Luis G Molinari Mundim | UFMG - The Federal University of Minas Gerais (original) (raw)

Books by Luis G Molinari Mundim

Research paper thumbnail of Esclavitud, escravidão: negros e indígenas na ibero-américa (Séc. XVII – Séc XIX).

Esclavitud, escravidão: Negros e indigenas na Ibero-América (Séc. XVII - Séc. XIX), 2024

Este livro tem por fito primordial não apenas o fomento do saber, mas também a incitação à instau... more Este livro tem por fito primordial não apenas o fomento do saber, mas também a incitação à instauração de mudanças. Convocamos, com ardor, cada um dos indivíduos a associar-se a esta empreitada de apreensão e introspecção. Em última análise, mediante a compreensão de nosso legado pretérito, somos impelidos a contribuir para a construção de um futuro permeado pela equidade e pela justiça. A escravidão encerra-se, de forma inescapável, como uma parcela inextricável da crônica americana, incumbindo-nos, enquanto cidadãos globais, o dever inafastável de confrontar esse relicário histórico de maneira destemida. Confiamos em que esta incursão literária haverá de despertar em vossos espíritos uma profunda e compassiva empatia, fomentando o discernimento e incitando um anelo pelo engajamento em prol de um universo em que a liberdade e a igualdade se afigurem acessíveis a todas as pessoas.

Research paper thumbnail of IEPHAMG; MUNDIM, Luis Molinari; MATEUS, Adalberto. (coords) Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte. Cadernos do Patrimônio. Belo Horizonte: IEPHA-MG, 2023, 92p. ISBN: 978-65-980614-2-5

Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte. , 2023

O Caderno do Patrimônio Cultural do IEPHA-MG apresenta como tema uma nova edição sobre a Festa de... more O Caderno do Patrimônio Cultural do IEPHA-MG apresenta como tema uma nova edição sobre a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte, celebração que é patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais, desde 2013. A publicação, que
se destina a valorizar e difundir os mais variados bens culturais do Estado, comemora nesta edição (2023), os 10 anos da inscrição da Festa no Livro de Registro das Celebrações. O caderno também presta uma homenagem aos irmãos do Rosário de Chapada do Norte, e aos mais de
200 anos de sua dedicação e resistência na celebração em homenagem à Virgem do Rosário. Nesta edição, ampliada, buscou-se aprofundar alguns temas relacionados à memória e à ancestralidade negra por meio das práticas do catolicismo popular e da devoção à Nossa Senhora do Rosário. Assim, foram destacadas as múltiplas dimensões da festa, desde seus aspectos rituais, performáticos, de sociabilidade, de fartura, de musicalidade e de materialidade. Aliás, a dimensão material da celebração justificou incorporar à publicação a reprodução e transcrição do Compromisso da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, documento datado de 1822, e cuidadosamente
conservado pelos irmãos do Rosário ao longo do tempo. A digitalização, transcrição e publicação desse Compromisso era um desejo antigo da Irmandade e do IEPHA-MG, que aguardava uma oportunidade para ser efetivado.

Research paper thumbnail of Simposio ANPUH MG Conexões, mobilidades e caminhos entre mundos transitos na Ibero América nos séculos XVI a XIX

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari; FERREIRA, Daniele. (coords). O Modernismo de Oscar Niemeyer em Minas Gerais - inventário dos projetos e obras do arquiteto. Cadernos do Patrimônio. Belo Horizonte: IEPHA/MG,  2023, 66p. ISBN 978-65-980614-0-1

Cadernos do Patrimônio Cultural: O modernismo de Oscar Niemeyer em Minas Gerais - inventário dos projetos e obras do arquiteto, 2023

A trajetória profissional e pessoal do arquiteto Oscar Niemeyer cruzou, por diversas vezes, com M... more A trajetória profissional e pessoal do arquiteto Oscar Niemeyer cruzou, por diversas vezes, com Minas Gerais ao longo de sua extensa vida. Pode-se dizer que os projetos e obras do arquiteto encontraram em terras mineiras um cenário privilegiado para sua experimentação e desenvolvimento. Assim foi desde o início da carreira, como o anônimo discípulo de Lúcio Costa, até o consagrado arquiteto de fama e projeção internacional, no qual ele se tornou com o passar dos anos. A relação com Minas Gerais começou no final da década de 1930, com os experimentalismos da arquitetura moderna presentes no projeto do Grande Hotel de Ouro Preto (1938), no Cassino da Pampulha e na Casa do Baile, ambos projetos de 1940 e integrantes do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, obra que lançou Niemeyer para o Brasil e para o mundo.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari; JESUS, Luzinete. (coords.) Caminhos do Patrimônio: contemporaneidade e novos horizontes. Óculo Patrimônio Cultural, vol 05, Belo Horizonte: IEPHA/MG,  2023, ISSN 2526-3404.

Óculo Patrimônio Cultural 05: Caminhos do Patrimônio: contemporaneidade e novos horizontes, 2023

A Óculo desta edição traz importantes reflexões sobre o tema “Caminhos do Patrimônio: contemporan... more A Óculo desta edição traz importantes reflexões sobre o tema “Caminhos do Patrimônio: contemporaneidade e novos horizontes”. A publicação é um desdobramento das discussões abordadas durante as comemorações do Dia do Patrimônio Cultural, evento ensejado pela Secult por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico de Minas Gerais (IEPHA/MG), e que ocorreu de forma virtual entre os dias 17 e 22 de agosto de 2021. O tema também foi proposto aos municípios mineiros para a realização da 8ª Jornada do Patrimônio Cultural de Minas Gerais, que contou com mais de 1.300 ações de promoção e difusão do patrimônio cultural realizadas em 752 municípios. Entre outras características, a temática escolhida tinha por objetivo dialogar, à época, com o contexto social imposto pela pandemia, realidade que forçou transformações comportamentais em todo o mundo, provocando uma ampla reflexão sobre hábitos e práticas sociais e culturais. No campo do patrimônio cultural esse impacto também foi sentido e as mudanças trouxeram importantes reverberações, especialmente no trato das políticas públicas e nas relações estabelecidas entre os agentes públicos e os atores sociais que protagonizam a gestão dos bens culturais. Se por um lado as restrições sanitárias tornaram inviável o trabalho presencial, por outro abriu-se um leque de oportunidades e possibilidades no mundo virtual, que contribuíram para a continuidade do reconhecimento e da valorização do patrimônio cultural pelas comunidades e pelos agentes públicos em distintos contextos sociais. Nesse processo de intensa transformação, adaptação e incerteza, voltar os olhos para o passado e para a trajetória das políticas públicas relacionadas ao patrimônio cultural e aos lugares de memória pareceu uma estratégia tão acertada quanto pensar os novos patrimônios e as novas tecnologias a eles associadas.
Dessa forma, a publicação desta edição da Óculo teve três eixos básicos. O primeiro deles foi a Trajetória das Políticas Públicas do Patrimônio Cultural, e trouxe reflexões sobre os percursos que consolidaram e fortaleceram as políticas públicas do patrimônio cultural de diferentes cidades e estados. Esse eixo também permitiu refletir sobre os 50 anos do IEPHA/MG e sua atuação ao longo do tempo. O segundo eixo tratou dos Lugares de Memória, ou seja, da reflexão sobre espaços físicos, virtuais e coletivos em que é reconhecida e tematizada, em representações simbólicas e narrativas, a construção dos sentidos de pertencimento, memória e identidade. Por fim, o eixo dos Novos Patrimônios e Novas Tecnologias buscou discutir algumas das concepções emergentes de patrimônio e as novas tecnologias a serviço da proteção ao patrimônio cultural, refletindo sobre o mundo digital e a comunicação em rede presentes no nosso cotidiano. O Dia do Patrimônio Cultural contou com oficinas, cursos, palestras e exposições, em uma grande confraternização do patrimônio cultural, ainda que à distância. Parte do que surgiu no encontro está refletido nesta publicação. Entre os temas abordados estão o olhar sobre a cidade a partir das cartografias
afetivas, os novos horizontes para os museus, as trajetórias das políticas públicas do patrimônio cultural, as comunidades tradicionais em tempos de pandemia e vários outros. Esperamos que a leitura seja útil e que instigue cada um de nós a refletir sobre o que é o patrimônio cultural e sua importância em nossas vidas.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari; JESUS, Luzinete. (coords.) Cozinha e cultura alimentar. Óculo Patrimônio Cultural, vol 04, Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2023, ISSN 2526-3404

Óculo Patrimônio Cultural: Cozinha e cultura alimentar, 2022

Esta edição da Óculo reúne textos referentes às atividades realizadas no Seminário Internacional ... more Esta edição da Óculo reúne textos referentes às atividades realizadas no Seminário Internacional Cozinha e Cultura Alimentar, evento que teve lugar em Belo Horizonte, entre os dias 13 e 18 de agosto de 2019. O encontro integrou as comemorações do Dia do Patrimônio e contou com diversas rodas de conversa, mesas-redondas, oficinas, shows, exposições e intervenções artísticas. Naquela oportunidade, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico de Minas Gerais (IEPHA/MG) voltou seus esforços no sentido de promover uma ampla discussão relativa aos hábitos alimentares tradicionais e aos processos relacionados a sua patrimonialização. Uma das ideias presentes nesse encontro era a de propor um diálogo sobre o tema a partir de distintas abordagens e com a participação de diversos indivíduos, setores e instituições. Os debates se concentraram em torno de temas como as políticas públicas para o patrimônio cultural alimentício; a tradição e as possibilidades de desenvolvimento social; as sociabilidades e os rituais relacionados aos alimentos; o manejo e as práticas tradicionais de preservação dos costumes; a tradição e a inovação nas cozinhas tradicionais; a gastronomia e o turismo cultural; e a história e as experiências de patrimonialização da cultura alimentar no contexto ibero-americano, entre tantos outros. Tais proposições vinham ao encontro dos debates internacionais ocorridos nos últimos anos, nos quais a valorização da cultura alimentar tradicional se intensificou e ganhou contornos específicos. O desejo de enveredar por essa temática não era algo novo no IEPHA/MG e já estava posto, de forma direta ou indireta, em diversas de suas ações. Foi assim, por exemplo, com o reconhecimento do Modo de fazer o queijo artesanal da região do Serro em Minas Gerais, primeiro bem cultural imaterial registrado no Brasil, em agosto de 2002, e que em 2006 tornou-se patrimônio cultural brasileiro. Assim também ocorreu com a identificação, pesquisa e reconhecimento das comidas relacionadas aos Reinados e Festas do Rosário espalhados pelo estado, como a Quinta do Angu, que ocorre na Festa do Rosário de Chapada do Norte, registrada como patrimônio cultural de Minas Gerais em 2011, ou a Culinária da Comunidade dos Arturos, declarada patrimônio imaterial em 2014. O Inventário Cultural do São Francisco, realizado pelo IEPHA em parceria com a UNIMONTES em 2015, é outra iniciativa que demonstrou como o universo culinário é rico e diverso no estado. As referências culturais indicadas nos 17 municípios do Norte de Minas mostraram a importância da cultura alimentar e dos saberes a ela associados. As comunidades apontaram centenas de bens culturais nesse processo, tais como os modos de fazer a carne de sol, o arroz com pequi, o beiju, a paçoca de carne de sol, a rapadura, a farinha de mandioca, o biscoito de peta, a manteiga de garrafa, a cachaça artesanal, o doce de buriti, a paçoca de baru e a moqueca de surubim, entre tantos outros. Os apontamentos dessas pesquisas confirmam um consenso geral de que Minas Gerais é um estado estreitamente ligado às tradições culinárias. Assim, é quase impossível falar sobre a formação social sem passar por seus fogões, quintais e roças, e é por isso que a cozinha mineira ganha cada vez mais um papel fundamental nos processos de patrimonialização cultural. Essa realidade está refletida também nas centenas de reconhecimentos municipais de patrimônios culturais relacionados à cozinha, produzidos pela política pública de patrimônio cultural conduzida pelo IEPHA/MG a partir do Programa ICMS Patrimônio Cultural de Minas Gerais. Tal fato demonstra a importância de ações para a valorização e preservação dessas práticas e de seus detentores em todo o estado. Assim, tanto na região das “Minas” como nas “Gerais”, diferentes costumes alimentares se desenvolveram e se enraizaram ao longo do tempo, tornando-se referências culturais dos mineiros. Um universo alimentar que passa não somente pelo saber-fazer a comida, mas também pelos artefatos, temperos, ingredientes, plantios e colheitas, ritos e festejos que constituem esse saber. Aliás, para além dos sabores e produtos, a comida mineira é caracterizada não apenas pela necessidade de se alimentar, mas por sua função social. Afinal, era, e ainda é, no espaço da cozinha que se desenvolvem relações de amizade e de afeto, saberes e tradições, que alimentam o corpo, mas também a alma. Enfim, toda essa trajetória tem estruturado e motivado outras ações como mais recentemente as ações que desembocaram no projeto de Inventário da Cozinha de Minas com o objetivo de reconhecer esse bem cultural como patrimônio cultural de Minas Gerais. Esta edição da Óculo tem por perspectiva trazer ao leitor uma reflexão sobre a cozinha mineira como patrimônio cultural, a partir da experiência do que foi o Seminário Internacional Cozinha e Cultura Alimentar e dos vários atores que participaram de sua realização

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari. SOUZA, Françoise. (Orgs.) O modo de fazer o queijo artesanal da região do Serro - MG. Cadernos do Patrimônio, Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2018, 64p. ISBN 978-85-66502-06-0

Cadernos do Patrimonio, 2018

A presente edição do Cadernos do Patrimônio apresenta o Modo de Fazer o Queijo Artesanal da Regiã... more A presente edição do Cadernos do Patrimônio apresenta o Modo de Fazer o Queijo Artesanal da Região do Serro/MG, primeiro bem cultural imaterial registrado pelo estado de Minas Gerais. Dessa ação pioneira de registro, ocorrida em 2002, quando os dispositivos legais e marcos teóricos referentes aos bens de natureza imaterial ainda estavam em desenvolvimento, aos dias atuais, muito se avançou no campo da preservação do patrimônio. Ao longo desses anos, as políticas públicas voltadas para o Patrimônio Cultural Imaterial ganharam força no Brasil e no mundo, fazendo com que domínios da vida social manifestos em saberes, formas de expressão, celebrações e lugares, ganhassem reconhecimento, tornando-se alvo de ações de salvaguarda. Assim, indivíduos e grupos até então à parte receberam destaque e voz nos processos de patrimonialização.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG. MUNDIM, Luis Molinari (coord.). Inventário cultural do Rio São Francisco. Cadernos do Patrimônio.  Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2015,  115p. ISBN 978-85-66502-05-3

Cadernos do Patrimônio Cultural: Inventário cultural do Rio São Francisco., Oct 20, 2015

A coleção Cadernos do Patrimônio Imaterial é um dos instrumentos utilizados pelo IEPHA-MG para di... more A coleção Cadernos do Patrimônio Imaterial é um dos instrumentos utilizados pelo IEPHA-MG para divulgar e promover o patrimônio cultural do Estado de Minas Gerais. Esta terceira edição apresenta sucintamente os resultados do projeto por meio do qual inventariamos a região do Rio São Francisco, a partir da identificação de seus diversos bens culturais de natureza material e imaterial. Nosso objetivo primeiro foi o de conhecer e documentar, por meio de fichas de inventário, áudio e vídeo, os lugares, as celebrações, as formas de expressão, os saberes e fazeres mais representativos daquelas comunidades ribeirinhas. Concluída essa etapa tão significativa da pesquisa, o IEPHA-MG encontra-se munido de informações para propor políticas de salvaguarda ao patrimônio cultural daquela região, como o Registro de bens imateriais, o Tombamento de bens culturais materiais, a ampliação do Inventário e de linhas de pesquisa.

MUNDIM, Luis Molinari (org.); SILVA, D. R. C. R.; SILVA, B. T. ; SOUZA, F. J. O. Cadernos do Patrimônio Cultural: Inventário cultural do Rio São Francisco. 3. ed. Belo Horizonte: Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais - IEPHA/MG, 2015. v. 1. 115p.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG. Guia de bens tombados IEPHA/MG. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014. vol 02. ISBN: 85-66502-02-7

Segundo volume da Segunda edição do Guia dos Bens Tombados de Minas Gerais

Research paper thumbnail of IEPHA/MG. Guia de bens tombados IEPHA/MG.  Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014. Vol 01. ISBN: 85-66502-02-7

IEPHA/MG. Guia de bens tombados IEPHA/MG. 2. ed. – Belo Horizonte: Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, 2014. 2 v. : il. ; 30,5 cm. ISBN: 85-66502-02-7, 2014

Primeiro volume da segunda edição do Guia dos Bens Tombados de Minas Gerais. Texto elaborado por ... more Primeiro volume da segunda edição do Guia dos Bens Tombados de Minas Gerais. Texto elaborado por colaboradores e servidores do IEPHA/MG

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari. (Coord). Comunidade dos Arturos. Cadernos do Patrimônio. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014, 56p. ISBN: 978-85-66502-04-6

Cadernos do Patrimônio Imaterial, Dec 20, 2014

O segundo exemplar do Cadernos do Patrimônio Imaterial apresenta a Comunidade dos Arturos. A publ... more O segundo exemplar do Cadernos do Patrimônio Imaterial apresenta a Comunidade dos Arturos. A publicação temática, cujo objetivo é o de contribuir para o reconhecimento dos bens culturais do Estado, traz nesse volume um resumo dos estudos realizados na Comunidade pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA/MG, entre os anos de 2012 a 2014. Nesse período, numa convivência quase que diária, foi possível constatar a importância e a relevância da Comunidade como mantenedora de diversas tradições culturais de Minas e do Brasil.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG. MUNDIM, Luis Molinari. Festa de Nossa Senhora dos Homens Pretos de Chapada do Norte. Cadernos do Patrimônio. Belo Horizonte: IEPHA/MG,  2011, 36p.  ISBN 978-85-66502-01-5.

Cadernos do Patrimônio Imaterial, May 2011

As pessoas que visitam Chapada do Norte, no médio Jequitinhonha, em dias comuns, não imaginam que... more As pessoas que visitam Chapada do Norte, no médio Jequitinhonha, em dias comuns, não imaginam que, no segundo domingo do mês de outubro, o pacato município, constituído por ruas singelas e calmas, transforma-se em uma grande apoteose. A cidade, distante 522 km da capital Belo Horizonte localizada às margens do Rio Capivari, vive, nesse período, a materialização da fé, um momento de devoção e de alegria. É a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte, que reúne milhares de pessoas vindas das mais distantes regiões do estado e do país para saudar a Virgem do Rosário. São pessoas comuns, devotos, mascates, moradores da cidade e da região, turistas e tantos outros que são atraídos pela movimentação local.
A Festa é o momento da fé, da religiosidade, da comunhão, do divertimento e da alegria, é também o momento do reencontro dos que moram longe, em outras cidades e estados, e que voltam à Chapada, justamente nesse período, para encontrar parentes e amigos. Toda essa mobilização resulta na Festa de Nossa Senhora do Rosário de Chapada do Norte que, da Quinta-feira do Angu até a Missa da Posse, na segunda-feira seguinte, movimenta o Vale do Jequitinhonha. Contudo, os preparativos para a celebração acontecem muitos meses antes, e em praticamente todo ano se vive a Festa. Essa celebração ocorre desde o século XVIII, como forma de devoção dos membros da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos homens Pretos, Libertos e Cativos, da Freguesia da Santa Cruz da Chapada do Arcebispado da Bahia, antigo nome da Irmandade
do Rosário de Chapada do Norte. A Irmandade do Rosário foi uma das muitas Ordens Terceiras da Igreja Católica responsáveis pela catequização no interior da América Portuguesa e, especialmente, nessa região, que esteve ligada durante vários anos aos sertões do sul da Bahia.

Chapters of books published by Luis G Molinari Mundim

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari. Redes de comércio de escravizados entre os Charcas e a América Portuguesa no final do século XVI: O trato de cativos em La Plata e suas conexões com o Brasil. In. Esclavitud, escravidão: negros e indígenas na ibero-américa. Teresina: EDUFPI, 2024. p. 252 -275.

Esclavitud, escravidão: negros e indígenas na ibero-américa (Séc. XVII – Séc XIX), 2024

O objetivo do texto e revisitar algumas dessas conexões entre os Andes e o Brasil e relacioná-las... more O objetivo do texto e revisitar algumas dessas conexões entre os Andes e o Brasil e relacioná-las ao comércio de escravos da cidade de La Plata naquele período. Para tanto, a proposta e explorar esses fluxos a partir de relatos e textos relativos a figuras importantes naquele contexto como Juan Lopez de Cepeda, presidente da audiência de Charcas, Francisco de Vitória, o bispo de Tucumán e Vasco Pinto, factor do comércio de escravos para a América, no início do século XVI. O objetivo e cotejar essas informações com documentos pesquisados no ABNB - Archivo y Bibliotecas Nacional de Bolivia – ABNB em Sucre, especialmente os relativos aos escravizados comercializados na cidade de La Plata nos séculos XVI e XVII.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis M. Juana de Sanabria: las mujeres, el comercio y las manumisiones en La Plata, en siglo XVI. In: Garcia; Pérez; Paiva; Chavez.(Orgs.). Esclavas, horras y libres. Histórias de mujeres en los mundos ibericos, siglos XVI-XIX. Sevilha: Editorial Universidad de Sevilla, 2023, p. 243-262.

Esclavas, horras y libres. Histórias de mujeres en los mundos ibericos, siglos XVI-XIX., 2023

En La Plata, la participación de mujeres negras fue fundamental en la formación de una población ... more En La Plata, la participación de mujeres negras fue fundamental en la formación de una población libre que se sustentaba mediante el establecimiento de una red de solidaridad y reciprocidad que unía a negros, españoles e indios, y que muchas veces se sustentaba en actividades comerciales. Dichas acciones se pueden ver en el análisis de diversos documentos como, por ejemplo, en los procesos de manumisión, en las transacciones inmobiliarias de compra, venta y alquiler de inmuebles y en los contratos de aprendizaje y servicios que se realizaron en la ciudad.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari. "Entre invisibilidades y dinámicas de mestizajes: Negros, mulatos y zambos en la Audiencia de Charcas: Siglos XVI y XVII". In: FERNÁNDEZ CHÁVES, M.F.; PÉREZ GARCÍA, R. M.; FRANÇA PAIVA, E. (cords.), Tratas, esclavitudes y mestizajes. Ed. Sevilla, Sevilha, 2020, p. 383 – 399.

MUNDIM, Luis Molinari. "Entre invisibilidades y dinámicas de mestizajes: Negros, mulatos y zambos en la Audiencia de Charcas: Siglos XVI y XVII". In: FERNÁNDEZ CHÁVES, M.F.; PÉREZ GARCÍA, R. M.; FRANÇA PAIVA, E. (cords.), Tratas, esclavitudes y mestizajes. Ed. Sevilla, Sevilha, 2020, p. 383 – 399.

Tratas, esclavitudes y mestizajes - Una história conectada, siglos XV - XVIII, 2021

Negros, mulatos y zambos - mestizos de negros e indios - transitaron por Potosí y La Plata (hoy ... more Negros, mulatos y zambos - mestizos de negros e indios - transitaron por Potosí y La Plata (hoy Sucre) en los Charcas, casi simultáneamente a la llegada de los conquistadores españoles en aquellos cerros, alrededor de mediados del siglo XVI. La gran mayoría de ellos llegó en la condición de esclavo para atender la creciente demanda de trabajo asociada a las minas de plata de Potosí, descubrimiento que impactó a todo el mundo y atrajo a miles de individuos a la región. En poco tiempo, se formó en las grandes ciudades charqueñas una sociedad diversa y dinámica, creada por la interacción entre los europeos, especialmente el español y el portugués, con los negros y mulatos y miles de indios que habitaban el altiplano andino.
El objetivo aquí propuesto es reflexionar sobre los motivos de esa invisibilidad y demostrar la presencia masiva de negros, mulatos y zambos en la región de los Charcas. El recorrido se realizará por medio de algunas crónicas como las de Bartolomé Arzans y de Ramirez del Aquila , obras importantes sobre el mundo charqueño que se quedaron olvidadas en el tiempo. Además, el objetivo es verificar lo que fuentes como las escrituras públicas y de los tribunales judiciales dicen sobre las mezclas charqueñas. La suposición es que tales documentos puedan evidenciar una participación de esos individuos mucho más intensa y diversificada de lo que se insiste en afirmar y reproducir la historiografia. Se trata, por lo tanto, de un intento inicial de reconectar la historia de los Charcas con la historia planetaria de los desplazamientos de millones de individuos que ocurrieron en los siglos XVI y XVII.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari. Transcrição do Compromisso da irmandade de nossa senhora dos homens pretos de Santa Cruz da Chapada - 1822. In: IEPHA/MG. Festa de Nossa Senhora dos Homens Pretos de Chapada do Norte Minas Gerais, Cadernos do Patrimonio, vol. 8, Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2023, pp. 50-89.

Festa de Nossa Senhora dos Homens Pretos de Chapada do Norte Minas Gerais, 2023

A transcrição e o fac-símile do Compromisso da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens P... more A transcrição e o fac-símile do Compromisso da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Santa Cruz de Chapada, antiga toponímia de Chapada do Norte, constitui uma ação de salvaguarda da Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte, celebração bicentenária, patrimônio cultural de Minas Gerais.
A motivação para a digitalização e publicação partiu do desejo, manifestado pelos irmãos do Rosário, de disponibilizar o Compromisso guardado por eles para a comunidade em geral. Isso porque, apesar de ser parte integrante da história da irmandade, o Compromisso é relativamente pouco conhecido, sobretudo em razão das dificuldades de sua leitura, acesso e manuseio. Por outro lado, além de divulgar informações histórico-culturais, a publicação tem como objetivo preservar a documentação original, limitando a sua consulta direta e assim diminuindo o seu desgaste. Além disso, o Compromisso da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Santa Cruz da Chapada tem grande relevância ao oferecer a oportunidade de um maior entendimento dos hábitos e costumes que cercavam a associação entre os irmãos de santo. O estudo das irmandades revela facetas muito particulares da dinâmica social e das relações estabelecidas entre indivíduos. Tais associações foram muito comuns em Minas Gerais, permanecendo em alguns lugares até os dias atuais, como é o caso de Chapada do Norte.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari. "La trata de esclavos en los primeros años de La Plata (Sucre), 1549-1600." In: FERNÁNDEZ CHÁVES, M.F.; PÉREZ GARCÍA, R. M. (coords.). Tratas atlánticas y esclavitudes en América. Siglos XVI-XIX. Sevilha: Universidad de Sevilla, 2021, p. 209-228. ISBN 978-84-472-3072-3

Tratas atlánticas y esclavitudes en América. Siglos XVI-XIX, 2021

El artículo busca, a partir de las escrituras de compra y venta de esclavos, comprender aspectos ... more El artículo busca, a partir de las escrituras de compra y venta de esclavos, comprender aspectos socioculturales de negros y mulatos esclavizados en La Plata (hoy Sucre), a lo largo de la segunda mitad del siglo XVI. Además, el texto pretende establecer un perfil de los principales agentes involucrados en esas negociaciones, observando las redes de comercio que unían a individuos en África, Europa y Nuevo Mundo, contribuyendo así a la construcción de una historia más conectada con metodologías compartibles.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari. Ponte Marechal Hermes - Pirapora e Buritizeiro. In. IEPHA/MG. Guia dos bens tombados IEPHA/MG. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014, v. 57, p. 227 - 230. ISBN: 85-66502-02-7

Guia dos bens tombados IEPHA/MG, 2014

A construção da Ponte Marechal Hermes sobre o rio São Francisco estava inserida no ambicioso proj... more A construção da Ponte Marechal Hermes sobre o rio São Francisco estava inserida no ambicioso projeto de expansão da Ferrovia Central do Brasil que pretendia interligar a então capital do Brasil, Rio de Janeiro, a Belém do Pará, no norte do País. A integração do litoral com o interior do Brasil sempre foi vontade das administrações luso-brasileiras e foi planejada, de diferentes formas, em outros momentos da história.

Research paper thumbnail of MIRANDA, Andre; MUNDIM, Luis Molinari. Parque das Águas de Caxambu/MG. In.: IEPHA/MG. Guia de Bens Tombados do IEPHA/MG. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014, pp. 139-144. ISBN: 85-66502-02-7

Guia de Bens Tombados do IEPHA/MG, 2014

O uso das águas consideradas medicinais sempre despertou o interesse da humanidade. Das notícias ... more O uso das águas consideradas medicinais sempre despertou o interesse da humanidade. Das notícias das antigas termas gregas ou romanas às atuais estâncias hidrominerais, as águas com propriedades terapêuticas atraíram para si uma legião de pessoas em busca da cura para seus males. Em Caxambu não foi diferente. As primeiras notícias da existência das chamadas águas virtuosas na região de Baependi datam de meados do século XVIII. Todavia, assim como aconteceu em outros lugares de Minas, é possível que as populações indígenas nativas da região já soubessem das propriedades de tais águas.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari; MIRANDA, A. S. . Edifício do Necrotério do Cemitério do Bonfim - Belo Horizonte. In.: IEPHA/MG. Guia de bens tombados IEPHA/MG. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014, vol. 10, p. 37 - 40. ISBN: 85-66502-02-7

O Edifício do Necrotério do Cemitério Municipal do Bonfim foi uma das primeiras edificações proje... more O Edifício do Necrotério do Cemitério Municipal do Bonfim foi uma das primeiras edificações projetadas e executadas pela Comissão Construtora da Nova Capital. Desenhado pelos engenheiros arquitetos Hermano Zickler, José de Magalhães e Edgard Nascentes Coelho e construído sob responsabilidade do Conde de Santa Marinha, o prédio, com influências neoclássicas, incluía-se no rol das edificações do projeto urbanístico da nova capital de Minas.

Research paper thumbnail of Esclavitud, escravidão: negros e indígenas na ibero-américa (Séc. XVII – Séc XIX).

Esclavitud, escravidão: Negros e indigenas na Ibero-América (Séc. XVII - Séc. XIX), 2024

Este livro tem por fito primordial não apenas o fomento do saber, mas também a incitação à instau... more Este livro tem por fito primordial não apenas o fomento do saber, mas também a incitação à instauração de mudanças. Convocamos, com ardor, cada um dos indivíduos a associar-se a esta empreitada de apreensão e introspecção. Em última análise, mediante a compreensão de nosso legado pretérito, somos impelidos a contribuir para a construção de um futuro permeado pela equidade e pela justiça. A escravidão encerra-se, de forma inescapável, como uma parcela inextricável da crônica americana, incumbindo-nos, enquanto cidadãos globais, o dever inafastável de confrontar esse relicário histórico de maneira destemida. Confiamos em que esta incursão literária haverá de despertar em vossos espíritos uma profunda e compassiva empatia, fomentando o discernimento e incitando um anelo pelo engajamento em prol de um universo em que a liberdade e a igualdade se afigurem acessíveis a todas as pessoas.

Research paper thumbnail of IEPHAMG; MUNDIM, Luis Molinari; MATEUS, Adalberto. (coords) Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte. Cadernos do Patrimônio. Belo Horizonte: IEPHA-MG, 2023, 92p. ISBN: 978-65-980614-2-5

Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte. , 2023

O Caderno do Patrimônio Cultural do IEPHA-MG apresenta como tema uma nova edição sobre a Festa de... more O Caderno do Patrimônio Cultural do IEPHA-MG apresenta como tema uma nova edição sobre a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte, celebração que é patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais, desde 2013. A publicação, que
se destina a valorizar e difundir os mais variados bens culturais do Estado, comemora nesta edição (2023), os 10 anos da inscrição da Festa no Livro de Registro das Celebrações. O caderno também presta uma homenagem aos irmãos do Rosário de Chapada do Norte, e aos mais de
200 anos de sua dedicação e resistência na celebração em homenagem à Virgem do Rosário. Nesta edição, ampliada, buscou-se aprofundar alguns temas relacionados à memória e à ancestralidade negra por meio das práticas do catolicismo popular e da devoção à Nossa Senhora do Rosário. Assim, foram destacadas as múltiplas dimensões da festa, desde seus aspectos rituais, performáticos, de sociabilidade, de fartura, de musicalidade e de materialidade. Aliás, a dimensão material da celebração justificou incorporar à publicação a reprodução e transcrição do Compromisso da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, documento datado de 1822, e cuidadosamente
conservado pelos irmãos do Rosário ao longo do tempo. A digitalização, transcrição e publicação desse Compromisso era um desejo antigo da Irmandade e do IEPHA-MG, que aguardava uma oportunidade para ser efetivado.

Research paper thumbnail of Simposio ANPUH MG Conexões, mobilidades e caminhos entre mundos transitos na Ibero América nos séculos XVI a XIX

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari; FERREIRA, Daniele. (coords). O Modernismo de Oscar Niemeyer em Minas Gerais - inventário dos projetos e obras do arquiteto. Cadernos do Patrimônio. Belo Horizonte: IEPHA/MG,  2023, 66p. ISBN 978-65-980614-0-1

Cadernos do Patrimônio Cultural: O modernismo de Oscar Niemeyer em Minas Gerais - inventário dos projetos e obras do arquiteto, 2023

A trajetória profissional e pessoal do arquiteto Oscar Niemeyer cruzou, por diversas vezes, com M... more A trajetória profissional e pessoal do arquiteto Oscar Niemeyer cruzou, por diversas vezes, com Minas Gerais ao longo de sua extensa vida. Pode-se dizer que os projetos e obras do arquiteto encontraram em terras mineiras um cenário privilegiado para sua experimentação e desenvolvimento. Assim foi desde o início da carreira, como o anônimo discípulo de Lúcio Costa, até o consagrado arquiteto de fama e projeção internacional, no qual ele se tornou com o passar dos anos. A relação com Minas Gerais começou no final da década de 1930, com os experimentalismos da arquitetura moderna presentes no projeto do Grande Hotel de Ouro Preto (1938), no Cassino da Pampulha e na Casa do Baile, ambos projetos de 1940 e integrantes do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, obra que lançou Niemeyer para o Brasil e para o mundo.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari; JESUS, Luzinete. (coords.) Caminhos do Patrimônio: contemporaneidade e novos horizontes. Óculo Patrimônio Cultural, vol 05, Belo Horizonte: IEPHA/MG,  2023, ISSN 2526-3404.

Óculo Patrimônio Cultural 05: Caminhos do Patrimônio: contemporaneidade e novos horizontes, 2023

A Óculo desta edição traz importantes reflexões sobre o tema “Caminhos do Patrimônio: contemporan... more A Óculo desta edição traz importantes reflexões sobre o tema “Caminhos do Patrimônio: contemporaneidade e novos horizontes”. A publicação é um desdobramento das discussões abordadas durante as comemorações do Dia do Patrimônio Cultural, evento ensejado pela Secult por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico de Minas Gerais (IEPHA/MG), e que ocorreu de forma virtual entre os dias 17 e 22 de agosto de 2021. O tema também foi proposto aos municípios mineiros para a realização da 8ª Jornada do Patrimônio Cultural de Minas Gerais, que contou com mais de 1.300 ações de promoção e difusão do patrimônio cultural realizadas em 752 municípios. Entre outras características, a temática escolhida tinha por objetivo dialogar, à época, com o contexto social imposto pela pandemia, realidade que forçou transformações comportamentais em todo o mundo, provocando uma ampla reflexão sobre hábitos e práticas sociais e culturais. No campo do patrimônio cultural esse impacto também foi sentido e as mudanças trouxeram importantes reverberações, especialmente no trato das políticas públicas e nas relações estabelecidas entre os agentes públicos e os atores sociais que protagonizam a gestão dos bens culturais. Se por um lado as restrições sanitárias tornaram inviável o trabalho presencial, por outro abriu-se um leque de oportunidades e possibilidades no mundo virtual, que contribuíram para a continuidade do reconhecimento e da valorização do patrimônio cultural pelas comunidades e pelos agentes públicos em distintos contextos sociais. Nesse processo de intensa transformação, adaptação e incerteza, voltar os olhos para o passado e para a trajetória das políticas públicas relacionadas ao patrimônio cultural e aos lugares de memória pareceu uma estratégia tão acertada quanto pensar os novos patrimônios e as novas tecnologias a eles associadas.
Dessa forma, a publicação desta edição da Óculo teve três eixos básicos. O primeiro deles foi a Trajetória das Políticas Públicas do Patrimônio Cultural, e trouxe reflexões sobre os percursos que consolidaram e fortaleceram as políticas públicas do patrimônio cultural de diferentes cidades e estados. Esse eixo também permitiu refletir sobre os 50 anos do IEPHA/MG e sua atuação ao longo do tempo. O segundo eixo tratou dos Lugares de Memória, ou seja, da reflexão sobre espaços físicos, virtuais e coletivos em que é reconhecida e tematizada, em representações simbólicas e narrativas, a construção dos sentidos de pertencimento, memória e identidade. Por fim, o eixo dos Novos Patrimônios e Novas Tecnologias buscou discutir algumas das concepções emergentes de patrimônio e as novas tecnologias a serviço da proteção ao patrimônio cultural, refletindo sobre o mundo digital e a comunicação em rede presentes no nosso cotidiano. O Dia do Patrimônio Cultural contou com oficinas, cursos, palestras e exposições, em uma grande confraternização do patrimônio cultural, ainda que à distância. Parte do que surgiu no encontro está refletido nesta publicação. Entre os temas abordados estão o olhar sobre a cidade a partir das cartografias
afetivas, os novos horizontes para os museus, as trajetórias das políticas públicas do patrimônio cultural, as comunidades tradicionais em tempos de pandemia e vários outros. Esperamos que a leitura seja útil e que instigue cada um de nós a refletir sobre o que é o patrimônio cultural e sua importância em nossas vidas.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari; JESUS, Luzinete. (coords.) Cozinha e cultura alimentar. Óculo Patrimônio Cultural, vol 04, Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2023, ISSN 2526-3404

Óculo Patrimônio Cultural: Cozinha e cultura alimentar, 2022

Esta edição da Óculo reúne textos referentes às atividades realizadas no Seminário Internacional ... more Esta edição da Óculo reúne textos referentes às atividades realizadas no Seminário Internacional Cozinha e Cultura Alimentar, evento que teve lugar em Belo Horizonte, entre os dias 13 e 18 de agosto de 2019. O encontro integrou as comemorações do Dia do Patrimônio e contou com diversas rodas de conversa, mesas-redondas, oficinas, shows, exposições e intervenções artísticas. Naquela oportunidade, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico de Minas Gerais (IEPHA/MG) voltou seus esforços no sentido de promover uma ampla discussão relativa aos hábitos alimentares tradicionais e aos processos relacionados a sua patrimonialização. Uma das ideias presentes nesse encontro era a de propor um diálogo sobre o tema a partir de distintas abordagens e com a participação de diversos indivíduos, setores e instituições. Os debates se concentraram em torno de temas como as políticas públicas para o patrimônio cultural alimentício; a tradição e as possibilidades de desenvolvimento social; as sociabilidades e os rituais relacionados aos alimentos; o manejo e as práticas tradicionais de preservação dos costumes; a tradição e a inovação nas cozinhas tradicionais; a gastronomia e o turismo cultural; e a história e as experiências de patrimonialização da cultura alimentar no contexto ibero-americano, entre tantos outros. Tais proposições vinham ao encontro dos debates internacionais ocorridos nos últimos anos, nos quais a valorização da cultura alimentar tradicional se intensificou e ganhou contornos específicos. O desejo de enveredar por essa temática não era algo novo no IEPHA/MG e já estava posto, de forma direta ou indireta, em diversas de suas ações. Foi assim, por exemplo, com o reconhecimento do Modo de fazer o queijo artesanal da região do Serro em Minas Gerais, primeiro bem cultural imaterial registrado no Brasil, em agosto de 2002, e que em 2006 tornou-se patrimônio cultural brasileiro. Assim também ocorreu com a identificação, pesquisa e reconhecimento das comidas relacionadas aos Reinados e Festas do Rosário espalhados pelo estado, como a Quinta do Angu, que ocorre na Festa do Rosário de Chapada do Norte, registrada como patrimônio cultural de Minas Gerais em 2011, ou a Culinária da Comunidade dos Arturos, declarada patrimônio imaterial em 2014. O Inventário Cultural do São Francisco, realizado pelo IEPHA em parceria com a UNIMONTES em 2015, é outra iniciativa que demonstrou como o universo culinário é rico e diverso no estado. As referências culturais indicadas nos 17 municípios do Norte de Minas mostraram a importância da cultura alimentar e dos saberes a ela associados. As comunidades apontaram centenas de bens culturais nesse processo, tais como os modos de fazer a carne de sol, o arroz com pequi, o beiju, a paçoca de carne de sol, a rapadura, a farinha de mandioca, o biscoito de peta, a manteiga de garrafa, a cachaça artesanal, o doce de buriti, a paçoca de baru e a moqueca de surubim, entre tantos outros. Os apontamentos dessas pesquisas confirmam um consenso geral de que Minas Gerais é um estado estreitamente ligado às tradições culinárias. Assim, é quase impossível falar sobre a formação social sem passar por seus fogões, quintais e roças, e é por isso que a cozinha mineira ganha cada vez mais um papel fundamental nos processos de patrimonialização cultural. Essa realidade está refletida também nas centenas de reconhecimentos municipais de patrimônios culturais relacionados à cozinha, produzidos pela política pública de patrimônio cultural conduzida pelo IEPHA/MG a partir do Programa ICMS Patrimônio Cultural de Minas Gerais. Tal fato demonstra a importância de ações para a valorização e preservação dessas práticas e de seus detentores em todo o estado. Assim, tanto na região das “Minas” como nas “Gerais”, diferentes costumes alimentares se desenvolveram e se enraizaram ao longo do tempo, tornando-se referências culturais dos mineiros. Um universo alimentar que passa não somente pelo saber-fazer a comida, mas também pelos artefatos, temperos, ingredientes, plantios e colheitas, ritos e festejos que constituem esse saber. Aliás, para além dos sabores e produtos, a comida mineira é caracterizada não apenas pela necessidade de se alimentar, mas por sua função social. Afinal, era, e ainda é, no espaço da cozinha que se desenvolvem relações de amizade e de afeto, saberes e tradições, que alimentam o corpo, mas também a alma. Enfim, toda essa trajetória tem estruturado e motivado outras ações como mais recentemente as ações que desembocaram no projeto de Inventário da Cozinha de Minas com o objetivo de reconhecer esse bem cultural como patrimônio cultural de Minas Gerais. Esta edição da Óculo tem por perspectiva trazer ao leitor uma reflexão sobre a cozinha mineira como patrimônio cultural, a partir da experiência do que foi o Seminário Internacional Cozinha e Cultura Alimentar e dos vários atores que participaram de sua realização

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari. SOUZA, Françoise. (Orgs.) O modo de fazer o queijo artesanal da região do Serro - MG. Cadernos do Patrimônio, Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2018, 64p. ISBN 978-85-66502-06-0

Cadernos do Patrimonio, 2018

A presente edição do Cadernos do Patrimônio apresenta o Modo de Fazer o Queijo Artesanal da Regiã... more A presente edição do Cadernos do Patrimônio apresenta o Modo de Fazer o Queijo Artesanal da Região do Serro/MG, primeiro bem cultural imaterial registrado pelo estado de Minas Gerais. Dessa ação pioneira de registro, ocorrida em 2002, quando os dispositivos legais e marcos teóricos referentes aos bens de natureza imaterial ainda estavam em desenvolvimento, aos dias atuais, muito se avançou no campo da preservação do patrimônio. Ao longo desses anos, as políticas públicas voltadas para o Patrimônio Cultural Imaterial ganharam força no Brasil e no mundo, fazendo com que domínios da vida social manifestos em saberes, formas de expressão, celebrações e lugares, ganhassem reconhecimento, tornando-se alvo de ações de salvaguarda. Assim, indivíduos e grupos até então à parte receberam destaque e voz nos processos de patrimonialização.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG. MUNDIM, Luis Molinari (coord.). Inventário cultural do Rio São Francisco. Cadernos do Patrimônio.  Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2015,  115p. ISBN 978-85-66502-05-3

Cadernos do Patrimônio Cultural: Inventário cultural do Rio São Francisco., Oct 20, 2015

A coleção Cadernos do Patrimônio Imaterial é um dos instrumentos utilizados pelo IEPHA-MG para di... more A coleção Cadernos do Patrimônio Imaterial é um dos instrumentos utilizados pelo IEPHA-MG para divulgar e promover o patrimônio cultural do Estado de Minas Gerais. Esta terceira edição apresenta sucintamente os resultados do projeto por meio do qual inventariamos a região do Rio São Francisco, a partir da identificação de seus diversos bens culturais de natureza material e imaterial. Nosso objetivo primeiro foi o de conhecer e documentar, por meio de fichas de inventário, áudio e vídeo, os lugares, as celebrações, as formas de expressão, os saberes e fazeres mais representativos daquelas comunidades ribeirinhas. Concluída essa etapa tão significativa da pesquisa, o IEPHA-MG encontra-se munido de informações para propor políticas de salvaguarda ao patrimônio cultural daquela região, como o Registro de bens imateriais, o Tombamento de bens culturais materiais, a ampliação do Inventário e de linhas de pesquisa.

MUNDIM, Luis Molinari (org.); SILVA, D. R. C. R.; SILVA, B. T. ; SOUZA, F. J. O. Cadernos do Patrimônio Cultural: Inventário cultural do Rio São Francisco. 3. ed. Belo Horizonte: Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais - IEPHA/MG, 2015. v. 1. 115p.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG. Guia de bens tombados IEPHA/MG. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014. vol 02. ISBN: 85-66502-02-7

Segundo volume da Segunda edição do Guia dos Bens Tombados de Minas Gerais

Research paper thumbnail of IEPHA/MG. Guia de bens tombados IEPHA/MG.  Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014. Vol 01. ISBN: 85-66502-02-7

IEPHA/MG. Guia de bens tombados IEPHA/MG. 2. ed. – Belo Horizonte: Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, 2014. 2 v. : il. ; 30,5 cm. ISBN: 85-66502-02-7, 2014

Primeiro volume da segunda edição do Guia dos Bens Tombados de Minas Gerais. Texto elaborado por ... more Primeiro volume da segunda edição do Guia dos Bens Tombados de Minas Gerais. Texto elaborado por colaboradores e servidores do IEPHA/MG

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari. (Coord). Comunidade dos Arturos. Cadernos do Patrimônio. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014, 56p. ISBN: 978-85-66502-04-6

Cadernos do Patrimônio Imaterial, Dec 20, 2014

O segundo exemplar do Cadernos do Patrimônio Imaterial apresenta a Comunidade dos Arturos. A publ... more O segundo exemplar do Cadernos do Patrimônio Imaterial apresenta a Comunidade dos Arturos. A publicação temática, cujo objetivo é o de contribuir para o reconhecimento dos bens culturais do Estado, traz nesse volume um resumo dos estudos realizados na Comunidade pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA/MG, entre os anos de 2012 a 2014. Nesse período, numa convivência quase que diária, foi possível constatar a importância e a relevância da Comunidade como mantenedora de diversas tradições culturais de Minas e do Brasil.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG. MUNDIM, Luis Molinari. Festa de Nossa Senhora dos Homens Pretos de Chapada do Norte. Cadernos do Patrimônio. Belo Horizonte: IEPHA/MG,  2011, 36p.  ISBN 978-85-66502-01-5.

Cadernos do Patrimônio Imaterial, May 2011

As pessoas que visitam Chapada do Norte, no médio Jequitinhonha, em dias comuns, não imaginam que... more As pessoas que visitam Chapada do Norte, no médio Jequitinhonha, em dias comuns, não imaginam que, no segundo domingo do mês de outubro, o pacato município, constituído por ruas singelas e calmas, transforma-se em uma grande apoteose. A cidade, distante 522 km da capital Belo Horizonte localizada às margens do Rio Capivari, vive, nesse período, a materialização da fé, um momento de devoção e de alegria. É a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte, que reúne milhares de pessoas vindas das mais distantes regiões do estado e do país para saudar a Virgem do Rosário. São pessoas comuns, devotos, mascates, moradores da cidade e da região, turistas e tantos outros que são atraídos pela movimentação local.
A Festa é o momento da fé, da religiosidade, da comunhão, do divertimento e da alegria, é também o momento do reencontro dos que moram longe, em outras cidades e estados, e que voltam à Chapada, justamente nesse período, para encontrar parentes e amigos. Toda essa mobilização resulta na Festa de Nossa Senhora do Rosário de Chapada do Norte que, da Quinta-feira do Angu até a Missa da Posse, na segunda-feira seguinte, movimenta o Vale do Jequitinhonha. Contudo, os preparativos para a celebração acontecem muitos meses antes, e em praticamente todo ano se vive a Festa. Essa celebração ocorre desde o século XVIII, como forma de devoção dos membros da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos homens Pretos, Libertos e Cativos, da Freguesia da Santa Cruz da Chapada do Arcebispado da Bahia, antigo nome da Irmandade
do Rosário de Chapada do Norte. A Irmandade do Rosário foi uma das muitas Ordens Terceiras da Igreja Católica responsáveis pela catequização no interior da América Portuguesa e, especialmente, nessa região, que esteve ligada durante vários anos aos sertões do sul da Bahia.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari. Redes de comércio de escravizados entre os Charcas e a América Portuguesa no final do século XVI: O trato de cativos em La Plata e suas conexões com o Brasil. In. Esclavitud, escravidão: negros e indígenas na ibero-américa. Teresina: EDUFPI, 2024. p. 252 -275.

Esclavitud, escravidão: negros e indígenas na ibero-américa (Séc. XVII – Séc XIX), 2024

O objetivo do texto e revisitar algumas dessas conexões entre os Andes e o Brasil e relacioná-las... more O objetivo do texto e revisitar algumas dessas conexões entre os Andes e o Brasil e relacioná-las ao comércio de escravos da cidade de La Plata naquele período. Para tanto, a proposta e explorar esses fluxos a partir de relatos e textos relativos a figuras importantes naquele contexto como Juan Lopez de Cepeda, presidente da audiência de Charcas, Francisco de Vitória, o bispo de Tucumán e Vasco Pinto, factor do comércio de escravos para a América, no início do século XVI. O objetivo e cotejar essas informações com documentos pesquisados no ABNB - Archivo y Bibliotecas Nacional de Bolivia – ABNB em Sucre, especialmente os relativos aos escravizados comercializados na cidade de La Plata nos séculos XVI e XVII.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis M. Juana de Sanabria: las mujeres, el comercio y las manumisiones en La Plata, en siglo XVI. In: Garcia; Pérez; Paiva; Chavez.(Orgs.). Esclavas, horras y libres. Histórias de mujeres en los mundos ibericos, siglos XVI-XIX. Sevilha: Editorial Universidad de Sevilla, 2023, p. 243-262.

Esclavas, horras y libres. Histórias de mujeres en los mundos ibericos, siglos XVI-XIX., 2023

En La Plata, la participación de mujeres negras fue fundamental en la formación de una población ... more En La Plata, la participación de mujeres negras fue fundamental en la formación de una población libre que se sustentaba mediante el establecimiento de una red de solidaridad y reciprocidad que unía a negros, españoles e indios, y que muchas veces se sustentaba en actividades comerciales. Dichas acciones se pueden ver en el análisis de diversos documentos como, por ejemplo, en los procesos de manumisión, en las transacciones inmobiliarias de compra, venta y alquiler de inmuebles y en los contratos de aprendizaje y servicios que se realizaron en la ciudad.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari. "Entre invisibilidades y dinámicas de mestizajes: Negros, mulatos y zambos en la Audiencia de Charcas: Siglos XVI y XVII". In: FERNÁNDEZ CHÁVES, M.F.; PÉREZ GARCÍA, R. M.; FRANÇA PAIVA, E. (cords.), Tratas, esclavitudes y mestizajes. Ed. Sevilla, Sevilha, 2020, p. 383 – 399.

MUNDIM, Luis Molinari. "Entre invisibilidades y dinámicas de mestizajes: Negros, mulatos y zambos en la Audiencia de Charcas: Siglos XVI y XVII". In: FERNÁNDEZ CHÁVES, M.F.; PÉREZ GARCÍA, R. M.; FRANÇA PAIVA, E. (cords.), Tratas, esclavitudes y mestizajes. Ed. Sevilla, Sevilha, 2020, p. 383 – 399.

Tratas, esclavitudes y mestizajes - Una história conectada, siglos XV - XVIII, 2021

Negros, mulatos y zambos - mestizos de negros e indios - transitaron por Potosí y La Plata (hoy ... more Negros, mulatos y zambos - mestizos de negros e indios - transitaron por Potosí y La Plata (hoy Sucre) en los Charcas, casi simultáneamente a la llegada de los conquistadores españoles en aquellos cerros, alrededor de mediados del siglo XVI. La gran mayoría de ellos llegó en la condición de esclavo para atender la creciente demanda de trabajo asociada a las minas de plata de Potosí, descubrimiento que impactó a todo el mundo y atrajo a miles de individuos a la región. En poco tiempo, se formó en las grandes ciudades charqueñas una sociedad diversa y dinámica, creada por la interacción entre los europeos, especialmente el español y el portugués, con los negros y mulatos y miles de indios que habitaban el altiplano andino.
El objetivo aquí propuesto es reflexionar sobre los motivos de esa invisibilidad y demostrar la presencia masiva de negros, mulatos y zambos en la región de los Charcas. El recorrido se realizará por medio de algunas crónicas como las de Bartolomé Arzans y de Ramirez del Aquila , obras importantes sobre el mundo charqueño que se quedaron olvidadas en el tiempo. Además, el objetivo es verificar lo que fuentes como las escrituras públicas y de los tribunales judiciales dicen sobre las mezclas charqueñas. La suposición es que tales documentos puedan evidenciar una participación de esos individuos mucho más intensa y diversificada de lo que se insiste en afirmar y reproducir la historiografia. Se trata, por lo tanto, de un intento inicial de reconectar la historia de los Charcas con la historia planetaria de los desplazamientos de millones de individuos que ocurrieron en los siglos XVI y XVII.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari. Transcrição do Compromisso da irmandade de nossa senhora dos homens pretos de Santa Cruz da Chapada - 1822. In: IEPHA/MG. Festa de Nossa Senhora dos Homens Pretos de Chapada do Norte Minas Gerais, Cadernos do Patrimonio, vol. 8, Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2023, pp. 50-89.

Festa de Nossa Senhora dos Homens Pretos de Chapada do Norte Minas Gerais, 2023

A transcrição e o fac-símile do Compromisso da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens P... more A transcrição e o fac-símile do Compromisso da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Santa Cruz de Chapada, antiga toponímia de Chapada do Norte, constitui uma ação de salvaguarda da Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte, celebração bicentenária, patrimônio cultural de Minas Gerais.
A motivação para a digitalização e publicação partiu do desejo, manifestado pelos irmãos do Rosário, de disponibilizar o Compromisso guardado por eles para a comunidade em geral. Isso porque, apesar de ser parte integrante da história da irmandade, o Compromisso é relativamente pouco conhecido, sobretudo em razão das dificuldades de sua leitura, acesso e manuseio. Por outro lado, além de divulgar informações histórico-culturais, a publicação tem como objetivo preservar a documentação original, limitando a sua consulta direta e assim diminuindo o seu desgaste. Além disso, o Compromisso da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Santa Cruz da Chapada tem grande relevância ao oferecer a oportunidade de um maior entendimento dos hábitos e costumes que cercavam a associação entre os irmãos de santo. O estudo das irmandades revela facetas muito particulares da dinâmica social e das relações estabelecidas entre indivíduos. Tais associações foram muito comuns em Minas Gerais, permanecendo em alguns lugares até os dias atuais, como é o caso de Chapada do Norte.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari. "La trata de esclavos en los primeros años de La Plata (Sucre), 1549-1600." In: FERNÁNDEZ CHÁVES, M.F.; PÉREZ GARCÍA, R. M. (coords.). Tratas atlánticas y esclavitudes en América. Siglos XVI-XIX. Sevilha: Universidad de Sevilla, 2021, p. 209-228. ISBN 978-84-472-3072-3

Tratas atlánticas y esclavitudes en América. Siglos XVI-XIX, 2021

El artículo busca, a partir de las escrituras de compra y venta de esclavos, comprender aspectos ... more El artículo busca, a partir de las escrituras de compra y venta de esclavos, comprender aspectos socioculturales de negros y mulatos esclavizados en La Plata (hoy Sucre), a lo largo de la segunda mitad del siglo XVI. Además, el texto pretende establecer un perfil de los principales agentes involucrados en esas negociaciones, observando las redes de comercio que unían a individuos en África, Europa y Nuevo Mundo, contribuyendo así a la construcción de una historia más conectada con metodologías compartibles.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari. Ponte Marechal Hermes - Pirapora e Buritizeiro. In. IEPHA/MG. Guia dos bens tombados IEPHA/MG. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014, v. 57, p. 227 - 230. ISBN: 85-66502-02-7

Guia dos bens tombados IEPHA/MG, 2014

A construção da Ponte Marechal Hermes sobre o rio São Francisco estava inserida no ambicioso proj... more A construção da Ponte Marechal Hermes sobre o rio São Francisco estava inserida no ambicioso projeto de expansão da Ferrovia Central do Brasil que pretendia interligar a então capital do Brasil, Rio de Janeiro, a Belém do Pará, no norte do País. A integração do litoral com o interior do Brasil sempre foi vontade das administrações luso-brasileiras e foi planejada, de diferentes formas, em outros momentos da história.

Research paper thumbnail of MIRANDA, Andre; MUNDIM, Luis Molinari. Parque das Águas de Caxambu/MG. In.: IEPHA/MG. Guia de Bens Tombados do IEPHA/MG. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014, pp. 139-144. ISBN: 85-66502-02-7

Guia de Bens Tombados do IEPHA/MG, 2014

O uso das águas consideradas medicinais sempre despertou o interesse da humanidade. Das notícias ... more O uso das águas consideradas medicinais sempre despertou o interesse da humanidade. Das notícias das antigas termas gregas ou romanas às atuais estâncias hidrominerais, as águas com propriedades terapêuticas atraíram para si uma legião de pessoas em busca da cura para seus males. Em Caxambu não foi diferente. As primeiras notícias da existência das chamadas águas virtuosas na região de Baependi datam de meados do século XVIII. Todavia, assim como aconteceu em outros lugares de Minas, é possível que as populações indígenas nativas da região já soubessem das propriedades de tais águas.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari; MIRANDA, A. S. . Edifício do Necrotério do Cemitério do Bonfim - Belo Horizonte. In.: IEPHA/MG. Guia de bens tombados IEPHA/MG. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014, vol. 10, p. 37 - 40. ISBN: 85-66502-02-7

O Edifício do Necrotério do Cemitério Municipal do Bonfim foi uma das primeiras edificações proje... more O Edifício do Necrotério do Cemitério Municipal do Bonfim foi uma das primeiras edificações projetadas e executadas pela Comissão Construtora da Nova Capital. Desenhado pelos engenheiros arquitetos Hermano Zickler, José de Magalhães e Edgard Nascentes Coelho e construído sob responsabilidade do Conde de Santa Marinha, o prédio, com influências neoclássicas, incluía-se no rol das edificações do projeto urbanístico da nova capital de Minas.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari ; FREITAS, L. Cachoeira do Tombo da Fumaça - Salto da Divisa/MG. In. IEPHA/MG. Guia de Bens Tombados IEPHA/MG. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014, vol. 102,  p. 145 - 148. ISBN: 85-66502-02-7

Guia de Bens Tombados IEPHA/MG

Escrever sobre o Conjunto Paisagístico das Cachoeiras do Tombo da Fumaça em Salto da Divisa é diz... more Escrever sobre o Conjunto Paisagístico das Cachoeiras do Tombo da Fumaça em Salto da Divisa é dizer sobre duas histórias distintas e imbricadas. A primeira diz sobre o que foi o Conjunto: exuberante marco natural, lugar simbólico e referencial cultural, elementos motivadores de seu tombamento. A segunda história diz da situação atual e do processo que resultou na submersão das cachoeiras e no consequente desrespeito ao patrimônio cultural estadual e a toda uma sociedade.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari.; ROCHA, H. Automóvel Club - Belo Horizonte. In. IEPHA/MG. Guia dos bens tombados IEPHA/MG. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014, vol. 62, p. 247 - 250. ISBN: 85-66502-02-7

Guia de Bens Tombados IEPHA/MG, Oct 11, 2014

O edifício do Automóvel Clube de Minas Gerais é um ícone da arquitetura eclética da capital minei... more O edifício do Automóvel Clube de Minas Gerais é um ícone da arquitetura eclética da capital mineira e objeto representativo das primeiras construções da implantação da cidade. A construção está ligada ao crescimento em todo o mundo dos chamados clubes privados, no final do século XIX e início do XX. Tais agremiações pautavam-se pelo caráter social e reuniam membros de destaque da sociedade.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari; ROCHA, Hugo. Academia Mineira de Letras - Belo Horizonte. In: IEPHA/MG. Guia de Bens Tombados IEPHA/MG. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014, vol. 62, p. 243 - 246. ISBN: 85-66502-02-7

O edifício da atual Academia Mineira de Letras, em Belo Horizonte, foi construído na década de 19... more O edifício da atual Academia Mineira de Letras, em Belo Horizonte, foi construído na década de 1920, provavelmente em 1923/1924, para ser o consultório e residência do médico carioca, radicado na capital mineira, Eduardo Borges da Costa.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari; SILVA, A. D. ; WATANABE, Y. N. Capela de Nossa Senhora da Soledade - Lobo Leite/Congonhas. In. IEPHA/MG. Guia dos bens tombados IEPHA/MG. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014, v. 22, p. 93 - 96. ISBN: 85-66502-02-7

Guia de Bens Tombados IEPHA/MG, Oct 11, 2014

Levantamentos históricos apontam que o antigo povoado de Soledade tem suas origens no segundo qua... more Levantamentos históricos apontam que o antigo povoado de Soledade tem suas origens no segundo quartel do século XVIII. No mapa dos “Padres Matemáticos”, registro cartográfico confeccionado entre os anos de 1734 e 1735, esse local encontra-se assinalado indicando a existência de uma capela. Trata-se da primitiva Capela de Nossa Senhora da Soledade, cuja fundação é confirmada pelos documentos do Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, na certidão de batismo do inconfidente Cônego Luís Vieira da Silva, datada de 21 de fevereiro de 1735, bem como no registro de casamento de seus pais realizado dois anos antes

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari; SILVA, A.; VEADO, Fernando. Quinta do Sumidouro - Pedro Leopoldo In: IEPHA/MG. Guia de Bens Tombados IEPHA/MG. Belo Horizonte : IEPHA/MG, 2014, v.07, p. 27-30. ISBN: 85-66502-02-7

Guia de Bens Tombados IEPHA/MG , Oct 11, 2014

O conjunto histórico da Quinta do Sumidouro possui especial relevância, pois se insere na rota do... more O conjunto histórico da Quinta do Sumidouro possui especial relevância, pois se insere na rota dos primeiros movimentos de exploração dos sertões do sudeste brasileiro ainda no século XVII. Os caminhos e pousos estabelecidos nesse processo, conjugado com a exploração das minas recentemente encontradas, permitiram, nos anos seguintes, que o colonizador estabelecesse formas de vida e de convívio social , inclusive com os nativos, configurando o que mais tarde iria se denominar como as Minas Gerais.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari; MARQUES, R; GUIMARAES, A; BARROSO, L; FERREIRA, L. "A exposição é o caminho: desafios e discussões na implantação da ação educativa em espaços de ciência". In. UNESCO. (Re)conhecer diferenças, construir resultados. Brasilia: UNESCO, 2004, 576p., pp 139- 153. ISNB 85-7652-022-2

O Projeto Memória e Cultura Médica de Minas Gerais vem se ocupando desde 1998 da organização do a... more O Projeto Memória e Cultura Médica de Minas Gerais vem se ocupando desde 1998 da organização do acervo e da revitalização do espaço do Centro de Memória da Medicina da Faculdade de Medicina da UFMG. Nesse período foi implantada uma biblioteca para pesquisa de história da medicina e revitalização do espaço museal com organização de exposições temporárias e, recentemente, foi inaugurada uma exposição permanente com uma proposta de Ação Educativa e de exposição itinerante. Há uma interação do público com o acervo. As peças foram identificadas, pesquisadas quanto ao funcionamento e disponibilizadas para o público. Os equipamentos são tocados, experimentados e desvendados. Realização de uma gincana para os participantes de visita monitorada. Uma proximidade dos educandos com os objetos, exclusivos da prática médica, aguça a curiosidade, facilita a compreensão de conceitos e práticas da
medicina, como da ciência em geral. Por meio das peças do museu, aspectos da história da medicina, assim como da biologia e da física podem ser aprendidos de forma divertida. Usando
seu espaço interativamente, o museu potencializa a capacidade de ser um espaço de aprendizagem e não somente um local de visita.

Research paper thumbnail of Entre invisibilidades y dinámicas de mestizajes: Negros, mulatos y zambos en la Audiencia de Charcas - Potosí y la Plata - siglos XVI y XVII

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari et al.. "Niemeyer e Minas Gerais: um olhar sobre o arquiteto pelo inventário de seus projetos e obras no estado." In: Anais do 3º Simpósio Científico do ICOMOS Brasil. Belo Horizonte(MG) | Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, ISBN: 978-85-5722-038-6

Anais do 3º Simpósio Científico do ICOMOS Brasil, 2019

Os projetos do arquiteto Oscar Niemeyer encontraram no estado de Minas Gerais um cenário privileg... more Os projetos do arquiteto Oscar Niemeyer encontraram no estado de Minas Gerais um cenário privilegiado para a sua experimentação e desenvolvimento. Desde o início com Lúcio Costa, até se tranformar no consagrado arquiteto de fama e projeção internacional. O vínculo com o estado começa, ainda na década de 1938 e se extende até o fim de sua vida, com uma profusão de projetos realizados. O presente artigo tem por objetivo compartilhar os resultados e as recomendações do Inventário dos projetos e obras do arquiteto Oscar Niemeyer em Minas Gerais, desenvolvido pela equipe da Gerência de Identificação e Pesquisa do IEPHA-MG – GIP, e que se insere na perspectiva de conhecer, valorizar e preservar as obras da arquitetura moderna em Minas Gerais, os desafios e as ações para sua preservação. O estudo localizou 62 projetos vinculados ao arquiteto Oscar Niemeyer em Minas Gerais, entre projetos e obras concebidas, executadas, atribuídas ou demolidas, distribuídos em 17 municípios. Na pesquisa se buscou identificar, além das obras e projetos, a inserção social do arquiteto, percebendo a situação dos seus projetos, os municípios que receberam sua arquitetura, os períodos de sua produção, os financiadores de seus projetos, as principais tipologias ou funções a que sua arquitetura, etc. Como resultado é possível perceber que as obras de Niemeyer, especialmente as primeiras, espelham as relações da arquitetura com outros campos do conhecimento, como as belas artes e as engenharias. Assim, a integração das diversas artes agregou às obras de Niemeyer artistas como Portinari, Burle Marx, Paulo Werneck, Ceschiatti, Athos Bulcão, August Zamoisky, Di Cavalcanti, Mário Silésio, Joaquim Tenreiro, Jan Zach, José Pedrosa, entre tantos outros artistas que alcançaram destaque nacional e internacional. Do mesmo modo, as curvas e os grandes espaços livres, conceitos imaginados pelo arquiteto, impuseram desafios complexos aos cálculos estruturais e a execução das obras. A execução mobilizou profissionais e impulsionou o desenvolvimento de novas abordagens e tecnologias. O fato fez despontar a competência e a criatividade de calculistas e engenheiros tais como Joaquim Cardozo, José Carlos, Albino Santos Froufe, W. Muller, J. Alvaris, José Netto, Amrein, Z. Glabe, Morales Ribeiro, Flávio de Aquino, Aldo Calvo, Milton Ramos e Bruno Contarini. Por fim, a realização do inventário tem como expectativa que o tema da arquitetura moderna esteja cada vez mais presente na realidade da preservação do patrimônio em Minas Gerais.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari, et al.  As vulnerabilidades da Arquitetura Moderna: um olhar sobre as patologias mais comuns nas obras do arquiteto Oscar Niemeyer em Minas Gerais." In: Anais do 3º Simpósio Científico do ICOMOS Brasil. Belo Horizonte: UFMG, ISBN: 978-85-5722-038-6

Anais do 3º Simpósio Científico do ICOMOS Brasil, 2019

A adoção da arquitetura de caráter vanguardista no Brasil trouxe uma série de mudanças no repertó... more A adoção da arquitetura de caráter vanguardista no Brasil trouxe uma série de mudanças no repertório formal, material, de técnicas, cálculos e tecnologias construtivas que ampliaram sobremaneira o conceito de arquitetura até então vigente no cenário nacional. Alçados à condição de patrimônio muito precocemente, as edificações modernistas, conforme salienta Cláudia Carvalho em “Preservação da arquitetura moderna: edifícios de escritórios construídos no Rio de Janeiro entre
1930 e 1960”, apresentam patologias específicas, diferenciando-as em parte daquelas encontradas em outros estilos arquitetônicos que se fazem mais presentes no cotidiano de restaurações arquitetônicas mineiras. Passado mais de meio século da construção dos primeiros expoentes da arquitetura moderna em Minas Gerais e trazendo à luz o estado de conservação do acervo arquitetônico de Oscar Niemeyer no Estado, o que se apresenta são desafios à conservação e preservação desses edifícios na contemporaneidade. Diante do exposto, o artigo visa analisar as principais patologias identificadas nas edificações projetadas por Oscar Niemeyer em Minas Gerais, a fim de contribuir para a pesquisa, discussão e no desenvolvimento de ações específicas de preservação desses edifícios. O tema é um desdobramento do inventário dos projetos e obras do arquiteto no Estado de Minas Gerais, executado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, ao longo de 2018 que, entre outros pontos, identificou e avaliou o estado de conservação de 32 obras edificadas, em 9 cidades diferentes, entre elas Belo Horizonte, Diamantina e Cataguases. A proposta é, a partir das patologias diagnosticadas, contribuir com os estudos já desenvolvidos na área e refletir sobre práticas comuns que devem ser adotadas no intuito de se preservar as edificações modernistas. Por fim, do ponto de vista prático, o objetivo é fornecer elementos que possam auxiliar nos projetos de restauração dessas edificações à luz de outras experiências. O artigo busca contribuir para a preservação da potencialidade das proposições inovadoras de Niemeyer ao analisar as implicações ambientais resultantes desse experimentalismo à luz da contemporaneidade. Em outras palavras: é repassar a obra de Niemeyer tendo como fio condutor a manutenção de suas proposições arquitetônicas e seu legado para a contemporaneidade. Permitir refletir sobre as consequências de suas escolhas inovadoras no campo da arquitetura tendo como premissa a sobrevivência” de seu espírito inovador. Por fim, sugere-se correlacionar as patologias elencadas no trabalho com um estudo pós-ocupação das edificações uma vez que alguns danos estão associados à forma de apropriação dos ambientes e à intervenções descaracterizantes dos espaços arquitetônicos.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari. Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte: abordagens, ações e metodologias na salvaguarda do Patrimônio Imaterial. In:  Anais do XXIV Simpósio Nacional de História. São Leopoldo: Unisinos, 2007.

As ações no sentido de salvaguarda dos bens culturais de natureza imaterial constituem, grosso mo... more As ações no sentido de salvaguarda dos bens culturais de natureza imaterial constituem, grosso modo, matéria recente. Representam um terreno ainda pouco explorado, ermo. Tal situação impõe a necessidade de estudos contínuos e da trocas de experiências entre os agentes envolvidos. O processo de inventário da Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte, apresenta uma possibilidade de se discutir tais ações, seja em relação a metodologia de trabalho empregada na abordagem da festa, nas fontes utilizadas ou nos produtos decorrentes desse trabalho

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari. As necrópoles como patrimônio cultural: reflexões sobre o inventário do Cemitério do Bonfim em Belo horizonte. In.: Anais do XXVI Simpósio Nacional de História, Universidade de São Paulo, 2011.

O Cemitério do Bonfim, assim como a cidade de Belo Horizonte, então denominada Cidade de Minas, n... more O Cemitério do Bonfim, assim como a cidade de Belo Horizonte, então denominada Cidade de Minas, nasceu sob o signo da modernidade. Nos moldes de uma
ideologia republicana positivista, recém incorporada ao sistema político brasileiro, a
concepção desse projeto pautava-se na utopia de uma cidade ideal, com espaços ordenados, iluminados e saneados. Assim como era preciso planejar a cidade dos vivos, a cidade dos mortos deveria ser ordenada e higiênica.

Research paper thumbnail of MUNDIM, L. G. M. Negros, crioulos e mestiçados na sociedade charquenha: comércio de escravos, liberdades e mobilidades sociais em La Plata (Sucre), nos séculos XVI e XVII. Tese de doutorado, Universidade Federal de Minas Gerais. 2022, 459p.

Negros, crioulos e mestiçados na sociedade charquenha - comércio de escravos, liberdades e mobilidades sociais em Laplata (Sucre), nos séculos XVI e XVII, 2022

The conquest of the "New World" in the 16th century displaced thousands of individuals from diffe... more The conquest of the "New World" in the 16th century displaced thousands of individuals from different parts of the world to America. Spaniards, Portuguese and other Europeans from different places embarked on the adventure of exploring and getting to know a territory that, for them, was something new. In practice, this space was already inhabited by thousands of natives. In addition to the Europeans, thousands of black people, the vast majority of them Africans in the legal condition of slaves, were forcibly displaced to work in those lands, serving in different activities. The mutual influence between these groups created an essentially mixed world, the result of social, cultural and biological interactions between these people. Guided by the dynamics of miscegenation, these relationships brought into contact different experiences and worldviews that were often marked by conflict, tension and violence, but also by negotiation, overlapping and accommodation. This mixing process took place throughout Ibero-America and also in the Andean Charcas – a region that covered part of the ancient Inca empire. A territory of Quechua and Aymara-speaking peoples and the famous mines of Potosí, which became the great wealth of the Spanish Empire in the 16th and 17th centuries.Surprisingly, very little is known about the black population in the region and about their mulatto and zambo descendants, who are treated here as mestizos. Much of this silencing occurs due to a mistaken and persistent idea that, due to the altitude and the cold, black people "did not exist" in the Andes. , black people had a strong presence and werefundamental in several areas of Charquean society, notably with regard to slave labor. In the documentary surveys that we carried out in the archive of Sucre (La Plata), it was possible to verify that these black captives, in addition to many other freedmen, carried out various activities in that city, such as shoemakers, tailors, cooks, carpenters, blacksmiths, swordsmen, founders, merchants, singers; performing activities in transport, agriculture, dealing with livestock, inaddition to a dozen other trades, thus contributing to the various and dynamic historical processes that enriched that society culturally, socially and economically. Thus, in the following pages, we are dedicated to trying to fill part of this gapfound on the subject in historical studies. What we sought, after all, was to demonstrate the hypothesis that there was astrong presence of blacks and their mixed-mestizos descendants in the Charqueña region, especially in La Plata, between the years 1549 and 1700. To do so, we embarked on an investigation whose documentary base was obtained from several archives, such as those existing in Sucre, Potosí, La Paz, Lisbon and Seville, in an attempt to compare the data obtained with similar dynamic processes that occurred in other contexts. , in a movement of adjustments of macro and micro clippings. Finally, we aim to show throughout this thesis who those subjects were, their names, their life storiesand their human dimension in what was possible to reconstruct from the analyzed documentation, taking into account the dynamics of modern slavery. We also analyzed the freedom processes of hundreds of these individuals, in addition to thepresence of these blacks, creoles, morenos, mulattoes and zambos in the urban and work world, together with thesentimental relationships and sociability networks that exist there, in order to demonstrate who were active subjects and makers of Platense society.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari. De José Joaquim da Rocha a Frederich Wagner: civilização, nativos e colonos nas representações cartográficas dos sertões leste de Minas Gerais (1778 – 1855). Dissertação de mestrado - Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 2009.

Teses, Dec 9, 2009

O chamado sertão leste de Minas Gerais foi uma região considerada durante muitos anos como selvag... more O chamado sertão leste de Minas Gerais foi uma região considerada durante muitos anos como selvagem, seus primeiros habitantes, os nativos, foram tratados como bárbaros e ignóbeis. A partir do último quartel do século XVIII e no século XIX a região paulatinamente começou a despertar o interesse de colonos e da Coroa e passou a ser explorada de forma mais sistemática e ações mais expressivas foram tomada no sentido de se incorporar e se apropriar aquele espaço. O período foi particularmente caracterizado por uma expressiva produção de registros cartográficos e iconográficos que se apresentam como fonte privilegiada nessa investigação, isso, pois figuram ao mesmo tempo como instrumento e meio de conhecimento
bem como de apropriação desse espaço. Uma das principais temáticas que nortearam a dissertação se referiu a forma, e as mudanças ocorridas na representação do leste de Minas Gerais, ao longo dos anos. Tais modificações foram observadas principalmente na produção cartográfica que representava aquela região. Vale lembrar, que durante aqueles anos estava em disputa a legitimação de poder da Monarquia sobre o espaço, tal disputa ocorria de forma intensa, tanto no plano material quanto no plano simbólico.

For many years the hinterlands of eastern Minas Gerais was considered as a wild region. There are several reports which pointed to barbaric and ignoble character of the natives who lived there. However, from the last quarter of the Eighteenth Century and throughout the Nineteenth Century, the interest of the colonial authorities and settlers in the area arouse gradually. So it began to be explored in a more systematic and expressive way.
Several actions were taken in order to incorporate and settle the region. The production of cartographic records was one of those actions and served both as an instrument of knowledge as a means of appropriation of that space. The survey was intended to observe the changes in the representations of the region, especially in cartographic production. These changes involved the legitimacy of the monarchy power on the area and were so intense, both in material and symbolic terms.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari. (Coord.) Dossiê de Registro da Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte/MG. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2011, 289p. DOI. 10.13140/RG.2.2.15577.08805

As pessoas que visitam Chapada do Norte, no médio Jequitinhonha, em dias comuns, não imaginam que... more As pessoas que visitam Chapada do Norte, no médio Jequitinhonha, em dias comuns, não imaginam que, no segundo domingo do mês de outubro, o pacato município, constituído por ruas singelas e calmas, se transforma em uma grande apoteose. A cidade, distante 522 km da capital Belo Horizonte e localizada as margens do Rio Capivari, vive nesse período a materialização da fé, um momento de devoção e de alegria. É a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte que, a mais de dois séculos, reúne umas centenas de pessoas vindas dos mais distantes rincões do estado e do país para saudar a Virgem do Rosário. São pessoas comuns, devotos, Mascates, moradores da cidade e da região, turistas e tantos outros que se vêem atraídos pela movimentação local. A Festa é o momento da fé, da religiosidade, da comunhão, do divertimento e da alegria, mas não somente isso é também o momento do reencontro dos que moram longe, em outras cidades e estados, e que voltam a Chapada, justamente nesse período, para encontrar parentes e amigos.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari (org). Inventário do acervo de estruturas arquitetônicas e bens culturais integrados do Cemitério do Bonfim. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2004, 709p.

IPAC Cemitério do Bonfim, 2010

O Inventário do Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte, realizado pela Gerência de Identificação ... more O Inventário do Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte, realizado pela Gerência de Identificação (GID) do IEPHA-MG foi um trabalho que surgiu da necessidade de se conhecer melhor um importante espaço da cidade com significativa relevância histórica, artística e de memória e que ainda era e é muito pouco estudado. Além disso, e conjuntamente a esse fato, havia a necessidade iminente de se identificar e proteger as peças existentes no Bonfim que freqüentemente estavam desaparecendo pela ação de vândalos que depredavam e furtavam seu acervo. A cada peça desaparecida, ou jazigo depredado, sumia com ela parte significativa de uma memória sem que ao menos pudéssemos conhecê-la. O valor histórico e cultural do Bonfim sempre foi algo irrefutável e sua relevância como patrimônio cultural já havia sido reconhecida anteriormente pelo IEPHA-MG através do tombamento., em 1977, do antigo Necrotério (Capela), edificação de destaque na paisagem do Campo Santo e, ao redor do qual, o cemitério se desenvolveu. Entretanto faltava conhecer de forma sistemática o conjunto de jazigos, túmulos e mausoléus, e os bens a eles integrados que compõem o variado e rico acervo artístico e cultural da necrópole.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG: MUNDIM, Luis Molinari (Coord.). Dossiê de registro das Folias de Minas. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2016. 166p. DOI: 10.13140/RG.2.2.20924.82568

Dossiê de registro elaborado para fins de reconhecimento das Folias de Minas como Patrimonio Cult... more Dossiê de registro elaborado para fins de reconhecimento das Folias de Minas como Patrimonio Cultural de Minas Gerais

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari (Coord.) Dossiê de Registro da Comunidade dos Arturos – Contagem/ MG. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014, 174p. DOI: 10.13140/RG.2.2.25957.99046

Dossiê de registro elaborado pela equipe da Gerência de Patrimônio Imaterial do Iepha para reconh... more Dossiê de registro elaborado pela equipe da Gerência de Patrimônio Imaterial do Iepha para reconhecimento da Comunidade dos Arturos como Patrimonio Cultural de Minas Gerais.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari (Coord.) Cadastro das Folias de Minas Gerais. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2016, 136p. DOI. 10.13140/RG.2.2.29313.43362

INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO DE MINAS GERAIS – IEPHA/MG. Cadastro das F... more INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO DE MINAS GERAIS – IEPHA/MG. Cadastro das Folias de Minas Gerais. Inventário das Folias de Minas. Belo Horizonte: IEPHA/DPM/GPI, 2016. 136p.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari; BARBOSA, Denilson (coords). Inventário Cultural de Proteção do Rio São Francisco. Belo Horizonte: IEPHA/MG, Vol IV, 2016, 216p.

IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari; BARBOSA, Denilson (coords). Inventário Cultural de Proteção do R... more IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari; BARBOSA, Denilson (coords). Inventário Cultural de Proteção do Rio São Francisco. Belo Horizonte: IEPHA/MG, Vol IV, 2016, 216p.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari; BARBOSA, Denilson (coords). Inventário Cultural de Proteção do Rio São Francisco. Belo Horizonte: IEPHA/MG, Vol III, 2016, 304p.

IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari; BARBOSA, Denilson (coords). Inventário Cultural de Proteção do R... more IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari; BARBOSA, Denilson (coords). Inventário Cultural de Proteção do Rio São Francisco. Belo Horizonte: IEPHA/MG, Vol III, 2016, 304p.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari; BARBOSA, Denilson (coords). Inventário Cultural de Proteção do Rio São Francisco. Belo Horizonte: IEPHA/MG, Vol II, 2016, 200p.

IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari; BARBOSA, Denilson (coords). Inventário Cultural de Proteção do R... more IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari; BARBOSA, Denilson (coords). Inventário Cultural de Proteção do Rio São Francisco. Belo Horizonte: IEPHA/MG, Vol II, 2016, 200p.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari; MEIRELES, Denilson (coords). Inventário Cultural de Proteção do Rio São Francisco. Belo Horizonte: IEPHA/MG, Vol I, 2016, 206p.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG: MUNDIM, Luis Molinari (Coord.). Fontes para a pesquisa das Referências Culturais – Inventário Cultural de Proteção do Rio São Francisco. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2016. 594p.

As Fontes para a pesquisa das Referências Culturais apresentadas a seguir correspondem à finaliza... more As Fontes para a pesquisa das Referências Culturais apresentadas a seguir correspondem à finalização da primeira etapa do Inventário Cultural de proteção do São Francisco, projeto executado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA/MG, em conjunto com o Núcleo de História Regional da Universidade Estadual de Montes Claros – NUHICRE/UNIMONTES, e que tem como ação maior, identicar e proteger os bens culturais da região. O objetivo dessa etapa foi levantar o maior número possível de informações referentes a cultura e tradição de uma parte importante do norte de Minas. A ideia era identificar essas informações em conjunto com a comunidade, por meio de levantamentos de fontes espalhadas em diversos locais como arquivos, bibliotecas, universidades e acervos virtuais entre tantos outros.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari (Coord.) Inventário Cultural da Comunidade dos Arturos. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014, 231p. DOI: 10.13140/RG.2.2.18932.53122

O IPAC/MG – Comunidade dos Arturos corresponde a finalização da Etapa – II do Projeto de “Inventá... more O IPAC/MG – Comunidade dos Arturos corresponde a finalização da Etapa – II do Projeto de “Inventário para fins de Registro da Comunidade dos Arturos”, elaborado e executado pela Gerência de Patrimônio Imaterial do IEPHA/MG, em conjunto com Coordenadoria de Políticas de Memória e Patrimônio Cultural da FUNDAC do município de Contagem/MG. O inventário da Comunidade dos Arturos cumpre o papel de aproximar a instituição do objeto pesquisado identificando e oferecendo caminhos e estratégias para a atuação. O inventário marca também a aplicação e consolidação da metodologia desenvolvida pela instituição para identificar e compreender os bens culturais de natureza imaterial. Nesse esforço instrumental foram adaptadas metodologias já existentes, sempre com a preocupação de envolver e destacar os agentes detentores do bem cultural. Os campos propostos nas fichas do IPAC/MG foram desenvolvidos na tentativa de captar de forma ampla o bem cultural inventariado.

Research paper thumbnail of IEPHA/MG; MUNDIM, Luis Molinari (Coord.). Referências Culturais da Comunidade dos Arturos. Belo Horizonte: IEPHA/MG, 2014, 149p. DOI: 10.13140/RG.2.2.25643.41768

As referências culturais coletadas referentes a Comunidade dos Arturos, correspondem a finalizaçã... more As referências culturais coletadas referentes a Comunidade dos Arturos, correspondem a finalização da I etapa do Projeto de “Inventário para fins de Registro da Comunidade dos Arturos”, executado pela Gerência de Patrimônio Imaterial do IEPHA/MG em conjunto com Coordenadoria de políticas de Memória e Patrimônio Cultural da FUNDAC de Contagem/MG. Nesse trabalho foram identificadas 564 referências em 332 fontes , a pesquisa foi realizada em mais de 18 acervos
com características diversas. A documentação é constituída por jornais, revistas, teses, dissertações, monografias, textos técnicos, vídeos, fotos, áudio, revistas e outros, que ratificam a importância da Comunidade dos Arturos e sua dimensão dentro do cenário artístico, político, acadêmico, cultural e social. É importante ressaltar que apesar de extensa, esse levantamento não pretende ser fim em si mesmo, é um trabalho contínuo que deve ser atualizado de tempos em tempos, pois certamente muitos outros já falaram sobre os Arturos. Além disso, a pesquisa serve como instrumento de valorização, identificação e memória das produções já elaboradas pela Comunidade. Pretende-se também que todo esse acervo de informações seja paulatinamente localizado e entreque aos Arturos, cumprindo o papel, quase nunca observado, de devolver aos detentores as produções sobre eles realizada. A partir da análise dos dados apresentado no levantamento foi possível tomar uma série de decisões que determinaram o escopo das outras etapas do projeto. Tais como quais seriam os bem a inventariar, os contatos, os suportes mais utilizados, os tipos de bens culturais entre outros. A identificação das
Referências Culturais apresentou os seguinte dados: Comunidade dos Arturos (234), Festa da Abolição (61), Congado (47), Festa do Rosário (37), Filhos de Zambi (20), Guardas de Congo e Moçambique (16) Folia de Reis (15), Arthur Camilo Silvério (11), Candombe (12), Festa João do Mato (7).

Research paper thumbnail of Patrimônio Cultural e o Turismo em Minas Gerais: possibilidades e desafios.

Research paper thumbnail of Afrodescendência: memória cultural, social e política em Minas Gerais

Research paper thumbnail of Comunidad de Arturos: Patrimonio Cultural Intangible, ritmos, danzas y sonidos afrobrasileños

La Comunidad de Arturos es una comunidad tradicional afrodescendiente, que tienen en sus práctica... more La Comunidad de Arturos es una comunidad tradicional afrodescendiente, que tienen en sus prácticas diarias varias expresiones culturales brasileñas. El Instituto Estatal de Patrimonio Histórico y Artístico de Minas Gerais - IEPHA / MG, a través del Departamento de Patrimonio Inmaterial está llevando a cabo el proceso de Registro de la Comunidad de Arturos, que será la tercera expresión cultural inmaterial protegida por la Provincia de Minas Gerais y la primera en Brasil de una comunidad tradicional.

Research paper thumbnail of MUNDIM, Luis Molinari. "Sob o signo do moderno." In.: Revista do Arquivo Publico Mineiro. vol. XLVI, p.60 - 73, 2010.

Revista do Arquivo Publico Mineiro - RAPM, Dec 10, 2010

A elaboração de “um mapa moderno e exato” da Província de Minas Gerais, empreendida na primeira ... more A elaboração de “um mapa moderno e exato” da Província de Minas Gerais, empreendida na primeira metade do século XIX, embora tenha se revelado tarefa mais complexa do que imaginavam seus idealizadores, consumindo cerca de 20 anos para sua conclusão, representou um novo olhar sobre o território e sobre o espaço mineiro.

Research paper thumbnail of La trata de esclavos en los primeros años de La Plata (Sucre), 1549-1600.

Congreso Internacional: La trata de esclavos en el Atlántico Ibérico. Siglos XVI-XVII, 2019

El artículo busca, a partir de las escrituras de compra y venta de esclavos, comprender aspectos ... more El artículo busca, a partir de las escrituras de compra y venta de esclavos, comprender aspectos socioculturales de negros y mulatos esclavizados en La Plata (hoy Sucre), a lo largo de la segunda mitad del siglo XVI. Además, el texto pretende establecer un perfil de los principales agentes involucrados en esas negociaciones, observando las redes de comercio que unían a individuos en África, Europa y Nuevo Mundo, contribuyendo así a la construcción de una historia más conectada con metodologías compartibles.

Research paper thumbnail of Negros e mulatos na Audiência dos Charcas: sociabilidades e dinâmicas de mestiçagens na Vila Imperial de Potosí, no século XVII