Matheus Sinder | UFF - Universidade Federal Fluminense (original) (raw)

Papers by Matheus Sinder

In this dissertation, we propose to interpret the relationship between industry and slavery in ni... more In this dissertation, we propose to interpret the relationship between industry and slavery in nineteenth-century Brazil. Our proposal is to include the development of factory activities in two new perspectives: considering them in the light of the construction of capitalism in Brazil and the strengthening of slavery in the 19th century, and, also, adding the manufacturing enterprises of the 19th century in Brazil within history. of industry and national industrialization. In this sense, we intend to demonstrate strong evidence of the synergistic relationship between industry and slavery through the use of enslaved people in industrial activities, in the arguments of factory owners about the need for new enslaved people for the growth of the manufacturing sector and the relationship between the goods produced in these factories with the resurgence of the illegal slave trade. This means that in the period prior to the 1870s, a type of industry was consolidated in Brazil that had as its main characteristics the social relations of slavery. For this, we also intend to measure the size of this Industry in the national territory and its dynamic sectors and its participation in the export basket. In this way, it will be possible to observe the process of modernization of the Brazilian economy concomitant with the expansion of slavery.

The present work aims to discuss the industrial presence in Bahia in the 19th century. To do this... more The present work aims to discuss the industrial presence in Bahia in the 19th century. To do this, we aim to deconstruct the perspectives that there was an industrial backwardness in Brazil in the 1800s. Therefore, we took the province of Bahia as the center of the analysis, addressing: the number of existing factories; the main manufacturing sectors in these factories; the market dynamics of these factories and the identification of an absence of incompatibility between industry and slavery in the period. To do this, we used documentation from the administrative and mercantile Almanacks of Bahia from mid-1845 to 1863 and also analyzed the editions of the reports of the provincial presidents, in addition to the factory provision request processes contained in the Court of the Board of Commerce, Agriculture, Factories and Navigation. We concluded that the number of factories in Bahia was significant, that they exported their goods to other provinces of the Empire and also to foreign countries, in addition to being part of the dynamics of slavery..

Federal Fluminense. Atualmente desenvolve pesquisa buscando investigar as origens escravistas da ... more Federal Fluminense. Atualmente desenvolve pesquisa buscando investigar as origens escravistas da indústria no Brasil e nos Estados Unidos. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa Eulália e Bárbara (GEPEB). Pesquisador associado ao Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI-UFF). Pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisa em História Econômica e Social (NEPHES). Bolsista CAPES.

RESUMO:O presente trabalho tem como objetivo discutir a presença industrial na Bahia do século XI... more RESUMO:O presente trabalho tem como objetivo discutir a presença industrial na Bahia do século XIX. Para isso, objetivamos desconstruir as perspectivas de que há no oitocentos um atraso industrial no Brasil. Para isso tomamos a província da Bahia como centro da análise abordando: a quantidade de fábricas existentes; os principais setores fabris em dessas fábricas; as dinâmicas de mercados dessas fábricas e a identificação de uma ausência de incompatibilidade entre indústria e escravidão no período. Para isso, utilizamos as documentações dos Almanacks administrativos e mercantis da Bahia de meados dos anos 1845 até 1863 e também analisamos as edições dos relatórios dos presidentes de província. Concluímos que o número de fábricas na Bahia era significativo, que exportava suas mercadorias para outras províncias do Império e também para países estrangeiros.

Novos tempos na economia escravista: A Região Portuária de Desenvolvimento e a Indústria na Cidad... more Novos tempos na economia escravista: A Região Portuária de Desenvolvimento e a Indústria na Cidade do Rio de Janeiro no século XIX. Novos tempos na economia escravista: A Região Portuária de Desenvolvimento e a Indústria na Cidade do Rio de Janeiro no século XIX.

Indústria e mercados: a exportação de mercadorias manufaturadas das fábricas nacionais do Rio de ... more Indústria e mercados: a exportação de mercadorias manufaturadas das fábricas nacionais do Rio de Janeiro e o tráfico ilegal de escravizados.

Resumo: Com a instalação da sede do Império Ultramarino Português em território brasílico houve a... more Resumo: Com a instalação da sede do Império Ultramarino Português em território brasílico houve a liberação para o surgimento de manufaturas no país. O Tribunal da Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação foi a principal instituição estatal responsável por proteger e tentar promover as atividades fabris nos trópicos. A partir da documentação dos processos do Tribunal da Junta de Comércio foi possível localizar dados e informações sobre os escravizados das fábricas na cidade do Rio de Janeiro. Assim como informações sobre a divisão do trabalho, as máquinas utilizadas e o valor e nome de alguns escravizados. Além dos dados particulares sobre cada fábrica, os jornais foram veículos importantes nesse processo de expansão fabril da primeira metade do século XIX. Nele é possível encontrar referências sobre inúmeras demandas em relação ao trabalho de escravizados em estabelecimentos fabris. Nessa documentação é possível encontrar anúncios de "precisa-se", "procura-se", "vende-se", aluga-se" escravizados.Utilizando o Jornal do Comércio analisamos de maneira quantitativa/serial e qualitativa esses anúncios a fim de observar as condições do trabalho dos escravizados nas fábricas. Palavras-Chave: Escravidão; Jornal do Comércio; Junta de Comércio; Fábricas 1 Mestrando em história social pelo Programa de Pós-Graduação em História da UFF. Pesquisa com apoio da CAPES.

O presente trabalho propõe apresentar as bases de construção de uma agenda de pesquisa para os es... more O presente trabalho propõe apresentar as bases de construção de uma agenda de pesquisa para os estudos sobre a indústria e a industrialização na América Latina que leve em consideração as transformações estatais e socioeconômicas ocorridas já no século XIX e o movimento dialético, contraditório e integrado, entre os aspectos modernos da economia e a manutenção de estruturas sociais antigas. O longo século XIX ibero-americano foi marcado pela conjunção de inúmeras transformações: independências; processos de constitucionalização; guerras civis; expansão e declínio da escravidão e aceleração de relações sociais capitalistas foram algumas das mudanças que tiveram grande impacto nos sistemas econômicos dos jovens Estados americanos e na conformação de suas dinâmicas econômicas internas e externas. Considerando um panorama do longo século XIX podemos compreender, a independência das treze colônias, a revolução industrial inglesa e as guerras europeias na virada do século XVIII como elementos fundadores de novas dinâmicas no mundo ibero-americano (Cardoso e Brignoli; 1983)). Seja pela constituição de novos fatores políticos que culminaram em arranjos institucionais próprios, ou especificamente nas transformações no mundo do trabalho, na esfera da produção e circulação de mercadorias em nível internacional, que modificaram os padrões de consumo, distribuição e aplicação tecnológica, o mundo do século XIX apresentava formações sociais em transformação. Em meados do século XIX boa parte das antigas colônias hispânicas já estavam independentes assim como a era da abolição (Drescher, 2011) já haviam derrubado o cativeiro em grande parte da América. A construção dos Estados ibero-americanos e o fim da escravidão não representaram rupturas definitivas com o passado colonial, algumas continuidades permaneceram, especialmente a proeminência política das elites nativas, o aprofundamento das tendências a acumulação de terras e riqueza na mão dessas elites e a expansão da produção agrícola para exportação. Vejamos o caso do Brasil, que mesmo após a abolição do cativeiro em 1888 manteve uma conformação social segregadora e desigual e manteve no topo da hierarquia social os grupos políticos e econômicos oriundos das dinâmicas coloniais e escravistas. Trabalhamos porém, com a ótica de que transformação/continuidade, mudança/permanência são palavras antitéticas que constituem uma unidade nas dinâmicas do mundo ibero-americano no século XIX (Carvalho Franco, 1976). Sendo assim, será a partir dessa lente que pretendemos propor uma agenda de pesquisa que observe a história da indústria na América Latina como um processo 1 Mestrando no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense (PPGH-UFF). Pesquisa financiada pela CAPES.

This article seeks with the two main Brazilian concepts used to explain the manufacturing industr... more This article seeks with the two main Brazilian concepts used to explain the manufacturing industry in the mid-nineteenth century: Pre-Industry and Proto-Industry. For this, carry out through a survey of information about these establishments in the Center-South. We understand that these factories are detached neither from their regional economies nor from larger processes such as the national industrialization process itself and the expansion of global capitalism. We seek to map in addition to the number of factories existing in the provinces of Bahia and the understanding of which would be the main branches of this Manufacturing Industry.

Matheus Sinder 2 RESUMO: O mundo da era das revoluções no século XIX via o surgimento das primeir... more Matheus Sinder 2 RESUMO: O mundo da era das revoluções no século XIX via o surgimento das primeiras fábricas não apenas na Grã-Bretanha, Estados Unidos e França, mas também no Brasil. Desde a publicação de um Alvará régio em razão da migração da Corte para o Rio de Janeiro em 1808 o número de estabelecimentos fabris se multiplicou. Acompanhando as transformações produtivas da modernidade capitalista a cidade do Rio de Janeiro se configurou enquanto a "grande oficina do Brasil" produzindo bens manufaturados dos mais diversos setores. Inserida em uma sociedade escravista, essa indústria se formou tendo seus principais aspectos: trabalho, capital, tecnologia e consumo de suas mercadorias relacionadas diretamente ás dinâmicas do escravismo. Palavras-chave: Indústria. Escravidão. Fábricas.