Paulo W I L L A M E Lima | Universidade Estadual do Ceara (original) (raw)
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Homem, arte e verdade: aproximações (des)necessárias entre Nietzsche e Sartre, 2020
Os escritos de juventude do filósofo francês Jean-Paul Sartre (1905-1980) trazem consigo problemá... more Os escritos de juventude do filósofo francês Jean-Paul Sartre (1905-1980) trazem consigo problemáticas, reflexões e propostas filosóficas que parecem estar intimamente influenciadas por uma leitura sartriana de Nietzsche (1844-1900). Este artigo visa apresentar algumas aproximações possíveis entre os escritos do existencialista francês, onde o mesmo reflete sobre a arte e sobre a verdade, e os textos nietzscheano que podem ser lidos também pela busca de uma relação entre arte e verdade humanas. Para tanto, será pertinente passar pelos escritos literários e teatrais do francês, bem como seus textos filosóficos, a exemplo do livro "Verdade e existência" em diálogo com os textos nietzscheano sobre o nascimento da tragédia e sobre Zaratustra. A (in)conclusão oportuna é a de admitir que existe uma grande aproximação entre o super-homem nietzscheano e aquele que Sartre, quando jovem, chamou de homem só e depois parece aprimorar para a ideia de homem autêntico.
A violência desde o prefácio de Jean-Paul Sartre para Os condenados da terra de Frantz Fanon, 2020
Esta pesquisa toma a violência como importante problema filosófico para o campo ético e político,... more Esta pesquisa toma a violência como importante problema filosófico para o campo ético e político, principalmente em se tratando da violência colonial. O objetivo aqui é, portanto, compreender em que sentido a violência aparece como problema filosófico de caráter ético e político. Tem-se como texto central o prefácio de Jean-Paul Sartre (1905 – 1980) ao livro Os condenados da terra, de Frantz Fanon, filósofo de Martinica, com ascendência africana, mas também dialogando com boa parte da obra sartreana. Assim, este trabalho parte da hipótese de que há uma inteireza no pensamento sartreano em que o objeto de estudo filosófico principal é o homem e suas relações intersubjetivas e com o mundo. Partindo do entendimento que há uma metodologia de escrita sartreana coerente com toda sua produção filosófico-literária, este texto se organiza em três sessões para definir os conceitos centrais da pesquisa sobre a realidade humana enquanto categoria filosófica, posto que o homem é o ser pelo qual a violência - instrumento de negação radical - vem ao mundo. Deste modo, o tema é desenvolvido mediante perguntas metodológicas direcionadas ao prefácio estudado, a saber: 1) o que é o prefácio no contexto em que ele surge?; 2) por que o esforço de escrever o prefácio de um livro de autor negro que foi direcionado para os irmãos de luta contra a colonização?; 3) para quem Sartre escreve o prefácio?. Deste modo, a pesquisa chega ao seu refinamento apresentando criticamente os quatro momentos da violência expostos pelo filósofo no prefácio, quais sejam: 1) A violência original que instaura a opressão; 2) o ódio do oprimido contra si caracterizado pela revolta; 3) a violência irreprimível contra o opressor que se manifesta enquanto resistência; e 4) o homem que precisa livrar-se violentamente do opressor que ele mesmo tornou-se, rumo à revolução permanente do homem autêntico. Por fim, buscase elucidar o fenômeno da violência em sua função instrumental e não valorativa, a priori, percebendo em seguida as potencialidades e limitações da violência principalmente nos âmbitos ético e político contra todo sistema opressor.
Homem, arte e verdade: aproximações (des)necessárias entre Nietzsche e Sartre, 2020
Os escritos de juventude do filósofo francês Jean-Paul Sartre (1905-1980) trazem consigo problemá... more Os escritos de juventude do filósofo francês Jean-Paul Sartre (1905-1980) trazem consigo problemáticas, reflexões e propostas filosóficas que parecem estar intimamente influenciadas por uma leitura sartriana de Nietzsche (1844-1900). Este artigo visa apresentar algumas aproximações possíveis entre os escritos do existencialista francês, onde o mesmo reflete sobre a arte e sobre a verdade, e os textos nietzscheano que podem ser lidos também pela busca de uma relação entre arte e verdade humanas. Para tanto, será pertinente passar pelos escritos literários e teatrais do francês, bem como seus textos filosóficos, a exemplo do livro "Verdade e existência" em diálogo com os textos nietzscheano sobre o nascimento da tragédia e sobre Zaratustra. A (in)conclusão oportuna é a de admitir que existe uma grande aproximação entre o super-homem nietzscheano e aquele que Sartre, quando jovem, chamou de homem só e depois parece aprimorar para a ideia de homem autêntico.
A violência desde o prefácio de Jean-Paul Sartre para Os condenados da terra de Frantz Fanon, 2020
Esta pesquisa toma a violência como importante problema filosófico para o campo ético e político,... more Esta pesquisa toma a violência como importante problema filosófico para o campo ético e político, principalmente em se tratando da violência colonial. O objetivo aqui é, portanto, compreender em que sentido a violência aparece como problema filosófico de caráter ético e político. Tem-se como texto central o prefácio de Jean-Paul Sartre (1905 – 1980) ao livro Os condenados da terra, de Frantz Fanon, filósofo de Martinica, com ascendência africana, mas também dialogando com boa parte da obra sartreana. Assim, este trabalho parte da hipótese de que há uma inteireza no pensamento sartreano em que o objeto de estudo filosófico principal é o homem e suas relações intersubjetivas e com o mundo. Partindo do entendimento que há uma metodologia de escrita sartreana coerente com toda sua produção filosófico-literária, este texto se organiza em três sessões para definir os conceitos centrais da pesquisa sobre a realidade humana enquanto categoria filosófica, posto que o homem é o ser pelo qual a violência - instrumento de negação radical - vem ao mundo. Deste modo, o tema é desenvolvido mediante perguntas metodológicas direcionadas ao prefácio estudado, a saber: 1) o que é o prefácio no contexto em que ele surge?; 2) por que o esforço de escrever o prefácio de um livro de autor negro que foi direcionado para os irmãos de luta contra a colonização?; 3) para quem Sartre escreve o prefácio?. Deste modo, a pesquisa chega ao seu refinamento apresentando criticamente os quatro momentos da violência expostos pelo filósofo no prefácio, quais sejam: 1) A violência original que instaura a opressão; 2) o ódio do oprimido contra si caracterizado pela revolta; 3) a violência irreprimível contra o opressor que se manifesta enquanto resistência; e 4) o homem que precisa livrar-se violentamente do opressor que ele mesmo tornou-se, rumo à revolução permanente do homem autêntico. Por fim, buscase elucidar o fenômeno da violência em sua função instrumental e não valorativa, a priori, percebendo em seguida as potencialidades e limitações da violência principalmente nos âmbitos ético e político contra todo sistema opressor.