Maria Esther Maciel | UFMG - The Federal University of Minas Gerais (original) (raw)
Books by Maria Esther Maciel
Pensar/escrever o animal - ensaios de zoopoética e biopolítica, 2011
A “questão do animal” afirma-se, cada vez mais, no âmbito do pensamento contemporâneo, como um fe... more A “questão do animal” afirma-se, cada vez mais, no âmbito do pensamento contemporâneo, como um fenômeno transversal que corta obliquamente diferentes campos de conhecimento, propiciando novas maneiras de pensar e reconfigurar, fora dos domínios do antropocentrismo e do especismo, os limites entre animais e humanos, animalidade e humanidade. Os ensaios deste livro, assinados por autores de diferentes nacionalidades e linhas de abordagem, buscam explorar os paradoxos dessa questão através de incursões nos campos da literatura, da ontologia, da biopolítica, da etologia, da zoologia, das artes e da crítica cultural. Organização de Maria Esther Maciel.
Link: https://bit.ly/animaanimalia Los trabajos editados y compilados en el libro "Anima animalia... more Link: https://bit.ly/animaanimalia Los trabajos editados y compilados en el libro "Anima animalia: el animalismo o el coraje de devenir otro", por Anahí Gabriela González, Cassiana Lopes Stephan y Nahid Steingress-Carballa, constituyen una cartografía posible sobre los estudios de animalidad. En la primera sección, denominada "El animal, la carne y su mercantilización", se presentan los textos de Matthew Calarco, Eliza littleton, Taylor ford y David Nibert. En la segunda sección, titulada "Experiencias posthumanas entre filosofía, literatura y educación", encontramos los artículos de Maria Esther Maciel, Lauren Corman e Iván Darío Ávila Gaitán. Por último, en la sección "Formas jurídicas de una cartografía animalista: entre continuidades y rupturas ético-políticas", aparecen los trabajos de Isis Velez, Silvina Pezzetta y Corine Pelluchon. El prólogo del libro está a cargo de Andrea Torrano.
Este livro, organizado por Maria Esther Maciel, inclui ensaios de colaboradores de áreas distinta... more Este livro, organizado por Maria Esther Maciel, inclui ensaios de colaboradores de áreas distintas, que enfocam os filmes, óperas, trabalhos de artes plásticas, textos literários e instalações do diretor britânico, a partir de uma perspectiva aberta e transdisciplinar.
Além de incluir um ensaio de Greenaway (Cinema: 105 anos de texto ilustrado), publicado em 2001 na revista americana Zoetrope All-Stories Magazine, e a entrevista Cinema e novas tecnologias – conversa com Peter Greenaway por Maria Dora Mourão, o livro traz os seguintes textos e autores:
Greenaway, a estilização do caos (Ivana Bentes); Essas "coisas que fazem o coração bater mais forte" (Evando Nascimento); Cinema e pintura: ubiqüidades e artifícios (Magali Arriola); Os infernos de Peter Greenaway (Maria Esther Maciel ); C é de corpo, G de Greenaway (Cristiano Florentino); O zoológico barroco de Peter Greenaway (Susana Dobal); O barroco tecnológico: A última tempestade (Prospero’s books) e outras obras/óperas (Jair Tadeu da Fonseca); Greenaway e as influências das novas tecnologias na linguagem cinematográfica (Maria Dora Mourão ); Eisenstein como livro de cabeceira (Yvana Fechine); As cenas fulgor em O livro de cabeceira (Lúcia Castello Branco ); Filme de arte – um breviário para Peter Greenaway (Elisa Arreguy Maia); O cozinheiro é Peter Greenaway? (Wilton Garcia ).
A título de suplemento ao conjunto de textos, dois anexos foram incluídos no livro: um com a listagem de obras do diretor e outro com um roteiro teórico-ficcional da “enciclopédia” greenawayana.
Considerando que um dos traços mais evidentes da história da poesia moderna ocidental é a aliança... more Considerando que um dos traços mais evidentes da história da poesia moderna ocidental é a aliança entre criação e reflexão, através da qual o poeta, ao exercer também a atividade crítica, entrecruza o fazer poético com o pensar sobre esse fazer, a autora analisa os poemas e os ensaios do poeta, crítico, ensaísta e tradutor mexicano Octavio Paz, com o propósito de mostrar como essa conjunção se faz presente em sua obra. Para tanto, começa por traçar uma biografia intelectual do poeta, percorrendo a sua trajetória literária e política, desde a década de 30 até nossos dias.
A autora busca desvendar a lógica que atravessa o pensamento crítico paziano, avaliando os seus conceitos de poesia, modernidade, tradição, revolução, vanguarda e pós-modernidade. Para isso, utiliza-se das gravuras do artista gráfico holandês M.C. Escher, também voltado para a exploração do jogo paradoxal dos contrários e que soube, como Paz, aliar lucidez e vertigem.
O livro da Zenóbia é um conjunto de "memórias apócrifas", ou “biografemas”, onde o tom narrativo,... more O livro da Zenóbia é um conjunto de "memórias apócrifas", ou “biografemas”, onde o tom narrativo, com frases curtas, dinamizadas pela linguagem poética, predomina. Zenóbia é a personagem de todos os textos que, juntos, compõem uma espécie de romance velado, implícito. Ela é uma mulher sem idade, que traz dentro de si todas as mulheres ao mesmo tempo. Suas experiências de vida são a tônica do livro, que é dividido em 14 “capítulos”, os quais, por sua vez, se compõem de quatro ou oito pequenos textos, dispostos simetricamente. Os números pares (com acabamento de ímpar) predominam no livro. Se a primeira parte do volume apresenta a “biografia” de Zenóbia, incluindo suas receitas culinárias em forma de poemas, a segunda traz os Cadernos de anotações da personagem. Neles, encontram-se contos escritos por ela e suas listas de “ervas daninhas”, “peixes perplexos”, “cidades raras”, “temperos e ervas de cheiro”, “aves em perigo”, “orquídeas e bromélias”, “palavras preferidas” e “livros de cabeceira”.
O livro é resultado de minha pesquisa do CNPq intitulada “Poéticas do Inventário”. Ele dá sequênc... more O livro é resultado de minha pesquisa do CNPq intitulada “Poéticas do Inventário”. Ele dá sequência aos estudos iniciados no livro A memória das coisas – ensaios de literatura, cinema e artes plásticas (2004). O tema predominante é o uso crítico-criativo dos sistemas de classificação do mundo por parte de escritores, cineastas e artistas contemporâneos, com ênfase nos trabalhos de Borges, Dante, Joyce, Peter Greenaway, Arthur Bispo do Rosário, Drummond e Eduardo Coutinho. O livro analisa também os “inventários do mundo” criados por vários autores no âmbito da ficção. Para isso, procuro rastrear também o trabalho dos enciclopedistas europeus dos séculos XVI, XVII e XVIII, de forma a problematizar a noção de “enciclopédia”. Outro tópico diz respeito aos bestiários latino-americanos que dialogam com o pensamento enciclopédico ocidental e as coleções literárias de animais da Idade Média e do Renascimento
Tradução de ensaios, narrativas e roteiros de Peter Greenaway. Tradutores: Maria Clara Versiani G... more Tradução de ensaios, narrativas e roteiros de Peter Greenaway. Tradutores: Maria Clara Versiani Galery, Maria Esther Maciel, Myriam Ávila e Ethon Fonseca.
Organização: Maria Esther Maciel
Caderno com traduções de textos de Peter Greenaway - organização de Maria Esther Maciel
O livro reúne ensaios escritos de 1999 a 2003 e publicados esparsamente no Brasil e no exterior. ... more O livro reúne ensaios escritos de 1999 a 2003 e publicados esparsamente no Brasil e no exterior. O tema predominante do livro é o uso criativo dos sistemas de classificação do mundo por parte de escritores, cineastas e artistas contemporâneos. Jorge Luis Borges, Peter Greenaway, Arthur Bispo do Rosário, Georges Perec e Carlos Drummond de Andrade são alguns dos autores de referência. Questões voltadas para a interseção entre literatura e cinema, tradução criativa, mesclagem de gêneros literários e escrita poética também são abordadas em alguns dos textos, sempre a partir de um enfoque comparativo e transdisciplinar.
Articles by Maria Esther Maciel
Revista Dobra - Literatura, Artes, Design, Jan 6, 2021
Resumo: Como o "eu" não humano se inscreve na literatura? É possível definir uma subjetividade an... more Resumo: Como o "eu" não humano se inscreve na literatura? É possível definir uma subjetividade animal, na contramão do pensamento que se construiu, no Ocidente, sobre a noção de sujeito? Como se encena na poesia e na narrativa o ponto de vista bovino? Quais as estratégias literárias viáveis para se compor uma (auto)biografia canina? Essas questões são discutidas neste artigo, sob um enfoque transdisciplinar, a partir de textos de Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Virginia Woolf e Paul Auster. Palavras-Chave: zooliteratura, subjetividade, heteronomia, biografia animal.
Revista VIS: Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Arte, 2020
Este artigo aborda, à luz de um referencial teórico transdisciplinar, algumas cenas de mortes can... more Este artigo aborda, à luz de um referencial teórico transdisciplinar, algumas cenas de mortes caninas na literatura e no cinema, com vistas a discutir como as complexas relações afetivas entre humanos e cães, potencializadas pela experiência da perda e do luto, apresentam-se em narrativas literárias e fílmicas de diferentes contextos culturais: o documentário poético "Heart of a dog", da artista norte-americana Laurie Anderson, o romance tcheco/francês "A insustentável leveza do ser", de Milan Kundera, e "Vidas secas", de Graciliano Ramos / Nelson Pereira dos Santos.
Pensar/escrever o animal - ensaios de zoopoética e biopolítica, 2011
A “questão do animal” afirma-se, cada vez mais, no âmbito do pensamento contemporâneo, como um fe... more A “questão do animal” afirma-se, cada vez mais, no âmbito do pensamento contemporâneo, como um fenômeno transversal que corta obliquamente diferentes campos de conhecimento, propiciando novas maneiras de pensar e reconfigurar, fora dos domínios do antropocentrismo e do especismo, os limites entre animais e humanos, animalidade e humanidade. Os ensaios deste livro, assinados por autores de diferentes nacionalidades e linhas de abordagem, buscam explorar os paradoxos dessa questão através de incursões nos campos da literatura, da ontologia, da biopolítica, da etologia, da zoologia, das artes e da crítica cultural. Organização de Maria Esther Maciel.
Link: https://bit.ly/animaanimalia Los trabajos editados y compilados en el libro "Anima animalia... more Link: https://bit.ly/animaanimalia Los trabajos editados y compilados en el libro "Anima animalia: el animalismo o el coraje de devenir otro", por Anahí Gabriela González, Cassiana Lopes Stephan y Nahid Steingress-Carballa, constituyen una cartografía posible sobre los estudios de animalidad. En la primera sección, denominada "El animal, la carne y su mercantilización", se presentan los textos de Matthew Calarco, Eliza littleton, Taylor ford y David Nibert. En la segunda sección, titulada "Experiencias posthumanas entre filosofía, literatura y educación", encontramos los artículos de Maria Esther Maciel, Lauren Corman e Iván Darío Ávila Gaitán. Por último, en la sección "Formas jurídicas de una cartografía animalista: entre continuidades y rupturas ético-políticas", aparecen los trabajos de Isis Velez, Silvina Pezzetta y Corine Pelluchon. El prólogo del libro está a cargo de Andrea Torrano.
Este livro, organizado por Maria Esther Maciel, inclui ensaios de colaboradores de áreas distinta... more Este livro, organizado por Maria Esther Maciel, inclui ensaios de colaboradores de áreas distintas, que enfocam os filmes, óperas, trabalhos de artes plásticas, textos literários e instalações do diretor britânico, a partir de uma perspectiva aberta e transdisciplinar.
Além de incluir um ensaio de Greenaway (Cinema: 105 anos de texto ilustrado), publicado em 2001 na revista americana Zoetrope All-Stories Magazine, e a entrevista Cinema e novas tecnologias – conversa com Peter Greenaway por Maria Dora Mourão, o livro traz os seguintes textos e autores:
Greenaway, a estilização do caos (Ivana Bentes); Essas "coisas que fazem o coração bater mais forte" (Evando Nascimento); Cinema e pintura: ubiqüidades e artifícios (Magali Arriola); Os infernos de Peter Greenaway (Maria Esther Maciel ); C é de corpo, G de Greenaway (Cristiano Florentino); O zoológico barroco de Peter Greenaway (Susana Dobal); O barroco tecnológico: A última tempestade (Prospero’s books) e outras obras/óperas (Jair Tadeu da Fonseca); Greenaway e as influências das novas tecnologias na linguagem cinematográfica (Maria Dora Mourão ); Eisenstein como livro de cabeceira (Yvana Fechine); As cenas fulgor em O livro de cabeceira (Lúcia Castello Branco ); Filme de arte – um breviário para Peter Greenaway (Elisa Arreguy Maia); O cozinheiro é Peter Greenaway? (Wilton Garcia ).
A título de suplemento ao conjunto de textos, dois anexos foram incluídos no livro: um com a listagem de obras do diretor e outro com um roteiro teórico-ficcional da “enciclopédia” greenawayana.
Considerando que um dos traços mais evidentes da história da poesia moderna ocidental é a aliança... more Considerando que um dos traços mais evidentes da história da poesia moderna ocidental é a aliança entre criação e reflexão, através da qual o poeta, ao exercer também a atividade crítica, entrecruza o fazer poético com o pensar sobre esse fazer, a autora analisa os poemas e os ensaios do poeta, crítico, ensaísta e tradutor mexicano Octavio Paz, com o propósito de mostrar como essa conjunção se faz presente em sua obra. Para tanto, começa por traçar uma biografia intelectual do poeta, percorrendo a sua trajetória literária e política, desde a década de 30 até nossos dias.
A autora busca desvendar a lógica que atravessa o pensamento crítico paziano, avaliando os seus conceitos de poesia, modernidade, tradição, revolução, vanguarda e pós-modernidade. Para isso, utiliza-se das gravuras do artista gráfico holandês M.C. Escher, também voltado para a exploração do jogo paradoxal dos contrários e que soube, como Paz, aliar lucidez e vertigem.
O livro da Zenóbia é um conjunto de "memórias apócrifas", ou “biografemas”, onde o tom narrativo,... more O livro da Zenóbia é um conjunto de "memórias apócrifas", ou “biografemas”, onde o tom narrativo, com frases curtas, dinamizadas pela linguagem poética, predomina. Zenóbia é a personagem de todos os textos que, juntos, compõem uma espécie de romance velado, implícito. Ela é uma mulher sem idade, que traz dentro de si todas as mulheres ao mesmo tempo. Suas experiências de vida são a tônica do livro, que é dividido em 14 “capítulos”, os quais, por sua vez, se compõem de quatro ou oito pequenos textos, dispostos simetricamente. Os números pares (com acabamento de ímpar) predominam no livro. Se a primeira parte do volume apresenta a “biografia” de Zenóbia, incluindo suas receitas culinárias em forma de poemas, a segunda traz os Cadernos de anotações da personagem. Neles, encontram-se contos escritos por ela e suas listas de “ervas daninhas”, “peixes perplexos”, “cidades raras”, “temperos e ervas de cheiro”, “aves em perigo”, “orquídeas e bromélias”, “palavras preferidas” e “livros de cabeceira”.
O livro é resultado de minha pesquisa do CNPq intitulada “Poéticas do Inventário”. Ele dá sequênc... more O livro é resultado de minha pesquisa do CNPq intitulada “Poéticas do Inventário”. Ele dá sequência aos estudos iniciados no livro A memória das coisas – ensaios de literatura, cinema e artes plásticas (2004). O tema predominante é o uso crítico-criativo dos sistemas de classificação do mundo por parte de escritores, cineastas e artistas contemporâneos, com ênfase nos trabalhos de Borges, Dante, Joyce, Peter Greenaway, Arthur Bispo do Rosário, Drummond e Eduardo Coutinho. O livro analisa também os “inventários do mundo” criados por vários autores no âmbito da ficção. Para isso, procuro rastrear também o trabalho dos enciclopedistas europeus dos séculos XVI, XVII e XVIII, de forma a problematizar a noção de “enciclopédia”. Outro tópico diz respeito aos bestiários latino-americanos que dialogam com o pensamento enciclopédico ocidental e as coleções literárias de animais da Idade Média e do Renascimento
Tradução de ensaios, narrativas e roteiros de Peter Greenaway. Tradutores: Maria Clara Versiani G... more Tradução de ensaios, narrativas e roteiros de Peter Greenaway. Tradutores: Maria Clara Versiani Galery, Maria Esther Maciel, Myriam Ávila e Ethon Fonseca.
Organização: Maria Esther Maciel
Caderno com traduções de textos de Peter Greenaway - organização de Maria Esther Maciel
O livro reúne ensaios escritos de 1999 a 2003 e publicados esparsamente no Brasil e no exterior. ... more O livro reúne ensaios escritos de 1999 a 2003 e publicados esparsamente no Brasil e no exterior. O tema predominante do livro é o uso criativo dos sistemas de classificação do mundo por parte de escritores, cineastas e artistas contemporâneos. Jorge Luis Borges, Peter Greenaway, Arthur Bispo do Rosário, Georges Perec e Carlos Drummond de Andrade são alguns dos autores de referência. Questões voltadas para a interseção entre literatura e cinema, tradução criativa, mesclagem de gêneros literários e escrita poética também são abordadas em alguns dos textos, sempre a partir de um enfoque comparativo e transdisciplinar.
Revista Dobra - Literatura, Artes, Design, Jan 6, 2021
Resumo: Como o "eu" não humano se inscreve na literatura? É possível definir uma subjetividade an... more Resumo: Como o "eu" não humano se inscreve na literatura? É possível definir uma subjetividade animal, na contramão do pensamento que se construiu, no Ocidente, sobre a noção de sujeito? Como se encena na poesia e na narrativa o ponto de vista bovino? Quais as estratégias literárias viáveis para se compor uma (auto)biografia canina? Essas questões são discutidas neste artigo, sob um enfoque transdisciplinar, a partir de textos de Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Virginia Woolf e Paul Auster. Palavras-Chave: zooliteratura, subjetividade, heteronomia, biografia animal.
Revista VIS: Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Arte, 2020
Este artigo aborda, à luz de um referencial teórico transdisciplinar, algumas cenas de mortes can... more Este artigo aborda, à luz de um referencial teórico transdisciplinar, algumas cenas de mortes caninas na literatura e no cinema, com vistas a discutir como as complexas relações afetivas entre humanos e cães, potencializadas pela experiência da perda e do luto, apresentam-se em narrativas literárias e fílmicas de diferentes contextos culturais: o documentário poético "Heart of a dog", da artista norte-americana Laurie Anderson, o romance tcheco/francês "A insustentável leveza do ser", de Milan Kundera, e "Vidas secas", de Graciliano Ramos / Nelson Pereira dos Santos.
Itaú Cultural - Mostra on-line de cinema "Álbum Animado de Bestiários", 2020
Ensaio publicado no site do Itaú Cultural, no contexto da mostra on-line de cinema "Álbum Animad... more Ensaio publicado no site do Itaú Cultural, no contexto da mostra on-line de cinema "Álbum Animado de Bestiários".
Carnets Revue électronique d'études françaises de l'APEF, Jan 30, 2020
Français: Cet article aborde, à la lumière d’un référentiel théorique transdisciplinaire, quelque... more Français:
Cet article aborde, à la lumière d’un référentiel théorique transdisciplinaire, quelques scènes de morts canines dans la littérature et le cinéma, en vue de discuter la manière dont les relations affectives complexes entre humains et chiens, potentialisées par l’expérience de la perte et du deuil, se présentent dans des récits littéraires et filmiques de différents contextes culturels : le documentaire poétique Heart of a dog (2015), de l’artiste nord-américaine Laurie Anderson, le roman tchèque/français L’Insoutenable légèreté de l’être (1983), de Milan Kundera, et le roman Vidas secas (1938), du brésilien Graciliano Ramos. Ce sont des récits qui, en plus de partager des affinités thématiques, imagées et conceptuelles, s’accordent – chacun à sa façon – avec ce que la penseuse Marjorie Garber affirme dans son livre Dog Love, de 1996 : « Dog love and dog loss are part of the same story ».
English:
This article addresses a number of scenes in literature and cinema that involve the death of dogs. Under the light of transdisciplinary theoretical references, it aims to discuss how the complex relationships of affection between humans and dogs, magnified by experiences of loss and mourning, are represented in literary and cinematic narratives within different cultural contexts: American artist Laurie Anderson's 2015 poetic doccumentary, Heart of a Dog; Milan Kundera's Czech-French novel The Unbearable Lightness of Being; and the 1938 novel Vidas Secas, by Brazilian author Graciliano Ramos. These are narratives that, beyond presenting thematic, imagetic and conceptual affinities, are, each in their own manner, in accordance with what American professor Marjorie Garber states in her 1996 book, Dog Love: "Dog love and dog loss are part of the same story".
Journal of Lusophone Studies, 2017
Este artigo aborda, sob um viés transdisciplinar, alguns personagens caninos da literatura brasil... more Este artigo aborda, sob um viés transdisciplinar, alguns personagens caninos da literatura brasileira, com ênfase em narrativas selecionadas de Machado de Assis e Clarice Lispector que apresentam cães como protagonistas e propõem reflexões instigantes sobre a convivência entre humanos e outras espécies animais. Para isso, busco discutir a noção de subjetividade animal e as estratégias ficcionais usadas por ambos os escritores na construção dos sujeitos caninos em suas obras.
Anima animalia: el animalismo o el coraje de devenir otro, Oct 2018
Capítulo do e-book "Anima animalia: el animalismo o el coraje de devenir otro", editado por Anahí... more Capítulo do e-book "Anima animalia: el animalismo o el coraje de devenir otro", editado por Anahí Gabriela González, Cassiana Lopes Stephan e Nahid Steingress-Carballar - Editorial Latinoamericana Especializada en Estudios Críticos Animales.
Tradutor do artigo: Agustín Arosteguy
Recent reflections on non-human living beings have led contemporary thinkers to brave new paths i... more Recent reflections on non-human living beings have led contemporary thinkers to brave new paths in a variety of fields, from the natural sciences to philosophy and literature. This has resulted in a reconfiguration of concepts such as nature and culture, as well as of our understanding of the human, of humanism, and of humanity. Ethnographic studies such as those of Eduardo Viveiros de Castro and Philippe Descola have highlighted the contributions of Amerindian peoples to this novel approach to non-humans; they have also shown that " what some call 'nature' might be the 'culture' of others " (Viveiros de Castro 53). We now know that the interconnection of plants, animals and humans has always been part of the mythological, artistic " , and literary repertoire of indigenous cultures from Brazil and from the rest of the Americas, a worldview that was progressively erased by the process of colonization, starting in the sixteenth century. Still, plants and animals featured prominently in considerations of the New World from the arrival of the first colonizers onward. The territory that is now Brazil was perceived as a bountiful natural landscape that contrasted sharply with the environment of Europe. The first explorers and settlers admired the region's lush forests and wide variety of vegetation and fauna, much of which was hitherto unknown in the Old Continent. From Pêro Vaz de Caminha's Carta de achamento (1500), the first written document on the region, through the writings of historian Pêro de Magalhães Gândavo in the second half of the sixteenth century, to Simão de Vasconcelos's seventeenth-century Notícias Curiosas e
Sobre os inventários poético-artísticos de Leonilson - incluído no Catálogo "Leonilson - sob o pe... more Sobre os inventários poético-artísticos de Leonilson - incluído no Catálogo "Leonilson - sob o peso dos meus amores", organizado por Bitu Cassundé e Ricardo Resende - publicação da Fundação Iberê Camargo.
Revista de Crítica Literaria Latinoamericana, 2014
Este artigo tem como proposta investigar como os animais têm sido abordados ficcionalmente por es... more Este artigo tem como proposta investigar como os animais têm sido abordados ficcionalmente por escritores brasileiros da modernidade, como Machado de Assis, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Clarice Lispector e João Alphonsus. O propósito é discutir as formas como esses autores lidaram com a chamada “questão do animal”, evitando confinar os animais nos limites da alegoria e da representação metafórica. Pode-se dizer que as zoopoéticas que eles propõem, longe de serem meras restaurações eruditas do gênero bestiário, são espaços ficcionais para reflexões críticas sobre os aspectos éticos e literários relacionadas ao mundo animal.
Palavras-chave: Zooliteratura brasileira; animais; animalidade; modernidade
Abstract:
This paper aims at investigating how animals have been portrayed by some modern Brazilian writers, such as Machado de Assis, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Clarice Lispector e João Alphonsus. The purpose is to discuss the ways in which those authors deal with the so-called “question of animal” and refuse to enclose the animals within the boundaries of the allegory and the metaphorical representation. It may be said that their works, far from being mere erudite restorations of the genre “bestiary”, are fictional and poetic spaces for critical reflection on literary and ethical matters related to the animal world.
Key-words: Brazilian zooliterature; animals; animality; modernity
Este artigo tem como proposta investigar como os animais têm sido abordados ficcionalmente por es... more Este artigo tem como proposta investigar como os animais têm sido abordados ficcionalmente por escritores brasileiros da modernidade, como Machado de Assis, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Clarice Lispector e João Alphonsus. O propósito é discutir as formas como esses autores lidaram com a chamada “questão do animal”, evitando confinar os animais nos limites da alegoria e da representação metafórica. Pode-se dizer que as zoopoéticas que eles propõem, longe de serem meras restaurações eruditas do gênero bestiário, são espaços ficcionais para reflexões críticas sobre os aspectos éticos e literários relacionadas ao mundo animal.
ALETRIA - Revista de Estudos de Literatura- UFMG
Este artigo aborda, sob a perspectiva da biopolítica, a “questão dos animais” na obra de Coetzee... more Este artigo aborda, sob a perspectiva da biopolítica, a “questão
dos animais” na obra de Coetzee, com ênfase nos romances A
vida dos animais e Desonra. Pretende-se mostrar como o autor,
por vias ficcionais, questiona as filosofias antropocêntricas do
Ocidente e explora os possíveis nexos entre a violência contra
os animais e a violência contra humanos, destacando-se como
o pensador contemporâneo que, no campo da literatura, mais
contribuição tem dado a esse debate.
Contemporary French and Francophone Studies, 2012
Revista Remate de Males, 2007
O trabalho aborda alguns bestiários do século XX, com ênfase em duas vertentes da chamada zoolite... more O trabalho aborda alguns bestiários do século XX, com ênfase em duas vertentes da chamada zooliteratura: a de viés fantástico e a de feição realista. O propósito é investigar como os animais têm sido representados ficcionalmente por escritores que subvertem ou reinventam os bestiários do passado a partir de uma visão crítica da tradição zoológica ocidental, bem como de uma perspectiva condizente com as demandas do mundo contemporâneo. Para tanto, serão revisitados alguns tratados enciclopédicos sobre animais, ao longo dos séculos, e abordadas obras de autores como Jorge Luis Borges, Juan José Arreola, Ted Hughes, Carlos Drummond de Andrade e Guimarães Rosa, entre outros.
E-MISFÉRICA, Feb 2013
Nos ensaios “Da crueldade” e “Apologia de Raymond Sebond”, Michel de Montaigne não apenas subvert... more Nos ensaios “Da crueldade” e “Apologia de Raymond Sebond”, Michel de Montaigne não apenas subverteu a concepção hierárquica de natureza – pautada na ideia do homem como animal racional e, portanto, superior aos demais –, como também contribuiu para a constituição de uma ética e uma política modernas sobre as relações entre os homens e os outros animais. Além disso, ele propiciou uma revisão crítica, fora dos domínios do antropocentrismo e do especismo, dos conceitos cristalizados de “humano” e “humanismo”, antecipando muitas questões que, hoje, têm merecido destaque no âmbito dos estudos animais e da biopolítica. Para ele, entre nós e outros viventes existem relações que nos obrigam reciprocamente, o que o leva a defender o que poderíamos chamar de uma ética da convivência entre as espécies. Seu pensamento pré-cartesiano e anticartesiano foi uma das referências fundamentais não apenas para a obra do escritor brasileiro Machado de Assis – que, em crônicas, contos e passagens de romances, abordou a questão do animal e os limites do humano –, como também para as reflexões de Jacques Derrida sobre a mesma questão.
Aletria: Revista de Estudos de Literatura, 2001
Borges em dez textos, 1997
Poéticas do olhar e outras leituras de poesia. Rio de Janeiro: 7Letras, 2006
Revista Pesquisa FAPESP, 2023
Interview with Maria Esther Maciel conducted by Soraia Vilela. It is concerning the author's book... more Interview with Maria Esther Maciel conducted by Soraia Vilela. It is concerning the author's book "Animalidades: zooliteratura e os limites do humano" (Animalities: zooliterature and the limits of human).
Educação & Realidade , 2023
Interview to the Journal "Educação & Realidade" (Federal University of Rio Grande do Sul - UFRGS)... more Interview to the Journal "Educação & Realidade" (Federal University of Rio Grande do Sul - UFRGS) - THEMATIC SECTION: FAUNA, FLORA, OTHER
LIVING BEINGS AND ENVIRONMENTS IN
SCIENCE AND BIOLOGY EDUCATION
Interviwers: Luís Henrique Sacchi dos Santos, Leandro Belinaso, Daniela Ripoll
Educação & Realidade, 2023
Interview to the journal "Educação & Realidade" (UFRGS) THEMATIC SECTION: FAUNA, FLORA, OTHER LIV... more Interview to the journal "Educação & Realidade" (UFRGS)
THEMATIC SECTION: FAUNA, FLORA, OTHER LIV ING BEINGS AND ENV IRONMENTS IN SCIENCE AND BIOLOGY EDUCATION
Interviewers: Luís Henrique Sacchi dos Santos, Leandro Belinaso, Daniela Ripoll
O interesse nos estudos animais tem crescido nos últimos anos na academia latino-americana. É um ... more O interesse nos estudos animais tem crescido nos últimos anos na academia latino-americana. É um campo que emergiu das academias inglesa e americana mas, nas últimas décadas, tem ultrapassado estes espaços e agora é uma área que possui abordagens diversas e dinâmicas, focos regionais e questões críticas. Nesta edição de Párrafo, tivemos a oportunidade de conversar com uma pioneira neste campo na América Latina, Maria Esther Maciel.
Revista Dobra - Literatura, Arte, Design, 2020
Entrevista sobre animais e literatura, concedida à Profa. Paola Poma (USP) e incluída no n.6 da "... more Entrevista sobre animais e literatura, concedida à Profa. Paola Poma (USP) e incluída no n.6 da "Revista Dobra - Literatura, Artes, Design", publicação luso-brasileira.
Editora Textiverso
Instituto de Literatura e Tradição. Unidade de Investigação da Universidade Nova de Lisboa – FCSH
Revista Cult, 2020
Entrevista concedida a 12 poetas/críticos brasileiros e publicada no site da Revista Cult em 14/0... more Entrevista concedida a 12 poetas/críticos brasileiros e publicada no site da Revista Cult em 14/08/2020
Nessa entrevista concedida a Maria João Cantinho e publicada na revista Calibán, a autora fala s... more Nessa entrevista concedida a Maria João Cantinho e publicada na revista Calibán, a autora fala sobre seu livro "Literatura e Animalidade" (Civilização Brasileira, 2016).
Entrar na Esfera da Animalidade
Entrevista sobre literatura e animalidade, concedida a Carolina Beltrán e David Ramírez - Párrafo... more Entrevista sobre literatura e animalidade, concedida a Carolina Beltrán e David Ramírez - Párrafo Magazine.
Entrevista conduzida por Gianni Paula de Melo e publicada na revista Continente (Pernambuco) em j... more Entrevista conduzida por Gianni Paula de Melo e publicada na revista Continente (Pernambuco) em janeiro de 2016.
Ciência Hoje - SobreCultura, Dec 2012
Variaciones Borges 7 , Nov 1999
Em entrevista ao SobreCultura, a escritora Maria Esther Maciel relembra a trajetória eclética do ... more Em entrevista ao SobreCultura, a escritora Maria Esther Maciel relembra a trajetória eclética do Nobel de Literatura mexicano que completaria 100 anos em 2014.
Por: Alicia Ivanissevich, Ciência Hoje/ RJ, e Maria Alice Carvalho, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Publicado em 11/01/2014 | Atualizado em 11/01/2014
Dossiê "Animais, Animalidade", com artigos de alunos de pós-graduação.
Journal of Lusophone Studies, 2017
Special Dossier on Brazilian Eco-Criticism, edited by Maria Esther Maciel and Patricia Vieira.
My paper focuses on some contemporary Latin American bestiaries, such as those written by Jorge L... more My paper focuses on some contemporary Latin American bestiaries, such as those written by Jorge Luis Borges (Argentina), Juan José Arreola (Mexico) and Wilson Bueno (Brazil), showing how they not only ironically subvert and reinvent the traditional European bestiaries of Middle Age and Renaissance, but also transform their writings into spaces for critical reflection on literary, cultural, and political aspects of the earlier models. It also aims at discussing the possible implications of the contemporary bestiaries in the construction of a fictional concept of Latin America. Under this perspective, the following questions will be approached: to what extent do contemporary bestiaries critically review the imagery constructed by the first colonizers about Latin America and show, allegorically, the hybrid and unclassifiable aspect of the so-called "Latin American identity"? In what ways do the aforementioned authors reveal a possible "animal knowledge", and deal with the controversial relationship between humans and non-humans in their zoopoetics?
In this paper I discuss how some modern poets – such as Carlos Drummond, Jacques Roubaud and Ted... more In this paper I discuss how some modern poets – such as Carlos Drummond, Jacques Roubaud and Ted Hugues – deal with this “animal subjectivity” in their poems and adopt different perspectives towards the question of animality, seeing nonhuman beings as subjects endowed with intelligence, sensitivity, and with different competencies and knowledge of the world.
Attempts to fathom animal life have always challenged poets and writers of all times, places, and... more Attempts to fathom animal life have always challenged poets and writers of all times, places, and traditions. Although many of these attempts have been made through the conversion of animals into mere symbols, metaphors, and allegories of the human (not to mention the artifices of anthropomorphism), the efforts to understand the otherness of the no-human animals in literature cannot be circumscribed in the limits of allegory. Especially in recent decades, we can also find an expressive number of Western writers who have adopted a more a ethical perspective towards the question of animals, dedicating themselves to the practice of what one may call today, in the field of literary studies, zooliterature. Under this perspective, animals are seen as subjects with intelligence, sensitivity, and with different competence and knowledge of the world. And, therefore, each one must be preserved from the practices of submission and cruelty to which animals in general have been subject to throughout time, in slaughterhouses, ranches, farms, scientific laboratories, food industries, zoos, entertainment spectacles, and institutions of sanitary control. In Brazil, the myriad of writers engaged in non-allegorical work on animals is considerable, going back to the second half of the nineteenth century, especially Machado de Assis, one of the great writers of Brazilian literature of all
A escritora argentina Alejandra Pizarnik escreveu oito livros entre 1955 e 1971, até tirar a próp... more A escritora argentina Alejandra Pizarnik escreveu oito livros entre 1955 e 1971, até tirar a própria vida em1972, aos 36 anos. Entre prosa e poesia, apenas A condessa sangrenta foi publicado no Brasil. Sua poesia, no entanto, não tinha edição em livros, lacuna que a Relicário Edições supre agora com a publicação de Árvore de Diana e Os trabalhos e as noites, ambos com tradução de Davis Diniz. Autora de rara densidade, Pizarnik transita por temas às vezes árduos – a solidão, a morte, o esquecimento –, mas é capaz de criar imagens potentes e repletas de ambiguidade, cujo sentido escapa e ultrapassa a própria linguagem poética. Sem dúvida, um caso bastante particular na literatura latino-americana, ao dialogar com a tradição do modernismo, a lírica exuberante do Barroco, mas também com o surrealismo, apesar de imprimir um modo de ver absolutamente autoral, marcado pela concisão. Ou, como afirma a professora Maria Esther Maciel,“em Pizarnik, a vida, a memória, o amor, tudo está sempre por um triz”. Na próxima semana, os dois volumes serão lançados em evento no Sesc Palladium, coma projeção do documentário Alejandra, de Virna Molina e Ernesto Ardito, e bate-papo com a professora da UFMG Maria Esther Maciel e o tradutor Davis Diniz, ambos entrevistados pelo Pensar, que também publica a apresentação da poeta Ana Martins Marques escrita para Os trabalhos e as noites.
Aletria: Revista de Estudos de Literatura, 1998
5 A los setenta y cuatro años, Zenobia tenía ojos estoicos por detrás de los lentes de armadura c... more 5 A los setenta y cuatro años, Zenobia tenía ojos estoicos por detrás de los lentes de armadura curva. Llevaba el cabello de nube al nivel de la nuca. Y a pesar del luto, no perdía su esplendor. Sabía sacarle el jugo a todo, incluso a las cosas lúgubres. Su vida era el resumen de su nombre. Todos decían que no moriría nunca.
Aisthesis Revista Chilena de Investigaciones Estéticas, 2021
Em que medida as alteridades não humanas se inscrevem na literatura brasileira contemporânea? Com... more Em que medida as alteridades não humanas se inscrevem na literatura brasileira contemporânea? Como alguns escritores brasileiros têm lidado com as relações paradoxais entre humanidade e animalidade, bem como com os problemas (etno)ecológicos do nosso tempo? Este artigo aborda a presença dos seres não humanos em obras de Nicanor Sena, Astrid Cabral, Olga Savary, Sérgio Medeiros e Josely Vianna Baptista, à luz de um referencial teórico transdisciplinar, que inclui pensadores como Ailton Krenak, Eduardo Viveiros de Castro, Dominique Lestel e Donna Haraway. Outro tópico desenvolvido é o hibridismo cultural e textual que atravessa os trabalhos de alguns dos autores incluídos no repertório literário, de forma a mostrar como eles apresentam um caráter fronteiriço, com um forte viés transnacional, por estarem atravessados por elementos zoológicos e mitológicos, lendas indígenas, referências literárias diversas e diferentes espaços linguístico-geográficos.
Journal of Lusophone Studies, 2017
Revista do Centro de Estudos Portugueses, 1998
Este ensaio investiga as relações entre poesia e teatro na obra de Fernando Pessoa, com vistas a ... more Este ensaio investiga as relações entre poesia e teatro na obra de Fernando Pessoa, com vistas a mostrar como o poeta português cria uma maneira nova de incorporar à poesia elementos da esfera teatral, sem que nem a poesia nem o teatro se anulem enquanto especificidades estéticas, mas se redimensionem reciprocamente, dentro e fora do território verbal.Este ensayo investiga las relaciones entre poesía y teatro en la obra de Fernando Pessoa, con el propósito de mostrar como el poeta portugués cria un nuevo modo de incorporación a la poesía de varios aspectos de la esfera teatral, sin que ni la poesía ni lo teatro se anulen como especifidades estéticas, sino que se redimensionen reciprocamente, dentro y fuera del territorio verbal.
A Igunos escritores sobrepojL\ nen a su vida civil una existencia de papel: se inventan en la mis... more A Igunos escritores sobrepojL\ nen a su vida civil una existencia de papel: se inventan en la misma proporción en que escriben su texto, dándose a leer no como personas, sino como ficción. Otros, sin embargo, movidos por una inquietud intelectual, trasponen el territorio de la escritura y asumen públicamente un rostro, una voz y una biografía: consiguen conciliar, de forma asimétrica, creación literaria y experiencia vivencial.
5 A los setenta y cuatro años, Zenobia tenía ojos estoicos por detrás de los lentes de armadura c... more 5 A los setenta y cuatro años, Zenobia tenía ojos estoicos por detrás de los lentes de armadura curva. Llevaba el cabello de nube al nivel de la nuca. Y a pesar del luto, no perdía su esplendor. Sabía sacarle el jugo a todo, incluso a las cosas lúgubres. Su vida era el resumen de su nombre. Todos decían que no moriría nunca.
Este artigo aborda, a luz de um referencial teorico transdisciplinar, algumas cenas de mortes can... more Este artigo aborda, a luz de um referencial teorico transdisciplinar, algumas cenas de mortes caninas na literatura e no cinema, com vistas a discutir como as complexas relacoes afetivas entre humanos e caes, potencializadas pela experiencia da perda e do luto, apresentam-se em narrativas literarias e filmicas de diferentes contextos culturais: o documentario poetico Heart of a dog (2015), da artista norte-americana Laurie Anderson, o romance tcheco/frances A insustentavel leveza do ser (1983), de Milan Kundera, e o romance Vidas secas (1938), de Graciliano Ramos.
Remate de Males, 2012
My paper analyses some 20th century bestiaries, focusing on two types of the so-called contempora... more My paper analyses some 20th century bestiaries, focusing on two types of the so-called contemporary “zooliterature”: the one characterized by fantastic/imaginary roots and the one marked by realistical, ethical, and ecological traits. The purpose is, through a critical vision of the western zoological traditions and an approach suitable to the theoretical demands of the contemporary world, to investigate how animals have been portrayed fictionally by writers who subvert or reinvent the bestiaries of the past. This article also discusses the question of the animals and their possible subjectivity, by examining the contributions of Jacques Derrida and J.M.Coetzee to recent debates on this matter in the fields of philosophy and literary theory.
Revista da Universidade Federal de Minas Gerais, 2012
This article discusses the presence of the body in contemporary art and culture, with reference t... more This article discusses the presence of the body in contemporary art and culture, with reference to the relationship between body, image and writing in the encyclopedic work of Peter Greenaway - more specifically in his 1996 film The Pillow Book. The aim is to show how the sign body, taken from the perspective of multiplicity, occupies a privileged place in the repertoire of images and concepts of the British artist, in sharp contrast to the marketing vision of the body that prevails in contemporary world.
Journal of Lusophone Studies, 2017
Este artigo aborda, sob um viés transdisciplinar, alguns personagens caninos da literatura brasil... more Este artigo aborda, sob um viés transdisciplinar, alguns personagens caninos da literatura brasileira, com ênfase em narrativas selecionadas de Machado de Assis e Clarice Lispector que apresentam cães como protagonistas e propõem reflexões instigantes sobre a convivência entre humanos e outras espécies animais. Para isso, busco discutir a noção de subjetividade animal e as estratégias ficcionais usadas por ambos os escritores na construção dos sujeitos caninos em suas obras.
Cadernos de Linguística e Teoria da Literatura, 2016
RESUMO: Este ensaio tem como proposta analisar os aspectos estruturalistas da obra de Octavio Paz... more RESUMO: Este ensaio tem como proposta analisar os aspectos estruturalistas da obra de Octavio Paz, bem como mostrar em que medida o autor estabelece um diálogo criativo com o estruturalismo de Lévi-Strauss e com a filosofia oriental, ao construir o seu conceito de analogia.ABSTRACT: This essay analyses the structural aspects of Octavio Paz's work. It also aims at discussing how the author establishes a creative dialogue with the Lévi-Strauss theory and the oriental culture, in order to create his concept of analogy.
Aletria: Revista de Estudos de Literatura, 1994
Dans cet essai je cherche étudier la tradition des poetes-critiques modernes, ayant comme but pas... more Dans cet essai je cherche étudier la tradition des poetes-critiques modernes, ayant comme but pas seulement la diversité contradictoire des poemes et de la production théorique de ces auteurs, mais aussi identifier les possibles traits capables d'atribuer à la critique faite à partir de la création poétique une specificité par rapport à la critique faite par des non-poetes. J' essaie de montrer encore comme ces poetes se sont tournés vers leur temps, théorisant la Modernité et en composant -par des chemins inconnus une histoire sélective et pas linéaire de la poésie moderne
Aletria: Revista de Estudos de Literatura, 1995
Cet essai a le but non seulement de montrer dans quelle mesure Octavio Paz retire la charge conse... more Cet essai a le but non seulement de montrer dans quelle mesure Octavio Paz retire la charge conservatrice du concept de tradition, le revitalisant à partir de la notion de rupture, mais aussi de comparer le poete méxicain avec d'autres poetes-critiques qui ont traité cette question, comme Eliot, Pound, Goethe, Borges et Haroldo de Campos.
Aletria: Revista de Estudos de Literatura, 1996
Análise da leitura que Octavio Paz realiza da obra de Sor Juana Inês de la Cruz, com o propósito ... more Análise da leitura que Octavio Paz realiza da obra de Sor Juana Inês de la Cruz, com o propósito de mostrar como o poeta mexicano, ao enfocar a autora barroca sob o prisma da modernidade, redimensiona sincronicamente o conceito de história e delineia a sua própria tradição poética.
Aletria: Revista de Estudos de Literatura, 1996
Aletria: Revista de Estudos de Literatura, 2007
O trabalho discute o conceito de “inclassificável”, tomando como ponto de partida os significados... more O trabalho discute o conceito de “inclassificável”, tomando como ponto de partida os significados da palavra grega “atopia” e os apontamentos teóricos de Barthes sobre a noção de atopos. Como desdobramento dessa discussão, são evocados Borges, Perec e Peter Greenaway para a abordagem do problema da insuficiência e precariedade dos sistemas de classificação no mundo contemporâneo. Discute-se ainda a figura híbrida do ornitorrinco como representante por excelência do inclassificável. A partir das reflexões de Umberto Eco sobre o ornitorrinco, conclui-se que o modelo contemporâneo de enciclopédia – em sua dimensão hipertextual – é o mais adequado para uma era inclassificável como a do presente, na qual as fronteiras entre culturas, línguas, gêneros, artes e campos disciplinares se entrecruzam, abrindose cada vez mais ao híbrido e ao transdisciplinar.
Revista Iberoamericana, 1998
Variaciones Borges: revista del Centro de Estudios y Documentación Jorge Luis Borges, 2000
Información del artículo Peter Greenaway, lector de Jorge Luis Borges.
Cadernos de tradução, Aug 18, 2008
Descontente com a relação mimética que o cinema de seu tempo mantinha com as estórias que o sécul... more Descontente com a relação mimética que o cinema de seu tempo mantinha com as estórias que o século XIX fartara-se de contar, Luis Buñuel–em conferência proferida no México em 1958–defendeu a prática de um cinema que se configurasse como instrumento de poesia. Um cinema no qual as imagens do desejo, os desvios da ordem cronológica, os espaços do sonho, o caráter insólito das coisas ordinárias encontrassem a expressão concreta de sua liberdade. O próprio Buñuel, algumas décadas antes, já havia exercitado esses princípios ...