Gladys Ribeiro | UFF - Universidade Federal Fluminense (original) (raw)
Possui Bacharelado e Licenciatura em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979), Especialização em História do Brasil pela Universidade Federal Fluminense (1983), Mestrado em História do Brasil pela Universidade Federal Fluminense (1987) e Doutorado em História Social do Trabalho pela Universidade Estadual de Campinas (1997). Atualmente é Professora Titular do Departamento de História e do PPGH da Universidade Federal Fluminense. Foi coordenadora executiva dos PRONEX, Nação e cidadania no Império: novos horizontes ebDimensões da cidadania no século XIX- CNPq - FAPERJ, proponente José Murilo de Carvalho (2004 a 2010). Cientista do Nosso Estado, Edital 2006 (FAPERJ - 2007-2008) e Edital 2008 (2009-2011), Edital 2011 (2012-2014); Edital 2014 (2015- 2018); bolsista de produtividade do CNPq Nivel 1; Secretária da SEO (Sociedade Brasileira de EStudos do Oitocentos (2013-2017); Editora da Almanack Revista Eletrônica (agosto 2013 a julho 2019); associada e colaboradora da Associação Nacional dos Professores de História. Foi fundadora da SEO (Sociedade Brasileira de Estudos do Oitocentos) e sua secretária de 2013 a 2017. Colabora ainda com a SEO . Foi coordenadora do Lato Sensu em História do Brasil - UFF (2007- 2011). Trabalha com História do Brasil, ênfase em Brasil Império e Primeira República. Pesquisa, principalmente, os seguintes temas: migrações, poder e política, enfocando aspectos relacionados à cidadania, aos direitos, à nação e a formação de uma identidade nacional e do antilusitanismo. Publicou: Mata Galegos, Brasiliense (Coleção Tudo é História nº 129), 1990; A liberdade em construção, Relume-Dumará/FAPERJ, 2002 e republicado em 2023. É organizadora dos livros: Brasileiros e cidadãos: modernidade política, 1822-1930, São Paulo: Editora Alameda, 2008; Diálogos entre Direito e História: cidadania e justiça. Niterói: EDUFF, 2009 (com Edson Alvisi e Fátima Moura); Linguagens e práticas da cidadania no século XIX, Editora Alameda, 2010 (com Tânia Bessone); Linguagens e fronteiras do poder, Editora FGV, 2011 (com José Murilo de Carvalho, Miriam H Pereira e Maria João Vaz); O Oitocentos entre livros, livreiros, impressos, missivas e bibliotecas. Ed. Alameda, 2013 (com Tânia Bessone e Monique de Siqueira Gonçalves); O Oitocentos sob novas perspectivas, Editora Alameda, 2014 (com Tânia Bessone e Ismênia Martins); Cultura escrita e circulação de impressos no Oitocentos. 2016, e Imprensa, livros e política no Oitocentos, 2018, Ed. Alameda (com Tânia Bessone, Monique de Siqueira Gonçalves e Beatriz Piva Momesso); Escravidão e cultura afro-brasileira, Editora Unicamp, 2016, com Jonis Freire, Martha Abreu e Sidney Chalhoub; Cartografias da Cidade Invisível, Ed Mauad, 2017, com Giselle Venâncio e Verônica Secreto; O Rio de Janeiro dos fados, minhotos e alfacinhas, EDUFF, 2017 e Portugueses e cidadãos: experiências e identidades nos século XIX e XX, Mauad, 2018, com Paulo Terra e Fabiane Popinigis; Tensões políticas, cidadania e trabalho no longo Oitocentos. São Paulo: Editora Alameda, 2020, com Karoline Carula; ainda com Karolina Carula E-book: Poderes, cidadania, trocas culturais e socioeconômicas no Oitocentos. São Paulo: Alameda Casa Editorial, 2021 e com Paulo Terra, E-book: Múltiplos olhares sobre o oitocentos [recurso eletrônico]. São Paulo: Editora Alameda, 2021. É igualmente autora de vários artigos nacionais e internacionais em revistas especializadas e de capítulos de livros.
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Papers by Gladys Ribeiro
Revista Brasileira de História
RESUMO Os ideais liberais da revolução do Porto reconheciam a representação popular e o governo p... more RESUMO Os ideais liberais da revolução do Porto reconheciam a representação popular e o governo pautado em leis. Se havia o medo do retorno do absolutismo, temia-se sobretudo a forma como as ideias liberais se desenhariam em solo brasileiro e impactariam a vida dos indivíduos. Portanto, aumentou-se o controle e a vigilância no que se referia às ideias que circulavam e àqueles que desembarcavam no Brasil, dado que a Corte era multiétnica e multirracial, conhecendo bem o que ocorria no mundo atlântico. Havia um constitucionalismo popular entre trabalhadores brancos pobres, escravos e libertos, os quais esperavam um tratamento igualitário perante a lei. Tais indivíduos não pertenciam a partidos políticos ou a movimentos sociais organizados coletivamente, agindo individualmente e, às vezes, como membros de algum grupo profissional. A circulação transnacional dessas ideias acaba contribuindo para a queda de D. Pedro I.
Ribeiro, Gladys , 2022
Abstract The liberal ideals of the Porto Revolution recognized popular representation and governm... more Abstract
The liberal ideals of the Porto Revolution
recognized popular representation
and government based on laws. If there
was a fear of the return of absolutism,
there was especially a fear of how liberal
ideas would be drawn on Brazilian soil
and impact the lives of the citizens. Therefore,
there was increased control and
vigilance regarding the ideas that circulated
and those who landed in Brazil,
since the Court was multiethnic and
multiracial, knowing well what was happening
in the Atlantic world. There
was a popular constitutionalism among
poor white workers, slaves and freedmen,
who expected equal treatment under
the law. These people did not belong
to political parties or collectively organized
social movements, but acted individually
and sometimes as members of
some professional group. The transnational
circulation of these ideas ended
up contributing to the fall of Pedro I.
Keywords: Liberal ideals of vintismo;
Popular constitutionalism; Portugal;
Brazil; Abdication of D. Pedro I.
História Unisinos, 2018
Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (... more Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados. Resumo: O objetivo do presente artigo é analisar o Instituto Commercial do Rio de Janeiro desde a sua implementação, em 1856, até o seu fechamento, em 1880, observando, principalmente, as tentativas de organização do mesmo para que viesse a cumprir de fato a sua função de formação técnica para o comércio e para as funções públicas. Nesse sentido, é investigada a relação do ensino com o trabalho no comércio. Interessa-nos também explorar os diferentes estatutos promulgados pelo governo imperial, que são vistos em conexão com as transformações no comércio brasileiro, bem como as críticas em relação à instituição presentes na imprensa do período.
Estudos Ibero-Americanos, 2000
Este texto discute a política imigratória do governo português desde o final do século XVIII. Pre... more Este texto discute a política imigratória do governo português desde o final do século XVIII. Pretende também mostrar a importância da mão-de-obra portuguesa na cidade, no início do século XIX.
No Rio de Janeiro do início do século, a presença dos portugueses era expressiva. Constituíam a m... more No Rio de Janeiro do início do século, a presença dos portugueses era expressiva. Constituíam a mão-de-obra preferida e valorizada pelos patrões. 'Precisa-se de portugueses...', estampavam os jornais da época. Em um momento de dificuldades econômicas e de carestia, esses imigrantes tornavam-se concorrentes e rivais dos trabalhadores brasileiros, considerados vadios e desordeiros. 'Mata galego!' era o grito que expressava os ressentimentos populares e podia dar início a uma escaldada de insultos ou a uma agressão sanguinolenta. A luta pela sobrevivência criou e reeditou imagens diversas sobre os portugueses e os trabalhadores nacionais, ainda hoje vigentes em nosso cotidiano.
Cadernos CEDES, 2002
A Independência do Brasil não fez parte da "lógica natural" dos fatos, vinculada a uma ... more A Independência do Brasil não fez parte da "lógica natural" dos fatos, vinculada a uma crise do Sistema Colonial que colocava a Colônia versus a Metrópole. Após o grito do Ipiranga, a imprensa e as autoridades, tanto em suas cartas pessoais como em suas correspondências de trabalho, tocavam no assunto de forma cuidadosa. Tentavam convencer aqueles que eram simpatizantes da "causa do Brasil" de que a independência como separação política era uma realidade a ser mantida. Um dos motivos alegados eram rebeliões das ruas de cidades como o Rio de Janeiro. As insurreições da população "de cor" da Corte não foram apenas uma ameaça constante, erigiram-se em realidade palpável nas fugas, nos ajuntamentos e nos tumultos, que não raro se transformaram em devassas e que pontilham a documentação da Polícia e do Ministério da Justiça. Os escravos e libertos participaram com igual intensidade da política do país e dos movimentos ocorridos. Fizeram uma leitura própria d...
Confluências | Revista Interdisciplinar de Sociologia e Direito, 2012
Este texto discute o trânsito de capitais, materiais e imateriais, entre Brasil e Portugal, de so... more Este texto discute o trânsito de capitais, materiais e imateriais, entre Brasil e Portugal, de sorte a se formar uma identidade cultural capaz de unir estas duas nações, a partir da idéia de fraternidade luso-brasileira. Tal vínculo aparece também no ordenamento jurídico destas nações, abordado ao longo da exposição.
intitulado “Nacao e cidadania no Imperio: novos horizontes” foi estabelecer ser a distincao entre... more intitulado “Nacao e cidadania no Imperio: novos horizontes” foi estabelecer ser a distincao entre nacao e cidadania meramente heuristica. Este projeto de PRONEX, que chancelou o Centro de Estudos do Oitocentos (CEO) – UFF como um Nucleo de Excelencia, pelos Editais PRONEX 2003 e 2006, sob a proposicao e a coordenacao academica do Professor Jose Murilo de Carvalho, da UFRJ, pretendeu alargar as dimensoes da cidadania. Neste sentido, como coordenadora executiva deste mesmo projeto, pretendo discutir no âmbito deste texto as formas possiveis de alargamento desses estudos a partir de um novo olhar sobre o uso das fontes, da proposa de uma nova cronologia e de uma nova perspectiva analitica, que confira enfase a uma cidadania construida, nao dada apenas pelos diplomas legais. Alem disso, entende-se que esta cidadania foi alargada na experiencia politica dos grupos, dos conflitos e dos movimentos de rua. Palavras-chave: Cidadania - Liberdade - Participacao popular - Identidade nacional - ...
Problematizando as analises da historiografia sobre a formacao da identidade nacional no Primeiro... more Problematizando as analises da historiografia sobre a formacao da identidade nacional no Primeiro Reinado, esta tese de Doutorado contribui para o estudo sobre o que era "ser brasileiro" nesse periodo. Mostra como se deu a construcao da liberdade ate a Independencia total, em 1822, e como esta questao permeou a vida politica dos primeiros anos do Brasil emancipado e desembocou no Sete de Abril de 1831, data da Abdicacao de D. Pedra I. O Pais deveria ser livre, autonomo. Este desejo tambem era compartilhado por "brasileiros", "portugueses" e africanos. Livres, libertos ou escravos, todos disputavam direitos no espaco publico. "Ser brasileiro" foi-se constituindo como uma construcao historica, oposta ao "ser portugues". E, como tal, foi utilizada como poderosa arma politica, gerando normas e leis de controle e vigilância dos estrangeiros. pgta normalizacao produziu material demografico precioso, atraves do qual tracamos um perfil do im...
Revista de História e Historiografia da Educação
Resenha: VENÂNCIO, G. M.; SECRETO, M. V.; RIBEIRO, G. S. (org.). Cartografias da cidade (in)visív... more Resenha: VENÂNCIO, G. M.; SECRETO, M. V.; RIBEIRO, G. S. (org.). Cartografias da cidade (in)visível: setores populares, cultura escrita, educação e leitura no Rio de Janeiro imperial. Rio de Janeiro: Mauad X: Faperj, 2017.
Almanack
bolsista de produtividade do CNPq e Cientista do Nosso Estado/ FAPERJ. É coordenadora do NEMIC (N... more bolsista de produtividade do CNPq e Cientista do Nosso Estado/ FAPERJ. É coordenadora do NEMIC (Núcleo de Estudos de Migrações, Identidades e Cidadania), vice-coordenadora do CEO (Centro de Estudos do Oitocentos) e uma das fundadoras da SEO (Sociedade Brasileira de Estudos do Oitocentos).
Revista História Unisinos, 2018
O objetivo do presente artigo é analisar o Instituto Commercial do Rio de Janeiro desde a sua imp... more O objetivo do presente artigo é analisar o Instituto Commercial do Rio de Janeiro desde a sua implementação, em 1856, até o seu fechamento, em 1880, observando, principalmente, as tentativas de organização do mesmo para que viesse a cumprir de fato a sua função de formação técnica para o comércio e para as funções públicas. Nesse sentido, é investigada a relação do ensino com o trabalho no comércio. Interessa-nos também explorar os diferentes estatutos promulgados pelo governo imperial, que são vistos em conexão com as transformações no comércio brasileiro, bem como as críticas em relação à instituição presentes na imprensa do período.
Revista Acervo, Dec 28, 2011
Estudios Migratorios Latinoamericanos, 1995
Revista Da Sjrj, Jul 6, 2010
Revista Brasileira de História
RESUMO Os ideais liberais da revolução do Porto reconheciam a representação popular e o governo p... more RESUMO Os ideais liberais da revolução do Porto reconheciam a representação popular e o governo pautado em leis. Se havia o medo do retorno do absolutismo, temia-se sobretudo a forma como as ideias liberais se desenhariam em solo brasileiro e impactariam a vida dos indivíduos. Portanto, aumentou-se o controle e a vigilância no que se referia às ideias que circulavam e àqueles que desembarcavam no Brasil, dado que a Corte era multiétnica e multirracial, conhecendo bem o que ocorria no mundo atlântico. Havia um constitucionalismo popular entre trabalhadores brancos pobres, escravos e libertos, os quais esperavam um tratamento igualitário perante a lei. Tais indivíduos não pertenciam a partidos políticos ou a movimentos sociais organizados coletivamente, agindo individualmente e, às vezes, como membros de algum grupo profissional. A circulação transnacional dessas ideias acaba contribuindo para a queda de D. Pedro I.
Ribeiro, Gladys , 2022
Abstract The liberal ideals of the Porto Revolution recognized popular representation and governm... more Abstract
The liberal ideals of the Porto Revolution
recognized popular representation
and government based on laws. If there
was a fear of the return of absolutism,
there was especially a fear of how liberal
ideas would be drawn on Brazilian soil
and impact the lives of the citizens. Therefore,
there was increased control and
vigilance regarding the ideas that circulated
and those who landed in Brazil,
since the Court was multiethnic and
multiracial, knowing well what was happening
in the Atlantic world. There
was a popular constitutionalism among
poor white workers, slaves and freedmen,
who expected equal treatment under
the law. These people did not belong
to political parties or collectively organized
social movements, but acted individually
and sometimes as members of
some professional group. The transnational
circulation of these ideas ended
up contributing to the fall of Pedro I.
Keywords: Liberal ideals of vintismo;
Popular constitutionalism; Portugal;
Brazil; Abdication of D. Pedro I.
História Unisinos, 2018
Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (... more Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados. Resumo: O objetivo do presente artigo é analisar o Instituto Commercial do Rio de Janeiro desde a sua implementação, em 1856, até o seu fechamento, em 1880, observando, principalmente, as tentativas de organização do mesmo para que viesse a cumprir de fato a sua função de formação técnica para o comércio e para as funções públicas. Nesse sentido, é investigada a relação do ensino com o trabalho no comércio. Interessa-nos também explorar os diferentes estatutos promulgados pelo governo imperial, que são vistos em conexão com as transformações no comércio brasileiro, bem como as críticas em relação à instituição presentes na imprensa do período.
Estudos Ibero-Americanos, 2000
Este texto discute a política imigratória do governo português desde o final do século XVIII. Pre... more Este texto discute a política imigratória do governo português desde o final do século XVIII. Pretende também mostrar a importância da mão-de-obra portuguesa na cidade, no início do século XIX.
No Rio de Janeiro do início do século, a presença dos portugueses era expressiva. Constituíam a m... more No Rio de Janeiro do início do século, a presença dos portugueses era expressiva. Constituíam a mão-de-obra preferida e valorizada pelos patrões. 'Precisa-se de portugueses...', estampavam os jornais da época. Em um momento de dificuldades econômicas e de carestia, esses imigrantes tornavam-se concorrentes e rivais dos trabalhadores brasileiros, considerados vadios e desordeiros. 'Mata galego!' era o grito que expressava os ressentimentos populares e podia dar início a uma escaldada de insultos ou a uma agressão sanguinolenta. A luta pela sobrevivência criou e reeditou imagens diversas sobre os portugueses e os trabalhadores nacionais, ainda hoje vigentes em nosso cotidiano.
Cadernos CEDES, 2002
A Independência do Brasil não fez parte da "lógica natural" dos fatos, vinculada a uma ... more A Independência do Brasil não fez parte da "lógica natural" dos fatos, vinculada a uma crise do Sistema Colonial que colocava a Colônia versus a Metrópole. Após o grito do Ipiranga, a imprensa e as autoridades, tanto em suas cartas pessoais como em suas correspondências de trabalho, tocavam no assunto de forma cuidadosa. Tentavam convencer aqueles que eram simpatizantes da "causa do Brasil" de que a independência como separação política era uma realidade a ser mantida. Um dos motivos alegados eram rebeliões das ruas de cidades como o Rio de Janeiro. As insurreições da população "de cor" da Corte não foram apenas uma ameaça constante, erigiram-se em realidade palpável nas fugas, nos ajuntamentos e nos tumultos, que não raro se transformaram em devassas e que pontilham a documentação da Polícia e do Ministério da Justiça. Os escravos e libertos participaram com igual intensidade da política do país e dos movimentos ocorridos. Fizeram uma leitura própria d...
Confluências | Revista Interdisciplinar de Sociologia e Direito, 2012
Este texto discute o trânsito de capitais, materiais e imateriais, entre Brasil e Portugal, de so... more Este texto discute o trânsito de capitais, materiais e imateriais, entre Brasil e Portugal, de sorte a se formar uma identidade cultural capaz de unir estas duas nações, a partir da idéia de fraternidade luso-brasileira. Tal vínculo aparece também no ordenamento jurídico destas nações, abordado ao longo da exposição.
intitulado “Nacao e cidadania no Imperio: novos horizontes” foi estabelecer ser a distincao entre... more intitulado “Nacao e cidadania no Imperio: novos horizontes” foi estabelecer ser a distincao entre nacao e cidadania meramente heuristica. Este projeto de PRONEX, que chancelou o Centro de Estudos do Oitocentos (CEO) – UFF como um Nucleo de Excelencia, pelos Editais PRONEX 2003 e 2006, sob a proposicao e a coordenacao academica do Professor Jose Murilo de Carvalho, da UFRJ, pretendeu alargar as dimensoes da cidadania. Neste sentido, como coordenadora executiva deste mesmo projeto, pretendo discutir no âmbito deste texto as formas possiveis de alargamento desses estudos a partir de um novo olhar sobre o uso das fontes, da proposa de uma nova cronologia e de uma nova perspectiva analitica, que confira enfase a uma cidadania construida, nao dada apenas pelos diplomas legais. Alem disso, entende-se que esta cidadania foi alargada na experiencia politica dos grupos, dos conflitos e dos movimentos de rua. Palavras-chave: Cidadania - Liberdade - Participacao popular - Identidade nacional - ...
Problematizando as analises da historiografia sobre a formacao da identidade nacional no Primeiro... more Problematizando as analises da historiografia sobre a formacao da identidade nacional no Primeiro Reinado, esta tese de Doutorado contribui para o estudo sobre o que era "ser brasileiro" nesse periodo. Mostra como se deu a construcao da liberdade ate a Independencia total, em 1822, e como esta questao permeou a vida politica dos primeiros anos do Brasil emancipado e desembocou no Sete de Abril de 1831, data da Abdicacao de D. Pedra I. O Pais deveria ser livre, autonomo. Este desejo tambem era compartilhado por "brasileiros", "portugueses" e africanos. Livres, libertos ou escravos, todos disputavam direitos no espaco publico. "Ser brasileiro" foi-se constituindo como uma construcao historica, oposta ao "ser portugues". E, como tal, foi utilizada como poderosa arma politica, gerando normas e leis de controle e vigilância dos estrangeiros. pgta normalizacao produziu material demografico precioso, atraves do qual tracamos um perfil do im...
Revista de História e Historiografia da Educação
Resenha: VENÂNCIO, G. M.; SECRETO, M. V.; RIBEIRO, G. S. (org.). Cartografias da cidade (in)visív... more Resenha: VENÂNCIO, G. M.; SECRETO, M. V.; RIBEIRO, G. S. (org.). Cartografias da cidade (in)visível: setores populares, cultura escrita, educação e leitura no Rio de Janeiro imperial. Rio de Janeiro: Mauad X: Faperj, 2017.
Almanack
bolsista de produtividade do CNPq e Cientista do Nosso Estado/ FAPERJ. É coordenadora do NEMIC (N... more bolsista de produtividade do CNPq e Cientista do Nosso Estado/ FAPERJ. É coordenadora do NEMIC (Núcleo de Estudos de Migrações, Identidades e Cidadania), vice-coordenadora do CEO (Centro de Estudos do Oitocentos) e uma das fundadoras da SEO (Sociedade Brasileira de Estudos do Oitocentos).
Revista História Unisinos, 2018
O objetivo do presente artigo é analisar o Instituto Commercial do Rio de Janeiro desde a sua imp... more O objetivo do presente artigo é analisar o Instituto Commercial do Rio de Janeiro desde a sua implementação, em 1856, até o seu fechamento, em 1880, observando, principalmente, as tentativas de organização do mesmo para que viesse a cumprir de fato a sua função de formação técnica para o comércio e para as funções públicas. Nesse sentido, é investigada a relação do ensino com o trabalho no comércio. Interessa-nos também explorar os diferentes estatutos promulgados pelo governo imperial, que são vistos em conexão com as transformações no comércio brasileiro, bem como as críticas em relação à instituição presentes na imprensa do período.
Revista Acervo, Dec 28, 2011
Estudios Migratorios Latinoamericanos, 1995
Revista Da Sjrj, Jul 6, 2010
O Rio de Janeiro dos fados, minhotos e alfacinhas, 2017
Ao tratar do antilusitanismo na Primeira República, este livro amplia a discussão do tema para al... more Ao tratar do antilusitanismo na Primeira República, este livro amplia a discussão do tema para além de um sentimento alimentado contra o ex-colonizador. Aborda como os portugueses travavam diariamente uma árdua luta pela subsistência, fazendo da necessidade um trunfo no mercado de trabalho carioca.
Como trabalhadores e proprietários, dessa maneira julgavam ter direito à terra e, por conseguinte, à nacionalidade brasileira. Na mesma proporção que discriminavam e açambarcavam as melhores oportunidades de trabalho, eram discriminados e contra eles não raro surgia o grito de "Mata galegos!".
Sobre a autora - Professora titular do Instituto de História da UFF, bolsista de produtividade do CNPq e Cientista do Nosso Estado/Faperj, Gladys Sabina Ribeiro coordena o Núcleo de Estudos de Migrações, Identidades e Cidadania e é pesquisadora do Centro de Estudos do Oitocentos e fundadora da Sociedade Brasileira de Estudos do Oitocentos.
Portugueses e Cidadãos, 2018
Apresentação Ao encerrar um ciclo de estudos sob o abrigo dos projetos aprovados nos editais de C... more Apresentação Ao encerrar um ciclo de estudos sob o abrigo dos projetos aprovados nos editais de Cientista do Nosso Estado (CNE) 2006, 2008, 2011, 2014/ Fundação de Amparo a Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), apresento neste livro alguns resultados das pesquisas que realizei sobre os imigrantes e a imigração portuguesa no Brasil e em Portugal. Paulo Cruz Terra e Fabiane Popinigis foram companheiros nesta caminhada final, ao registrarem aqui conclusões de suas investigações a respeito da vida desses indivíduos que migraram ao longo do XIX e inícios do XX, com o enfoque nos direitos que reivindicavam, em geral, e nas lutas sindicais e associativas das quais participaram. A reflexão sobre esses lusitanos e as relações entre o Brasil e Portugal são fundamentais nesses anos de formação do Estado brasileiro, de conformação de uma nova Nação, da luta por direitos de cidadania, ou de pertencimento a uma comunidade, cujo fundamento é a prática, a experiência vivida. A cidadania foi neste livro pensada como experiência e identidade construída de maneira coletiva, que produz sentimentos comunitários entre indivíduos naturais de uma cidade ou de um Estado e estabelece as relações dos cidadãos com o governo e com as suas instituições. O Estado foi compreendido como local de disputas, de negociações, de conflitos e de interesses diversos. Esses princípios analíticos sobre a cidadania e o Estado têm clara inspiração na obra de E. P. Thompson, para quem as experiências dos homens levam a padrões de relações, a ideias, a instituições e às mudanças. (Thompson, 1987a, vol. 1, p. 9-10) Portanto, são uma "relação histórica"; "encarnada tradições, sitemas de valores, ideias e formas institucionais". (Thompson, 1987a, p. 10) Foi a consciência política advinda das experiências de inclusão e/ou exclusão que marcou as redefinições identitárias, tanto no âmbito da constituição das nacionalidades/etnias recriadas quanto na perspectiva das opções e dos projetos políticos na luta travada seja por uma autonomia, leia-se direitos conquistados na nova terra de adoção, e/ou por meio da organização das lutas dos trabalhadores em movimentos associativistas e operários de diferentes matizes políticas e organizacionais. Assim, afirmamos como Hobsbawn que antes do advento do chamado nacionalismo, de fins do Oitocentos e relacionado às condições específicas de desenvolvimento do capitalismo, a Nação se reportava a um centro de governo unitário e centralizante, sendo a palavra nacional
Quando o brasileiro podia se tornar português e o portugUês podia se tornar brasileiro, 2013
Identidade nacional forjada no pós-Independência.