últimas décadas do século II a.C." (Tierno, 2019, p. 15) Em seguida, Antonio Hermosa Andújar propõe fazer uma antropologia da democracia a partir das qualidades e dos ideais dos cidadãos atenienses. No artigo seguinte, Eunice Ostrensky aborda o pensamento de Maquiavel a partir de um ângulo ainda pouco explorado: a ambição e o dilema das leis agrárias. Por estarem relacionadas com a propriedade privada, as leis agrárias explicitam os interesses contrários dos nobres e dos plebeus. No quarto artigo, que fecha este dossiê, Thaís Florêncio de Aguiar apresenta a amizade como conceito fundamental da democracia para os gregos antigos. A leitura continua no campo da teoria política com um texto de Jean Castro no qual ele explora a veia trágica de Maquiavel que se apresentava como um pensador trágico. No sexto artigo deste número, Ivo Coser aborda os conceitos de lei, liberdade e diversidade de fins no pluralismo de valores a partir da obra de Isaiah Berlin. A reflexão no campo da teoria política prossegue com um artigo de Antonio Claudio Engelke Menezes Teixeira sobre a fantasia utópica antipolítica e anarquista de Negri e Hardt, que o autor critica. Nos dois últimos artigos da revista, o olhar se volta para o

Research paper thumbnail of A Pertinência Da Sociologia De Alain Touraine

Lua Nova: Revista de Cultura e Política

No livro Qu'est-ce que la démocratie, publicado em 1994, Alain Touraine parece descrever a situaç... more No livro Qu'est-ce que la démocratie, publicado em 1994, Alain Touraine parece descrever a situação que vivemos atualmente: Muitos sinais podem nos levar a crer atualmente que os regimes que consideramos como democráticos se enfraquecem, assim como os regimes autoritários, e se submetem às exigências do mercado mundial protegido e regulado pelo poder dos Estados Unidos e por acordos entre os três centros principais do poder econômico. Este mercado mundial tolera a participação de países que têm governos autoritários fortes, ou regimes autoritários em decomposição, ou ainda regimes oligárquicos, e finalmente regimes que podemos chamar de democráticos, ou seja nos quais os governados escolhem livremente os governantes que os representam. Este recuo dos Estados, democráticos ou não, acarreta uma diminuição da participação política e do que foi justamente chamado uma crise da representação política. Os eleitores não se sentem mais representados; o que expressam ao denunciar uma classe política que não teria outro objetivo que o seu próprio poder e algumas vezes o enriquecimento pessoal dos seus integrantes. A consciência da cidadania se enfraquece, seja porque muitos indivíduos se sentem mais consumidores do que cidadãos e mais cosmopolitas do que nacionais, seja, ao contrário, porque um certo número dentre eles se sentem marginalizados ou excluídos de uma sociedade à qual não se percebem como participantes, por razões econômicas, políticas, étnicas ou culturais (Touraine, 1994, p. 18).

Research paper thumbnail of A inserção precária e a questão agrária

Leviathan (São Paulo)

Um ponto de vista bastante difundido no que diz respeito ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Se... more Um ponto de vista bastante difundido no que diz respeito ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) costuma associá-los ao atraso e à exclusão. Os militantes do MST seriam, assim, os representantes do Brasil arcaico por oposição ao Brasil moderno. Uma leitura atenta da produção recente sobre o tema da exclusão, ou da inclusão precária, e da desfiliação mostra, contudo, que o MST não representa o grupo dos excluí- dos do campo, pelo contrário, ele constitui-se numa comunidade de indivíduos novamente incluídos na sociedade brasileira. Pois, se assim não fosse, eles não seriam recebidos como interlocutores pelos poderes públicos e não teriam suas idéias e propostas levadas a público por meio da imprensa. Longe de serem os “marchadores do atraso” como já foram rotulados pelos meios de comunicação, os militantes do MST provam que a ação política organizada pode reintegrar os esquecidos pelo progresso à sociedade brasileira

Research paper thumbnail of A a��o pol�tica do MST

Research paper thumbnail of O impacto dos processos de revisão das leis de anistia na qualidade da democracia na América Latina

Este texto se inscreve na ótica da justiça de transição (retribuição e reparação após uma mudança... more Este texto se inscreve na ótica da justiça de transição (retribuição e reparação após uma mudança de regime político). Como virar certas páginas da história e ao mesmo tempo assegurar a melhor transição possível para a democracia, o estado de direito e a paz civil quando as violências e a repressão deixaram marcas profundas nos corpos e nas almas? A anistia é uma solução que tem certas vantagens, mas que pode ter custos consideráveis. A página é virada sem ter sido lida, o que não impede que os mesmos horrores sejam reescritos. Esta questão adquire contornos dramáticos no Brasil atual. Enquanto nossos vizinhos da América do Sul já reviram suas leis de Anistia, reafirmam a importância do direito à verdade e à memória, e até levam alguns dos violadores dos direitos humanos durante os regimes de exceção ao banco dos réus, no Brasil o debate sobre a Lei da Anistia está apenas começando. Esta demora em reavaliar os abusos ocorridos durante o regime militar tem consequências para o processo de consolidação da democracia.

Research paper thumbnail of A Anistia entre a memória ea reconciliação: dilemas de uma transição política ainda inconclusa

Page 1. XIV Congresso Brasileiro de Sociologia 28 a 31 de julho de 2009, Rio de Janeiro (RJ) Grup... more Page 1. XIV Congresso Brasileiro de Sociologia 28 a 31 de julho de 2009, Rio de Janeiro (RJ) Grupo de Trabalho: GT05 - Cultura, Política e Memória Título: A Anistia entre a memória ea reconciliação: dilemas de uma transição política ainda inconclusa ...

Research paper thumbnail of A inserção precária ea questão agrária

Leviathan, 2010

... 4 ANDERSON, Perry. “As afinidades de Norberto Bobbio”. 5 TOURAINE, Alain. Qu'est-ce ... more ... 4 ANDERSON, Perry. “As afinidades de Norberto Bobbio”. 5 TOURAINE, Alain. Qu'est-ce que la démocratie? Leviathan 03.pmd ... 13 SAMPAIO, Plínio de Arruda. “Aux normes de la mondialisation”. 14 STEDILE, João Pedro & FERNANDES, Bernardo Mançano. Brava Gente. ...

Research paper thumbnail of As ouvidorias de polícia no Brasil: controle e participação

Research paper thumbnail of A justificação política dos direitos humanos

Research paper thumbnail of A açao polıtica do MST

Research paper thumbnail of A ação política do MST

São Paulo em Perspectiva, 2001

Research paper thumbnail of A ação política do MST

Research paper thumbnail of Memória e silêncio: a espoliação das lembranças

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Todo saber científico é fruto de uma reflexão coletiva. Mesmo uma nova invenção reproduz ou coloc... more Todo saber científico é fruto de uma reflexão coletiva. Mesmo uma nova invenção reproduz ou coloca à prova conhecimentos acumulados ou partilhados pela comunidade científica. Reconhecer esse saber acumulado é um primeiro passo para o que se pode chamar de integridade ética, que envolve respeito aos trabalhos de nossos pares. Trabalhos acadêmicos são todos aqueles que, de alguma maneira, apresentam quaisquer resultados científicos. Os trabalhos acadêmicos podem estar relacionados a atividades de pesquisa, ensino e extensão. Neste guia, discute-se aspectos relacionados com a produção e a apresentação de trabalhos acadêmicos e científicos. Independentemente de sua função e da sua proposta acadêmica (relatório, trabalho de conclusão de curso, dissertação, tese, artigo de periódico e outros), esses trabalhos podem ser fruto de uma construção coletiva. Assim, devem ser sempre pautados, desde sua concepção, em princípios éticos para: (I) preservar a integridade da produção; (II) proteger t...

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Lua Nova: Revista de Cultura e Política

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Lua Nova: Revista de Cultura e Política

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Lua Nova: Revista de Cultura e Política

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Lua Nova: Revista de Cultura e Política

O número 107 da revista Lua Nova inicia com um dossiê organizado por Patrício Tierno e Eunice Ost... more O número 107 da revista Lua Nova inicia com um dossiê organizado por Patrício Tierno e Eunice Ostrensky sobre a teoria política clássica e alguns aspectos das heranças grega e romana. No artigo inaugural, Patrício Tierno trata justamente das ramificações da Grécia e de Roma na teoria política e aborda as "mediações interpretativas em jogo na disputa pelo sentido de acontecimentos originados na democracia de Atenas do século V a.C. e na república de Roma no decorrer das últimas décadas do século II a.C." (Tierno, 2019, p. 15) Em seguida, Antonio Hermosa Andújar propõe fazer uma antropologia da democracia a partir das qualidades e dos ideais dos cidadãos atenienses. No artigo seguinte, Eunice Ostrensky aborda o pensamento de Maquiavel a partir de um ângulo ainda pouco explorado: a ambição e o dilema das leis agrárias. Por estarem relacionadas com a propriedade privada, as leis agrárias explicitam os interesses contrários dos nobres e dos plebeus. No quarto artigo, que fecha este dossiê, Thaís Florêncio de Aguiar apresenta a amizade como conceito fundamental da democracia para os gregos antigos. A leitura continua no campo da teoria política com um texto de Jean Castro no qual ele explora a veia trágica de Maquiavel que se apresentava como um pensador trágico. No sexto artigo deste número, Ivo Coser aborda os conceitos de lei, liberdade e diversidade de fins no pluralismo de valores a partir da obra de Isaiah Berlin. A reflexão no campo da teoria política prossegue com um artigo de Antonio Claudio Engelke Menezes Teixeira sobre a fantasia utópica antipolítica e anarquista de Negri e Hardt, que o autor critica. Nos dois últimos artigos da revista, o olhar se volta para o

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Lua Nova: Revista de Cultura e Política

No livro Qu'est-ce que la démocratie, publicado em 1994, Alain Touraine parece descrever a situaç... more No livro Qu'est-ce que la démocratie, publicado em 1994, Alain Touraine parece descrever a situação que vivemos atualmente: Muitos sinais podem nos levar a crer atualmente que os regimes que consideramos como democráticos se enfraquecem, assim como os regimes autoritários, e se submetem às exigências do mercado mundial protegido e regulado pelo poder dos Estados Unidos e por acordos entre os três centros principais do poder econômico. Este mercado mundial tolera a participação de países que têm governos autoritários fortes, ou regimes autoritários em decomposição, ou ainda regimes oligárquicos, e finalmente regimes que podemos chamar de democráticos, ou seja nos quais os governados escolhem livremente os governantes que os representam. Este recuo dos Estados, democráticos ou não, acarreta uma diminuição da participação política e do que foi justamente chamado uma crise da representação política. Os eleitores não se sentem mais representados; o que expressam ao denunciar uma classe política que não teria outro objetivo que o seu próprio poder e algumas vezes o enriquecimento pessoal dos seus integrantes. A consciência da cidadania se enfraquece, seja porque muitos indivíduos se sentem mais consumidores do que cidadãos e mais cosmopolitas do que nacionais, seja, ao contrário, porque um certo número dentre eles se sentem marginalizados ou excluídos de uma sociedade à qual não se percebem como participantes, por razões econômicas, políticas, étnicas ou culturais (Touraine, 1994, p. 18).

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Leviathan (São Paulo)

Um ponto de vista bastante difundido no que diz respeito ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Se... more Um ponto de vista bastante difundido no que diz respeito ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) costuma associá-los ao atraso e à exclusão. Os militantes do MST seriam, assim, os representantes do Brasil arcaico por oposição ao Brasil moderno. Uma leitura atenta da produção recente sobre o tema da exclusão, ou da inclusão precária, e da desfiliação mostra, contudo, que o MST não representa o grupo dos excluí- dos do campo, pelo contrário, ele constitui-se numa comunidade de indivíduos novamente incluídos na sociedade brasileira. Pois, se assim não fosse, eles não seriam recebidos como interlocutores pelos poderes públicos e não teriam suas idéias e propostas levadas a público por meio da imprensa. Longe de serem os “marchadores do atraso” como já foram rotulados pelos meios de comunicação, os militantes do MST provam que a ação política organizada pode reintegrar os esquecidos pelo progresso à sociedade brasileira

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Este texto se inscreve na ótica da justiça de transição (retribuição e reparação após uma mudança... more Este texto se inscreve na ótica da justiça de transição (retribuição e reparação após uma mudança de regime político). Como virar certas páginas da história e ao mesmo tempo assegurar a melhor transição possível para a democracia, o estado de direito e a paz civil quando as violências e a repressão deixaram marcas profundas nos corpos e nas almas? A anistia é uma solução que tem certas vantagens, mas que pode ter custos consideráveis. A página é virada sem ter sido lida, o que não impede que os mesmos horrores sejam reescritos. Esta questão adquire contornos dramáticos no Brasil atual. Enquanto nossos vizinhos da América do Sul já reviram suas leis de Anistia, reafirmam a importância do direito à verdade e à memória, e até levam alguns dos violadores dos direitos humanos durante os regimes de exceção ao banco dos réus, no Brasil o debate sobre a Lei da Anistia está apenas começando. Esta demora em reavaliar os abusos ocorridos durante o regime militar tem consequências para o processo de consolidação da democracia.

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Page 1. XIV Congresso Brasileiro de Sociologia 28 a 31 de julho de 2009, Rio de Janeiro (RJ) Grup... more Page 1. XIV Congresso Brasileiro de Sociologia 28 a 31 de julho de 2009, Rio de Janeiro (RJ) Grupo de Trabalho: GT05 - Cultura, Política e Memória Título: A Anistia entre a memória ea reconciliação: dilemas de uma transição política ainda inconclusa ...

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Leviathan, 2010

... 4 ANDERSON, Perry. “As afinidades de Norberto Bobbio”. 5 TOURAINE, Alain. Qu'est-ce ... more ... 4 ANDERSON, Perry. “As afinidades de Norberto Bobbio”. 5 TOURAINE, Alain. Qu'est-ce que la démocratie? Leviathan 03.pmd ... 13 SAMPAIO, Plínio de Arruda. “Aux normes de la mondialisation”. 14 STEDILE, João Pedro & FERNANDES, Bernardo Mançano. Brava Gente. ...

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São Paulo em Perspectiva, 2001

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