Valter Junior | Universidade Federal do Acre (original) (raw)
Papers by Valter Junior
SAMPAIO JR. Valter de Araújo, 2014
Trata-se de uma breve pesquisa na qual pontuou-se algumas das principais contribuições da escola ... more Trata-se de uma breve pesquisa na qual pontuou-se algumas das principais contribuições da escola fisiocrática à Ciência Econômica.
O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma análise das teorias da expiação que foram des... more O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma análise das teorias da expiação que foram desenvolvidas ao longo da história da igreja. O período compreendido estende-se da igreja primitiva até o chamado período moderno, que compreende o período da revolução francesa (1789) até a primeira guerra mundial. Não se trata de uma exposição exaustiva, nem de um tratamento de todas as teorias, mas de uma introdução que serve de panorama para doutrina em questão.
Trabalho realizado no SPBC-RO, na disciplina de Vocação e Espiritualidade.
O presente trabalho procura entender o chamado Novo-Desenvolvimentismo, investigando o papel do E... more O presente trabalho procura entender o chamado Novo-Desenvolvimentismo, investigando o papel do Estado dentro dessa temática. Busca também apresentar a proposta novo-desenvolvimentista, comparando a forma de participação do Estado com as proposições feitas no Nacional-Desenvolvimentismo, buscando identificar possíveis semelhanças e diferenças. Para tanto, primeiramente, faz-se um breve histórico do processo de desenvolvimento econômico brasileiro, iniciando-se na década de 1930 até os dias atuais. Posteriormente, é feita a exposição dos grupos de pesquisa supracitados que se dedicam ao estudo do chamado Novo-desenvolvimentismo, destacando-se o objeto deste trabalho, que é o papel estatal, ao mesmo tempo em que se faz comparação entre o novo-desenvolvimentismo e o modelo nacional-desenvolvimentista, procurando observar possíveis semelhanças e/ou diferenças. O trabalho focaliza os seguintes centros de pesquisa: Fundação Getúlio Vargas, FGV- São Paulo, onde se encontra Luiz Carlos Bresser-Pereira, um dos percussores nesta discussão; Grupo de pesquisa sobre Moeda e Sistemas financeiros, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, que também envolve nomes de outras faculdades de economia; no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), e no Instituto de Economia da Universidade de Campinas – Unicamp. Através da revisão bibliográfica efetuada, mostrou-se que estes centros são os principais pólos de discussão sobre o Novo-Desenvolvimentismo. Com base nas análises feitas, o trabalho constatou que, embora uma diversidade nas propostas que visem o desenvolvimento econômico brasileiro, todas as visões apresentam estratégias de desenvolvimento cujos princípios remetem a um Estado mais ativo, coordenador, e ao mesmo tempo, mais eficiente e leve, mostrando aspectos relevantes dos períodos passados, a saber, do Nacional-Desenvolvimentismo e do neoliberalismo.
Acta Scientiarum. Animal Sciences, 2010
... Fábio Jacobs Dias1, Clóves Cabreira Jobim2, José Luis Soriani Filho2, Valter Harry Bumbieris ... more ... Fábio Jacobs Dias1, Clóves Cabreira Jobim2, José Luis Soriani Filho2, Valter Harry Bumbieris Junior3*, Edson Carlos Poppi4 e Graziela Aparecida Santello5 ... December 20,5 32,3 96,0 Janeiro January 19,6 30,3 417,5 Fevereiro February 20,9 32,4 19,0 Março March 23,7 33,5 ...
Drafts by Valter Junior
O material para a construção de uma teologia dogmática vem da Sagrada Escritura, do ensino da igr... more O material para a construção de uma teologia dogmática vem da Sagrada Escritura, do ensino da igreja e da experiência cristã. Desde o início, a Escritura serviu como a regra de fé e o fundamento de toda teologia. Como a igreja se espalhou e alcançou todo o mundo, tornou-se necessário esclarecer e fortalecer a regra de fé contra o ensino falso. Isso levou ao surgimento de uma forte autoridade de ensino episcopal eaum aumento da dependência da tradição autoritativa da igreja. Ao longo do tempo, o peso da tradição aumentou, enquanto o papel da Escritura diminuiu. A Reforma tentou renovar a ancoragem da igreja na Escritura e, no tempo, deu origem a uma " teologia bíblica " anti-escolástica. A inversão filosófica na filosofia, representada por Kant, Schleiermacher e Hegel, produziu ainda outro método teológico-o subjetivo. A experiência substituiu o conhecimento como o fundamento da teologia, que fo i separada da ciência e da metafísica. Tendo como ponto de partida a consciência cristã, foram feitas tentativas de basear a teologia na moralidade, no sentimento de dependência absoluta ou na revelação do Espírito universal. A preocupação com a normatividade e com a objetividade eventualmente levou a uma ênfase sobre o estudo científico da religião, de sua história e de sua psicologia. O Cristianismo devia ser estudado de forma crítica, exatamente como as outras religiões do mundo. Nem a objetividade científica nem o subjetivismo completo são possíveis. Todo conhecimento está arraigado na fé, e, para que a fé seja real, ela deve ter um objeto que não pode ser conhecido. Isso requer uma revelação divina que é mais que um cumprimento de um desejo subjetivo. A religião deve ser verdadeira e fornecer seu próprio caminho para o conhecimento e a certeza. Os teólogos cristãos devem colocar-se dentro do círculo da fé e, enquanto usam a tradição e a experiência, tomar seu lugar na realidade da revelação. Embora os teólogos dogmáticos estejam presos à revelação divina e devam levar a sério as confissões da igreja, seu trabalho também é pessoal e contextual. O sentimento religioso não pode servir como fonte epistemológica da verdade religiosa: a revelação divina é necessária. Ao mesmo tempo, essa verdade deve ser pessoalmente assimilada pela fé. A liberdade que isso proporciona não foi adequadamente compreendida pelo Catolicismo Romano. Há momentos em que figuras heróicas como Martinho Lutero são necessárias para combater o ensino falso e a conduta errada da igreja. Devemos obedecer a Deus, e não aos homens. O interesse pela normatividade baseada na revelação, na dogmática, não deve ser usado para servir como razão para se negligenciar ou negar a importância dos fatores confessional e cultural nos tratados dogmáticos. Ninguém está livre das influências da educação eclesiástica e do contexto ambiental específico. Nós sempre somos produto de nosso contexto, inclusive de nossa educação eclesiástica. A consciência dessa realidade levou algumas pessoas a tentarem se despir de sua identidade confessional e a voltar à situação mais confusa e ao " evangelho puro " do Novo Testamento e da igreja primitiva. A assim chamada " teologia bíblica " é, assim, oposta à " teologia escolástica " , como se esta não fosse bíblica. Mas colocar a Escritura em contraste com o ensino da igreja é tão
O Iluminismo foi um movimento que serviu de base para as filosofias racionalista e empirista. Est... more O Iluminismo foi um movimento que serviu de base para as filosofias racionalista e empirista. Estas, embora discordantes quanto a origem do conhecimento, concordavam que Deus estava fora da capacidade humana de conhecer. Assim, muitos teólogos que buscaram conciliar a fé Cristã com estas filosofias acabaram causando uma série de impactos na interpretação bíblica. Os relatos miraculosos descritos na Bíblia passaram a ser vistos como invenções do povo de Israel da Igreja primitiva. Até mesmo a ressurreição de Jesus foi desacreditada. Para tanto, os críticos da época procuraram tecer uma distinção entre a Fé a História: eventos relacionados a milagres e a ressurreição se encaixam no primeiro aspecto, enquanto que ocorreu de verdade deve ser buscado sem considerar tais elementos como históricos. Dessa forma, seria impossível considerar neste tipo de pensamento a inerrância e a infalibilidade da Escritura. De fato, essa foi a alegação dos intérpretes nesta época. Em seus entendimentos, a Bíblia deveria ser tratada como um livro comum, desvencilhada dos pressupostos da inspiração, bem como dos documentos dogmáticos e confessionais. Para eles, somente assim se poderia obter a verdadeira mensagem que a Bíblia procura passar. Consequentemente, uma nova base para a exegese precisava ser firmada. E como não havia espaço para considerar a infalibilidade da Escritura e, diante da influência da filosofia racionalista, coube a razão ser o instrumento que diria aquilo que deveria ser considerado na interpretação bíblica. Daí surge a aplicação do conceito de " Mito " na análise da Escritura. Aquilo que não é compreensível pela razão humana é classificado como " mito " , considerando que esta foi uma forma das pessoas da época bíblica explicarem fenômenos que não saberiam justificar racionalmente. Da mesma forma, houve o abandono da leitura cristológica do Antigo Testamento, para um método que procurava interpretar os dois testamentos de forma independente. Também é importante destacar a dialética hegeliana, que contribuiu para um abordagem da história em que Deus não precisaria ser invocado para um correto entendimento. Seu método também foi aplicado na teologia, tanto para se fazer interpretação bíblica, quanto para traçar a história da igreja primitiva. O método hermenêutico que surge desse período é chamado de método histórico-crítico. Dele surgem metodologias críticas que discordam em aspectos como objetivos e metodologia, mas que concordam quanto aos pressupostos elencados acima. São eles: a crítica das fontes, a crítica da forma, e a crítica da redação. A crítica das fontes procura identificar a autoria dos diversos autores dos textos e separar estes por cada autor, a fim de verificar a sua teologia. Com isso, parte do pressuposto de que a Bíblia não é infalível e de que sua autoria não é aquela tradicionalmente aceita, como no caso do Pentateuco a Moisés ou dos Evangelhos Sinóticos em relação a Mateus, Marcos e Lucas. Com isso, conclui que a Escritura demonstra ser um texto conflituoso entre si. A crítica das fontes foi desacreditada nos últimos anos devido ao seu caráter especulativo, embora ainda persista em alguns seminários. A crítica da forma procura analisar o período anterior a formação dos escritos bíblicos. Dessa forma, há uma busca por informações de lendas e mitos das religiões de outros povos da mesma época, a fim de se fazer uma comparação com a Escritura. Com isso, muitos estudiosos acabaram encontrando supostas semelhanças entre os relatos bíblicos e os relatos pagãos. Cabe então ao hermeneuta que usa este método tirar todos os elementos míticos da Bíblia e assim encontrar a sua verdadeira mensagem. Por fim, a crítica da redação se atém a identificar aqueles que editaram e organizaram a Bíblia, dando a ela a forma pela qual a conhecemos. Portanto, diferencia-se das demais por não buscar as fontes originais, nem a sua tradição oral anterior. Os que se utilizam deste método entendem que ao analisar a teologia dos redatores, conseguiriam chegar aos motivos que o fizeram editar o texto bíblico da forma como está, e assim, entender a teologia do período em que viviam.
O Estudo sistemático das verdades da fé cristã é descrito por muitos termos diferentes. A designa... more O Estudo sistemático das verdades da fé cristã é descrito por muitos termos diferentes. A designação "dogmática" tem a vantagem de fixar esse estudo no ensino normativo ou dogmas da igreja. Os dogmas são simplesmente aquelas verdades devidamente estabelecidas na Escritura como coisas que devem ser cridas. Uma verdade confessada pela igreja não é um dogma porque a igreja a reconhece, mas unicamente porque ela repousa sobre a autoridade de Deus. Não obstante, o dogma religioso é sempre uma combinação da autoridade divina com a confissão da igreja. Os dogmas são verdades reconhecidas por um grupo específico. Embora os dogmas da igreja tenham autoridade somente se forem realmente verdades de Deus, o ensino da igreja nunca é idêntico à verdade divina em si. Ao mesmo tempo, é um erro desvalorizar a maior parte dos dogmas como aberrações inconstantes da pura essência do evangelho não-dogmático, como fazem alguns teólogos modernos. A oposição ao dogma não é uma objeção geral ao dogma como tal, mas uma rejeição de dogmas específicos considerados inaceitáveis por alguns. Dessa forma, a teologia depois de Kant nega os dogmas arraigados em um conhecimento de Deus por causa do dogma moderno de que Deus é incognoscível. Os dogmas arraigados na moralidade ou na experiência religiosa são então colocados em seu lugar. Contudo, do ponto de vista da ortodoxia cristã, a dogmática é o conhecimento que Deus revelou em sua Palavra à sua igreja a respeito de si mesmo e de todas as criaturas em relação a ele. Ainda que objeções a esta definição em nome da fé geralmente provoquem enganos, nunca se deve esquecer que o conhecimento de Deus, que é o verdadeiro objeto da teologia dogmática, só é obtido pela fé. Deus não pode ser conhecido por nós sem a revelação recebida por meio da fé. A dogmática nada mais procura do que ser verdadeira para conhecimento de fé dado nessa revelação. A dogmática, portanto, não é ciência da fé ou religião, mas a ciência sobre Deus. A tarefa do dogmático é pensar os pensamentos de Deus à maneira dele e estabelecer sua unidade. Esta é uma tarefa que deve ser cumprida na convicção de que Deus falou, em humilde submissão à tradição de ensino da igreja, para comunicar a mensagem do evangelho ao mundo. O lugar próprio da dogmática na grande enciclopédia do estudo teológico não é uma questão de grande debate. A principal questão aqui tem a ver com a relação entre a teologia dogmática e a filosofia. Nem a sujeição da dogmática aos pressupostos filosóficos nem a separação dualista entre a teologia confessional e o estudo científico da religião são aceitáveis. Essa ruptura separa a vida dos professores de teologia e dos pastores. Os esforços para "resgatar" os estudos religiosos da acidez filosófica modernista são um favor que a igreja
SAMPAIO JR. Valter de Araújo, 2014
Trata-se de uma breve pesquisa na qual pontuou-se algumas das principais contribuições da escola ... more Trata-se de uma breve pesquisa na qual pontuou-se algumas das principais contribuições da escola fisiocrática à Ciência Econômica.
O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma análise das teorias da expiação que foram des... more O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma análise das teorias da expiação que foram desenvolvidas ao longo da história da igreja. O período compreendido estende-se da igreja primitiva até o chamado período moderno, que compreende o período da revolução francesa (1789) até a primeira guerra mundial. Não se trata de uma exposição exaustiva, nem de um tratamento de todas as teorias, mas de uma introdução que serve de panorama para doutrina em questão.
Trabalho realizado no SPBC-RO, na disciplina de Vocação e Espiritualidade.
O presente trabalho procura entender o chamado Novo-Desenvolvimentismo, investigando o papel do E... more O presente trabalho procura entender o chamado Novo-Desenvolvimentismo, investigando o papel do Estado dentro dessa temática. Busca também apresentar a proposta novo-desenvolvimentista, comparando a forma de participação do Estado com as proposições feitas no Nacional-Desenvolvimentismo, buscando identificar possíveis semelhanças e diferenças. Para tanto, primeiramente, faz-se um breve histórico do processo de desenvolvimento econômico brasileiro, iniciando-se na década de 1930 até os dias atuais. Posteriormente, é feita a exposição dos grupos de pesquisa supracitados que se dedicam ao estudo do chamado Novo-desenvolvimentismo, destacando-se o objeto deste trabalho, que é o papel estatal, ao mesmo tempo em que se faz comparação entre o novo-desenvolvimentismo e o modelo nacional-desenvolvimentista, procurando observar possíveis semelhanças e/ou diferenças. O trabalho focaliza os seguintes centros de pesquisa: Fundação Getúlio Vargas, FGV- São Paulo, onde se encontra Luiz Carlos Bresser-Pereira, um dos percussores nesta discussão; Grupo de pesquisa sobre Moeda e Sistemas financeiros, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, que também envolve nomes de outras faculdades de economia; no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), e no Instituto de Economia da Universidade de Campinas – Unicamp. Através da revisão bibliográfica efetuada, mostrou-se que estes centros são os principais pólos de discussão sobre o Novo-Desenvolvimentismo. Com base nas análises feitas, o trabalho constatou que, embora uma diversidade nas propostas que visem o desenvolvimento econômico brasileiro, todas as visões apresentam estratégias de desenvolvimento cujos princípios remetem a um Estado mais ativo, coordenador, e ao mesmo tempo, mais eficiente e leve, mostrando aspectos relevantes dos períodos passados, a saber, do Nacional-Desenvolvimentismo e do neoliberalismo.
Acta Scientiarum. Animal Sciences, 2010
... Fábio Jacobs Dias1, Clóves Cabreira Jobim2, José Luis Soriani Filho2, Valter Harry Bumbieris ... more ... Fábio Jacobs Dias1, Clóves Cabreira Jobim2, José Luis Soriani Filho2, Valter Harry Bumbieris Junior3*, Edson Carlos Poppi4 e Graziela Aparecida Santello5 ... December 20,5 32,3 96,0 Janeiro January 19,6 30,3 417,5 Fevereiro February 20,9 32,4 19,0 Março March 23,7 33,5 ...
O material para a construção de uma teologia dogmática vem da Sagrada Escritura, do ensino da igr... more O material para a construção de uma teologia dogmática vem da Sagrada Escritura, do ensino da igreja e da experiência cristã. Desde o início, a Escritura serviu como a regra de fé e o fundamento de toda teologia. Como a igreja se espalhou e alcançou todo o mundo, tornou-se necessário esclarecer e fortalecer a regra de fé contra o ensino falso. Isso levou ao surgimento de uma forte autoridade de ensino episcopal eaum aumento da dependência da tradição autoritativa da igreja. Ao longo do tempo, o peso da tradição aumentou, enquanto o papel da Escritura diminuiu. A Reforma tentou renovar a ancoragem da igreja na Escritura e, no tempo, deu origem a uma " teologia bíblica " anti-escolástica. A inversão filosófica na filosofia, representada por Kant, Schleiermacher e Hegel, produziu ainda outro método teológico-o subjetivo. A experiência substituiu o conhecimento como o fundamento da teologia, que fo i separada da ciência e da metafísica. Tendo como ponto de partida a consciência cristã, foram feitas tentativas de basear a teologia na moralidade, no sentimento de dependência absoluta ou na revelação do Espírito universal. A preocupação com a normatividade e com a objetividade eventualmente levou a uma ênfase sobre o estudo científico da religião, de sua história e de sua psicologia. O Cristianismo devia ser estudado de forma crítica, exatamente como as outras religiões do mundo. Nem a objetividade científica nem o subjetivismo completo são possíveis. Todo conhecimento está arraigado na fé, e, para que a fé seja real, ela deve ter um objeto que não pode ser conhecido. Isso requer uma revelação divina que é mais que um cumprimento de um desejo subjetivo. A religião deve ser verdadeira e fornecer seu próprio caminho para o conhecimento e a certeza. Os teólogos cristãos devem colocar-se dentro do círculo da fé e, enquanto usam a tradição e a experiência, tomar seu lugar na realidade da revelação. Embora os teólogos dogmáticos estejam presos à revelação divina e devam levar a sério as confissões da igreja, seu trabalho também é pessoal e contextual. O sentimento religioso não pode servir como fonte epistemológica da verdade religiosa: a revelação divina é necessária. Ao mesmo tempo, essa verdade deve ser pessoalmente assimilada pela fé. A liberdade que isso proporciona não foi adequadamente compreendida pelo Catolicismo Romano. Há momentos em que figuras heróicas como Martinho Lutero são necessárias para combater o ensino falso e a conduta errada da igreja. Devemos obedecer a Deus, e não aos homens. O interesse pela normatividade baseada na revelação, na dogmática, não deve ser usado para servir como razão para se negligenciar ou negar a importância dos fatores confessional e cultural nos tratados dogmáticos. Ninguém está livre das influências da educação eclesiástica e do contexto ambiental específico. Nós sempre somos produto de nosso contexto, inclusive de nossa educação eclesiástica. A consciência dessa realidade levou algumas pessoas a tentarem se despir de sua identidade confessional e a voltar à situação mais confusa e ao " evangelho puro " do Novo Testamento e da igreja primitiva. A assim chamada " teologia bíblica " é, assim, oposta à " teologia escolástica " , como se esta não fosse bíblica. Mas colocar a Escritura em contraste com o ensino da igreja é tão
O Iluminismo foi um movimento que serviu de base para as filosofias racionalista e empirista. Est... more O Iluminismo foi um movimento que serviu de base para as filosofias racionalista e empirista. Estas, embora discordantes quanto a origem do conhecimento, concordavam que Deus estava fora da capacidade humana de conhecer. Assim, muitos teólogos que buscaram conciliar a fé Cristã com estas filosofias acabaram causando uma série de impactos na interpretação bíblica. Os relatos miraculosos descritos na Bíblia passaram a ser vistos como invenções do povo de Israel da Igreja primitiva. Até mesmo a ressurreição de Jesus foi desacreditada. Para tanto, os críticos da época procuraram tecer uma distinção entre a Fé a História: eventos relacionados a milagres e a ressurreição se encaixam no primeiro aspecto, enquanto que ocorreu de verdade deve ser buscado sem considerar tais elementos como históricos. Dessa forma, seria impossível considerar neste tipo de pensamento a inerrância e a infalibilidade da Escritura. De fato, essa foi a alegação dos intérpretes nesta época. Em seus entendimentos, a Bíblia deveria ser tratada como um livro comum, desvencilhada dos pressupostos da inspiração, bem como dos documentos dogmáticos e confessionais. Para eles, somente assim se poderia obter a verdadeira mensagem que a Bíblia procura passar. Consequentemente, uma nova base para a exegese precisava ser firmada. E como não havia espaço para considerar a infalibilidade da Escritura e, diante da influência da filosofia racionalista, coube a razão ser o instrumento que diria aquilo que deveria ser considerado na interpretação bíblica. Daí surge a aplicação do conceito de " Mito " na análise da Escritura. Aquilo que não é compreensível pela razão humana é classificado como " mito " , considerando que esta foi uma forma das pessoas da época bíblica explicarem fenômenos que não saberiam justificar racionalmente. Da mesma forma, houve o abandono da leitura cristológica do Antigo Testamento, para um método que procurava interpretar os dois testamentos de forma independente. Também é importante destacar a dialética hegeliana, que contribuiu para um abordagem da história em que Deus não precisaria ser invocado para um correto entendimento. Seu método também foi aplicado na teologia, tanto para se fazer interpretação bíblica, quanto para traçar a história da igreja primitiva. O método hermenêutico que surge desse período é chamado de método histórico-crítico. Dele surgem metodologias críticas que discordam em aspectos como objetivos e metodologia, mas que concordam quanto aos pressupostos elencados acima. São eles: a crítica das fontes, a crítica da forma, e a crítica da redação. A crítica das fontes procura identificar a autoria dos diversos autores dos textos e separar estes por cada autor, a fim de verificar a sua teologia. Com isso, parte do pressuposto de que a Bíblia não é infalível e de que sua autoria não é aquela tradicionalmente aceita, como no caso do Pentateuco a Moisés ou dos Evangelhos Sinóticos em relação a Mateus, Marcos e Lucas. Com isso, conclui que a Escritura demonstra ser um texto conflituoso entre si. A crítica das fontes foi desacreditada nos últimos anos devido ao seu caráter especulativo, embora ainda persista em alguns seminários. A crítica da forma procura analisar o período anterior a formação dos escritos bíblicos. Dessa forma, há uma busca por informações de lendas e mitos das religiões de outros povos da mesma época, a fim de se fazer uma comparação com a Escritura. Com isso, muitos estudiosos acabaram encontrando supostas semelhanças entre os relatos bíblicos e os relatos pagãos. Cabe então ao hermeneuta que usa este método tirar todos os elementos míticos da Bíblia e assim encontrar a sua verdadeira mensagem. Por fim, a crítica da redação se atém a identificar aqueles que editaram e organizaram a Bíblia, dando a ela a forma pela qual a conhecemos. Portanto, diferencia-se das demais por não buscar as fontes originais, nem a sua tradição oral anterior. Os que se utilizam deste método entendem que ao analisar a teologia dos redatores, conseguiriam chegar aos motivos que o fizeram editar o texto bíblico da forma como está, e assim, entender a teologia do período em que viviam.
O Estudo sistemático das verdades da fé cristã é descrito por muitos termos diferentes. A designa... more O Estudo sistemático das verdades da fé cristã é descrito por muitos termos diferentes. A designação "dogmática" tem a vantagem de fixar esse estudo no ensino normativo ou dogmas da igreja. Os dogmas são simplesmente aquelas verdades devidamente estabelecidas na Escritura como coisas que devem ser cridas. Uma verdade confessada pela igreja não é um dogma porque a igreja a reconhece, mas unicamente porque ela repousa sobre a autoridade de Deus. Não obstante, o dogma religioso é sempre uma combinação da autoridade divina com a confissão da igreja. Os dogmas são verdades reconhecidas por um grupo específico. Embora os dogmas da igreja tenham autoridade somente se forem realmente verdades de Deus, o ensino da igreja nunca é idêntico à verdade divina em si. Ao mesmo tempo, é um erro desvalorizar a maior parte dos dogmas como aberrações inconstantes da pura essência do evangelho não-dogmático, como fazem alguns teólogos modernos. A oposição ao dogma não é uma objeção geral ao dogma como tal, mas uma rejeição de dogmas específicos considerados inaceitáveis por alguns. Dessa forma, a teologia depois de Kant nega os dogmas arraigados em um conhecimento de Deus por causa do dogma moderno de que Deus é incognoscível. Os dogmas arraigados na moralidade ou na experiência religiosa são então colocados em seu lugar. Contudo, do ponto de vista da ortodoxia cristã, a dogmática é o conhecimento que Deus revelou em sua Palavra à sua igreja a respeito de si mesmo e de todas as criaturas em relação a ele. Ainda que objeções a esta definição em nome da fé geralmente provoquem enganos, nunca se deve esquecer que o conhecimento de Deus, que é o verdadeiro objeto da teologia dogmática, só é obtido pela fé. Deus não pode ser conhecido por nós sem a revelação recebida por meio da fé. A dogmática nada mais procura do que ser verdadeira para conhecimento de fé dado nessa revelação. A dogmática, portanto, não é ciência da fé ou religião, mas a ciência sobre Deus. A tarefa do dogmático é pensar os pensamentos de Deus à maneira dele e estabelecer sua unidade. Esta é uma tarefa que deve ser cumprida na convicção de que Deus falou, em humilde submissão à tradição de ensino da igreja, para comunicar a mensagem do evangelho ao mundo. O lugar próprio da dogmática na grande enciclopédia do estudo teológico não é uma questão de grande debate. A principal questão aqui tem a ver com a relação entre a teologia dogmática e a filosofia. Nem a sujeição da dogmática aos pressupostos filosóficos nem a separação dualista entre a teologia confessional e o estudo científico da religião são aceitáveis. Essa ruptura separa a vida dos professores de teologia e dos pastores. Os esforços para "resgatar" os estudos religiosos da acidez filosófica modernista são um favor que a igreja