Liana Ventura | UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Rio de Janeiro State University (original) (raw)
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Papers by Liana Ventura
13º P&D - Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, Univille, Joinville (SC), 2018
Este artigo trata de três experimentos a partir de um jogo enquanto dispositivo de conversação ad... more Este artigo trata de três experimentos a partir de um jogo enquanto dispositivo de conversação adaptado a diferentes contextos e desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Design e Antropologia (LaDA/Esdi/UERJ). Foi inicialmente criado no âmbito do curso de extensão "Mapa-praça-máquina: experimentos de design colaborativo no espaço público", chamado "Jogo dos Verbetes", com o objetivo de estimular o debate sobre conceitos teóricos. Tendo se mostrado uma ferramenta eficiente, foi posteriormente levado para o "Simpósio Imagem, Identidade e Território (SIIT)", para promover o diálogo entre algumas pesquisas realizadas pelo LaDA e o tema proposto pelo seminário. No terceiro momento, foi aplicado numa roda de conversa no Centro de Artes da Maré para pensar suas formas de ocupação e atuação na favela e suas relações com o território. Analisamos o processo do jogo como possibilidade de ampliar um diálogo democrático por meio do design, relacionando bases teóricas para a prática de um design político.
Palavras Chave: codesign; democracia; design anthropology; dispositivos de conversação.
This paper approaches three different experiments using a game as a conversation dispositif developed by researchers from the Laboratory of Design and Anthropology (LaDA/Esdi/UERJ). It was designed to be adapted to different contexts and it was conceived within the scope of the outreach course Map-square-machine: collaborative design experiments in the public space. Named Entry Games, its purpose was to stimulate a broader debate on theoretical concepts. So far, it has proved to be an efficient tool and it was later taken to the Image, Identity and Territory Symposium (SIIT) to encourage exchange among researchers from the network in a creative way. Finally, the researchers used it in an activity at Maré Arts Center to support a discussion on NGOs' actions inside the favela and how they relate to the territory. We intend to analyse the game process as a possibility to expand a democratic dialogue by means of design, linking theoretical
bases to a practice of a political project.
Keywords: codesign; democracy; design anthropology; conversation dispositifs.
SIIT7. E agora, América Latina?, 2017
SDRJ - Strategic Design Research Journal, 2018
Our goal in these few lines is to contribute with some thoughts, acquired in Rio de Janeiro, awar... more Our goal in these few lines is to contribute with some
thoughts, acquired in Rio de Janeiro, aware as we are of
the need to value thoughts and practices of the Global
South, without losing the chance of opening a channel for
a permanent exchange with the Northern hemisphere. And,
although we find ourselves in a globalised world, fraught
with migrations taken in so many directions, the North
maintains its hegemonic position over the South when
progressive governments that attempted at times to find
alternatives for development eventually moved on to implement
the same developmentalist policies. More than
geographical references, “North” and “South” are visions
of modes of development that, at times, cross the hemispheres,
intersect and change freely, but tend to be more
strongly opposed when hierarchical attempts are made.
Our focus of interest is not a North-South polarization, but
the constitution of both in a relation that is free, with no
place for submissiveness. A “South” that is not “sub”. To this
end, we start the debate by proposing the understanding of
autonomy in a bio-political key, and move ahead with the
problem of development and possible alternatives such as
commons and Buen Vivir, and present some experiences
carried out at ESDI/UERJ, especially at the LaDA - Design
and Anthropology Laboratory.
A partir da reflexão sobre como a prática do design vem se constituindo como uma potente ferramen... more A partir da reflexão sobre como a prática do design vem se constituindo como uma potente ferramenta de articulação social, o presente artigo se propõe a construir uma malha de significação a partir tanto da visão histórica da transformação do papel do design, como do que vem sendo produzido sobre suas novas possibilidades, fazendo uso do método de revisão integrativa como um processo capaz de filtrar de maneira relevante os resultados obtidos em uma pesquisa de revisão de literatura. Pretende se, assim, identificar os artigos acadêmicos que abordem o design como ferramenta metodológica para auxiliar e promover processos democráticos de participação cidadã, considerando o número de ocorrências, conceitos utilizados e resultados obtidos. Por fim, o artigo procura discutir o modelo de pesquisa de revisão integrativa, propondo uma reflexão crítica sobre o tensionamento entre um processo metodológico de pesquisa em design altamente rigoroso e sistemático e a sua adequação a um processo capaz de incluir subjetividades imanentes a própria pesquisa.
Durante a última década o Rio de Janeiro tem sofrido duros impactos sociais, econômicos e polític... more Durante a última década o Rio de Janeiro tem sofrido duros impactos sociais, econômicos e políticos em decorrência da realização dos mega eventos que agridem a cidade de diferentes maneiras: por um lado truculentas remoções sobre as populações menos favorecidas intensificam a reprodução sistemática da violência; por outro, uma espetacularização da cidade que, ao privilegiar a paisagem pronta a ser consumida pelo turista em detrimento das necessidades cotidianas, reduz experiências de partilha e de constituição do comum urbano. Em 2013, manifestações preencheram ruas e praças reivindicando melhores serviços para os cidadãos – transporte, saúde e educação – e, sobretudo, mais participação nas decisões do poder público. Além das reivindicações, as ocupações dos espaços públicos transformaram-se em verdadeiros laboratórios de experimentações estético-políticas. O ciclo multitudinário, apesar de aparentemente encerrado, deixa um legado: inúmeros coletivos seguem em processos de commoning por diferentes meios, desde hortas comunitárias até feiras de trocas, passando pelas mais variadas práticas colaborativas como forma de resistência. O commoning urbano – o fazer junto com objetivos comuns – é efetivamente um terreno fértil para experimentos onde afetividade e política se articulam na co-criação de novas práticas sócio-culturais. Por meio dessa proposta, pretendemos pensar e explorar metodologias do campo do design para a construção coletiva de imagens e imaginários democráticos a partir de formas alternativas de cidadania no espaço público, assumindo a praça como um lugar de encontro com o risco e com a alteridade.
Conference Presentations by Liana Ventura
O Rio de Janeiro tem sido palco de megaeventos que agridem a cidade de diferentes maneiras: por u... more O Rio de Janeiro tem sido palco de megaeventos que agridem a cidade de diferentes maneiras: por um lado truculentas remoções sobre as populações menos favorecidas intensificam a reprodução sistemática da violência; por outro, uma espetacularização da cidade que, ao privilegiar a paisagem pronta a ser consumida pelo turista em detrimento das necessidades cotidianas, reduz experiências de partilha (Rancière) e de constituição do comum urbano (Negri). Em 2013, manifestações preencheram ruas e praças reivindicando melhores serviços para os cidadãos – transporte, saúde e educação – e, sobretudo, mais participação nas decisões do poder público. Para além das reivindicações em si, as manifestações e ocupações dos espaços públicos transformaram-se em verdadeiros laboratórios de experimentações estéticopolíticas. O ciclo multitudinário apesar de aparentemente encerrado, deixa um legado: inúmeros coletivos seguem em processos de commoning por diferentes meios, desde hortas comunitárias até feiras de trocas, passando pelas mais variadas práticas colaborativas. O commoning urbano – o fazer junto com objetivos comuns – é efetivamente um terreno fértil para experimentos onde afetividade e política se articulam na co-criação. Por meio dessa proposta, pretendemos pensar e explorar metodologias do campo do design para a construção coletiva de imagens e imaginários democráticos a partir de formas alternativas de cidadania no espaço público, assumindo a praça como um lugar de encontro com o risco e com a alteridade.
13º P&D - Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, Univille, Joinville (SC), 2018
Este artigo trata de três experimentos a partir de um jogo enquanto dispositivo de conversação ad... more Este artigo trata de três experimentos a partir de um jogo enquanto dispositivo de conversação adaptado a diferentes contextos e desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Design e Antropologia (LaDA/Esdi/UERJ). Foi inicialmente criado no âmbito do curso de extensão "Mapa-praça-máquina: experimentos de design colaborativo no espaço público", chamado "Jogo dos Verbetes", com o objetivo de estimular o debate sobre conceitos teóricos. Tendo se mostrado uma ferramenta eficiente, foi posteriormente levado para o "Simpósio Imagem, Identidade e Território (SIIT)", para promover o diálogo entre algumas pesquisas realizadas pelo LaDA e o tema proposto pelo seminário. No terceiro momento, foi aplicado numa roda de conversa no Centro de Artes da Maré para pensar suas formas de ocupação e atuação na favela e suas relações com o território. Analisamos o processo do jogo como possibilidade de ampliar um diálogo democrático por meio do design, relacionando bases teóricas para a prática de um design político.
Palavras Chave: codesign; democracia; design anthropology; dispositivos de conversação.
This paper approaches three different experiments using a game as a conversation dispositif developed by researchers from the Laboratory of Design and Anthropology (LaDA/Esdi/UERJ). It was designed to be adapted to different contexts and it was conceived within the scope of the outreach course Map-square-machine: collaborative design experiments in the public space. Named Entry Games, its purpose was to stimulate a broader debate on theoretical concepts. So far, it has proved to be an efficient tool and it was later taken to the Image, Identity and Territory Symposium (SIIT) to encourage exchange among researchers from the network in a creative way. Finally, the researchers used it in an activity at Maré Arts Center to support a discussion on NGOs' actions inside the favela and how they relate to the territory. We intend to analyse the game process as a possibility to expand a democratic dialogue by means of design, linking theoretical
bases to a practice of a political project.
Keywords: codesign; democracy; design anthropology; conversation dispositifs.
SIIT7. E agora, América Latina?, 2017
SDRJ - Strategic Design Research Journal, 2018
Our goal in these few lines is to contribute with some thoughts, acquired in Rio de Janeiro, awar... more Our goal in these few lines is to contribute with some
thoughts, acquired in Rio de Janeiro, aware as we are of
the need to value thoughts and practices of the Global
South, without losing the chance of opening a channel for
a permanent exchange with the Northern hemisphere. And,
although we find ourselves in a globalised world, fraught
with migrations taken in so many directions, the North
maintains its hegemonic position over the South when
progressive governments that attempted at times to find
alternatives for development eventually moved on to implement
the same developmentalist policies. More than
geographical references, “North” and “South” are visions
of modes of development that, at times, cross the hemispheres,
intersect and change freely, but tend to be more
strongly opposed when hierarchical attempts are made.
Our focus of interest is not a North-South polarization, but
the constitution of both in a relation that is free, with no
place for submissiveness. A “South” that is not “sub”. To this
end, we start the debate by proposing the understanding of
autonomy in a bio-political key, and move ahead with the
problem of development and possible alternatives such as
commons and Buen Vivir, and present some experiences
carried out at ESDI/UERJ, especially at the LaDA - Design
and Anthropology Laboratory.
A partir da reflexão sobre como a prática do design vem se constituindo como uma potente ferramen... more A partir da reflexão sobre como a prática do design vem se constituindo como uma potente ferramenta de articulação social, o presente artigo se propõe a construir uma malha de significação a partir tanto da visão histórica da transformação do papel do design, como do que vem sendo produzido sobre suas novas possibilidades, fazendo uso do método de revisão integrativa como um processo capaz de filtrar de maneira relevante os resultados obtidos em uma pesquisa de revisão de literatura. Pretende se, assim, identificar os artigos acadêmicos que abordem o design como ferramenta metodológica para auxiliar e promover processos democráticos de participação cidadã, considerando o número de ocorrências, conceitos utilizados e resultados obtidos. Por fim, o artigo procura discutir o modelo de pesquisa de revisão integrativa, propondo uma reflexão crítica sobre o tensionamento entre um processo metodológico de pesquisa em design altamente rigoroso e sistemático e a sua adequação a um processo capaz de incluir subjetividades imanentes a própria pesquisa.
Durante a última década o Rio de Janeiro tem sofrido duros impactos sociais, econômicos e polític... more Durante a última década o Rio de Janeiro tem sofrido duros impactos sociais, econômicos e políticos em decorrência da realização dos mega eventos que agridem a cidade de diferentes maneiras: por um lado truculentas remoções sobre as populações menos favorecidas intensificam a reprodução sistemática da violência; por outro, uma espetacularização da cidade que, ao privilegiar a paisagem pronta a ser consumida pelo turista em detrimento das necessidades cotidianas, reduz experiências de partilha e de constituição do comum urbano. Em 2013, manifestações preencheram ruas e praças reivindicando melhores serviços para os cidadãos – transporte, saúde e educação – e, sobretudo, mais participação nas decisões do poder público. Além das reivindicações, as ocupações dos espaços públicos transformaram-se em verdadeiros laboratórios de experimentações estético-políticas. O ciclo multitudinário, apesar de aparentemente encerrado, deixa um legado: inúmeros coletivos seguem em processos de commoning por diferentes meios, desde hortas comunitárias até feiras de trocas, passando pelas mais variadas práticas colaborativas como forma de resistência. O commoning urbano – o fazer junto com objetivos comuns – é efetivamente um terreno fértil para experimentos onde afetividade e política se articulam na co-criação de novas práticas sócio-culturais. Por meio dessa proposta, pretendemos pensar e explorar metodologias do campo do design para a construção coletiva de imagens e imaginários democráticos a partir de formas alternativas de cidadania no espaço público, assumindo a praça como um lugar de encontro com o risco e com a alteridade.
O Rio de Janeiro tem sido palco de megaeventos que agridem a cidade de diferentes maneiras: por u... more O Rio de Janeiro tem sido palco de megaeventos que agridem a cidade de diferentes maneiras: por um lado truculentas remoções sobre as populações menos favorecidas intensificam a reprodução sistemática da violência; por outro, uma espetacularização da cidade que, ao privilegiar a paisagem pronta a ser consumida pelo turista em detrimento das necessidades cotidianas, reduz experiências de partilha (Rancière) e de constituição do comum urbano (Negri). Em 2013, manifestações preencheram ruas e praças reivindicando melhores serviços para os cidadãos – transporte, saúde e educação – e, sobretudo, mais participação nas decisões do poder público. Para além das reivindicações em si, as manifestações e ocupações dos espaços públicos transformaram-se em verdadeiros laboratórios de experimentações estéticopolíticas. O ciclo multitudinário apesar de aparentemente encerrado, deixa um legado: inúmeros coletivos seguem em processos de commoning por diferentes meios, desde hortas comunitárias até feiras de trocas, passando pelas mais variadas práticas colaborativas. O commoning urbano – o fazer junto com objetivos comuns – é efetivamente um terreno fértil para experimentos onde afetividade e política se articulam na co-criação. Por meio dessa proposta, pretendemos pensar e explorar metodologias do campo do design para a construção coletiva de imagens e imaginários democráticos a partir de formas alternativas de cidadania no espaço público, assumindo a praça como um lugar de encontro com o risco e com a alteridade.