Gilmara Joane Macêdo de Medeiros | Universidade Federal Rural do Semi-Árido (original) (raw)
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Papers by Gilmara Joane Macêdo de Medeiros
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Dir... more Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2019.A afirmação dos direitos humanos no mundo moderno teve, em diversos momentos da história, o potencial de rejeitar o passado (julgado como opressor) e de inaugurar uma nova ordem. No final do século XX, o ocidente passou por sérias transformações políticas e simbólicas, dentre as quais a derrocada do socialismo e o fim das ditaduras militares no Cone Sul das Américas, que convergiram na definição e estabelecimento dos direitos humanos como a ideologia dos novos tempos, a linguagem das democracias atuais. No percurso, confrontamo-nos com a construção de um horizonte crítico dos direitos humanos, em especial de combate ao paradigma liberal (individualismo, universalismo, colonialismo e capitalismo) presente em algumas obras que tratam do tema. A crítica a tal paradigma, considerado hegemônico, levou alguns estudiosos a buscarem alternativas teóricas como a construção de referênci...
Revista Estudantil Manus Iuris
MesmocomofimdaSegundaGuerraMundial,temseverificado,nasdemocracias contemporâneas, a perpetuação d... more MesmocomofimdaSegundaGuerraMundial,temseverificado,nasdemocracias contemporâneas, a perpetuação de um tipo de governo que teve seu ápice durante esse cenário histórico: a Exceção. O que se observa nos dias hodiernos é que se vive um Estado de Exceção dentro da própria legalidade, visto a desigualdade dos cidadãos frente ao Judiciário e a relevância cada vez mais crescente de uma figura autoritária. Para isso, pretende-se estudar melhor o conceito através da obra do filósofo italiano Giorgio Agamben, por meio do seu livro Estado de Exceção (Homo Sacer II,I). Para melhor compreensão do termo, adota-se como metodologia a revisão bibliográfica de autores que tratam a respeito do totalitarismo – tais como Hannah Arendt, Ian Kershaw e Jason Stanley –, além de obras cinematográficas, a fim de contribuir algumas relações pertinentes às obras literárias selecionadas como marco teórico deste trabalho, com o fito de perceber as nuances e particularidades desse tipo de governo ao longo da Histó...
A pesquisa sociojurídica e o feminismo - pensar como outsider within, 2021
Existirmos a que será que se destina: notas reflexivas sobre direitos humanos em tempos de bolsonarismo, 2022
Artigo presente no livro SOUSA JUNIOR, José Geraldo. RAMPIN, Talita Tatiana. AMARAL, Alberto Carv... more Artigo presente no livro SOUSA JUNIOR, José Geraldo. RAMPIN, Talita Tatiana. AMARAL, Alberto Carvalho (orgs.). Direitos Humanos e Covid-19: respostas sociais à pandemia. Belo Horizonte, São Paulo: D´Plácido, 2022. p.303 a 352.
Revista Estudos Feministas, 2021
Em sua primeira obra traduzida no Brasil, Um feminismo decolonial, introduzida no mercado editori... more Em sua primeira obra traduzida no Brasil, Um feminismo decolonial, introduzida no mercado editorial pela Editora Ubu, a estudiosa Françoise Vergès 1 (2020) expõe de maneira provocativa os elementos políticos e teóricos de desenvolvimento de um feminismo decolonial. A proposta em discussão-difundida no país a partir de outras intelectuais, tais como Lélia Gonzalez (2019), Orchy Curiel (2009), María Lugones (2014), Rita Laura Segato (2012), dentre outras-, apresenta-se como uma forma de intervir no mundo que questiona e aponta para as permanências e desigualdades provenientes do processo de colonização das Américas, da África e da Ásia, analisando os seus impactos nas vidas das mulheres negras e racializadas. Trata-se de uma leitura que reivindica a radicalidade do feminismo como uma expressão da luta das mulheres do sul global 2 , situando-o como uma forma de oposição ao patriarcado, ao capitalismo e ao racismo-colonialismo, ao mesmo tempo em que aponta para as fragilidades do feminismo hegemônico-notadamente branco e liberal, a que autora denomina de civilizatório. Esta vertente reforça, para Vergès, o processo de exploração-dominação-opressão das mulheres colonizadas quando constrói uma perspectiva política travestida de um projeto de emancipação feminina, criado à luz de uma concepção pouco inclusiva de emancipação das mulheres.
Books by Gilmara Joane Macêdo de Medeiros
Caderno Pedagógico do I Curso de Promotoras Legais Populares do Oeste Potiguar - Direitos Humanos das Mulheres Camponesas, 2021
Caderno Pedagógico do I Curso de Promotoras Legais Populares do Oeste Potiguar - Direitos Humanos... more Caderno Pedagógico do I Curso de Promotoras Legais Populares do Oeste Potiguar - Direitos Humanos das Mulheres Camponesas
Thesis Chapters by Gilmara Joane Macêdo de Medeiros
Os direitos humanos e as metamorfoses do tempo: compreendendo sua (re)invenção crítica, 2019
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Dir... more Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2019.A afirmação dos direitos humanos no mundo moderno teve, em diversos momentos da história, o potencial de rejeitar o passado (julgado como opressor) e de inaugurar uma nova ordem. No final do século XX, o ocidente passou por sérias transformações políticas e simbólicas, dentre as quais a derrocada do socialismo e o fim das ditaduras militares no Cone Sul das Américas, que convergiram na definição e estabelecimento dos direitos humanos como a ideologia dos novos tempos, a linguagem das democracias atuais. No percurso, confrontamo-nos com a construção de um horizonte crítico dos direitos humanos, em especial de combate ao paradigma liberal (individualismo, universalismo, colonialismo e capitalismo) presente em algumas obras que tratam do tema. A crítica a tal paradigma, considerado hegemônico, levou alguns estudiosos a buscarem alternativas teóricas como a construção de referênci...
Revista Estudantil Manus Iuris
MesmocomofimdaSegundaGuerraMundial,temseverificado,nasdemocracias contemporâneas, a perpetuação d... more MesmocomofimdaSegundaGuerraMundial,temseverificado,nasdemocracias contemporâneas, a perpetuação de um tipo de governo que teve seu ápice durante esse cenário histórico: a Exceção. O que se observa nos dias hodiernos é que se vive um Estado de Exceção dentro da própria legalidade, visto a desigualdade dos cidadãos frente ao Judiciário e a relevância cada vez mais crescente de uma figura autoritária. Para isso, pretende-se estudar melhor o conceito através da obra do filósofo italiano Giorgio Agamben, por meio do seu livro Estado de Exceção (Homo Sacer II,I). Para melhor compreensão do termo, adota-se como metodologia a revisão bibliográfica de autores que tratam a respeito do totalitarismo – tais como Hannah Arendt, Ian Kershaw e Jason Stanley –, além de obras cinematográficas, a fim de contribuir algumas relações pertinentes às obras literárias selecionadas como marco teórico deste trabalho, com o fito de perceber as nuances e particularidades desse tipo de governo ao longo da Histó...
A pesquisa sociojurídica e o feminismo - pensar como outsider within, 2021
Existirmos a que será que se destina: notas reflexivas sobre direitos humanos em tempos de bolsonarismo, 2022
Artigo presente no livro SOUSA JUNIOR, José Geraldo. RAMPIN, Talita Tatiana. AMARAL, Alberto Carv... more Artigo presente no livro SOUSA JUNIOR, José Geraldo. RAMPIN, Talita Tatiana. AMARAL, Alberto Carvalho (orgs.). Direitos Humanos e Covid-19: respostas sociais à pandemia. Belo Horizonte, São Paulo: D´Plácido, 2022. p.303 a 352.
Revista Estudos Feministas, 2021
Em sua primeira obra traduzida no Brasil, Um feminismo decolonial, introduzida no mercado editori... more Em sua primeira obra traduzida no Brasil, Um feminismo decolonial, introduzida no mercado editorial pela Editora Ubu, a estudiosa Françoise Vergès 1 (2020) expõe de maneira provocativa os elementos políticos e teóricos de desenvolvimento de um feminismo decolonial. A proposta em discussão-difundida no país a partir de outras intelectuais, tais como Lélia Gonzalez (2019), Orchy Curiel (2009), María Lugones (2014), Rita Laura Segato (2012), dentre outras-, apresenta-se como uma forma de intervir no mundo que questiona e aponta para as permanências e desigualdades provenientes do processo de colonização das Américas, da África e da Ásia, analisando os seus impactos nas vidas das mulheres negras e racializadas. Trata-se de uma leitura que reivindica a radicalidade do feminismo como uma expressão da luta das mulheres do sul global 2 , situando-o como uma forma de oposição ao patriarcado, ao capitalismo e ao racismo-colonialismo, ao mesmo tempo em que aponta para as fragilidades do feminismo hegemônico-notadamente branco e liberal, a que autora denomina de civilizatório. Esta vertente reforça, para Vergès, o processo de exploração-dominação-opressão das mulheres colonizadas quando constrói uma perspectiva política travestida de um projeto de emancipação feminina, criado à luz de uma concepção pouco inclusiva de emancipação das mulheres.
Caderno Pedagógico do I Curso de Promotoras Legais Populares do Oeste Potiguar - Direitos Humanos das Mulheres Camponesas, 2021
Caderno Pedagógico do I Curso de Promotoras Legais Populares do Oeste Potiguar - Direitos Humanos... more Caderno Pedagógico do I Curso de Promotoras Legais Populares do Oeste Potiguar - Direitos Humanos das Mulheres Camponesas
Os direitos humanos e as metamorfoses do tempo: compreendendo sua (re)invenção crítica, 2019