Martha Bento Lima | UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Rio de Janeiro State University (original) (raw)
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Papers by Martha Bento Lima
Revista Polis e Psique, 2018
Entre os anos 2011 e 2015 realizamos uma Oficina de Composição Musical com crianças e adolescente... more Entre os anos 2011 e 2015 realizamos uma Oficina de Composição Musical com crianças e adolescentes na faixa etária compreendida entre 9 a 14 anos em um centro comunitário situado na favela do Morro dos Macacos, na cidade do Rio de Janeiro. Este ensaio traz um relato de experiência de intervenção realizada com os jovens durante esses anos em que a música serviu como um dispositivo de expansão e singularização da vida, permitindo a criação de práticas ético-estéticas pautadas por uma ética do Cuidado de Si. Tal relato oferecerá a paisagem sonora desafiadora em que estivemos implicados nos primeiros meses de realização da oficina na favela, problematizando as vivências, dificuldades e estratégias clínico-estéticas que procuramos desenvolver em uma realidade complexa, considerando alguns conceitos utilizados pela Filosofia da Diferença, pela psicanálise de Donald Winnicott e pela filosofia de Michel Foucault.
Entre os anos 2007 e 2009 realizamos uma Oficina de Composicao Musicalcom os jovens da comunidade... more Entre os anos 2007 e 2009 realizamos uma Oficina de Composicao Musicalcom os jovens da comunidade da Mangueira no Centro Cultural Cartola na cidade doRio de Janeiro no Brasil – atual Museu do Samba. A Oficina configurou-se como umdispositivo de intervencao psicossocial que teve como objetivo favorecer a expansao davida e processos de singularizacao subjetiva em um ambiente de risco e vulnerabilidadesocial. Os jovens participantes do projeto puderam experimentar ideias criativas ereflexoes acerca dos acontecimentos traumaticos vividos na comunidade, bem como asuperacao dos mesmos, agenciando novos modos de relacionamento entre eles pautadosem uma etica do cuidado de si e do outro, modos baseados na confianca de poderemfazer de suas vidas uma autentica obra/historia singular e coletiva.Nossa intervencao teve as contribuicoes teoricas do psicanalista ingles DonaldWinnicott que postulou sua terapeutica na importância da construcao de um ambiente deconfianca e estabilidade para os proces...
Revista Cultura de Paz, 2020
Este articulo investiga los efectos terapéuticos y culturales de la práctica de batuque a través ... more Este articulo investiga los efectos terapéuticos y culturales de la práctica de batuque a través del
grupo musical Finka Pé. El grupo está formado por mujeres de Cabo Verde y descendientes que
viven en la ciudad de Lisboa, en el barrio Alto da Cova da Moura, un suburbio de Lisboa donde se
concentran los inmigrantes de Cabo Verde. La música caboverdiana se ha constituido a nivel transnacional, más allá de las fronteras, y tiene en batuque uno de los géneros musicales más antiguos,
practicado principalmente por mujeres: las batucadeiras. Utilizamos las técnicas cualitativas del
método de cartografía, de observación participante, así como entrevistas y la constitución de un
diario de campo. Concluimos que la historia de batuque y batucadeiras es una historia de lucha y resistencia. A través de esta práctica musical de migrantes, no solo difunden la cultura caboverdiana,
sino que afirman espacios de cuidado, resiliencia y libertad entre ellos y la comunidad en la que
operan, dando nuevos significados a un lugar de ciudadanía para los inmigrantes caboverdianos
en Portugal.
Palabras clave: música; clínica; procesos de singularización; inmigración; micropolítica
Revista Humanae, 2020
Entre os anos 2007 e 2009 realizamos uma Oficina de Composição Musical com os jovens da comunidad... more Entre os anos 2007 e 2009 realizamos uma Oficina de Composição Musical com os jovens da comunidade da Mangueira no Centro Cultural Cartola na cidade do Rio de Janeiro no Brasil-atual Museu do Samba. A Oficina configurou-se como um dispositivo de intervenção psicossocial que teve como objetivo favorecer a expansão da vida e processos de singularização subjetiva em um ambiente de risco e vulnerabilidade social. Os jovens participantes do projeto puderam experimentar ideias criativas e reflexões acerca dos acontecimentos traumáticos vividos na comunidade, bem como a superação dos mesmos, agenciando novos modos de relacionamento entre eles pautados em uma ética do cuidado de si e do outro, modos baseados na confiança de poderem fazer de suas vidas uma autêntica obra/história singular e coletiva. Nossa intervenção teve as contribuições teóricas do psicanalista inglês Donald Winnicott que postulou sua terapêutica na importância da construção de um ambiente de confiança e estabilidade para os processos de sigularização subjetiva.
Palavras chave: processos de singularização; comunidade; ética do cuidado de si e do outro; vulnerabilidade social.
Revista Polis e Psique, 2017
Resumo: Entre os anos 2011 e 2015 realizamos uma Oficina de Composição Musical com crianças e ado... more Resumo: Entre os anos 2011 e 2015 realizamos uma Oficina de Composição Musical com crianças e adolescentes na faixa etária compreendida entre 9 a 14 anos em um centro comunitário situado na favela do Morro dos Macacos, na cidade do Rio de Janeiro. Este ensaio traz um relato de experiência de intervenção realizada com os jovens durante esses anos em que a música serviu como um dispositivo de expansão e singularização da vida, permitindo a criação de práticas ético-estéticas pautadas por uma ética do Cuidado de Si. Tal relato oferecerá a paisagem sonora desafiadora em que estivemos implicados nos primeiros meses de realização da oficina na favela, problematizando as vivências, dificuldades e estratégias clínico-estéticas que procuramos desenvolver em uma realidade complexa, considerando alguns conceitos utilizados pela Filosofia da Diferença, pela psicanálise de Donald Winnicott e pela filosofia de Michel Foucault.
Palavras-chave: Música; Clínica; Política, Jovens; Favela.
Revista Humanae, 2017
O presente ensaio aborda a experiência do brincar como necessária à produção de subjetividade pau... more O presente ensaio aborda a experiência do brincar como necessária à
produção de subjetividade pautada em processos de invenção e cuidado de si e do
outro. Tem por perspectiva a teoria psicanalítica de Donnald Winnicott, que toma o
brincar como potência em si mesmo, tanto para clínica como para vida. Por meio do
brincar podemos habitar um espaço entre mundo interior e experiência
compartilhada. É nesse espaço que o sujeito é capaz de transitar por universos
sensíveis de expressão da potência da vida. Por isso, nesse sentido, Winnicott
(1975) afirma que não é o material da brincadeira que na psicanálise é revelador e
conduz ao crescimento e à saúde, mas exatamente, o contrário, a brincadeira é que
é terapêutica, própria da saúde e da expressão criativa, é a ação do brincar que
conduz a comunicação criadora com o mundo, podendo ser uma forma de
comunicação e cuidado na psicanálise.
Palavras-chave:, Clínica; Brincar; Jovens; Cuidado; Música; Política
Revista Mnemosine, 2016
Este artigo analisa o uso da canção popular brasileira como dispositivo de intervenção no campo d... more Este artigo analisa o uso da canção popular brasileira como dispositivo de intervenção no campo da Clínica ético-política e da História Oral. Trabalhamos com grupos de jovens entre 10 a 14 anos em oficinas de composição musical realizadas em duas favelas: a favela da Mangueira e a favela do Morro dos Macacos, situadas na cidade do Rio de Janeiro. Procuramos analisar a canção como uma fonte vigorosa para uma história do tempo presente, podendo evidenciar a reserva/fonte de memória de um grupo em uma época, servindo de resistência ao produzir questionamentos dos modelos hegemônicos com a invenção de mundos diferentes. Palavras-chave: música; clínica-política; jovens de baixa-renda.
Revista Mnemosine, 2016
De acordo com Nietzsche, a música seria um caminho privilegiado para a unificação dos impulsos d... more De acordo com Nietzsche, a música seria um caminho privilegiado para a unificação
dos impulsos dionisíacos e apolíneos, pois habita a troca incessante das aparências. Ela
nasceu do coro ditirâmbico dionisíaco, tal é a faculdade de unificar os contrários
mantendo seus paradoxos. Sendo assim, o presente artigo discute a possibilidade de a
música ser um dispositivo a inaugurar novos espaços que harmonizem as relações entre
o dentro e o fora, o eu e o mundo, produzindo devires que escapam às capturas
dominantes.
Palavras-chave: música; devir; processos de subjetivação
Revista Polis e Psique, 2018
Entre os anos 2011 e 2015 realizamos uma Oficina de Composição Musical com crianças e adolescente... more Entre os anos 2011 e 2015 realizamos uma Oficina de Composição Musical com crianças e adolescentes na faixa etária compreendida entre 9 a 14 anos em um centro comunitário situado na favela do Morro dos Macacos, na cidade do Rio de Janeiro. Este ensaio traz um relato de experiência de intervenção realizada com os jovens durante esses anos em que a música serviu como um dispositivo de expansão e singularização da vida, permitindo a criação de práticas ético-estéticas pautadas por uma ética do Cuidado de Si. Tal relato oferecerá a paisagem sonora desafiadora em que estivemos implicados nos primeiros meses de realização da oficina na favela, problematizando as vivências, dificuldades e estratégias clínico-estéticas que procuramos desenvolver em uma realidade complexa, considerando alguns conceitos utilizados pela Filosofia da Diferença, pela psicanálise de Donald Winnicott e pela filosofia de Michel Foucault.
Entre os anos 2007 e 2009 realizamos uma Oficina de Composicao Musicalcom os jovens da comunidade... more Entre os anos 2007 e 2009 realizamos uma Oficina de Composicao Musicalcom os jovens da comunidade da Mangueira no Centro Cultural Cartola na cidade doRio de Janeiro no Brasil – atual Museu do Samba. A Oficina configurou-se como umdispositivo de intervencao psicossocial que teve como objetivo favorecer a expansao davida e processos de singularizacao subjetiva em um ambiente de risco e vulnerabilidadesocial. Os jovens participantes do projeto puderam experimentar ideias criativas ereflexoes acerca dos acontecimentos traumaticos vividos na comunidade, bem como asuperacao dos mesmos, agenciando novos modos de relacionamento entre eles pautadosem uma etica do cuidado de si e do outro, modos baseados na confianca de poderemfazer de suas vidas uma autentica obra/historia singular e coletiva.Nossa intervencao teve as contribuicoes teoricas do psicanalista ingles DonaldWinnicott que postulou sua terapeutica na importância da construcao de um ambiente deconfianca e estabilidade para os proces...
Revista Cultura de Paz, 2020
Este articulo investiga los efectos terapéuticos y culturales de la práctica de batuque a través ... more Este articulo investiga los efectos terapéuticos y culturales de la práctica de batuque a través del
grupo musical Finka Pé. El grupo está formado por mujeres de Cabo Verde y descendientes que
viven en la ciudad de Lisboa, en el barrio Alto da Cova da Moura, un suburbio de Lisboa donde se
concentran los inmigrantes de Cabo Verde. La música caboverdiana se ha constituido a nivel transnacional, más allá de las fronteras, y tiene en batuque uno de los géneros musicales más antiguos,
practicado principalmente por mujeres: las batucadeiras. Utilizamos las técnicas cualitativas del
método de cartografía, de observación participante, así como entrevistas y la constitución de un
diario de campo. Concluimos que la historia de batuque y batucadeiras es una historia de lucha y resistencia. A través de esta práctica musical de migrantes, no solo difunden la cultura caboverdiana,
sino que afirman espacios de cuidado, resiliencia y libertad entre ellos y la comunidad en la que
operan, dando nuevos significados a un lugar de ciudadanía para los inmigrantes caboverdianos
en Portugal.
Palabras clave: música; clínica; procesos de singularización; inmigración; micropolítica
Revista Humanae, 2020
Entre os anos 2007 e 2009 realizamos uma Oficina de Composição Musical com os jovens da comunidad... more Entre os anos 2007 e 2009 realizamos uma Oficina de Composição Musical com os jovens da comunidade da Mangueira no Centro Cultural Cartola na cidade do Rio de Janeiro no Brasil-atual Museu do Samba. A Oficina configurou-se como um dispositivo de intervenção psicossocial que teve como objetivo favorecer a expansão da vida e processos de singularização subjetiva em um ambiente de risco e vulnerabilidade social. Os jovens participantes do projeto puderam experimentar ideias criativas e reflexões acerca dos acontecimentos traumáticos vividos na comunidade, bem como a superação dos mesmos, agenciando novos modos de relacionamento entre eles pautados em uma ética do cuidado de si e do outro, modos baseados na confiança de poderem fazer de suas vidas uma autêntica obra/história singular e coletiva. Nossa intervenção teve as contribuições teóricas do psicanalista inglês Donald Winnicott que postulou sua terapêutica na importância da construção de um ambiente de confiança e estabilidade para os processos de sigularização subjetiva.
Palavras chave: processos de singularização; comunidade; ética do cuidado de si e do outro; vulnerabilidade social.
Revista Polis e Psique, 2017
Resumo: Entre os anos 2011 e 2015 realizamos uma Oficina de Composição Musical com crianças e ado... more Resumo: Entre os anos 2011 e 2015 realizamos uma Oficina de Composição Musical com crianças e adolescentes na faixa etária compreendida entre 9 a 14 anos em um centro comunitário situado na favela do Morro dos Macacos, na cidade do Rio de Janeiro. Este ensaio traz um relato de experiência de intervenção realizada com os jovens durante esses anos em que a música serviu como um dispositivo de expansão e singularização da vida, permitindo a criação de práticas ético-estéticas pautadas por uma ética do Cuidado de Si. Tal relato oferecerá a paisagem sonora desafiadora em que estivemos implicados nos primeiros meses de realização da oficina na favela, problematizando as vivências, dificuldades e estratégias clínico-estéticas que procuramos desenvolver em uma realidade complexa, considerando alguns conceitos utilizados pela Filosofia da Diferença, pela psicanálise de Donald Winnicott e pela filosofia de Michel Foucault.
Palavras-chave: Música; Clínica; Política, Jovens; Favela.
Revista Humanae, 2017
O presente ensaio aborda a experiência do brincar como necessária à produção de subjetividade pau... more O presente ensaio aborda a experiência do brincar como necessária à
produção de subjetividade pautada em processos de invenção e cuidado de si e do
outro. Tem por perspectiva a teoria psicanalítica de Donnald Winnicott, que toma o
brincar como potência em si mesmo, tanto para clínica como para vida. Por meio do
brincar podemos habitar um espaço entre mundo interior e experiência
compartilhada. É nesse espaço que o sujeito é capaz de transitar por universos
sensíveis de expressão da potência da vida. Por isso, nesse sentido, Winnicott
(1975) afirma que não é o material da brincadeira que na psicanálise é revelador e
conduz ao crescimento e à saúde, mas exatamente, o contrário, a brincadeira é que
é terapêutica, própria da saúde e da expressão criativa, é a ação do brincar que
conduz a comunicação criadora com o mundo, podendo ser uma forma de
comunicação e cuidado na psicanálise.
Palavras-chave:, Clínica; Brincar; Jovens; Cuidado; Música; Política
Revista Mnemosine, 2016
Este artigo analisa o uso da canção popular brasileira como dispositivo de intervenção no campo d... more Este artigo analisa o uso da canção popular brasileira como dispositivo de intervenção no campo da Clínica ético-política e da História Oral. Trabalhamos com grupos de jovens entre 10 a 14 anos em oficinas de composição musical realizadas em duas favelas: a favela da Mangueira e a favela do Morro dos Macacos, situadas na cidade do Rio de Janeiro. Procuramos analisar a canção como uma fonte vigorosa para uma história do tempo presente, podendo evidenciar a reserva/fonte de memória de um grupo em uma época, servindo de resistência ao produzir questionamentos dos modelos hegemônicos com a invenção de mundos diferentes. Palavras-chave: música; clínica-política; jovens de baixa-renda.
Revista Mnemosine, 2016
De acordo com Nietzsche, a música seria um caminho privilegiado para a unificação dos impulsos d... more De acordo com Nietzsche, a música seria um caminho privilegiado para a unificação
dos impulsos dionisíacos e apolíneos, pois habita a troca incessante das aparências. Ela
nasceu do coro ditirâmbico dionisíaco, tal é a faculdade de unificar os contrários
mantendo seus paradoxos. Sendo assim, o presente artigo discute a possibilidade de a
música ser um dispositivo a inaugurar novos espaços que harmonizem as relações entre
o dentro e o fora, o eu e o mundo, produzindo devires que escapam às capturas
dominantes.
Palavras-chave: música; devir; processos de subjetivação