Paulo Ribeiro | UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Rio de Janeiro State University (original) (raw)
Papers by Paulo Ribeiro
crítica pós-crítica modernidade fetichismo O texto trata dos impasses da crítica de arte na atual... more crítica pós-crítica modernidade fetichismo O texto trata dos impasses da crítica de arte na atualidade. Hal Foster traça uma análise panorâmica sobre o que nos teria conduzido a uma condição pós-crítica. O autor articula as diversas posições sobre a crítica, e seus conceitos adjacentes, lidando particularmente com autores como Bruno Latour e Jacques Rancière. A teoria crítica levou uma surra séria durante o embate cultural das décadas de 1980 e 1990, e a seguinte foi ainda pior. Sob o governo de George W. Bush, a demanda de afirmação foi quase total, e hoje há pouco espaço para crítica, mesmo nas universidades e nos museus. Intimidada por comentaristas conservadores, a maioria dos acadêmicos não enfatizou mais a importância do pensamento crítico para uma cidadania engajada, e a maioria dos curadores, dependentes de patrocinadores corporativos, também não promove o debate crítico, antes considerado essencial para a recepção pública da arte de ponta. De fato, o completo desuso da crítica no mundo da arte, que não se poderia importar menos, parece evidente. Quais são, porém, as opções em oferta? Celebrar a beleza? Afirmar o afeto? Esperar uma 'redistribuição do sensível'? Confiar no 'intelecto geral'? A condição póscrítica supostamente nos liberta de nossas camisas de força (históricas, teóricas e políticas), mas, de modo geral, incentivou um relativismo que tem pouco a ver com pluralismo. 1 Como chegamos no ponto em que a crítica é tão amplamente desconsiderada? Ao longo dos anos, a maioria das acusações se dirigiu ao posicionamento do crítico. Primeiro, houve uma rejeição do 'juízo', do direito moral presumido na avaliação crítica. Depois, houve recusa de 'autoridade', do privilégio político que permite ao crítico falar abstratamente em nome dos outros. Finalmente, houve ceticismo a respeito de 'distância' e de isenção em relação às próprias condições culturais que o crítico se propõe a exa-POST-CRITICISM | The text addresses the impasses of art criticism today. Hal Foster outlines an overview of what has led us to a post-criticism condition. The author discusses the different attitudes toward criticism and its adjacent concepts, dealing particularly with authors such as Bruno Latour and Jacques Rancière. | Criticism, post-criticism, modernity, fetishism. Memórias Guy Debord, s.d.
crítica pós-crítica modernidade fetichismo O texto trata dos impasses da crítica de arte na atual... more crítica pós-crítica modernidade fetichismo O texto trata dos impasses da crítica de arte na atualidade. Hal Foster traça uma análise panorâmica sobre o que nos teria conduzido a uma condição pós-crítica. O autor articula as diversas posições sobre a crítica, e seus conceitos adjacentes, lidando particularmente com autores como Bruno Latour e Jacques Rancière. A teoria crítica levou uma surra séria durante o embate cultural das décadas de 1980 e 1990, e a seguinte foi ainda pior. Sob o governo de George W. Bush, a demanda de afirmação foi quase total, e hoje há pouco espaço para crítica, mesmo nas universidades e nos museus. Intimidada por comentaristas conservadores, a maioria dos acadêmicos não enfatizou mais a importância do pensamento crítico para uma cidadania engajada, e a maioria dos curadores, dependentes de patrocinadores corporativos, também não promove o debate crítico, antes considerado essencial para a recepção pública da arte de ponta. De fato, o completo desuso da crítica no mundo da arte, que não se poderia importar menos, parece evidente. Quais são, porém, as opções em oferta? Celebrar a beleza? Afirmar o afeto? Esperar uma 'redistribuição do sensível'? Confiar no 'intelecto geral'? A condição póscrítica supostamente nos liberta de nossas camisas de força (históricas, teóricas e políticas), mas, de modo geral, incentivou um relativismo que tem pouco a ver com pluralismo. 1 Como chegamos no ponto em que a crítica é tão amplamente desconsiderada? Ao longo dos anos, a maioria das acusações se dirigiu ao posicionamento do crítico. Primeiro, houve uma rejeição do 'juízo', do direito moral presumido na avaliação crítica. Depois, houve recusa de 'autoridade', do privilégio político que permite ao crítico falar abstratamente em nome dos outros. Finalmente, houve ceticismo a respeito de 'distância' e de isenção em relação às próprias condições culturais que o crítico se propõe a exa-POST-CRITICISM | The text addresses the impasses of art criticism today. Hal Foster outlines an overview of what has led us to a post-criticism condition. The author discusses the different attitudes toward criticism and its adjacent concepts, dealing particularly with authors such as Bruno Latour and Jacques Rancière. | Criticism, post-criticism, modernity, fetishism. Memórias Guy Debord, s.d.