Ana Carolina Barbosa Pereira | UFBA - Federal University of Bahia (original) (raw)

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Papers by Ana Carolina Barbosa Pereira

Research paper thumbnail of Nos rastros de Kant: sobre os limites da interculturalidade em Jörn Rüsen

Research paper thumbnail of O “formalismo teleológico” em Jörn Rüsen: perspectivas sobre a interculturalidade

Research paper thumbnail of POTENTIAL HISTORY: READING ARTIFICIAL INTELLIGENCE FROM INDIGENOUS KNOWLEDGES

Until the beginning of the twentieth century, history, as a core concept of the political project... more Until the beginning of the twentieth century, history, as a core concept of the political project of modernity, was highly concerned with the future. The many crimes, genocides, and wars perpetuated in the name of historical progress eventually caused unavoidable fractures in the way Western philosophies of history have understood change over time, leading to a depoliticization of the future and a greater emphasis on matters of the present. However, the main claim of the "Historical Futures" project is that the future has not completely disappeared from the focus of historical thinking, and some modalities of the future that have been brought to the attention of historical thought relate to a more-than-human reality. This article aims to confront the prospects of a technological singularity through the eyes of peoples who already live in a world of more-than-human agency. The aim of this confrontation is to create not just an alternative way to think about the future but a stance from which we can explore ways to inhabit and therefore repoliticize historical futures. This article contains a comparative study that has been designed to challenge our technologized imaginations of the future and, at the same time, to infuse the theoretical experiment with contingent historical experiences. Could we consider artificial intelligence as a new historical subject? What about as an agent in a "more-than-human" history? To what extent can we read this new condition through ancient Amerindian notions of time? Traditionally, the relationship between Western anthropocentrism and Amerindian anthropomorphism has been framed in terms of an opposition. We intend to prefigure a less hierarchical and more horizontal relation between systems of thought, one devoid of a fixed center or parameter of reference. Granting the same degree of intellectual dignity to the works of Google engineers and the views of Amazonian shamans, we nevertheless foster an intercultural dialogue (between these two "traditions of reasoning") about a future in which history can become more-than-human. We introduce potential history as the framework not only to conceptualize Amerindian experiences of time but also to start building an intercultural dialogue that is designed to discuss AI as a historical subject.

Research paper thumbnail of Redimensionando: uma forma de leitura critica aplicada à Historik de Jörn Rüsen

The aim of this article is to resize Jörn Rüsen’s Historik, starting from the addition of a meta-... more The aim of this article is to resize Jörn Rüsen’s Historik, starting from the addition of a meta-epistemic dimension to the other dimensions that structure the project of this German historian. This proposal is presented as an exercise of a proper sense of “critical reading”, built in a dialog with theories about the condition of subalternity of intellectuals from the global south and, above all, with the strategies that they offer to face it. The main thread of such reflections are: a) the ideas of body, and incorporation as metaphors of feeding and anthropophagy to think about the incorporation
of ideas, concepts and theories, but also the rejection of them as an act of ideological bulimia; b) the idea of critical reading as a dynamic of influx/reflux of ideas that, as a final result, are both recognized and resized. This resizing, in conclusion, is presented as a proposal to add a meta-epistemic dimension as an instance that precedes the pragmatic, scientific, topical and didactic dimensions.

Research paper thumbnail of Uma introdução ao estudo da História

Research paper thumbnail of Aplicações da cateoria de lugar epistêmico na teoria e história da historiografia

Esta obra é licenciada por uma Licença Creative Commons: Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.... more Esta obra é licenciada por uma Licença Creative Commons: Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional-(CC BY-NC-ND 4.0). Os termos desta licença estão disponíveis em: <https://creativecommons. org/licenses/>. Direitos para esta edição cedidos à Pimenta Cultural. O conteúdo publicado não representa a posição oficial da Pimenta Cultural.

Research paper thumbnail of Precisamos falar sobre o lugar epistêmico na teoria da História

O debate sobre a geopolítica da produção intelectual tem uma longa e respeitável tradição. Dela p... more O debate sobre a geopolítica da produção intelectual tem uma longa e respeitável tradição. Dela participam intelectuais do continente africano, desde o contexto de libertação do jugo colonial (décadas de 1950-1970), intelectuais que integram os paradigmas pós-colonial, decolonial e, mais recentemente, as chamadas teorias ou epistemologias do Sul. Mas se a questão da geopolítica de produção do conhecimento é amplamente conhecida no cenário das teorias sociais, existe um contraste em relação ao campo da Teoria da História. Seria possível dizer que a Teoria da História, como ela é praticada no Brasil, se apresenta como emblema desse contraste, como expressão do que os(as) intelectuais vinculados(as) às tradições acima mencionadas têm denominado “extroversão”, “imperialismo intelectual”, “dependência acadêmica”, “mentalidade cativa”, ou “metrocentrismo”. O objetivo desse artigo é pensar, a partir da realidade brasileira, a geopolítica de produção e consumo da Teoria da História. Para tanto proponho uma particular definição da categoria de lugar epistêmico.

Research paper thumbnail of Sobre o lugar epistêmico na teoria da História

Research paper thumbnail of Teorizando o tempo fractal

Teorizando o tempo fractal: um diálogo entre Teoria da História, Antropologia e a teoria dos frac... more Teorizando o tempo fractal: um diálogo entre Teoria da História, Antropologia e a teoria dos fractais ANA CAROLINA B. PEREIRA  Desenvolvida pelo matemático Benoit Mandelbrot, a teoria dos fractais vem sendo aplicada em diversas áreas do conhecimento e, extrapolando as fronteiras das ciências físico-matemáticas, vai das pesquisas em economia às ciências da computação, geologia, geofísica, biologia, psicologia, educação, além de outras. A discussão sobre esta teoria concentra-se, contudo, na sua apropriação pela antropologia, dada a recorrência de sua utilização nos estudos do parentesco ameríndio. Tal interesse dialoga com uma pretensão de maior fôlego que consiste em analisar a categoria "tempo" e suas variantes "tempo natural" e "tempo humano", essenciais à ciência da história. Mais precisamente, a análise da categoria "tempo" parte da preocupação com o alcance e os limites dos conceitos de "tempo histórico" e "consciência histórica", na sua relação com as dimensões do presente, passado e futuro. Nesse sentido, intenta-se um diálogo entre três diferentes áreas do conhecimento, com vistas ao enriquecimento do debate a respeito do tempo, no campo da teoria da história. Acredita-se, por conseguinte, que a aproximação entre este campo, a antropologia e a teoria dos fractais permite avançar em um caminho de reflexão ainda pouco explorado, que diz respeito à compreensão e análise de uma forma de percepção temporal não contemplada pelos estudos na área de teoria da história, a saber, o tempo fractal.

Conference Presentations by Ana Carolina Barbosa Pereira

Research paper thumbnail of Novos Movimentos Sociais e o meramente cultural

O texto a seguir aborda um certo dilema enfrentado pela esquerda marxista em virtude tanto do ava... more O texto a seguir aborda um certo dilema enfrentado pela esquerda marxista em virtude tanto do avanço de tendências conservadoras autodeclaradas de direita, quanto do aprofundamento e crescimento das reivindicações por parte dos chamados “novos movimentos sociais”. Fruto de uma palestra, o texto apresenta uma linguagem mais próxima da oralidade e tem caráter assumidamente ensaístico.

Books by Ana Carolina Barbosa Pereira

Research paper thumbnail of Na transversal do Tempo: Natureza e Cultura à prova da História

Research paper thumbnail of Nos rastros de Kant: sobre os limites da interculturalidade em Jörn Rüsen

Research paper thumbnail of O “formalismo teleológico” em Jörn Rüsen: perspectivas sobre a interculturalidade

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Until the beginning of the twentieth century, history, as a core concept of the political project... more Until the beginning of the twentieth century, history, as a core concept of the political project of modernity, was highly concerned with the future. The many crimes, genocides, and wars perpetuated in the name of historical progress eventually caused unavoidable fractures in the way Western philosophies of history have understood change over time, leading to a depoliticization of the future and a greater emphasis on matters of the present. However, the main claim of the "Historical Futures" project is that the future has not completely disappeared from the focus of historical thinking, and some modalities of the future that have been brought to the attention of historical thought relate to a more-than-human reality. This article aims to confront the prospects of a technological singularity through the eyes of peoples who already live in a world of more-than-human agency. The aim of this confrontation is to create not just an alternative way to think about the future but a stance from which we can explore ways to inhabit and therefore repoliticize historical futures. This article contains a comparative study that has been designed to challenge our technologized imaginations of the future and, at the same time, to infuse the theoretical experiment with contingent historical experiences. Could we consider artificial intelligence as a new historical subject? What about as an agent in a "more-than-human" history? To what extent can we read this new condition through ancient Amerindian notions of time? Traditionally, the relationship between Western anthropocentrism and Amerindian anthropomorphism has been framed in terms of an opposition. We intend to prefigure a less hierarchical and more horizontal relation between systems of thought, one devoid of a fixed center or parameter of reference. Granting the same degree of intellectual dignity to the works of Google engineers and the views of Amazonian shamans, we nevertheless foster an intercultural dialogue (between these two "traditions of reasoning") about a future in which history can become more-than-human. We introduce potential history as the framework not only to conceptualize Amerindian experiences of time but also to start building an intercultural dialogue that is designed to discuss AI as a historical subject.

Research paper thumbnail of Redimensionando: uma forma de leitura critica aplicada à Historik de Jörn Rüsen

The aim of this article is to resize Jörn Rüsen’s Historik, starting from the addition of a meta-... more The aim of this article is to resize Jörn Rüsen’s Historik, starting from the addition of a meta-epistemic dimension to the other dimensions that structure the project of this German historian. This proposal is presented as an exercise of a proper sense of “critical reading”, built in a dialog with theories about the condition of subalternity of intellectuals from the global south and, above all, with the strategies that they offer to face it. The main thread of such reflections are: a) the ideas of body, and incorporation as metaphors of feeding and anthropophagy to think about the incorporation
of ideas, concepts and theories, but also the rejection of them as an act of ideological bulimia; b) the idea of critical reading as a dynamic of influx/reflux of ideas that, as a final result, are both recognized and resized. This resizing, in conclusion, is presented as a proposal to add a meta-epistemic dimension as an instance that precedes the pragmatic, scientific, topical and didactic dimensions.

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Esta obra é licenciada por uma Licença Creative Commons: Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.... more Esta obra é licenciada por uma Licença Creative Commons: Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional-(CC BY-NC-ND 4.0). Os termos desta licença estão disponíveis em: <https://creativecommons. org/licenses/>. Direitos para esta edição cedidos à Pimenta Cultural. O conteúdo publicado não representa a posição oficial da Pimenta Cultural.

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O debate sobre a geopolítica da produção intelectual tem uma longa e respeitável tradição. Dela p... more O debate sobre a geopolítica da produção intelectual tem uma longa e respeitável tradição. Dela participam intelectuais do continente africano, desde o contexto de libertação do jugo colonial (décadas de 1950-1970), intelectuais que integram os paradigmas pós-colonial, decolonial e, mais recentemente, as chamadas teorias ou epistemologias do Sul. Mas se a questão da geopolítica de produção do conhecimento é amplamente conhecida no cenário das teorias sociais, existe um contraste em relação ao campo da Teoria da História. Seria possível dizer que a Teoria da História, como ela é praticada no Brasil, se apresenta como emblema desse contraste, como expressão do que os(as) intelectuais vinculados(as) às tradições acima mencionadas têm denominado “extroversão”, “imperialismo intelectual”, “dependência acadêmica”, “mentalidade cativa”, ou “metrocentrismo”. O objetivo desse artigo é pensar, a partir da realidade brasileira, a geopolítica de produção e consumo da Teoria da História. Para tanto proponho uma particular definição da categoria de lugar epistêmico.

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Teorizando o tempo fractal: um diálogo entre Teoria da História, Antropologia e a teoria dos frac... more Teorizando o tempo fractal: um diálogo entre Teoria da História, Antropologia e a teoria dos fractais ANA CAROLINA B. PEREIRA  Desenvolvida pelo matemático Benoit Mandelbrot, a teoria dos fractais vem sendo aplicada em diversas áreas do conhecimento e, extrapolando as fronteiras das ciências físico-matemáticas, vai das pesquisas em economia às ciências da computação, geologia, geofísica, biologia, psicologia, educação, além de outras. A discussão sobre esta teoria concentra-se, contudo, na sua apropriação pela antropologia, dada a recorrência de sua utilização nos estudos do parentesco ameríndio. Tal interesse dialoga com uma pretensão de maior fôlego que consiste em analisar a categoria "tempo" e suas variantes "tempo natural" e "tempo humano", essenciais à ciência da história. Mais precisamente, a análise da categoria "tempo" parte da preocupação com o alcance e os limites dos conceitos de "tempo histórico" e "consciência histórica", na sua relação com as dimensões do presente, passado e futuro. Nesse sentido, intenta-se um diálogo entre três diferentes áreas do conhecimento, com vistas ao enriquecimento do debate a respeito do tempo, no campo da teoria da história. Acredita-se, por conseguinte, que a aproximação entre este campo, a antropologia e a teoria dos fractais permite avançar em um caminho de reflexão ainda pouco explorado, que diz respeito à compreensão e análise de uma forma de percepção temporal não contemplada pelos estudos na área de teoria da história, a saber, o tempo fractal.

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O texto a seguir aborda um certo dilema enfrentado pela esquerda marxista em virtude tanto do ava... more O texto a seguir aborda um certo dilema enfrentado pela esquerda marxista em virtude tanto do avanço de tendências conservadoras autodeclaradas de direita, quanto do aprofundamento e crescimento das reivindicações por parte dos chamados “novos movimentos sociais”. Fruto de uma palestra, o texto apresenta uma linguagem mais próxima da oralidade e tem caráter assumidamente ensaístico.

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