Eunice de Morais | Universidade Estadual de Ponta Grossa (original) (raw)
Papers by Eunice de Morais
Minguilin, 2024
Partindo do discurso histórico presente nas Crônicas de Rui de Pina e Fernão Lopes sobre as vidas... more Partindo do discurso histórico presente nas Crônicas de Rui de Pina e Fernão Lopes sobre as vidas de Dom Affonso IV e Dom Pedro I de Portugal, este artigo busca analisar os episódios relacionados à Dona Inês de Castro, nas obras de ficção Os Lusíadas (1572), de Luís Vaz de Camões, e “Teorema” (1963), de Herberto Helder. Pretende entender, especificamente, a forma como o povo é representado em cada obra e verificar de que forma a perspectiva estabelecida pelo narrador altera essa representação, além de tentar apreender se há um teor crítico junto do discurso ficcional-histórico. Na busca por entender as relações entre ficção e verdade histórica, bem como as ações dos personagens em seus contextos, investiga as narrativas históricas relatadas pelos cronistas e compara com as narrativas ficcionais, além de estudar, entre outras questões, a teoria da ficção histórica a partir de Marilene Weinhardt (1994, 2010), a combinação entre história e arte na obra camoniana segundo Mauro Cavaliere (2002), e a escrita dos cronistas e objetivos desse tipo de narrativa de acordo com Antônio José Saraiva (1999). A pesquisa, por fim, revela que a diferença da perspectiva escolhida pelo autor altera substancialmente o modo de representar o povo, principalmente considerando o objetivo com o qual cada narrativa foi escrita.
Based on the historical discourse in the Chronicles of Rui de Pina and Fernão Lopes about the lives of Dom Affonso IV and Dom Pedro I of Portugal, this article intends to analyze the episodes related to Inês de Castro, in the fictional works Os Lusíadas (1572), by Luís Vaz de Camões, and “Teorema” (1963), by Herberto Helder. It intends to understand, specifically, the way in which the citizens appear in each work and verify how the perspective adopted by the narrator affects this representation, in addition, it tries to apprehend a critical content along with the fictional-historical discourse. While intending to understand the relationship between fiction and historical truth, as well as the actions of the characters in their contexts, we study the historical narratives by the chroniclers and compare them to the fictional narratives. We also study, among other points, the the theory of historical fiction based on Marilene Weinhardt (1994, 2010), the combination between history and art in Camon's work by Mauro Cavaliere (2002), and the writing of the chroniclers and objectives of this type of narrative according to Antônio José Saraiva (1999). The research, finally, reveals that the difference in perspective chosen by the author substantially changes the way of representing the citizens, especially considering the objective with which each narrative was written.
Revista letras (Curitiba), 2003
Revista Scripta Alumni
Silva, revisor literário que, ao alterar um texto histórico, coloca à prova a veracidade do discu... more Silva, revisor literário que, ao alterar um texto histórico, coloca à prova a veracidade do discurso histórico sobre o literário. Durante a narrativa, pode-se perceber uma aproximação entre os discursos do autor e do protagonista. Tal aproximação, Mikhail Bakhtin define como a função do enunciado-tipo no romance. Tema e problemática tornam-se interessantes por tratarem de uma pesquisa inédita relacionada a essa obra. Assim, este artigo pretende analisar e evidenciar essa apropriação de discurso realizada entre autor e herói. Serão utilizadas como referencial teórico central as obras Estética da criação verbal e O enunciado no romance, capítulo retirado da coletânea Linguística e literatura, organizada por
Para meus pais, Edite e Josias (in memoriam), e irmãos. Por quem sou e por quem não sou. AGRADECI... more Para meus pais, Edite e Josias (in memoriam), e irmãos. Por quem sou e por quem não sou. AGRADECIMENTOS À professora Marilene Weinhardt, pelo exemplo ético, pela orientação segura e pela determinação contagiante durante todos estes anos de dedicação aos Estudos Literários. Enfim, pelo cuidado precioso nos momentos de sim e de não. À professora Anamaria Filizola, pelas valiosas observações e sugestões advindas de sua leitura atenta do projeto inicial. Aos membros do grupo de pesquisa "Estudos sobre ficção histórica no Brasil", pelas leituras e discussões enriquecedoras, pelo incentivo e inspiração para a composição deste trabalho. Ao secretário do Programa de Pós-graduação em Letras, Odair Rodrigues, pela atenção, eficiência e bom-humor. Aos amigos Edna Polese, Naira de Almeida Nascimento e Allan Valenza pela amizade, companheirismo; pela colaboração na realização deste trabalho e pelos momentos indispensáveis no café. À Capes, pelo auxílio financeiro nos últimos dois anos do curso. Palavras-chave: Romance histórico. Discursos de nação. Ironia e paródia. Ana Miranda
Revista de Letras, 2013
Neste artigo, pretendemos discutir a ideia de que o caráter nacionalista dos romances históricos ... more Neste artigo, pretendemos discutir a ideia de que o caráter nacionalista dos romances históricos tradicionais permanece, porém a função revisionista da apropriação do discurso histórico, com finalidade didática e divulgadora de um ideal nacional passou a investir na revisitação crítica e reflexiva de antigos discursos, conforme observamos nos romances pós-modernos de Ana Miranda. Nos romances: Boca do inferno, A última quimera e Dias e Dias, através da revisitação da memória e do momento literário de cada poeta, há uma busca pela refiguração de uma condição nacional reemergente. Assim, no Boca do inferno, Gregório de Matos, no século XVII, revolta-se com as atitudes subservientes do Brasil em relação a Portugal, vivendo uma relação de amor e ódio com as duas pátrias, mas sendo ainda um sabiá em liberdade. Na narrativa de Dias e dias encontramos Gonçalves Dias, no século XIX, num contexto de luta pela afirmação da identidade brasileira diante da pátria-mãe, para isso é preciso supera...
Revista Letras, 2004
Leitura do romance Capitu: memórias póstumas, de Domício Proença Filho, como uma peça processual,... more Leitura do romance Capitu: memórias póstumas, de Domício Proença Filho, como uma peça processual, perspectiva anunciada pelo próprio autor no poema que ocupa o espaço de epígrafe do romance, ele mesmo um machadiano que tem lugar garantido na fortuna crítica do escritor. A reading of Domício Proença Filhos Capitu: memórias póstumas as a lawsuit evidence, such perspective is announced by the writer in the novels epigraphy.
Revista Letras, Dec 9, 2004
Este texto é etapa de uma análise do romance Boca do Inferno (1989) de Ana Miranda em que foi foc... more Este texto é etapa de uma análise do romance Boca do Inferno (1989) de Ana Miranda em que foi focalizado o entrecruzamento discursivo da história e da ficção. A duplicidade narrativa e do narrador são conseqüências deste entrecruzamento que se dá sob o caráter questionador, paradoxal e auto-reflexivo da metaficção historiográfica, um modo de narrar presente na ficção histórica contemporânea.
Ressignificações da História pela Ficção, 2019
abordam a ficção hispano-americana. Na seção II, Nos limites da língua portuguesa, constam estudo... more abordam a ficção hispano-americana. Na seção II, Nos limites da
língua portuguesa, constam estudos sobre ficção em língua portuguesa.
Não se trata de perspectiva panorâmica. Portanto, presenças e ausências não têm qualquer significado valorativo, bem como nacionalidade e gênero não são critérios orientadores da seleção. A escolha de temas e autores é resultado dos recortes realizados pelos trabalhos dos pesquisadores.
O ponto de junção é a ficcionalização da história. Assim, é acidental que, na seção I, compareçam três representantes de dois países, entre os quais, duas mulheres. A seção II abre-se com um representante europeu da literatura em língua portuguesa. Os capítulos que abordam a produção brasileira foram ordenados cronologicamente, conforme a sequência de publicação das obras estudadas. Como alguns trabalhos selecionam mais de um título, levou-se em consideração a data mais recuada. Em “Ficção histórica hispano-americana contemporânea: leituras de María Rosa Lojo”, após uma breve contextualização das relações entre ficção, história e memória, Antonio R. Esteves explora, como exemplo da presença da ficção histórica na literatura latino-americana contemporânea, a obra da escritora argentina María Rosa Lojo, que construiu uma sólida narrativa no umbral na qual se misturam ficção e história. Para esse capítulo, foram escolhidos três relatos do livro Amores insólitos de nuestra historia, publicado inicialmente em 2001, que mostram como a escritora se propõe a discutir a complexa identidade de seu país, construída por meio da antinomia civilização versus barbárie criada por Domingo Faustino Sarmiento em seu livro Facundo: Civilización y barbárie (1845), por meio do qual se estrutura discursivamente a cultura argentina. María Rosa Lojo, em sua obra em geral, e nos relatos em questão, se dedica a corroer esse pilar, subvertendo uma série de lugares comuns dessa cultura. Sob o título “Para voltar ao meu corpo e poder dizer, enfim, o que sentimos: de El furgón de los locos”, Emerson Peretti realiza, por meio do diálogo com outros textos sobre memória, estética, trauma e representação, uma leitura dos expedientes da memória no título de Carlos Liscano (2007). Em seu romance/testemunho, o escritor estabelece uma volta simbólica ao próprio corpo, que permanece em seu longo confinamento, no Penal de Libertad, no Uruguai, durante a última ditadura.
Essa tentativa de reincorporação ao ser perdido põe em movimento um
conjunto de recursos mnemônicos e estéticos que trabalham nos limites entre a memória traumática e sua representação artística. O estudo aborda as três partes do livro como atos de condicionamento de diferentes ordens – sobre a espera, sobre a dor, sobre o trauma – que constituem fundamentalmente o trabalho de luto nesta narrativa.
Em “Lo tenía en la punta de la lengua: a consciência histórica plasmada
na pentalogia de Cristina Bajo via anacronismo verbal”, Phelipe de Lima
Cerdeira toma o anacronismo verbal como o eixo central de discussão,
viabilizando, assim, uma leitura da pentalogia a Saga de los Osorio (1995-2017), de Cristina Bajo. Para pensar a respeito de como Bajo transforma questões linguísticas em recursos para contar as guerras civis argentinas, a abordagem problematiza como a escritora se filia, estrategicamente, a uma linhagem scottiniana para narrar, demonstrando que o diálogo entre os discursos ficcional e histórico ainda se faz valer na produção contemporânea no país. Ao recontar uma parte da história com base no deslocamento do discurso histórico argentino canônico, a leitura da pentalogia permite uma sensação familiar, a ideia de um passado-presente que parece ter sido acionado, aguçado, que fica latente, na ponta da língua.
Eduarda da Matta, no capítulo “Pessoa em ficção, Reis na história”
apresenta uma leitura da obra O ano da morte de Ricardo Reis (1984), de José Saramago, pelo viés da ficção histórica. A inserção do poeta Fernando Pessoa e de seu heterônimo Ricardo Reis no mesmo plano ficcional, considerando o cenário romanesco, início da ditadura salazarista em Portugal, são os pontos que regem a análise deste capítulo. O estudo se inicia com uma apresentação de como a história é vista pela ficção em algumas obras do autor português. Características, modos de narrar e similaridades discursivas são apontadas e brevemente comentadas pelo caminho até que a discussão se volte ao romance em questão. Geisa Mueller investiga, sob o título “A autorreferencialidade em O Garatuja, de José de Alencar”, o uso da ironia romântica nesse romance histórico publicado em 1873. A ironia romântica perscrutada na narrativa remete à ironia elaborada nos fragmentos de Friedrich Schlegel, publicados na Athenäum em 1798. Neste sentido, a autorreferencialidade é observada na composição caricatural do construto de Alencar, visto que a duplicidade estrutural da narrativa engendra a metalinguagem constitutiva da discussão política realizada no romance. Com base nos estudos sobre ficção histórica e considerando as fronteiras porosas entre história e literatura, em “Ficção histórica e D. Pedro I do Brasil: uma leitura de As maluquices do Imperador, de Paulo Setúbal, e de O Chalaça, de José Roberto Torero”, Stanis David Lacowicz analisa a configuração discursiva de D. Pedro I do Brasil nos romances citados no título, publicações de 1927 e 1994, respectivamente. Para tanto, parte do conceito de figuração da personagem, de Carlos Reis (2015), da teorização de Célia Fernández Prieto (1998) sobre romance histórico, bem como das propostas de Wolfgang Iser (1996a;1996b), tanto sobre a relação entre fictício e imaginário, quanto sobre a importância do leitor na constituição do texto literário. Os romances Boca do Inferno (1989), A Última Quimera (1995) e Dias e Dias (2003), de Ana Miranda, constituem o objeto de “Discursos de nação Ressignificações da história pela ficção em novos moinhos”. Eunice de Morais revela as fronteiras marcadas pelo
contexto espacial e temporal de cada narrativa. A análise da focalização das narrativas sobre o contexto social e ideológico de cada momento histórico vivido pelos poetas faz transparecer a complexidade das opções políticas e ideológicas de cada um deles nos romances. Ao mesmo tempo, demonstra o quanto estas opções fazem parte de uma lógica contextual e cultural nos processos de formação, afirmação e reafirmação da condição nacional. O texto vem delinear, de certo modo, a revisitação dos discursos de nação que os poetas inseridos em seu contexto representam. Esta revisitação, por si só, já indica a permanência e importância do tema. Em “O jogo do ventriloquismo no romance Viagem ao México, de Silviano Santiago” Helder Santos Rocha analisa alguns elementos que estruturam a narrativa dessa publicação de 1995, com enfoque no jogo estético com as referências históricas. Diferentemente de uma relação harmônica ou mesmo de uma submissão da ficção ao documento histórico, o romance de Santiago propõe uma tensão criativa com o referente acerca de aspectos da vida do dramaturgo e poeta Antonin Artaud, sobretudo a famosa viagem ao País dos Tahaumaras, episódio relevante de sua biografia. A leitura elegeu a “cena” fictícia do romance que esboça a problemática do ventriloquismo como metáfora para a compreensão do jogo estético, ancorando-se em conceitos críticos de Iser, Derrida, Hutcheon, Célia Fernandez Prieto, além de questões relevantes levantadas pela fortuna crítica da ficção de Santiago, a exemplo de Bulhões Carvalho, Eneida de Souza, Garramuño e outros. Gisele Thiel Della Cruz apresenta, no estudo “A ficção histórica escrita por mulheres”, um levantamento das obras de ficção histórica que foram produzidas no Brasil a partir dos anos 1970, tendo como referências as pesquisas de Esteves (2010) e Weinhardt (2008). À vista do levantamento, propõe algumas questões referentes ao espaço ocupado pelas obras de criação escritas por mulheres no cenário literário nacional. Em um segundo momento, pensando no filão da ficção histórica escrita por mulheres, o estudo analisa os elementos técnico-formais do romance de Ana Maria Gonçalves, Um defeito de cor (2006), em uma narrativa possivelmente “contestatória e/ou antiantropocêntrica”. O que se propõe é identificar recursos narrativos utilizados pela autora para reconstruir as possíveis imagens e referências da mulher e mais especificamente da mulher negra na sociedade brasileira do século XIX, tendo como ponto departida a trajetória de vida da personagem ficcional Kehinde.
O romance Capitu: memórias póstumas (Artium Editora, 1998) de Domício Proença Filho inaugura uma ... more O romance Capitu: memórias póstumas (Artium Editora, 1998) de Domício Proença Filho inaugura uma coleção intitulada "À sombra do texto em flor". O título da coleção aparece, na obra, acompanhado de um poema sem assinatura (e isto nos faz crer que seja do mesmo autor do romance), que parece explicá-lo, defini-lo. Analisando o poema, podemos supor, ainda que primariamente, que houve alguma intenção de produzir uma seqüência de obras que privilegiariam a metaficcionalidade. Vejamos o poema: Imaginemos Haveria um ponto Um ponto cego cardeal Um ponto cardeal Central e cego Um ponto cardeal cego À sombra do texto Imaginemos em flor? * Universidade Federal do Paraná.
Books by Eunice de Morais
TRAMA DE MULHERES, 2024
Os estudos reunidos no livro aqui presente focalizam temas que circulam entre história, memória, ... more Os estudos reunidos no livro aqui presente focalizam temas que
circulam entre história, memória, ficção e rostidade. O título Trama de
Mulheres: Ficção, História e Rostidade apresenta, de imediato, a percepção dos meandros temáticos aos quais as mulheres autoras têm se aventurado quando deixam o enclausuramento do Eu que navega pelo desconhecido da imaginação e fantasia e buscam lançar seu olhar para além do horizonte, para além do tempo mergulhando no passado que se propõe histórico e por vezes nas reminiscências da memória. Em outro momento, os estudos apresentam facetas da desrostificação seguida da construção de uma nova rostidade como forma de desenclausuramento, des silenciamento no confronto com novas configurações da realidade circundante ou desterritorializada.
“SUPER FLUMINA BABYLONIS”: FICÇÃO-CRÍTICA DE JORGE DE SENA, 2024
Trânsitos do passado e do presente: diálogos da ficção com a história assume com responsabilidad... more Trânsitos do passado e do presente: diálogos da ficção com a história assume com responsabilidade a pluralidade de pesquisas e abordagens empreendidas no Grupo e anuncia, desde o título, que não se trata de colocar o estudo da ficção histórica a serviço da recuperação do passado; ao contrário, o passado é um elemento ativador da espiral de sentidos que trazem o crítico até o presente. Os olhares lança dos para obras dos séculos XIX, XX e XXI são contemporâneos e estão desafiados pelas múltiplas conexões entre o que foi, o que é e o vir a ser da história.
A quimera e o cânone: Anjos e Bilac, 2020
O e-book Leituras da Ficção Histórica: literatura, cinema e identidades, volume IV da coleção, ar... more O e-book Leituras da Ficção Histórica: literatura, cinema e identidades, volume IV da coleção, articula-se nesse conjunto de reflexões científicas das Humanidades pela preocupação com questões contemporâneas. Os artigos tratam de temas voltados para o campo da produção da Literatura que dialoga intensamente com a História e aspectos voltados para a adaptação cinematográfica deste tipo de produção. O título desse livro revela prontamente que a abordagem histórica, proposta pelas análises empreendidas pelos autores nesta coletânea, constitui um modo de ler e não uma classificação definitiva das obras em estudo como Ficção Histórica.
Ressignificações da história pela ficção, 2019
Coletânea de ensaios do grupo de pesquisa "Estudos sobre ficção histórica no Brasil", sob organiz... more Coletânea de ensaios do grupo de pesquisa "Estudos sobre ficção histórica no Brasil", sob organização da Prof.ª Dr.ª Marilene Weinhardt (UFPR), e participações de professores doutores (UEPG, UTFPR, UNILA) e doutorandos do programa de Pós-Graduação em Letras/Estudos Literários, (UFPR). Conta, ainda, com a participação especial do Prof.º Dr.º Antonio Roberto Esteves (UNESP). O livro é resultado de apresentações na "I Jornada de Estudos sobre Ficção Histórica", ocorrida em novembro de 2017, na UFPR.
e-book, 2017
apresentamos uma resposta à percepção do necessário e urgente aprofundamento dos debates sobre a ... more apresentamos uma resposta à percepção do necessário e urgente
aprofundamento dos debates sobre a linguagem/textos transversais,
reveladores das permanências e transformações individuais, sociais,
culturais e políticas implicadas na relação local/global e nas distintas
performances de identidades. Nesse sentido, o CIEL acolheu e,
traz a público, trabalhos científicos que discutem sobre linguagens/
textos em relação às bases epistemológicas e às perspectivas teóricas
das Ciências Humanas, incluindo neste rol, por exemplo, o processo
de globalização, os diálogos interculturais e as políticas linguísticas,
sociais, culturais e de ensino, bem como o percurso histórico de
permanências e transformações nestes campos de investigação, de
modo a revelar o pensamento crítico e teórico contemporâneo sobre
a configuração da produção literária, artística, científica e cultural.
No todo deste volume, os textos nos permitem observar e assinalar a preocupação dos autores com a... more No todo deste volume, os textos nos permitem observar e
assinalar a preocupação dos autores com as transformações nos
campos do ensino, das relações da literatura com outras linguagens,
bem como com a necessidade de rediscutir as questões relativas aos
tabus linguísticos. Há, nessas perspectivas de pesquisa, um voltar-se
diretamente e objetivamente para questões de alta preocupação
da sociedade contemporânea sobre a valorização do ser, em sua
subjetividade e individualidade, para a construção de uma coletividade
harmônica.
A partir de uma visão global dos textos publicados neste volume, apresentamos uma resposta à percepção do necessário e urgente
aprofundamento dos debates sobre a linguagem/textos transversais,
reveladores das permanências e transformações individuais, sociais,
culturais e políticas implicadas na relação local/global e nas distintas
performances de identidades. Nesse sentido, o CIEL acolheu e, traz a público, trabalhos científicos que discutem sobre linguagens/textos em relação às bases epistemológicas e às perspectivas teóricas das Ciências Humanas, incluindo neste rol, por exemplo, o processo
de globalização, os diálogos interculturais e as políticas linguísticas,
sociais, culturais e de ensino, bem como o percurso histórico de permanências e transformações nestes campos de investigação, de
modo a revelar o pensamento crítico e teórico contemporâneo sobre
a configuração da produção literária, artística, científica e cultural.
Minguilin, 2024
Partindo do discurso histórico presente nas Crônicas de Rui de Pina e Fernão Lopes sobre as vidas... more Partindo do discurso histórico presente nas Crônicas de Rui de Pina e Fernão Lopes sobre as vidas de Dom Affonso IV e Dom Pedro I de Portugal, este artigo busca analisar os episódios relacionados à Dona Inês de Castro, nas obras de ficção Os Lusíadas (1572), de Luís Vaz de Camões, e “Teorema” (1963), de Herberto Helder. Pretende entender, especificamente, a forma como o povo é representado em cada obra e verificar de que forma a perspectiva estabelecida pelo narrador altera essa representação, além de tentar apreender se há um teor crítico junto do discurso ficcional-histórico. Na busca por entender as relações entre ficção e verdade histórica, bem como as ações dos personagens em seus contextos, investiga as narrativas históricas relatadas pelos cronistas e compara com as narrativas ficcionais, além de estudar, entre outras questões, a teoria da ficção histórica a partir de Marilene Weinhardt (1994, 2010), a combinação entre história e arte na obra camoniana segundo Mauro Cavaliere (2002), e a escrita dos cronistas e objetivos desse tipo de narrativa de acordo com Antônio José Saraiva (1999). A pesquisa, por fim, revela que a diferença da perspectiva escolhida pelo autor altera substancialmente o modo de representar o povo, principalmente considerando o objetivo com o qual cada narrativa foi escrita.
Based on the historical discourse in the Chronicles of Rui de Pina and Fernão Lopes about the lives of Dom Affonso IV and Dom Pedro I of Portugal, this article intends to analyze the episodes related to Inês de Castro, in the fictional works Os Lusíadas (1572), by Luís Vaz de Camões, and “Teorema” (1963), by Herberto Helder. It intends to understand, specifically, the way in which the citizens appear in each work and verify how the perspective adopted by the narrator affects this representation, in addition, it tries to apprehend a critical content along with the fictional-historical discourse. While intending to understand the relationship between fiction and historical truth, as well as the actions of the characters in their contexts, we study the historical narratives by the chroniclers and compare them to the fictional narratives. We also study, among other points, the the theory of historical fiction based on Marilene Weinhardt (1994, 2010), the combination between history and art in Camon's work by Mauro Cavaliere (2002), and the writing of the chroniclers and objectives of this type of narrative according to Antônio José Saraiva (1999). The research, finally, reveals that the difference in perspective chosen by the author substantially changes the way of representing the citizens, especially considering the objective with which each narrative was written.
Revista letras (Curitiba), 2003
Revista Scripta Alumni
Silva, revisor literário que, ao alterar um texto histórico, coloca à prova a veracidade do discu... more Silva, revisor literário que, ao alterar um texto histórico, coloca à prova a veracidade do discurso histórico sobre o literário. Durante a narrativa, pode-se perceber uma aproximação entre os discursos do autor e do protagonista. Tal aproximação, Mikhail Bakhtin define como a função do enunciado-tipo no romance. Tema e problemática tornam-se interessantes por tratarem de uma pesquisa inédita relacionada a essa obra. Assim, este artigo pretende analisar e evidenciar essa apropriação de discurso realizada entre autor e herói. Serão utilizadas como referencial teórico central as obras Estética da criação verbal e O enunciado no romance, capítulo retirado da coletânea Linguística e literatura, organizada por
Para meus pais, Edite e Josias (in memoriam), e irmãos. Por quem sou e por quem não sou. AGRADECI... more Para meus pais, Edite e Josias (in memoriam), e irmãos. Por quem sou e por quem não sou. AGRADECIMENTOS À professora Marilene Weinhardt, pelo exemplo ético, pela orientação segura e pela determinação contagiante durante todos estes anos de dedicação aos Estudos Literários. Enfim, pelo cuidado precioso nos momentos de sim e de não. À professora Anamaria Filizola, pelas valiosas observações e sugestões advindas de sua leitura atenta do projeto inicial. Aos membros do grupo de pesquisa "Estudos sobre ficção histórica no Brasil", pelas leituras e discussões enriquecedoras, pelo incentivo e inspiração para a composição deste trabalho. Ao secretário do Programa de Pós-graduação em Letras, Odair Rodrigues, pela atenção, eficiência e bom-humor. Aos amigos Edna Polese, Naira de Almeida Nascimento e Allan Valenza pela amizade, companheirismo; pela colaboração na realização deste trabalho e pelos momentos indispensáveis no café. À Capes, pelo auxílio financeiro nos últimos dois anos do curso. Palavras-chave: Romance histórico. Discursos de nação. Ironia e paródia. Ana Miranda
Revista de Letras, 2013
Neste artigo, pretendemos discutir a ideia de que o caráter nacionalista dos romances históricos ... more Neste artigo, pretendemos discutir a ideia de que o caráter nacionalista dos romances históricos tradicionais permanece, porém a função revisionista da apropriação do discurso histórico, com finalidade didática e divulgadora de um ideal nacional passou a investir na revisitação crítica e reflexiva de antigos discursos, conforme observamos nos romances pós-modernos de Ana Miranda. Nos romances: Boca do inferno, A última quimera e Dias e Dias, através da revisitação da memória e do momento literário de cada poeta, há uma busca pela refiguração de uma condição nacional reemergente. Assim, no Boca do inferno, Gregório de Matos, no século XVII, revolta-se com as atitudes subservientes do Brasil em relação a Portugal, vivendo uma relação de amor e ódio com as duas pátrias, mas sendo ainda um sabiá em liberdade. Na narrativa de Dias e dias encontramos Gonçalves Dias, no século XIX, num contexto de luta pela afirmação da identidade brasileira diante da pátria-mãe, para isso é preciso supera...
Revista Letras, 2004
Leitura do romance Capitu: memórias póstumas, de Domício Proença Filho, como uma peça processual,... more Leitura do romance Capitu: memórias póstumas, de Domício Proença Filho, como uma peça processual, perspectiva anunciada pelo próprio autor no poema que ocupa o espaço de epígrafe do romance, ele mesmo um machadiano que tem lugar garantido na fortuna crítica do escritor. A reading of Domício Proença Filhos Capitu: memórias póstumas as a lawsuit evidence, such perspective is announced by the writer in the novels epigraphy.
Revista Letras, Dec 9, 2004
Este texto é etapa de uma análise do romance Boca do Inferno (1989) de Ana Miranda em que foi foc... more Este texto é etapa de uma análise do romance Boca do Inferno (1989) de Ana Miranda em que foi focalizado o entrecruzamento discursivo da história e da ficção. A duplicidade narrativa e do narrador são conseqüências deste entrecruzamento que se dá sob o caráter questionador, paradoxal e auto-reflexivo da metaficção historiográfica, um modo de narrar presente na ficção histórica contemporânea.
Ressignificações da História pela Ficção, 2019
abordam a ficção hispano-americana. Na seção II, Nos limites da língua portuguesa, constam estudo... more abordam a ficção hispano-americana. Na seção II, Nos limites da
língua portuguesa, constam estudos sobre ficção em língua portuguesa.
Não se trata de perspectiva panorâmica. Portanto, presenças e ausências não têm qualquer significado valorativo, bem como nacionalidade e gênero não são critérios orientadores da seleção. A escolha de temas e autores é resultado dos recortes realizados pelos trabalhos dos pesquisadores.
O ponto de junção é a ficcionalização da história. Assim, é acidental que, na seção I, compareçam três representantes de dois países, entre os quais, duas mulheres. A seção II abre-se com um representante europeu da literatura em língua portuguesa. Os capítulos que abordam a produção brasileira foram ordenados cronologicamente, conforme a sequência de publicação das obras estudadas. Como alguns trabalhos selecionam mais de um título, levou-se em consideração a data mais recuada. Em “Ficção histórica hispano-americana contemporânea: leituras de María Rosa Lojo”, após uma breve contextualização das relações entre ficção, história e memória, Antonio R. Esteves explora, como exemplo da presença da ficção histórica na literatura latino-americana contemporânea, a obra da escritora argentina María Rosa Lojo, que construiu uma sólida narrativa no umbral na qual se misturam ficção e história. Para esse capítulo, foram escolhidos três relatos do livro Amores insólitos de nuestra historia, publicado inicialmente em 2001, que mostram como a escritora se propõe a discutir a complexa identidade de seu país, construída por meio da antinomia civilização versus barbárie criada por Domingo Faustino Sarmiento em seu livro Facundo: Civilización y barbárie (1845), por meio do qual se estrutura discursivamente a cultura argentina. María Rosa Lojo, em sua obra em geral, e nos relatos em questão, se dedica a corroer esse pilar, subvertendo uma série de lugares comuns dessa cultura. Sob o título “Para voltar ao meu corpo e poder dizer, enfim, o que sentimos: de El furgón de los locos”, Emerson Peretti realiza, por meio do diálogo com outros textos sobre memória, estética, trauma e representação, uma leitura dos expedientes da memória no título de Carlos Liscano (2007). Em seu romance/testemunho, o escritor estabelece uma volta simbólica ao próprio corpo, que permanece em seu longo confinamento, no Penal de Libertad, no Uruguai, durante a última ditadura.
Essa tentativa de reincorporação ao ser perdido põe em movimento um
conjunto de recursos mnemônicos e estéticos que trabalham nos limites entre a memória traumática e sua representação artística. O estudo aborda as três partes do livro como atos de condicionamento de diferentes ordens – sobre a espera, sobre a dor, sobre o trauma – que constituem fundamentalmente o trabalho de luto nesta narrativa.
Em “Lo tenía en la punta de la lengua: a consciência histórica plasmada
na pentalogia de Cristina Bajo via anacronismo verbal”, Phelipe de Lima
Cerdeira toma o anacronismo verbal como o eixo central de discussão,
viabilizando, assim, uma leitura da pentalogia a Saga de los Osorio (1995-2017), de Cristina Bajo. Para pensar a respeito de como Bajo transforma questões linguísticas em recursos para contar as guerras civis argentinas, a abordagem problematiza como a escritora se filia, estrategicamente, a uma linhagem scottiniana para narrar, demonstrando que o diálogo entre os discursos ficcional e histórico ainda se faz valer na produção contemporânea no país. Ao recontar uma parte da história com base no deslocamento do discurso histórico argentino canônico, a leitura da pentalogia permite uma sensação familiar, a ideia de um passado-presente que parece ter sido acionado, aguçado, que fica latente, na ponta da língua.
Eduarda da Matta, no capítulo “Pessoa em ficção, Reis na história”
apresenta uma leitura da obra O ano da morte de Ricardo Reis (1984), de José Saramago, pelo viés da ficção histórica. A inserção do poeta Fernando Pessoa e de seu heterônimo Ricardo Reis no mesmo plano ficcional, considerando o cenário romanesco, início da ditadura salazarista em Portugal, são os pontos que regem a análise deste capítulo. O estudo se inicia com uma apresentação de como a história é vista pela ficção em algumas obras do autor português. Características, modos de narrar e similaridades discursivas são apontadas e brevemente comentadas pelo caminho até que a discussão se volte ao romance em questão. Geisa Mueller investiga, sob o título “A autorreferencialidade em O Garatuja, de José de Alencar”, o uso da ironia romântica nesse romance histórico publicado em 1873. A ironia romântica perscrutada na narrativa remete à ironia elaborada nos fragmentos de Friedrich Schlegel, publicados na Athenäum em 1798. Neste sentido, a autorreferencialidade é observada na composição caricatural do construto de Alencar, visto que a duplicidade estrutural da narrativa engendra a metalinguagem constitutiva da discussão política realizada no romance. Com base nos estudos sobre ficção histórica e considerando as fronteiras porosas entre história e literatura, em “Ficção histórica e D. Pedro I do Brasil: uma leitura de As maluquices do Imperador, de Paulo Setúbal, e de O Chalaça, de José Roberto Torero”, Stanis David Lacowicz analisa a configuração discursiva de D. Pedro I do Brasil nos romances citados no título, publicações de 1927 e 1994, respectivamente. Para tanto, parte do conceito de figuração da personagem, de Carlos Reis (2015), da teorização de Célia Fernández Prieto (1998) sobre romance histórico, bem como das propostas de Wolfgang Iser (1996a;1996b), tanto sobre a relação entre fictício e imaginário, quanto sobre a importância do leitor na constituição do texto literário. Os romances Boca do Inferno (1989), A Última Quimera (1995) e Dias e Dias (2003), de Ana Miranda, constituem o objeto de “Discursos de nação Ressignificações da história pela ficção em novos moinhos”. Eunice de Morais revela as fronteiras marcadas pelo
contexto espacial e temporal de cada narrativa. A análise da focalização das narrativas sobre o contexto social e ideológico de cada momento histórico vivido pelos poetas faz transparecer a complexidade das opções políticas e ideológicas de cada um deles nos romances. Ao mesmo tempo, demonstra o quanto estas opções fazem parte de uma lógica contextual e cultural nos processos de formação, afirmação e reafirmação da condição nacional. O texto vem delinear, de certo modo, a revisitação dos discursos de nação que os poetas inseridos em seu contexto representam. Esta revisitação, por si só, já indica a permanência e importância do tema. Em “O jogo do ventriloquismo no romance Viagem ao México, de Silviano Santiago” Helder Santos Rocha analisa alguns elementos que estruturam a narrativa dessa publicação de 1995, com enfoque no jogo estético com as referências históricas. Diferentemente de uma relação harmônica ou mesmo de uma submissão da ficção ao documento histórico, o romance de Santiago propõe uma tensão criativa com o referente acerca de aspectos da vida do dramaturgo e poeta Antonin Artaud, sobretudo a famosa viagem ao País dos Tahaumaras, episódio relevante de sua biografia. A leitura elegeu a “cena” fictícia do romance que esboça a problemática do ventriloquismo como metáfora para a compreensão do jogo estético, ancorando-se em conceitos críticos de Iser, Derrida, Hutcheon, Célia Fernandez Prieto, além de questões relevantes levantadas pela fortuna crítica da ficção de Santiago, a exemplo de Bulhões Carvalho, Eneida de Souza, Garramuño e outros. Gisele Thiel Della Cruz apresenta, no estudo “A ficção histórica escrita por mulheres”, um levantamento das obras de ficção histórica que foram produzidas no Brasil a partir dos anos 1970, tendo como referências as pesquisas de Esteves (2010) e Weinhardt (2008). À vista do levantamento, propõe algumas questões referentes ao espaço ocupado pelas obras de criação escritas por mulheres no cenário literário nacional. Em um segundo momento, pensando no filão da ficção histórica escrita por mulheres, o estudo analisa os elementos técnico-formais do romance de Ana Maria Gonçalves, Um defeito de cor (2006), em uma narrativa possivelmente “contestatória e/ou antiantropocêntrica”. O que se propõe é identificar recursos narrativos utilizados pela autora para reconstruir as possíveis imagens e referências da mulher e mais especificamente da mulher negra na sociedade brasileira do século XIX, tendo como ponto departida a trajetória de vida da personagem ficcional Kehinde.
O romance Capitu: memórias póstumas (Artium Editora, 1998) de Domício Proença Filho inaugura uma ... more O romance Capitu: memórias póstumas (Artium Editora, 1998) de Domício Proença Filho inaugura uma coleção intitulada "À sombra do texto em flor". O título da coleção aparece, na obra, acompanhado de um poema sem assinatura (e isto nos faz crer que seja do mesmo autor do romance), que parece explicá-lo, defini-lo. Analisando o poema, podemos supor, ainda que primariamente, que houve alguma intenção de produzir uma seqüência de obras que privilegiariam a metaficcionalidade. Vejamos o poema: Imaginemos Haveria um ponto Um ponto cego cardeal Um ponto cardeal Central e cego Um ponto cardeal cego À sombra do texto Imaginemos em flor? * Universidade Federal do Paraná.
TRAMA DE MULHERES, 2024
Os estudos reunidos no livro aqui presente focalizam temas que circulam entre história, memória, ... more Os estudos reunidos no livro aqui presente focalizam temas que
circulam entre história, memória, ficção e rostidade. O título Trama de
Mulheres: Ficção, História e Rostidade apresenta, de imediato, a percepção dos meandros temáticos aos quais as mulheres autoras têm se aventurado quando deixam o enclausuramento do Eu que navega pelo desconhecido da imaginação e fantasia e buscam lançar seu olhar para além do horizonte, para além do tempo mergulhando no passado que se propõe histórico e por vezes nas reminiscências da memória. Em outro momento, os estudos apresentam facetas da desrostificação seguida da construção de uma nova rostidade como forma de desenclausuramento, des silenciamento no confronto com novas configurações da realidade circundante ou desterritorializada.
“SUPER FLUMINA BABYLONIS”: FICÇÃO-CRÍTICA DE JORGE DE SENA, 2024
Trânsitos do passado e do presente: diálogos da ficção com a história assume com responsabilidad... more Trânsitos do passado e do presente: diálogos da ficção com a história assume com responsabilidade a pluralidade de pesquisas e abordagens empreendidas no Grupo e anuncia, desde o título, que não se trata de colocar o estudo da ficção histórica a serviço da recuperação do passado; ao contrário, o passado é um elemento ativador da espiral de sentidos que trazem o crítico até o presente. Os olhares lança dos para obras dos séculos XIX, XX e XXI são contemporâneos e estão desafiados pelas múltiplas conexões entre o que foi, o que é e o vir a ser da história.
A quimera e o cânone: Anjos e Bilac, 2020
O e-book Leituras da Ficção Histórica: literatura, cinema e identidades, volume IV da coleção, ar... more O e-book Leituras da Ficção Histórica: literatura, cinema e identidades, volume IV da coleção, articula-se nesse conjunto de reflexões científicas das Humanidades pela preocupação com questões contemporâneas. Os artigos tratam de temas voltados para o campo da produção da Literatura que dialoga intensamente com a História e aspectos voltados para a adaptação cinematográfica deste tipo de produção. O título desse livro revela prontamente que a abordagem histórica, proposta pelas análises empreendidas pelos autores nesta coletânea, constitui um modo de ler e não uma classificação definitiva das obras em estudo como Ficção Histórica.
Ressignificações da história pela ficção, 2019
Coletânea de ensaios do grupo de pesquisa "Estudos sobre ficção histórica no Brasil", sob organiz... more Coletânea de ensaios do grupo de pesquisa "Estudos sobre ficção histórica no Brasil", sob organização da Prof.ª Dr.ª Marilene Weinhardt (UFPR), e participações de professores doutores (UEPG, UTFPR, UNILA) e doutorandos do programa de Pós-Graduação em Letras/Estudos Literários, (UFPR). Conta, ainda, com a participação especial do Prof.º Dr.º Antonio Roberto Esteves (UNESP). O livro é resultado de apresentações na "I Jornada de Estudos sobre Ficção Histórica", ocorrida em novembro de 2017, na UFPR.
e-book, 2017
apresentamos uma resposta à percepção do necessário e urgente aprofundamento dos debates sobre a ... more apresentamos uma resposta à percepção do necessário e urgente
aprofundamento dos debates sobre a linguagem/textos transversais,
reveladores das permanências e transformações individuais, sociais,
culturais e políticas implicadas na relação local/global e nas distintas
performances de identidades. Nesse sentido, o CIEL acolheu e,
traz a público, trabalhos científicos que discutem sobre linguagens/
textos em relação às bases epistemológicas e às perspectivas teóricas
das Ciências Humanas, incluindo neste rol, por exemplo, o processo
de globalização, os diálogos interculturais e as políticas linguísticas,
sociais, culturais e de ensino, bem como o percurso histórico de
permanências e transformações nestes campos de investigação, de
modo a revelar o pensamento crítico e teórico contemporâneo sobre
a configuração da produção literária, artística, científica e cultural.
No todo deste volume, os textos nos permitem observar e assinalar a preocupação dos autores com a... more No todo deste volume, os textos nos permitem observar e
assinalar a preocupação dos autores com as transformações nos
campos do ensino, das relações da literatura com outras linguagens,
bem como com a necessidade de rediscutir as questões relativas aos
tabus linguísticos. Há, nessas perspectivas de pesquisa, um voltar-se
diretamente e objetivamente para questões de alta preocupação
da sociedade contemporânea sobre a valorização do ser, em sua
subjetividade e individualidade, para a construção de uma coletividade
harmônica.
A partir de uma visão global dos textos publicados neste volume, apresentamos uma resposta à percepção do necessário e urgente
aprofundamento dos debates sobre a linguagem/textos transversais,
reveladores das permanências e transformações individuais, sociais,
culturais e políticas implicadas na relação local/global e nas distintas
performances de identidades. Nesse sentido, o CIEL acolheu e, traz a público, trabalhos científicos que discutem sobre linguagens/textos em relação às bases epistemológicas e às perspectivas teóricas das Ciências Humanas, incluindo neste rol, por exemplo, o processo
de globalização, os diálogos interculturais e as políticas linguísticas,
sociais, culturais e de ensino, bem como o percurso histórico de permanências e transformações nestes campos de investigação, de
modo a revelar o pensamento crítico e teórico contemporâneo sobre
a configuração da produção literária, artística, científica e cultural.