João Carlos Salles | UFBA - Federal University of Bahia (original) (raw)
Papers by João Carlos Salles
Analytica, 2022
Ernest Sosa is one of the most important contemporary philosophers. His work constitutes its own ... more Ernest Sosa is one of the most important contemporary philosophers. His work constitutes its own field of reflection that recently took the form of a theory of telic normativity in his Epistemic Explanations: A theory of telic normativity, and what it explains (Oxford: OUP, 2021). Telic normativity is inherent to actions, to attempts that characterize human performances, being telic because they are aimed at ends and often normative because we say they are better if successful and, therefore, if they reach their objective. It is also better for attempts to manifest competence and attain success through competence and not by chance. That is why we prefer persuasion to the use of force, an excellent diagnosis to mere guessing, the expert’s advice to the charlatan’s opinion. Also, we attribute merit to regular athletic performances rather than casual successes. After all, as Sosa reminds us, “to reach Larissa through ignorant luck is not to flourish.”
The philosophical community still grasps all the subtleties his recent position implies, and Sosa has another step in turning his reflection into a Dawning Light Epistemology. This capacity to constantly improve his position is not surprising. Indeed, since 1964, Sosa’s presence in the epistemological field is the most relevant, both as a deep thinker whose work evolves and elaborates its identity amidst an intense dialogue and as an academic worker who deals with the complex activities related to the organization of the philosophical community. In this Interview, Sosa allows us to glimpse intricate aspects of his epistemology (e.g., epistemic modalities, philosophical methodology, and the Dawning) and exciting facts of his personal life and academic trajectory (e.g., people that contribute to his career and those he debated over the years). The interview is, per se, a clear example of his generosity, the richness of his trajectory, and the scope and profundity of his thoughts. His words, as we all can see, clearly illustrate a trajectory and thinking that opens us to philosophical flourishing.
Élenkhos, 2023
Resumen. Una presentación típica afirma que la epistemología contemporánea de la virtud, concebid... more Resumen. Una presentación típica afirma que la epistemología contemporánea de la virtud, concebida como un movimiento distintivo dentro de la epistemología, comenzó con el artículo de Ernest Sosa "La balsa y la pirámide", publicado en 1980. Tal versión es casi canónica. Este artículo presenta una narrativa diferente, es decir, la tesis contrafáctica (tal vez materialmente falsa y de alguna manera ilógica, aunque significativa) de que la epistemología de la virtud puede tener dos puntos de partida distintos y oportunos, respondiendo a los e nigmas heredados del problema de Gettier. Por supuesto, nuestra intención no es discutir seis años ni negar la relevancia de "La balsa y la pirámide", sino mostrar que algunas páginas de "¿Cómo lo sabes?", un artículo publicado en 1974, fueron escritas en el espíritu propio de la epistemología de la virtud de Sosa e incluso están relacionadas internamente con su perspectiva general. probablemente incluyendo sus pasos más recientes. Como pretendemos demostrar, Sosa era consciente en 1974 de la novedad de su perspectivismo venidero, especialmente del aspecto normativo de una reflexión propiamente epistemológica, entonces claramente expresada: (1) en su énfasis en la condición del sujeto; (2) en la especificidad afirmada del interés epistémico; (3) en la noción de "estar en posición de conocer" (tanto a través de la cara negativa y prototípica de las situaciones de Magoo como de la descripción positiva de la figura del conocedor); y (4) incluso en una nueva definición de conocimiento, propia del campo de la epistemología de la virtud. Como dijimos en nuestra conclusión, la comunidad filosófica debería celebrar los 50 años de la epistemología de la virtud dos veces, a partir de 2024. Después de todo, 1974 fue un año brillante para la investigación epistemológica; 1980, también. En este espíritu de reflexión, todos nos beneficiamos de celebrar muchas veces la hermosa y singular aventura intelectual de Sosa.
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), Sep 17, 2015
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), Sep 17, 2014
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), Sep 17, 2012
Analytica (Rio de Janeiro), Jul 1, 2017
Em 1964, o jovem Ernest Sosa, então com 24 anos, conclui a tese Directives: A logico-philosophica... more Em 1964, o jovem Ernest Sosa, então com 24 anos, conclui a tese Directives: A logico-philosophical inquiry, elaborada sob a supervisão de Nicholas Rescher, na University of Pittsburgh. Além certamente de atrair a atenção para esse jovem professor, 1 a tese teve continuidade por alguns anos em uma pesquisa sobre inferências práticas, tendo gerado um conjunto de artigos, dos quais podemos destacar "
Analytica (Rio de Janeiro), Aug 1, 2013
compreender tudo que queremos de um ponto de vista behaviorista (palavra horrenda)... Ludwig Witt... more compreender tudo que queremos de um ponto de vista behaviorista (palavra horrenda)... Ludwig Wittgenstein I É preciso por vezes encontrar o filósofo onde menos se espera: na superfície dos textos. Pode ser produtivo então refletir, por exemplo, sobre a ocorrência de algumas expressões, menções, ou mesmo de lacunas e outros recursos que, episódicos, desarticulados ou inadvertidos, denunciam o modo por que reagiu a alguns conceitos ou posições. Em muitos casos, trata-se mais de * A base inicial deste texto é um dos capítulos da Dissertação de Mestrado de Danilo Hoth Cerqueira, para o qual, aliás, o orientador, João Carlos Salles, havia colaborado de forma mais intensiva, como se registrou então em nota. Defendida a Dissertação, o texto foi retomado a quatro mãos, no âmbito de pesquisa apoiada pelo CNPq e pela FAPESB, sendo a versão atual o resultado dessa coautoria. WITTGENSTEIN, L., Wittgenstein's Nachlass, Oxford, Oxford University Press, 000, MS 0, p. 53. Como usitado, indicamos diretamente o manuscrito (MS) ou datiloscrito (TS) do espólio por sua numeração.
Revista Baiana de Enfermagem, Apr 4, 2018
Revista De Filosofia Aurora, Apr 27, 2018
Nosso objeto é a análise do conhecimento empreendida por Ernest Sosa, por cuja trama, segundo acr... more Nosso objeto é a análise do conhecimento empreendida por Ernest Sosa, por cuja trama, segundo acreditamos, seu extenso trabalho se configura como uma obra, comportando uma démarche específica. De modo mais específico, pretendemos recuperar neste texto as dificuldades e a novidade do artigo "How do you know?", com o qual Ernest Sosa, mesmo com hesitações e recuos, fez modificar-se bastante o cenário da análise do conhecimento em direção a uma epistemologia das virtudes. A análise explicita então uma nota característica do conhecimento deveras óbvia, mas que, não obstante a obviedade, precisava ser enunciada. Para conhecer, o sujeito necessita estar em posição de conhecer, sendo o conhecimento uma performance humana. Dessa forma, mesmo não tendo encontrado ainda a fórmula positiva da epistemologia das virtudes, o artigo de Sosa tem um lugar especial entre seus trabalhos, situando-se nas origens de seu pensamento mais maduro e no contexto de uma obra in fieri.
DoisPontos, Dec 24, 2012
resumo A percepção envolve muitos enigmas, nem sempre parecendo estar assegurada a unidade entre ... more resumo A percepção envolve muitos enigmas, nem sempre parecendo estar assegurada a unidade entre seu conteúdo e sua forma. Exemplificam tais enigmas as ilusões óticas, o célebre problema de Molyneux e também, como aqui nos interessa, o problema da expressão das cores em modelos cromáticos, que expressam incompatibilidades lógicas, mas se referem ao próprio território da experiência com cores e pigmentos. Neste nosso texto, distinguiremos dois usos do Farbenoktaeder por Wittgenstein, registrando a diferença, que julgamos relevante, entre a incompatibilidade ampla e a incompatibilidade restrita entre cores. palavras-chave Wittgenstein; Modelos cromáticos; Octaedro; Incompatibilidade ampla; Incompatibilidade restrita; Gramática. "Ein rötliches Grün gibt es nicht" ist den Sätzen verwandt, die wir als Axiome in der Mathematik gebrauchen. (WITTGENSTEIN, MS 133, p. 25r) 1
Analytica - Revista de Filosofia, 2016
Man wird oft von einem Wort behext. Z. B. vom Wort "wissen". Wittgenstein, Über Gewissheit, § 435... more Man wird oft von einem Wort behext. Z. B. vom Wort "wissen". Wittgenstein, Über Gewissheit, § 435. 1. A filosofia costuma ser louvada por suas ideias e ironizada por suas técnicas. Parecem preciosos os gestos largos, o apreço aos princípios, mas de pouca valia o trabalho minudente, sendo depreciadas as técnicas por que logramos alcançar alguma posição elevada. Não sendo a elevação sempre evidente ou garantida, o recurso a expedientes especiosos pode fazer as vezes de profundidade. Por isso, não sendo óbvia ao não iniciado a diferença entre a firula e o drible, a filosofia facilmente se prestaria à galhofa, sobretudo quando se volta aos detalhes, aparentemente insignificantes, ou seja, sobretudo quando se encontra em seu elemento. E isso desde os primórdios. Em um fragmento do comediógrafo Epícrates, alegres jovens atenienses, supervisionados por Platão, aparecem nos ginásios da Academia, debruçados sobre distinções as mais finas, ocupados em classificar em gênero a abóbora, se arbusto, gramínea ou legume-com o que, vingando-se, o público debochava do trabalho da divisão dialética, tão bem exemplificado n'O Sofista, por meio do qual se procurava estabelecer quais ideias se comunicam entre si e quais se excluem, bem como compreender o princípio em virtude do qual se comunicariam, isto é, o próprio "ser" e, logo, as regras próprias das ligações de predicação possíveis, os princípios mesmos da identidade e da diferença. 2 volume 20 número 1 2016 EpistEmoloGia E Gramática FilosóFica Na superfície, o público leria o profundo como anedótico ou inútil, sem que, por contraposição, devamos sempre supor profundo o que nesse trabalho pode haver de ocioso, repetitivo e deveras chato. A filosofia, com sua especial atenção à linguagem, tende a padecer incompreensão semelhante à sofrida pela linguística de feição antropológica, que, ao procurar ver a "diversidade de usos de que se reveste cada lugar, diversidade movida por razões históricas, sociais e até políticas", tem retido de seu trabalho o arco de nominações por que nos envolve "a névoa, ou neblina, ou librina, ou neve, ou nevoeiro, ou nuveiro, ou quantos outros nomes que a lexicologia regional queira dar a esse fenômeno atmosférico". Ora, mais que meramente fazer registros, a linguística desfia os mistérios por que a língua, diferenciando-se em seus usos, articula em um sistema comum um conjunto de variedades de manifestação, de modo que nada tem de trivial o que "dá ao falante o direito de (...) escolher se compra uma galinha d'angola, uma pintada, uma cocar, uma guiné, uma tô fraco, uma capote, uma angolista, uma picote"; ou o que, decalcando preconceitos da realidade dura da prostituição, "dá-lhe a possibilidade de utilizar dama, mulher dama, varredeira, varre-rua, mulher da vida, mulher de vida livre, mulher de vida fácil, rameira, prima e muitas outras denominações". 3 O trabalho do filósofo, então, não sendo a repetição ou a aplicação de meras técnicas, por sofisticadas que o sejam, tende a articular recursos, conformar vocabulários, selecionar ou recusar temas, o que se manifesta em um modo argumentado de fazer escolhas e superar dificuldades. Ou seja, o trabalho do filósofo tende a constituir-se como obra. Em sendo assim, traça caminhos, configura-se em métodos, desenha um estilo por que se entrelaçam temas reiterados e procedimentos recorrentes. Lembrando Ubirajara Rebouças, poderíamos dizer de forma ainda mais radical: a obra é filosófica se comporta uma démarche. Não se deve supor, por conta disso, que precisem ou mesmo devam constituir sistemas. Apenas não devem resultar, sistemáticas ou não, da aplicação ociosa de um patois a qualquer tema (como quando adoecíamos aqui e alhures de hegelianismo), e sim constituir critérios para discernir o profundo do especioso, para a preservação ou mudança de posições, para a decantação do duradouro sobre o passageiro e inclusive para a colaboração empreendida pelos pro-3 CARDOSO,
Kriterion-revista De Filosofia, Apr 1, 2020
To reach Larissa through ignorant luck is not to flourish. (Ernest Sosa) RESUMO Ernest Sosa é um ... more To reach Larissa through ignorant luck is not to flourish. (Ernest Sosa) RESUMO Ernest Sosa é um dos mais importantes filósofos da contemporaneidade. Em plena atividade há mais de cinco décadas, sua obra toma agora a forma de uma teoria da normatividade télica, com a qual Sosa pretende coroar sua procura por uma "knowledge friendly epistemology". Pretendemos mostrar que esta nova forma teórica instala-se bem no conjunto de sua reflexão epistemológica, procurando Sosa agora, de modo ainda mais preciso, dar resposta, por exemplo, às questões decorrentes do problema de Gettier, da intencionalidade e das modalidades epistêmicas. Entre as novidades de sua atual formulação, analisaremos de modo mais específico neste texto alguns problemas colocados pelo exemplo do arqueiro, ao transformar-se este em um modelo teórico ilustrativo da noção de normatividade télica, bem como alguns aspectos da singular taxonomia do conhecimento feita por Sosa.
Anãnsi: Revista de Filosofia, 2023
A formação em filosofia leva-nos amiúde à leitura de grandes obras do pensamento, não para recens... more A formação em filosofia leva-nos amiúde à leitura de grandes obras do pensamento, não para recensear um conjunto de ideias soltas, mas sim para lhes recuperar a trama constitutiva. Assim, a leitura torna-se propriamente filosófica, de sorte que, por meio dela, somos convidados a um diálogo, sendo provocados pela letra do texto clássico cujo sentido procuramos restabelecer e talvez ultrapassar. Este artigo apresenta, então, um desses possíveis convites, a saber, um programa de leitura a obra de Gottlob Frege a ser desenvolvido pelo Grupo de Estudos e Pesquisa Empirismo, Fenomenologia e Gramática. O texto antecipa linhas de força características da singular análise da linguagem realizada por Frege, tematizando, em específico, a oposição entre linguagem ordinária e o projeto de uma conceitografia. Como o convite para uma festa não substitui a própria festa, procuramos no texto tão só enfatizar ou fazer notar alguns aspectos, sobretudo de estilo, não pretendendo, por conseguinte, substituir a leitura futura dos textos nem controlar suas possibilidades e eventuais surpresas.
O texto aproxima e interpreta duas analises realizadas, em 1964, por Ernest Sosa: uma relativa a ... more O texto aproxima e interpreta duas analises realizadas, em 1964, por Ernest Sosa: uma relativa a nocao de ‘obediencia' (em texto antes de dificil acesso e agora publicado nesta Revista) e outra a nocao de ‘conhecimento de que p' (em texto recolhido por Sosa em seu livro Knowledge in perspective, mas em versao parcial). Em ambos os casos, vemos a clara influencia do problema de Gettier para a reflexao de Sosa. A palavra chave aqui e ‘analise', por meio da qual, entre outros recursos, podemos reconhecer a relevância e a singularidade da reflexao de Sosa entre os filosofos analiticos contemporâneos, inclusive ao toma-la como um corpus teorico, como uma obra, passivel entao de exame, tanto por suas posicoes mais atuais, quanto por sua historia e demarche.
Analytica, 2022
Ernest Sosa is one of the most important contemporary philosophers. His work constitutes its own ... more Ernest Sosa is one of the most important contemporary philosophers. His work constitutes its own field of reflection that recently took the form of a theory of telic normativity in his Epistemic Explanations: A theory of telic normativity, and what it explains (Oxford: OUP, 2021). Telic normativity is inherent to actions, to attempts that characterize human performances, being telic because they are aimed at ends and often normative because we say they are better if successful and, therefore, if they reach their objective. It is also better for attempts to manifest competence and attain success through competence and not by chance. That is why we prefer persuasion to the use of force, an excellent diagnosis to mere guessing, the expert’s advice to the charlatan’s opinion. Also, we attribute merit to regular athletic performances rather than casual successes. After all, as Sosa reminds us, “to reach Larissa through ignorant luck is not to flourish.”
The philosophical community still grasps all the subtleties his recent position implies, and Sosa has another step in turning his reflection into a Dawning Light Epistemology. This capacity to constantly improve his position is not surprising. Indeed, since 1964, Sosa’s presence in the epistemological field is the most relevant, both as a deep thinker whose work evolves and elaborates its identity amidst an intense dialogue and as an academic worker who deals with the complex activities related to the organization of the philosophical community. In this Interview, Sosa allows us to glimpse intricate aspects of his epistemology (e.g., epistemic modalities, philosophical methodology, and the Dawning) and exciting facts of his personal life and academic trajectory (e.g., people that contribute to his career and those he debated over the years). The interview is, per se, a clear example of his generosity, the richness of his trajectory, and the scope and profundity of his thoughts. His words, as we all can see, clearly illustrate a trajectory and thinking that opens us to philosophical flourishing.
Élenkhos, 2023
Resumen. Una presentación típica afirma que la epistemología contemporánea de la virtud, concebid... more Resumen. Una presentación típica afirma que la epistemología contemporánea de la virtud, concebida como un movimiento distintivo dentro de la epistemología, comenzó con el artículo de Ernest Sosa "La balsa y la pirámide", publicado en 1980. Tal versión es casi canónica. Este artículo presenta una narrativa diferente, es decir, la tesis contrafáctica (tal vez materialmente falsa y de alguna manera ilógica, aunque significativa) de que la epistemología de la virtud puede tener dos puntos de partida distintos y oportunos, respondiendo a los e nigmas heredados del problema de Gettier. Por supuesto, nuestra intención no es discutir seis años ni negar la relevancia de "La balsa y la pirámide", sino mostrar que algunas páginas de "¿Cómo lo sabes?", un artículo publicado en 1974, fueron escritas en el espíritu propio de la epistemología de la virtud de Sosa e incluso están relacionadas internamente con su perspectiva general. probablemente incluyendo sus pasos más recientes. Como pretendemos demostrar, Sosa era consciente en 1974 de la novedad de su perspectivismo venidero, especialmente del aspecto normativo de una reflexión propiamente epistemológica, entonces claramente expresada: (1) en su énfasis en la condición del sujeto; (2) en la especificidad afirmada del interés epistémico; (3) en la noción de "estar en posición de conocer" (tanto a través de la cara negativa y prototípica de las situaciones de Magoo como de la descripción positiva de la figura del conocedor); y (4) incluso en una nueva definición de conocimiento, propia del campo de la epistemología de la virtud. Como dijimos en nuestra conclusión, la comunidad filosófica debería celebrar los 50 años de la epistemología de la virtud dos veces, a partir de 2024. Después de todo, 1974 fue un año brillante para la investigación epistemológica; 1980, también. En este espíritu de reflexión, todos nos beneficiamos de celebrar muchas veces la hermosa y singular aventura intelectual de Sosa.
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), Sep 17, 2015
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), Sep 17, 2014
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), Sep 17, 2012
Analytica (Rio de Janeiro), Jul 1, 2017
Em 1964, o jovem Ernest Sosa, então com 24 anos, conclui a tese Directives: A logico-philosophica... more Em 1964, o jovem Ernest Sosa, então com 24 anos, conclui a tese Directives: A logico-philosophical inquiry, elaborada sob a supervisão de Nicholas Rescher, na University of Pittsburgh. Além certamente de atrair a atenção para esse jovem professor, 1 a tese teve continuidade por alguns anos em uma pesquisa sobre inferências práticas, tendo gerado um conjunto de artigos, dos quais podemos destacar "
Analytica (Rio de Janeiro), Aug 1, 2013
compreender tudo que queremos de um ponto de vista behaviorista (palavra horrenda)... Ludwig Witt... more compreender tudo que queremos de um ponto de vista behaviorista (palavra horrenda)... Ludwig Wittgenstein I É preciso por vezes encontrar o filósofo onde menos se espera: na superfície dos textos. Pode ser produtivo então refletir, por exemplo, sobre a ocorrência de algumas expressões, menções, ou mesmo de lacunas e outros recursos que, episódicos, desarticulados ou inadvertidos, denunciam o modo por que reagiu a alguns conceitos ou posições. Em muitos casos, trata-se mais de * A base inicial deste texto é um dos capítulos da Dissertação de Mestrado de Danilo Hoth Cerqueira, para o qual, aliás, o orientador, João Carlos Salles, havia colaborado de forma mais intensiva, como se registrou então em nota. Defendida a Dissertação, o texto foi retomado a quatro mãos, no âmbito de pesquisa apoiada pelo CNPq e pela FAPESB, sendo a versão atual o resultado dessa coautoria. WITTGENSTEIN, L., Wittgenstein's Nachlass, Oxford, Oxford University Press, 000, MS 0, p. 53. Como usitado, indicamos diretamente o manuscrito (MS) ou datiloscrito (TS) do espólio por sua numeração.
Revista Baiana de Enfermagem, Apr 4, 2018
Revista De Filosofia Aurora, Apr 27, 2018
Nosso objeto é a análise do conhecimento empreendida por Ernest Sosa, por cuja trama, segundo acr... more Nosso objeto é a análise do conhecimento empreendida por Ernest Sosa, por cuja trama, segundo acreditamos, seu extenso trabalho se configura como uma obra, comportando uma démarche específica. De modo mais específico, pretendemos recuperar neste texto as dificuldades e a novidade do artigo "How do you know?", com o qual Ernest Sosa, mesmo com hesitações e recuos, fez modificar-se bastante o cenário da análise do conhecimento em direção a uma epistemologia das virtudes. A análise explicita então uma nota característica do conhecimento deveras óbvia, mas que, não obstante a obviedade, precisava ser enunciada. Para conhecer, o sujeito necessita estar em posição de conhecer, sendo o conhecimento uma performance humana. Dessa forma, mesmo não tendo encontrado ainda a fórmula positiva da epistemologia das virtudes, o artigo de Sosa tem um lugar especial entre seus trabalhos, situando-se nas origens de seu pensamento mais maduro e no contexto de uma obra in fieri.
DoisPontos, Dec 24, 2012
resumo A percepção envolve muitos enigmas, nem sempre parecendo estar assegurada a unidade entre ... more resumo A percepção envolve muitos enigmas, nem sempre parecendo estar assegurada a unidade entre seu conteúdo e sua forma. Exemplificam tais enigmas as ilusões óticas, o célebre problema de Molyneux e também, como aqui nos interessa, o problema da expressão das cores em modelos cromáticos, que expressam incompatibilidades lógicas, mas se referem ao próprio território da experiência com cores e pigmentos. Neste nosso texto, distinguiremos dois usos do Farbenoktaeder por Wittgenstein, registrando a diferença, que julgamos relevante, entre a incompatibilidade ampla e a incompatibilidade restrita entre cores. palavras-chave Wittgenstein; Modelos cromáticos; Octaedro; Incompatibilidade ampla; Incompatibilidade restrita; Gramática. "Ein rötliches Grün gibt es nicht" ist den Sätzen verwandt, die wir als Axiome in der Mathematik gebrauchen. (WITTGENSTEIN, MS 133, p. 25r) 1
Analytica - Revista de Filosofia, 2016
Man wird oft von einem Wort behext. Z. B. vom Wort "wissen". Wittgenstein, Über Gewissheit, § 435... more Man wird oft von einem Wort behext. Z. B. vom Wort "wissen". Wittgenstein, Über Gewissheit, § 435. 1. A filosofia costuma ser louvada por suas ideias e ironizada por suas técnicas. Parecem preciosos os gestos largos, o apreço aos princípios, mas de pouca valia o trabalho minudente, sendo depreciadas as técnicas por que logramos alcançar alguma posição elevada. Não sendo a elevação sempre evidente ou garantida, o recurso a expedientes especiosos pode fazer as vezes de profundidade. Por isso, não sendo óbvia ao não iniciado a diferença entre a firula e o drible, a filosofia facilmente se prestaria à galhofa, sobretudo quando se volta aos detalhes, aparentemente insignificantes, ou seja, sobretudo quando se encontra em seu elemento. E isso desde os primórdios. Em um fragmento do comediógrafo Epícrates, alegres jovens atenienses, supervisionados por Platão, aparecem nos ginásios da Academia, debruçados sobre distinções as mais finas, ocupados em classificar em gênero a abóbora, se arbusto, gramínea ou legume-com o que, vingando-se, o público debochava do trabalho da divisão dialética, tão bem exemplificado n'O Sofista, por meio do qual se procurava estabelecer quais ideias se comunicam entre si e quais se excluem, bem como compreender o princípio em virtude do qual se comunicariam, isto é, o próprio "ser" e, logo, as regras próprias das ligações de predicação possíveis, os princípios mesmos da identidade e da diferença. 2 volume 20 número 1 2016 EpistEmoloGia E Gramática FilosóFica Na superfície, o público leria o profundo como anedótico ou inútil, sem que, por contraposição, devamos sempre supor profundo o que nesse trabalho pode haver de ocioso, repetitivo e deveras chato. A filosofia, com sua especial atenção à linguagem, tende a padecer incompreensão semelhante à sofrida pela linguística de feição antropológica, que, ao procurar ver a "diversidade de usos de que se reveste cada lugar, diversidade movida por razões históricas, sociais e até políticas", tem retido de seu trabalho o arco de nominações por que nos envolve "a névoa, ou neblina, ou librina, ou neve, ou nevoeiro, ou nuveiro, ou quantos outros nomes que a lexicologia regional queira dar a esse fenômeno atmosférico". Ora, mais que meramente fazer registros, a linguística desfia os mistérios por que a língua, diferenciando-se em seus usos, articula em um sistema comum um conjunto de variedades de manifestação, de modo que nada tem de trivial o que "dá ao falante o direito de (...) escolher se compra uma galinha d'angola, uma pintada, uma cocar, uma guiné, uma tô fraco, uma capote, uma angolista, uma picote"; ou o que, decalcando preconceitos da realidade dura da prostituição, "dá-lhe a possibilidade de utilizar dama, mulher dama, varredeira, varre-rua, mulher da vida, mulher de vida livre, mulher de vida fácil, rameira, prima e muitas outras denominações". 3 O trabalho do filósofo, então, não sendo a repetição ou a aplicação de meras técnicas, por sofisticadas que o sejam, tende a articular recursos, conformar vocabulários, selecionar ou recusar temas, o que se manifesta em um modo argumentado de fazer escolhas e superar dificuldades. Ou seja, o trabalho do filósofo tende a constituir-se como obra. Em sendo assim, traça caminhos, configura-se em métodos, desenha um estilo por que se entrelaçam temas reiterados e procedimentos recorrentes. Lembrando Ubirajara Rebouças, poderíamos dizer de forma ainda mais radical: a obra é filosófica se comporta uma démarche. Não se deve supor, por conta disso, que precisem ou mesmo devam constituir sistemas. Apenas não devem resultar, sistemáticas ou não, da aplicação ociosa de um patois a qualquer tema (como quando adoecíamos aqui e alhures de hegelianismo), e sim constituir critérios para discernir o profundo do especioso, para a preservação ou mudança de posições, para a decantação do duradouro sobre o passageiro e inclusive para a colaboração empreendida pelos pro-3 CARDOSO,
Kriterion-revista De Filosofia, Apr 1, 2020
To reach Larissa through ignorant luck is not to flourish. (Ernest Sosa) RESUMO Ernest Sosa é um ... more To reach Larissa through ignorant luck is not to flourish. (Ernest Sosa) RESUMO Ernest Sosa é um dos mais importantes filósofos da contemporaneidade. Em plena atividade há mais de cinco décadas, sua obra toma agora a forma de uma teoria da normatividade télica, com a qual Sosa pretende coroar sua procura por uma "knowledge friendly epistemology". Pretendemos mostrar que esta nova forma teórica instala-se bem no conjunto de sua reflexão epistemológica, procurando Sosa agora, de modo ainda mais preciso, dar resposta, por exemplo, às questões decorrentes do problema de Gettier, da intencionalidade e das modalidades epistêmicas. Entre as novidades de sua atual formulação, analisaremos de modo mais específico neste texto alguns problemas colocados pelo exemplo do arqueiro, ao transformar-se este em um modelo teórico ilustrativo da noção de normatividade télica, bem como alguns aspectos da singular taxonomia do conhecimento feita por Sosa.
Anãnsi: Revista de Filosofia, 2023
A formação em filosofia leva-nos amiúde à leitura de grandes obras do pensamento, não para recens... more A formação em filosofia leva-nos amiúde à leitura de grandes obras do pensamento, não para recensear um conjunto de ideias soltas, mas sim para lhes recuperar a trama constitutiva. Assim, a leitura torna-se propriamente filosófica, de sorte que, por meio dela, somos convidados a um diálogo, sendo provocados pela letra do texto clássico cujo sentido procuramos restabelecer e talvez ultrapassar. Este artigo apresenta, então, um desses possíveis convites, a saber, um programa de leitura a obra de Gottlob Frege a ser desenvolvido pelo Grupo de Estudos e Pesquisa Empirismo, Fenomenologia e Gramática. O texto antecipa linhas de força características da singular análise da linguagem realizada por Frege, tematizando, em específico, a oposição entre linguagem ordinária e o projeto de uma conceitografia. Como o convite para uma festa não substitui a própria festa, procuramos no texto tão só enfatizar ou fazer notar alguns aspectos, sobretudo de estilo, não pretendendo, por conseguinte, substituir a leitura futura dos textos nem controlar suas possibilidades e eventuais surpresas.
O texto aproxima e interpreta duas analises realizadas, em 1964, por Ernest Sosa: uma relativa a ... more O texto aproxima e interpreta duas analises realizadas, em 1964, por Ernest Sosa: uma relativa a nocao de ‘obediencia' (em texto antes de dificil acesso e agora publicado nesta Revista) e outra a nocao de ‘conhecimento de que p' (em texto recolhido por Sosa em seu livro Knowledge in perspective, mas em versao parcial). Em ambos os casos, vemos a clara influencia do problema de Gettier para a reflexao de Sosa. A palavra chave aqui e ‘analise', por meio da qual, entre outros recursos, podemos reconhecer a relevância e a singularidade da reflexao de Sosa entre os filosofos analiticos contemporâneos, inclusive ao toma-la como um corpus teorico, como uma obra, passivel entao de exame, tanto por suas posicoes mais atuais, quanto por sua historia e demarche.
Tractatus 100: Revistando a obra de Wittgenstein, 2022
Tractatus 100: Revisitando a obra de Wittgenstein Editora PUCPRess - UFSC
Os textos reunidos neste livro estão na mesma linha de nossa reflexão anterior sobre a universida... more Os textos reunidos neste livro estão na mesma linha de nossa reflexão anterior sobre a universidade e a completam. São os textos de meus mais recentes discursos, proferidos em 2022, além da contribuição feita a um livro e de uma extensa entrevista. Todos eles têm por tema essencial a universidade e, com a universidade, uma reflexão situada entre o terreno de nossa luta diária e o sublime de nosso horizonte.
A typical presentation states that contemporary virtue epistemology, conceived as a distinctive m... more A typical presentation states that contemporary virtue epistemology, conceived as a distinctive movement within epistemology, began with Ernest Sosa's paper "The Raft and the Pyramid," published in 1980. Such a version is almost canonical. This paper presents a different narrative, i.e., the contrafactual thesis (perhaps materially false and somehow illogical, though meaningful) that the virtue epistemology may have two timely distinct starting points, answering puzzles inherited from Gettier's problem. Of course, our intention is neither to dispute six years nor to deny the relevance of "The Raft and the Pyramid," but to show that a few pages of "How do you know?", a paper published in 1974, were written in the proper spirit of Sosa's virtue epistemology and even are internally related to its general perspective, likely including its more recent steps. As we intend to demonstrate, Sosa was conscious in 1974 of the novelty for his coming perspectivism, specially of the normative aspect of a properly epistemological reflection, then clearly expressed: (1) in his emphasis on the condition of the subject; (2) in the affirmed specificity of the epistemic interest; (3) in the notion of "being in a position to know" (both through the negative and prototypical face of Magoo situations and the positive description of the figure of the knower); and (4) even in a new definition of knowledge, proper to the field of virtue epistemology. As stated in our conclusion, the philosophical community should celebrate the 50 years of virtue epistemology twice, starting in 2024. After all, 1974 was a bright year for epistemological research; 1980, too. In this spirit of reflection, we all benefit from celebrating Sosa's beautiful and singular intellectual adventure many times. Oh Magoo, you've done it again!