Bruna Irineu | Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) (original) (raw)
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Papers by Bruna Irineu
Humanidades em tempos de trabalho remoto: Estado, Política e Direitos, 2021
Serviço Social em Revista, 2021
O artigo examina a formulação da política pública LGBT no Brasil entre os anos presidenciais de L... more O artigo examina a formulação da política pública LGBT no Brasil entre os anos presidenciais de Lula e Dilma. Reflete-se sobre a agenda anti-homofobia na política externa de direitos humanos destes governos, afirmando que estas iniciativas advêm da pressão dos movimentos sociais, mas, também, de um agendamento dos organismos internacionais. Analisa-se documentos oficiais do governo federal publicados entre 2003 e 2016, além de entrevistas e observações realizadas em espaços de negociação da política LGBT. O estudo se desenvolve a partir da agenda federal dos governos PT, atentando-se ao fato do esgarçamento da política conciliatória do PT estar imbricada no processo de blindagem da democracia. Assim, destaca-se que as ações neoliberais de promoção da “participação LGBT” e da “cidadania LGBT”, naquele contexto político, são criticadas enquanto produtoras de homonacionalismo, do mesmo modo que a baixa efetividade e institucionalização da política LGBT são indicadores da homofobia cord...
O Público e o Privado
Este texto reflete sobre migração e deslocamentos em contextos interioranos a partir da memória d... more Este texto reflete sobre migração e deslocamentos em contextos interioranos a partir da memória de pessoas LGBTI+, observando suas vivências entre paradoxos como consumo-lazer e violências-resistências. A partir da análise das seis entrevistas realizadas em um projeto de extensão, cujo objetivo foi produzir um documentário audiovisual sobre a primeira boate LGBTI+ na cidade Palmas, capital do estado de Tocantins, coloca-se em tela processos de deslocamentos em contextos interioranos, especialmente articulados por migrações do interior a capital em busca de liberdade para vivência da sexualidade ou migrações de grandes centros para capital de um estado interiorano em busca de melhores condições econômicas também como forma de fuga das violências e violações de direitos humanos motivadas por orientação sexual e/ou identidade de gênero. A documentação audiovisual como estratégia preservação da memória e do patrimônio imaterial LGBTI+, assim como a coprodução de saberes entre ativismos ...
Este trabalho relata uma experiência de extensão destinada à alunos, técnicos e professores da Un... more Este trabalho relata uma experiência de extensão destinada à alunos, técnicos e professores da Universidade Federal do Tocantins, campus de Miracema. O curso “Diálogos sobre gênero, sexualidade e relações étnico-raciais” foi realizado observando a ausência de disciplinas abordando gênero, sexualidade e raça nos Projetos Pedagógicos de Curso. Com a expansão e interiorização das universidades e o fomento na área de educação em direitos humanos e combate a homofobia, criou-se o Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Sexualidade, Corporalidades e Direitos, buscando fortalecer os Estudos Feministas através da pesquisa e da extensão em gênero e sexualidade. PALAVRAS-CHAVE: Feminismo; Gênero; Sexualidade; Raça; Extensão. ABSTRACT This paper reports an extension experience for students, technicians and professors of the Federal University of Tocantins, Miracema Campus. The course "Dialogues on Gender, Sexuality and Ethnic-Racial Relations" was carried out ...
Capim Dourado: Diálogos em Extensão, Sep 1, 2019
Revista Brasileira de Estudos da Homocultura, 2018
Revista Brasileira de Estudos da Homocultura, 2018
Armando Boito Junior e Professor Titular de Ciencia Politica da Universidade Estadual de Campinas... more Armando Boito Junior e Professor Titular de Ciencia Politica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) onde tem se dedicado a pesquisar as relacoes de classe no capitalismo neoliberal no Brasil e na America Latina. E autor do livro Reforma e crise politica no Brasil – os conflitos de classe nos governos do PT (Editora Unesp e Editora Unicamp, 2018), edita a revista Critica Marxista e dirige a Colecao Marx 21 publicada pela Editora da Unicamp.
Revista Direitos Humanos e Democracia, 2020
Este trabalho é fruto da pesquisa intitulada “Direitos LGBT e Políticas Públicas de Trabalho, Emp... more Este trabalho é fruto da pesquisa intitulada “Direitos LGBT e Políticas Públicas de Trabalho, Emprego e Renda no Brasil e na Argentina (2004-2014): Mapeamento Crítico Preliminar” vinculada ao Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Sexualidade, Corporalidades e Direitos da Universidade Federal do Tocantins – UFT. O estudo mapeou documentos que nortearam as políticas públicas de trabalho no Brasil e Argentina. Em um contexto de refração dos direitos humanos após avanço neoliberal através dos governos do campo de esquerda e consequentemente do retorno de governos de direita tanto na Argentina quanto no Brasil, torna-se central refletir sobre o período de gestão governamental do Partido Justicialista (Argentina) e Partido dos Trabalhadores (PT). Durante os anos de governo destes partidos, pode-se observar a criação de uma agenda anti-homofobia nestes dois países, através de ações concernentes aos direitos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) via Poder Executivo...
Resistir Coletivamente, Trans-formar e Ocupar a Politica: Entrevista com a pesquisadora Jaqueline... more Resistir Coletivamente, Trans-formar e Ocupar a Politica: Entrevista com a pesquisadora Jaqueline Gomes de Jesus
Revista Brasileira de Estudos da Homocultura, 2021
Revista Periódicus, 2017
Este texto busca refletir sobre as demandas por “cidadania LGBT” (lésbicas, gays, bissexuais, tra... more Este texto busca refletir sobre as demandas por “cidadania LGBT” (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) no Brasil durante a gestão federal do Partido dos Trabalhadores (PT). Além disso, o mesmo propõe a ampliação dessa compreensão de cidadania agenciada na arena pública pelo ativismo LGBT a partir do que denominamos “crítica lesbofálica” à concepção hegemônica de cidadania. Exercer nossa crítica lesbofálica é desterritorializar a cena nos jogos de poder que incidem sobre esfera pública. A memória do governo Lula enquanto “pioneiro” na propositura de ações à população LGBT se contrasta ao período da gestão Dilma Rousseff na presidência da República. Nesse contexto, observou-se que o termo “tripé da cidadania LGBT” circulou com centralidade nas negociações entre a militância e o poder público. Esse tripé consistiria na existência de um plano de política pública LGBT, um órgão para gestão da política LGBT e um conselho para o monitoramento das ações dessa política. A rel...
Revista Brasileira de Estudos da Homocultura, 2020
Humanidades em tempos de trabalho remoto: Estado, Política e Direitos, 2021
Serviço Social em Revista, 2021
O artigo examina a formulação da política pública LGBT no Brasil entre os anos presidenciais de L... more O artigo examina a formulação da política pública LGBT no Brasil entre os anos presidenciais de Lula e Dilma. Reflete-se sobre a agenda anti-homofobia na política externa de direitos humanos destes governos, afirmando que estas iniciativas advêm da pressão dos movimentos sociais, mas, também, de um agendamento dos organismos internacionais. Analisa-se documentos oficiais do governo federal publicados entre 2003 e 2016, além de entrevistas e observações realizadas em espaços de negociação da política LGBT. O estudo se desenvolve a partir da agenda federal dos governos PT, atentando-se ao fato do esgarçamento da política conciliatória do PT estar imbricada no processo de blindagem da democracia. Assim, destaca-se que as ações neoliberais de promoção da “participação LGBT” e da “cidadania LGBT”, naquele contexto político, são criticadas enquanto produtoras de homonacionalismo, do mesmo modo que a baixa efetividade e institucionalização da política LGBT são indicadores da homofobia cord...
O Público e o Privado
Este texto reflete sobre migração e deslocamentos em contextos interioranos a partir da memória d... more Este texto reflete sobre migração e deslocamentos em contextos interioranos a partir da memória de pessoas LGBTI+, observando suas vivências entre paradoxos como consumo-lazer e violências-resistências. A partir da análise das seis entrevistas realizadas em um projeto de extensão, cujo objetivo foi produzir um documentário audiovisual sobre a primeira boate LGBTI+ na cidade Palmas, capital do estado de Tocantins, coloca-se em tela processos de deslocamentos em contextos interioranos, especialmente articulados por migrações do interior a capital em busca de liberdade para vivência da sexualidade ou migrações de grandes centros para capital de um estado interiorano em busca de melhores condições econômicas também como forma de fuga das violências e violações de direitos humanos motivadas por orientação sexual e/ou identidade de gênero. A documentação audiovisual como estratégia preservação da memória e do patrimônio imaterial LGBTI+, assim como a coprodução de saberes entre ativismos ...
Este trabalho relata uma experiência de extensão destinada à alunos, técnicos e professores da Un... more Este trabalho relata uma experiência de extensão destinada à alunos, técnicos e professores da Universidade Federal do Tocantins, campus de Miracema. O curso “Diálogos sobre gênero, sexualidade e relações étnico-raciais” foi realizado observando a ausência de disciplinas abordando gênero, sexualidade e raça nos Projetos Pedagógicos de Curso. Com a expansão e interiorização das universidades e o fomento na área de educação em direitos humanos e combate a homofobia, criou-se o Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Sexualidade, Corporalidades e Direitos, buscando fortalecer os Estudos Feministas através da pesquisa e da extensão em gênero e sexualidade. PALAVRAS-CHAVE: Feminismo; Gênero; Sexualidade; Raça; Extensão. ABSTRACT This paper reports an extension experience for students, technicians and professors of the Federal University of Tocantins, Miracema Campus. The course "Dialogues on Gender, Sexuality and Ethnic-Racial Relations" was carried out ...
Capim Dourado: Diálogos em Extensão, Sep 1, 2019
Revista Brasileira de Estudos da Homocultura, 2018
Revista Brasileira de Estudos da Homocultura, 2018
Armando Boito Junior e Professor Titular de Ciencia Politica da Universidade Estadual de Campinas... more Armando Boito Junior e Professor Titular de Ciencia Politica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) onde tem se dedicado a pesquisar as relacoes de classe no capitalismo neoliberal no Brasil e na America Latina. E autor do livro Reforma e crise politica no Brasil – os conflitos de classe nos governos do PT (Editora Unesp e Editora Unicamp, 2018), edita a revista Critica Marxista e dirige a Colecao Marx 21 publicada pela Editora da Unicamp.
Revista Direitos Humanos e Democracia, 2020
Este trabalho é fruto da pesquisa intitulada “Direitos LGBT e Políticas Públicas de Trabalho, Emp... more Este trabalho é fruto da pesquisa intitulada “Direitos LGBT e Políticas Públicas de Trabalho, Emprego e Renda no Brasil e na Argentina (2004-2014): Mapeamento Crítico Preliminar” vinculada ao Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Sexualidade, Corporalidades e Direitos da Universidade Federal do Tocantins – UFT. O estudo mapeou documentos que nortearam as políticas públicas de trabalho no Brasil e Argentina. Em um contexto de refração dos direitos humanos após avanço neoliberal através dos governos do campo de esquerda e consequentemente do retorno de governos de direita tanto na Argentina quanto no Brasil, torna-se central refletir sobre o período de gestão governamental do Partido Justicialista (Argentina) e Partido dos Trabalhadores (PT). Durante os anos de governo destes partidos, pode-se observar a criação de uma agenda anti-homofobia nestes dois países, através de ações concernentes aos direitos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) via Poder Executivo...
Resistir Coletivamente, Trans-formar e Ocupar a Politica: Entrevista com a pesquisadora Jaqueline... more Resistir Coletivamente, Trans-formar e Ocupar a Politica: Entrevista com a pesquisadora Jaqueline Gomes de Jesus
Revista Brasileira de Estudos da Homocultura, 2021
Revista Periódicus, 2017
Este texto busca refletir sobre as demandas por “cidadania LGBT” (lésbicas, gays, bissexuais, tra... more Este texto busca refletir sobre as demandas por “cidadania LGBT” (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) no Brasil durante a gestão federal do Partido dos Trabalhadores (PT). Além disso, o mesmo propõe a ampliação dessa compreensão de cidadania agenciada na arena pública pelo ativismo LGBT a partir do que denominamos “crítica lesbofálica” à concepção hegemônica de cidadania. Exercer nossa crítica lesbofálica é desterritorializar a cena nos jogos de poder que incidem sobre esfera pública. A memória do governo Lula enquanto “pioneiro” na propositura de ações à população LGBT se contrasta ao período da gestão Dilma Rousseff na presidência da República. Nesse contexto, observou-se que o termo “tripé da cidadania LGBT” circulou com centralidade nas negociações entre a militância e o poder público. Esse tripé consistiria na existência de um plano de política pública LGBT, um órgão para gestão da política LGBT e um conselho para o monitoramento das ações dessa política. A rel...
Revista Brasileira de Estudos da Homocultura, 2020
Mulheres, Educação e Trabalho, 2021
O projeto de extensão intitulado Amapôas – grupo de estudos e conversações feministas vem sendo r... more O projeto de extensão intitulado Amapôas – grupo de estudos e conversações feministas vem sendo realizado há mais de um ano na niversidade Federal de ato Grosso (F). Este texto pretende relatar a experiência desta extensão universitária, no atual contexto de pandemia de COVID-19, ao mesmo tempo em que objetiva ensaiar teoricamente reexões que articulem gênero, raça, sexualidade e classe social à luz do pensamento de feministas negras e/ou lésbicas e/ou transexuais.
EdUFMT, 2019
A obra “Nas tramas da política pública LGBT: um estudo critico acerca da experiência brasileira (... more A obra “Nas tramas da política pública LGBT: um estudo critico acerca da experiência brasileira (2003-2015)” apresenta um panorama da inserção dos direitos sexuais LGBT na pauta global dos direitos humanos problematizando as concepções de cidadania e política social, em disputa, na esfera pública e na arena LGBT.
Rede de educação mediada por tecnologias para formação continuada de docentes, profissionais e trabalhadores da educação no Tocantins, 2019
Bruna Andrade Irineu, 2016
Diálogos para o enfrentamento à homofobia e ao sexismo em contextos de privação de liberdade resu... more Diálogos para o enfrentamento à homofobia e ao sexismo em contextos
de privação de liberdade resulta do projeto de extensão Políticas de
enfrentamento ao sexismo e à homofobia no ambiente prisional
tocantinense: diálogos necessários, enfrentamentos possíveis, financiado pelo Programa Nacional de Extensão - ProExt/MEC e realizado durante 2013 sob coordenação do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Sexualidade, Corporalidades e Direitos da Universidade Federal do Tocantins (UFT). O livro reúne capítulos desenvolvidos por pesquisadoras/es das áreas de estudos de gênero e sexualidade, serviço social, educação e ciência sociais, que integram o núcleo de pesquisas, além de colaboradores/as do movimento social e de pesquisadores/as de outras universidades, que atuaram como palestrantes no Seminário Segurança Pública, Sistema Prisional e Diversidade Sexual e/ou como professores/as no curso de extensão Gênero e Diversidade na Escola.
Resultante do projeto de intervenção de Estágio Supervisionado em Serviço Social realizado em Toc... more Resultante do projeto de intervenção de Estágio Supervisionado em Serviço Social realizado em Tocantins, esta Cartilha foi produzida para promover um debate introdutório sobre orientação sexual e identidade de gênero em contextos de privação de liberdade.
Revista Temporalis, 2021
Em 2021 a Temporalis celebra os 20 anos de publicação da edição número 3. A histórica publicação ... more Em 2021 a Temporalis celebra os 20 anos de publicação da edição número 3. A histórica publicação da Temporalis, que se comemora nesta edição se tornou um subsídio determinante à formação profissional, documento indispensável para as produções na área do Serviço Social sobre a questão social. A chamada para aquela publicação que se tornaria fundamental na história do Serviço Social fora pensada e articulada durante a Gestão 1998-2000, presidida pela professora Ivanete Boschetti, que nos concede uma instigante entrevista, neste número comemorativo. Comitê Editorial: Como você avalia o significado e a importância da Revista Temporalis n. 3 no debate da questão social, considerando o contexto no qual foi publicada? A já "clássica" Revista Temporalis n. 3 foi publicada em 2001, mas foi gestada no ano anterior, uma vez que seus artigos resultaram das palestras realizadas no VII ENPESS, ocorrido na UnB, em Brasília, em novembro de 2000, com o tema "O Serviço Social e a Questão Social: direitos e cidadania". O tema do ENPESS e da Revista se impôs como crucial naquele momento, pela sua importância e centralidade no processo de
REBEH, 2019
Professora Jaqueline, ao longo de sua trajetória acadêmica, você se vinculou a pesquisas sobre tr... more Professora Jaqueline, ao longo de sua trajetória acadêmica, você se vinculou a pesquisas sobre trabalho escravo, parada LGBT, formação de psicólogos/as e mais recentemente acerca da qualidade de vida de minorias sexuais e de gênero. Como se deu sua aproximação com os estudos feministas, de gênero, sexualidade e raça durante seu percurso e como esse caminho tem refletido em sua produção? R: A minha trajetória como intelectual, pesquisadora e professora sempre esteve intrinsecamente vinculada ao meu fazer ativista. Eu comecei a estudar Psicologia em 1996 e desde 1997 participo do movimento social organizado, quando comecei no Grupo Estruturação de Cidadania LGBT de Brasília. Desde o começo, como militante, eu me preocupei em aplicar os conhecimentos e instrumentos adquiridos com a minha formação
RDTPS, 2020
Armando Boito Júnior é Professor Titular de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas... more Armando Boito Júnior é Professor Titular de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) onde tem se dedicado a pesquisar as relações de classe no capitalismo neoliberal no Brasil e na América Latina. É autor do livro Reforma e crise política no Brasil – os conflitos de classe nos governos do PT (Editora Unesp e Editora Unicamp, 2018), edita a revista Crítica Marxista e dirige a Coleção Marx 21 publicada pela Editora da Unicamp.