Déborah Arco | UFF - Universidade Federal Fluminense (original) (raw)

Papers by Déborah Arco

Research paper thumbnail of "JÁ QUE É PRA TOMBAR, TOMBEI" PROTAGONISMO FEMININO E FEMINISTA NO HIP HOP ATRAVÉS DA ANÁLISE DAS LETRAS DA RAPPER KAROL CONKA

"JÁ QUE É PRA TOMBAR, TOMBEI" PROTAGONISMO FEMININO E FEMINISTA NO HIP HOP ATRAVÉS DA ANÁLISE DAS LETRAS DA RAPPER KAROL CONKA, 2017

Resumo: O presente artigo é parte da pesquisa que está em andamento no Programa de Pós-Graduação ... more Resumo: O presente artigo é parte da pesquisa que está em andamento no Programa de Pós-Graduação em Cultura e Territorialidades da Universidade Federal Fluminense (UFF), que busca compreender o olhar feminino sobre o movimento Hip Hop, pelo viés do rap, através das letras da cantora Karol Conka e de entrevistas e depoimentos retirados de sites, portais eletrônicos de jornais e revistas dela e de outras mulheres que fazem parte da cena. A artista se destaca na mídia, na internet, na TV e neste movimento musical que é dominado pela lógica masculina, cantando letras de empoderamento feminino que visam questionar a naturalização de construções sociais patriarcais. Para buscar esclarecer como as mulheres trilham seus caminhos dentro deste movimento cultural regido pela lógica machista, foi traçado um panorama histórico do Hip Hop mostrando como a dominação masculina é presença forte no contexto, bem como a trajetória da participação feminina no movimento. Como metodologia também foi utilizada a análise de cinco letras da Karol Conka com o objetivo de entendê-las como importante ferramenta de combate ao estigma da mulher, à discriminação e preconceito de gênero no movimento como um todo. Palavras-chave: Hip Hop, Rap, dominação masculina, feminismo e resistência. Introdução Tem Rap na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 cantando o empoderamento feminino, tem Rap em abertura de programa do mais importante canal de televisão do país, tem mulher rapper e negra nas campanhas de produtos de beleza e da Caixa Econômica Federal. Todos acima citados protagonizados por uma jovem mulher negra e rapper chamada Karol Conka. Falar sobre o trabalho de Karol Conka possibilita trazer para o debate questões hoje fundamentais: a questão de gênero e o papel social da mulher, sobretudo da mulher negra e periférica. Em um país como o Brasil, que possui cerca de 6,300 milhões de mulheres a mais do que homens 2 , marcado pelas gritantes diferenças sociais e por uma cultura do patriarcado que discrimina e subalterniza a mulher, mais ainda se for pobre.

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"JÁ QUE É PRA TOMBAR, TOMBEI" PROTAGONISMO FEMININO E FEMINISTA NO HIP HOP ATRAVÉS DA ANÁLISE DAS LETRAS DA RAPPER KAROL CONKA, 2017

Resumo: O presente artigo é parte da pesquisa que está em andamento no Programa de Pós-Graduação ... more Resumo: O presente artigo é parte da pesquisa que está em andamento no Programa de Pós-Graduação em Cultura e Territorialidades da Universidade Federal Fluminense (UFF), que busca compreender o olhar feminino sobre o movimento Hip Hop, pelo viés do rap, através das letras da cantora Karol Conka e de entrevistas e depoimentos retirados de sites, portais eletrônicos de jornais e revistas dela e de outras mulheres que fazem parte da cena. A artista se destaca na mídia, na internet, na TV e neste movimento musical que é dominado pela lógica masculina, cantando letras de empoderamento feminino que visam questionar a naturalização de construções sociais patriarcais. Para buscar esclarecer como as mulheres trilham seus caminhos dentro deste movimento cultural regido pela lógica machista, foi traçado um panorama histórico do Hip Hop mostrando como a dominação masculina é presença forte no contexto, bem como a trajetória da participação feminina no movimento. Como metodologia também foi utilizada a análise de cinco letras da Karol Conka com o objetivo de entendê-las como importante ferramenta de combate ao estigma da mulher, à discriminação e preconceito de gênero no movimento como um todo. Palavras-chave: Hip Hop, Rap, dominação masculina, feminismo e resistência. Introdução Tem Rap na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 cantando o empoderamento feminino, tem Rap em abertura de programa do mais importante canal de televisão do país, tem mulher rapper e negra nas campanhas de produtos de beleza e da Caixa Econômica Federal. Todos acima citados protagonizados por uma jovem mulher negra e rapper chamada Karol Conka. Falar sobre o trabalho de Karol Conka possibilita trazer para o debate questões hoje fundamentais: a questão de gênero e o papel social da mulher, sobretudo da mulher negra e periférica. Em um país como o Brasil, que possui cerca de 6,300 milhões de mulheres a mais do que homens 2 , marcado pelas gritantes diferenças sociais e por uma cultura do patriarcado que discrimina e subalterniza a mulher, mais ainda se for pobre.