Flávio Tarnovski | Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) (original) (raw)

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Papers by Flávio Tarnovski

Research paper thumbnail of Tornar-se pai homossexual na França: a construção social do desejo de ter filhos. In: GROSSI, M.P.; OLTRAMARI, L.C.; FERREIRA, V.K. (Orgs.). Família, gênero e memória: diálogos interdisciplinares entre França e Brasil. Brasília, Florianópolis: ABA, Tribo da Ilha, 2020.

Research paper thumbnail of "Prazer, desejo e verdade: narrativas de pais gays que tiveram seus filhos em uniões heterossexuais". In: BRAZ, C. A.; HENNING, C. E. (Org.). Gênero, sexualidade e curso da vida: diálogos latino-americanos. Goiânia: Editora da Imprensa Universitária, 2017.

Research paper thumbnail of Parenté et affects: désir d'enfant et filiation dans les familles homoparentales en France. In: Anthropologie et Sociétés, 2017, vol. 41, n. 2, pp. 139-155

Anthropologie et Sociétés, 2017

Research paper thumbnail of Questões sobre o debate social e político atual sobre família. Brasília: Associação Brasileira de Antropologia, 2016 (Informativo especial da ABA - Balanços parciais a partir de perspectivas antropológicas).

A temática das relações familiares tem sido alvo de importantes debates públicos nos últimos anos... more A temática das relações familiares tem sido alvo de importantes debates públicos nos últimos anos, motivadas por mudanças jurídicas nesta esfera. Podemos destacar como especialmente relevantes as seguintes decisões: do STF, de 05 de maio 2011, que reconheceu a união homoafetiva; do STJ, de 25 de outubro de 2011, que considerou legítimas as demandas de casamento civil por casais compostos por pessoas de mesmo sexo; do CNJ, de 16 de maio de 2013, que autorizou e obrigou os cartórios a aceitarem as demandas de casamento civil de casais formados por pessoas de mesmo sexo; do STF, de 17 de março de 2015, que autorizou a adoção conjunta por um casal homoafetivo. Além destas importantes decisões no âmbito jurídico, podemos acrescentar a portaria do Conselho Federal de Medicina, de 09 de maio de 2013, que ampliou o acesso de casais homoafetivos à procriação assistida. As mudanças recentes no campo das relações de parentesco no Brasil acompanham tendências presentes em outros países do mundo ocidental, principalmente quando se trata do reconhecimento de casais homossexuais e das famílias homoparentais. No Brasil, o debate jurídico consolidou a noção de homoafetividade para designar os casais e as famílias formadas por pessoas de mesmo sexo. Ao mesmo tempo, as reações contrárias também se alinham em escala mundial, com forte pressão de segmentos religiosos. Se por um lado o Brasil parece seguir tendências globais, por outro é preciso destacar singularidades que são específicas à sociedade brasileira. Em contraste com a França, por exemplo, que em 2013 aprovou a lei do casamento igualitário e autorizou igualmente a adoção por casais de mesmo sexo, no Brasil o reconhecimento da diversidade conjugal e familiar foi conquistado na esfera jurídica. Assim, se no contexto francês as resistências jurídicas à aplicação de leis já existentes obrigaram os movimentos sociais a exigir uma lei mais explicitamente inclusiva, especialmente no que diz respeito à adoção, no Brasil vemos uma situação inversa: a progressiva inclusão no âmbito jurídico gerou uma 1 Antropólogo e professor da Universidade Federal de Mato Grosso.

Research paper thumbnail of “Homosexualité et solidarité familiale : le cas des oncles gays”. In: FINE, Agnès; COURDURIÈS, Jérôme (orgs.). Homosexualité et parenté. Paris: Armand Colin, 2014, p. 107-120.

Research paper thumbnail of “Parentalidade e gênero em famílias homoparentais francesas”. In: Cadernos Pagu, 2013, n. 40: 67-93.

As famílias formadas por gays e lésbicas têm se tornado progressivamente mais numerosas e visívei... more As famílias formadas por gays e lésbicas têm se tornado progressivamente mais numerosas e visíveis em vários países do mundo ocidental. Na França, pais e mães homossexuais estão em sua grande maioria organizados em associações, sendo a APGL a principal delas. As famílias homoparentais francesas são oriundas de recomposições familiares, adoções, reprodução assistida ou coparentalidades. Este último caso, objeto deste artigo, se caracteriza por acordos entre gays e lésbicas para a procriação de crianças que circularão entre as residências paterna e materna. Argumento que, apesar da relativa novidade histórica dos arranjos de coparentalidade, as relações entre pais e mães reproduzem assimetrias de gênero que, no entanto, não possuem o mesmo significado que nas famílias constituídas por casais heterossexuais.

Research paper thumbnail of "Devenir père homosexuel en France: la construction sociale du désir d'enfant". In: Etnográfica, 2012, v. 16, n. 2: 247-267.

Research paper thumbnail of "Paternité et sexualité dans la construction de soi". In: Ethnologie Française, 2012, v. 42, n. 1: 145-153.

Research paper thumbnail of "Les coparentalités entre gays et lesbiennes en France: le point de vue des pères". In: Vibrant, 2011, v. 8, n. 2: 140-163.

The families formed by same-sex couples have become an important topic of the social, political a... more The families formed by same-sex couples have become an important topic of the social, political and intellectual debate in France. In this article, I argue that same-sex families express historical trends that have significantly changed the organization of family relations in France. From a survey of French homosexual fathers, this article analyzes the specificities of gay and lesbian co-parenting, which consists in agreements for the generation of children that will be raised separately by the father (s) and the mother (s). After the analyses of the particularities of the parental project, the contours of the family and the experience of fatherhood, I propose a brief discussion about the limits of an exclusive filiation model.

Research paper thumbnail of “Pai é tudo igual?: significados da paternidade para homens que se autodefinem como homossexuais”. In: PISCITELLI, A.; GREGORI, M. F.; CARRARA, S. (orgs.). Sexualidade e saberes: convenções e fronteiras. Rio de Janeiro: Garamond Editora, 2004, p. 385-414.

Research paper thumbnail of "Homoparentalidade à brasileira: paternidade homossexual em contextos relacionais". In: Cáceres, C. F.; Mogollón, M. E.; Pérez-Luna, G.; Olivos, F. (orgs.). Sexualidad, ciudadanía y derechos humanos en América Latina. Lima: IESSDEH, UPCH, 2011, p. 69-75.

Books by Flávio Tarnovski

Research paper thumbnail of Homosexualité et parenté / What Same-Sex Parenting Does to Kinship (Book)

Les débats publics mouvementés et les manifestations qui ont précédé en mai 2013 le vote en Franc... more Les débats publics mouvementés et les manifestations qui ont précédé en mai 2013 le vote en France de la loi ouvrant le mariage aux couples de même sexe révèlent le trouble ressenti par une partie de la population face à ces changements familiaux. Les résistances tiennent surtout au fait que la loi devrait logiquement conduire à une légalisation de la procréation médicalement assistée pour ces couples. Ces changements législatifs seraient-ils la manifestation d’une véritable révolution dans notre système de parenté ?
Pour répondre à cette question, hors du champ des polémiques idéologiques et politiques, ce livre réunit les contributions d’anthropologues et de sociologues qui ont mené depuis plusieurs années des enquêtes sur les relations des gays et des lesbiennes avec les divers membres de leur famille d’origine ainsi qu’au sein des familles homoparentales qu’ils ont créées, cela en France, en Belgique, en Espagne, en Suisse, ainsi qu’aux États-Unis et au Brésil.
Le double objectif des auteurs est, d’une part, de contribuer à approfondir les débats à partir d’une analyse des situations concrètes de ces familles et, d’autre part, d’analyser en anthropologues de la parenté les effets de l’homosexualité sur les relations de parenté dans nos sociétés contemporaines.

Table des matières :
I. Les homosexuels et leur famille d’origine : rejet, intégration, solidarités, Jérôme Courduriès et Agnès Fine
1. Rompre avec sa famille. Jeunesse, entrée dans l’homosexualité et rejet familial, Jérôme Courduriès
2. Le vécu de l’homosexualité féminine au regard de la tolérance et de l’hostilité familiale, Céline Costechareire
3. Sous le même toit ? Discussion sur la famille et l’homosexualité au Brésil, Claudia Nichnig et Miriam Pillar Grossi
4. Maintenir les liens : diversité sexuelle et famille d’origine en Espagne, José Ignacio Pichardo Galan
5. Homosexualité et solidarité familiale : le cas des oncles gays au Brésil, Flavio Luiz Tarnovski
6. Des relations familiales à l’épreuve du pacs, Wilfried Rault

II. Paternités, maternités des couples de même sexe : créer de la parenté
7. Devenir un père gay aux États-Unis, Ellen Lewin
8. Grands-parents, homopaternité et gestation pour autrui en France, Martine Gross
9. Les rendre grands-parents. L’enjeu des relations intergénérationnelles au sein des coparentalités gaies et lesbiennes en Belgique, Cathy Herbrand
10. Le « parent non statutaire » face aux cadres institutionnels suisses : entre espoirs et angoisses, Yazid Ben Hounet, Marianne Modak, Pascal Gaberel, Claire Ansermet

Research paper thumbnail of Tornar-se pai homossexual na França: a construção social do desejo de ter filhos. In: GROSSI, M.P.; OLTRAMARI, L.C.; FERREIRA, V.K. (Orgs.). Família, gênero e memória: diálogos interdisciplinares entre França e Brasil. Brasília, Florianópolis: ABA, Tribo da Ilha, 2020.

Research paper thumbnail of "Prazer, desejo e verdade: narrativas de pais gays que tiveram seus filhos em uniões heterossexuais". In: BRAZ, C. A.; HENNING, C. E. (Org.). Gênero, sexualidade e curso da vida: diálogos latino-americanos. Goiânia: Editora da Imprensa Universitária, 2017.

Research paper thumbnail of Parenté et affects: désir d'enfant et filiation dans les familles homoparentales en France. In: Anthropologie et Sociétés, 2017, vol. 41, n. 2, pp. 139-155

Anthropologie et Sociétés, 2017

Research paper thumbnail of Questões sobre o debate social e político atual sobre família. Brasília: Associação Brasileira de Antropologia, 2016 (Informativo especial da ABA - Balanços parciais a partir de perspectivas antropológicas).

A temática das relações familiares tem sido alvo de importantes debates públicos nos últimos anos... more A temática das relações familiares tem sido alvo de importantes debates públicos nos últimos anos, motivadas por mudanças jurídicas nesta esfera. Podemos destacar como especialmente relevantes as seguintes decisões: do STF, de 05 de maio 2011, que reconheceu a união homoafetiva; do STJ, de 25 de outubro de 2011, que considerou legítimas as demandas de casamento civil por casais compostos por pessoas de mesmo sexo; do CNJ, de 16 de maio de 2013, que autorizou e obrigou os cartórios a aceitarem as demandas de casamento civil de casais formados por pessoas de mesmo sexo; do STF, de 17 de março de 2015, que autorizou a adoção conjunta por um casal homoafetivo. Além destas importantes decisões no âmbito jurídico, podemos acrescentar a portaria do Conselho Federal de Medicina, de 09 de maio de 2013, que ampliou o acesso de casais homoafetivos à procriação assistida. As mudanças recentes no campo das relações de parentesco no Brasil acompanham tendências presentes em outros países do mundo ocidental, principalmente quando se trata do reconhecimento de casais homossexuais e das famílias homoparentais. No Brasil, o debate jurídico consolidou a noção de homoafetividade para designar os casais e as famílias formadas por pessoas de mesmo sexo. Ao mesmo tempo, as reações contrárias também se alinham em escala mundial, com forte pressão de segmentos religiosos. Se por um lado o Brasil parece seguir tendências globais, por outro é preciso destacar singularidades que são específicas à sociedade brasileira. Em contraste com a França, por exemplo, que em 2013 aprovou a lei do casamento igualitário e autorizou igualmente a adoção por casais de mesmo sexo, no Brasil o reconhecimento da diversidade conjugal e familiar foi conquistado na esfera jurídica. Assim, se no contexto francês as resistências jurídicas à aplicação de leis já existentes obrigaram os movimentos sociais a exigir uma lei mais explicitamente inclusiva, especialmente no que diz respeito à adoção, no Brasil vemos uma situação inversa: a progressiva inclusão no âmbito jurídico gerou uma 1 Antropólogo e professor da Universidade Federal de Mato Grosso.

Research paper thumbnail of “Homosexualité et solidarité familiale : le cas des oncles gays”. In: FINE, Agnès; COURDURIÈS, Jérôme (orgs.). Homosexualité et parenté. Paris: Armand Colin, 2014, p. 107-120.

Research paper thumbnail of “Parentalidade e gênero em famílias homoparentais francesas”. In: Cadernos Pagu, 2013, n. 40: 67-93.

As famílias formadas por gays e lésbicas têm se tornado progressivamente mais numerosas e visívei... more As famílias formadas por gays e lésbicas têm se tornado progressivamente mais numerosas e visíveis em vários países do mundo ocidental. Na França, pais e mães homossexuais estão em sua grande maioria organizados em associações, sendo a APGL a principal delas. As famílias homoparentais francesas são oriundas de recomposições familiares, adoções, reprodução assistida ou coparentalidades. Este último caso, objeto deste artigo, se caracteriza por acordos entre gays e lésbicas para a procriação de crianças que circularão entre as residências paterna e materna. Argumento que, apesar da relativa novidade histórica dos arranjos de coparentalidade, as relações entre pais e mães reproduzem assimetrias de gênero que, no entanto, não possuem o mesmo significado que nas famílias constituídas por casais heterossexuais.

Research paper thumbnail of "Devenir père homosexuel en France: la construction sociale du désir d'enfant". In: Etnográfica, 2012, v. 16, n. 2: 247-267.

Research paper thumbnail of "Paternité et sexualité dans la construction de soi". In: Ethnologie Française, 2012, v. 42, n. 1: 145-153.

Research paper thumbnail of "Les coparentalités entre gays et lesbiennes en France: le point de vue des pères". In: Vibrant, 2011, v. 8, n. 2: 140-163.

The families formed by same-sex couples have become an important topic of the social, political a... more The families formed by same-sex couples have become an important topic of the social, political and intellectual debate in France. In this article, I argue that same-sex families express historical trends that have significantly changed the organization of family relations in France. From a survey of French homosexual fathers, this article analyzes the specificities of gay and lesbian co-parenting, which consists in agreements for the generation of children that will be raised separately by the father (s) and the mother (s). After the analyses of the particularities of the parental project, the contours of the family and the experience of fatherhood, I propose a brief discussion about the limits of an exclusive filiation model.

Research paper thumbnail of “Pai é tudo igual?: significados da paternidade para homens que se autodefinem como homossexuais”. In: PISCITELLI, A.; GREGORI, M. F.; CARRARA, S. (orgs.). Sexualidade e saberes: convenções e fronteiras. Rio de Janeiro: Garamond Editora, 2004, p. 385-414.

Research paper thumbnail of "Homoparentalidade à brasileira: paternidade homossexual em contextos relacionais". In: Cáceres, C. F.; Mogollón, M. E.; Pérez-Luna, G.; Olivos, F. (orgs.). Sexualidad, ciudadanía y derechos humanos en América Latina. Lima: IESSDEH, UPCH, 2011, p. 69-75.

Research paper thumbnail of Homosexualité et parenté / What Same-Sex Parenting Does to Kinship (Book)

Les débats publics mouvementés et les manifestations qui ont précédé en mai 2013 le vote en Franc... more Les débats publics mouvementés et les manifestations qui ont précédé en mai 2013 le vote en France de la loi ouvrant le mariage aux couples de même sexe révèlent le trouble ressenti par une partie de la population face à ces changements familiaux. Les résistances tiennent surtout au fait que la loi devrait logiquement conduire à une légalisation de la procréation médicalement assistée pour ces couples. Ces changements législatifs seraient-ils la manifestation d’une véritable révolution dans notre système de parenté ?
Pour répondre à cette question, hors du champ des polémiques idéologiques et politiques, ce livre réunit les contributions d’anthropologues et de sociologues qui ont mené depuis plusieurs années des enquêtes sur les relations des gays et des lesbiennes avec les divers membres de leur famille d’origine ainsi qu’au sein des familles homoparentales qu’ils ont créées, cela en France, en Belgique, en Espagne, en Suisse, ainsi qu’aux États-Unis et au Brésil.
Le double objectif des auteurs est, d’une part, de contribuer à approfondir les débats à partir d’une analyse des situations concrètes de ces familles et, d’autre part, d’analyser en anthropologues de la parenté les effets de l’homosexualité sur les relations de parenté dans nos sociétés contemporaines.

Table des matières :
I. Les homosexuels et leur famille d’origine : rejet, intégration, solidarités, Jérôme Courduriès et Agnès Fine
1. Rompre avec sa famille. Jeunesse, entrée dans l’homosexualité et rejet familial, Jérôme Courduriès
2. Le vécu de l’homosexualité féminine au regard de la tolérance et de l’hostilité familiale, Céline Costechareire
3. Sous le même toit ? Discussion sur la famille et l’homosexualité au Brésil, Claudia Nichnig et Miriam Pillar Grossi
4. Maintenir les liens : diversité sexuelle et famille d’origine en Espagne, José Ignacio Pichardo Galan
5. Homosexualité et solidarité familiale : le cas des oncles gays au Brésil, Flavio Luiz Tarnovski
6. Des relations familiales à l’épreuve du pacs, Wilfried Rault

II. Paternités, maternités des couples de même sexe : créer de la parenté
7. Devenir un père gay aux États-Unis, Ellen Lewin
8. Grands-parents, homopaternité et gestation pour autrui en France, Martine Gross
9. Les rendre grands-parents. L’enjeu des relations intergénérationnelles au sein des coparentalités gaies et lesbiennes en Belgique, Cathy Herbrand
10. Le « parent non statutaire » face aux cadres institutionnels suisses : entre espoirs et angoisses, Yazid Ben Hounet, Marianne Modak, Pascal Gaberel, Claire Ansermet