Sarah Nery | UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Rio de Janeiro State University (original) (raw)
Papers by Sarah Nery
A pesquisa começa em um pequeno acampamento de protesto do movimento Ocupa/Oc... more A pesquisa começa em um pequeno acampamento de protesto do movimento Ocupa/Occupy, na cidade de Niterói, Rio de Janeiro, em dezembro de 2011, e apresenta diferentes acontecimentos que sucederam nas ruas e redes desde então, relacionados aos levantes de multidões em todo o mundo, até chegar aos acontecimentos das chamadas Jornadas de Junho, em 2013, no Brasil. Uma contextualização mais ampla é tecida por meio de outros acontecimentos históricos, como Canudos, o ano de 1968, o movimento zapatista, os Dias de Ação Global e a revolta popular argentina de 2001, assim como, aproximando-se do campo da pesquisa, os acontecimentos na Islândia em 2008, a Primavera Árabe, o movimento dos indignados europeus e o Occupy norte-americano. Nessa trajetória, procura-se investigar as relações entre juventudes, cidades e redes nas práticas cidadãs contemporâneas, encaradas então como práticas educativas, que passaram a ser realizadas de diferentes formas globalmente, com ênfase nos acontecimentos de Niterói e do Rio, entre 2011 e 2013. Trabalha-se a partir de uma perspectiva histórico-cultural, tendo como fundamento metodológico o “pesquisar com”, que pressupõe o encontro com o outro e o diálogo alteritário no campo da pesquisa. A partir da relação entre experiência e sentido, o texto é construído dialogicamente através das narrativas dos sujeitos participantes do Ocupa Niterói, quando procura-se investigar as possíveis aprendizagens proporcionadas pela experiência.
Palavras-chave: Ocupa. Experiência. Juventudes. Cidades. Redes.
Texto escrito em meio aos acontecimentos de 2013.
Partindo do amor pela rua e pelo outro, este artigo procura enxergar as pequenas e grandes aprend... more Partindo do amor pela rua e pelo outro, este artigo procura enxergar as pequenas e grandes aprendizagens que acontecem nos cotidianos das cidades. Com o auxílio da sociologia do cotidiano, de José Machado Pais, do sujeito da experiência, de Jorge Larrosa, e das cidades educadoras, de Paulo Carrano, o texto apresenta encontros com o outro no espaço público das cidades, particularmente proporcionados pelo movimento Ocupa, versão nacional do movimento global Occupy, no Brasil, no qual a pesquisadora participa como cidadã e a partir do qual a cidadã se tornou pesquisadora. O objetivo é pensar a rede de relações que tem sido tecida entre as juventudes, as cidades, a cibercultura e a educação, a partir de uma abordagem histórico-cultural.
Books by Sarah Nery
#Ocupa, 2018
Fruto de uma pesquisa de doutorado desenvolvida em meio aos levantes populares de 2011 a 2014 no ... more Fruto de uma pesquisa de doutorado desenvolvida em meio aos levantes populares de 2011 a 2014 no Brasil e no mundo, este livro apresenta narrativas de experiência a partir de sujeitos que participaram dos acontecimentos Ocupa, uma tática de resistência já utilizada por alguns movimentos sociais no mundo de diferentes maneiras (ocupações de imóveis e de terras, principalmente), mas que, a partir da Primavera Árabe, se espalhou pelas praças e outros espaços públicos do planeta, que passaram a ser ocupados pelo movimento dos indignados europeus, pelo Occupy Wall Street e por todos os Ocupas que surgiram no final de 2011 em várias capitais do Brasil e permanecem multiplicando-se até hoje.
O objetivo deste trabalho é lançar um olhar sobre a carreira da atriz Regina Casé como apresentad... more O objetivo deste trabalho é lançar um olhar sobre a carreira da atriz Regina Casé como apresentadora de televisão, atividade que exerce na TV Globo desde a estréia de Programa Legal, em 1991. A pesquisa traça uma trajetória da atriz que começa com esse programa e chega ao mais recente Central da Periferia (2006), que, por sua atualidade e relevância no debate contemporâneo, ganha mais destaque na análise. A partir da revisão dessa produção, analisa-se o projeto de visibilidade afirmativa que a atriz está realizando, muitas vezes em parceria com os antropólogos Hermano Vianna e Guel Arraes, no qual apresenta personagens anônimos e histórias do cotidiano. Em Central da Periferia, seus idealizadores passam a expor um discurso político que estaria vinculado à sua proposta de afirmação cultural. Analisamos, então, essa proposta de visibilidade e problematizamos as mediações envolvidas junto à “voz da periferia” nesse programa de televisão. Tendo como base as discussões teóricas sobre a alteridade, o subalterno e o Outro, questionamos, por fim, a possibilidade dessa periferia falar e ser representada.
A pesquisa começa em um pequeno acampamento de protesto do movimento Ocupa/Oc... more A pesquisa começa em um pequeno acampamento de protesto do movimento Ocupa/Occupy, na cidade de Niterói, Rio de Janeiro, em dezembro de 2011, e apresenta diferentes acontecimentos que sucederam nas ruas e redes desde então, relacionados aos levantes de multidões em todo o mundo, até chegar aos acontecimentos das chamadas Jornadas de Junho, em 2013, no Brasil. Uma contextualização mais ampla é tecida por meio de outros acontecimentos históricos, como Canudos, o ano de 1968, o movimento zapatista, os Dias de Ação Global e a revolta popular argentina de 2001, assim como, aproximando-se do campo da pesquisa, os acontecimentos na Islândia em 2008, a Primavera Árabe, o movimento dos indignados europeus e o Occupy norte-americano. Nessa trajetória, procura-se investigar as relações entre juventudes, cidades e redes nas práticas cidadãs contemporâneas, encaradas então como práticas educativas, que passaram a ser realizadas de diferentes formas globalmente, com ênfase nos acontecimentos de Niterói e do Rio, entre 2011 e 2013. Trabalha-se a partir de uma perspectiva histórico-cultural, tendo como fundamento metodológico o “pesquisar com”, que pressupõe o encontro com o outro e o diálogo alteritário no campo da pesquisa. A partir da relação entre experiência e sentido, o texto é construído dialogicamente através das narrativas dos sujeitos participantes do Ocupa Niterói, quando procura-se investigar as possíveis aprendizagens proporcionadas pela experiência.
Palavras-chave: Ocupa. Experiência. Juventudes. Cidades. Redes.
Texto escrito em meio aos acontecimentos de 2013.
Partindo do amor pela rua e pelo outro, este artigo procura enxergar as pequenas e grandes aprend... more Partindo do amor pela rua e pelo outro, este artigo procura enxergar as pequenas e grandes aprendizagens que acontecem nos cotidianos das cidades. Com o auxílio da sociologia do cotidiano, de José Machado Pais, do sujeito da experiência, de Jorge Larrosa, e das cidades educadoras, de Paulo Carrano, o texto apresenta encontros com o outro no espaço público das cidades, particularmente proporcionados pelo movimento Ocupa, versão nacional do movimento global Occupy, no Brasil, no qual a pesquisadora participa como cidadã e a partir do qual a cidadã se tornou pesquisadora. O objetivo é pensar a rede de relações que tem sido tecida entre as juventudes, as cidades, a cibercultura e a educação, a partir de uma abordagem histórico-cultural.
#Ocupa, 2018
Fruto de uma pesquisa de doutorado desenvolvida em meio aos levantes populares de 2011 a 2014 no ... more Fruto de uma pesquisa de doutorado desenvolvida em meio aos levantes populares de 2011 a 2014 no Brasil e no mundo, este livro apresenta narrativas de experiência a partir de sujeitos que participaram dos acontecimentos Ocupa, uma tática de resistência já utilizada por alguns movimentos sociais no mundo de diferentes maneiras (ocupações de imóveis e de terras, principalmente), mas que, a partir da Primavera Árabe, se espalhou pelas praças e outros espaços públicos do planeta, que passaram a ser ocupados pelo movimento dos indignados europeus, pelo Occupy Wall Street e por todos os Ocupas que surgiram no final de 2011 em várias capitais do Brasil e permanecem multiplicando-se até hoje.
O objetivo deste trabalho é lançar um olhar sobre a carreira da atriz Regina Casé como apresentad... more O objetivo deste trabalho é lançar um olhar sobre a carreira da atriz Regina Casé como apresentadora de televisão, atividade que exerce na TV Globo desde a estréia de Programa Legal, em 1991. A pesquisa traça uma trajetória da atriz que começa com esse programa e chega ao mais recente Central da Periferia (2006), que, por sua atualidade e relevância no debate contemporâneo, ganha mais destaque na análise. A partir da revisão dessa produção, analisa-se o projeto de visibilidade afirmativa que a atriz está realizando, muitas vezes em parceria com os antropólogos Hermano Vianna e Guel Arraes, no qual apresenta personagens anônimos e histórias do cotidiano. Em Central da Periferia, seus idealizadores passam a expor um discurso político que estaria vinculado à sua proposta de afirmação cultural. Analisamos, então, essa proposta de visibilidade e problematizamos as mediações envolvidas junto à “voz da periferia” nesse programa de televisão. Tendo como base as discussões teóricas sobre a alteridade, o subalterno e o Outro, questionamos, por fim, a possibilidade dessa periferia falar e ser representada.