Aroldo Garcia Dos Anjos | Universidade Federal de Pelotas (UFPel) (original) (raw)

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Papers by Aroldo Garcia Dos Anjos

Research paper thumbnail of Da Recriação Da Semiologia: Apontamentos Sobre a Atividade Da Linguagem Poética

Caderno de Letras

É objetivo deste trabalho ensaiar uma discussão teórica introdutória à noção de atividade sob a p... more É objetivo deste trabalho ensaiar uma discussão teórica introdutória à noção de atividade sob a perspectiva da poética do ritmo. Para tanto, discutem-se a concepção de antropologia histórica da linguagem e de semiologia. Busca-se, com isso, subsídios para a análise de textos literários sob um ponto de vista discursivo, sobretudo a partir de reflexões derivadas de Henri Meschonnic, Gérard Dessons, Chloé Laplantine e Hans Lösener. Por representarem uma base de discussão em comum entre os autores citados, revisitam-se considerações de Émile Benveniste, Ferdinand de Saussure e Wilhelm von Humboldt.

Research paper thumbnail of De carbono, raiz e minério

Scripta, Nov 18, 2022

modernidade, da subjetividade e elementos para a leitura do poema em sua particularidade, no infi... more modernidade, da subjetividade e elementos para a leitura do poema em sua particularidade, no infinito do sujeito. Com base nessa concepção de linguagem da ordem do contínuo, que busca a historicidade do poema, analisam-se poemas dos livros Carbono, Caderno inquieto e Lugar algum, de Tarso de Melo, assim como o seu recente poema "Raiz e minério".

Research paper thumbnail of Saussure e a historicidade da língua

Revista Odisseia

O presente trabalho discute o lugar que a historicidade ocupa nas reflexões de Ferdinand de Sauss... more O presente trabalho discute o lugar que a historicidade ocupa nas reflexões de Ferdinand de Saussure, tomando por base excertos tanto do Curso de Linguística Geral quanto dos Escritos de Linguística Geral. Primeiramente, objetiva mostrar até que ponto a concepção saussuriana da arbitrariedade, do sistema e do valor abre a possibilidade de uma historicização radical da língua. Para tanto, essa historicização é ilustrada pela comparação com um autor contemporâneo a Saussure e com outro atual, a saber, Hermann Paul e Steven Pinker. Com isso, busca-se mostrar que a reflexão saussuriana é ainda tão relevante na época da linguística cognitiva como foi nos tempos dos neogramáticos positivistas.

Research paper thumbnail of Ressignificações: sobre o tempo em Walter Benjamin e em Émile Benveniste

Diálogo das Letras, Aug 19, 2021

Este trabalho filia-se ao campo das investigações acerca de uma antropologia histórica da linguag... more Este trabalho filia-se ao campo das investigações acerca de uma antropologia histórica da linguagem, especialmente no que toca à busca de uma interface entre a linguística e a literatura. Presente nas reflexões de Walter Benjamin e de Émile Benveniste, a crítica à instrumentalidade da linguagem traz consigo desdobramentos para a forma como os autores concebem o tempo e a história. A partir da problematização da relação entre linguagem e experiência, proposta por Giorgio Agamben, objetiva-se observar a expressão da temporalidade nas obras de ambos autores. Para tanto, serão discutidas e aproximadas noções fundamentais como as de tempo-agora e de tempo linguístico.

Research paper thumbnail of Viver com a máscara facial: murmúrio, murmúrio

Cadernos de Tradução, 2020

Research paper thumbnail of A Insistência Do Significante Em Satolep, De Vitor Ramil

Macabéa - Revista Eletrônica do Netlli, 2021

The present work is linked to investigations of a historical anthropology of language and present... more The present work is linked to investigations of a historical anthropology of language and presents an interpretation of the work Satolep, by Vitor Ramil, in order to think the time in its enunciative dimension. To this end, a theoretical approach between Walter Benjamin and Émile Benveniste, as proposed by Giorgio Agamben, is taken as basis. Here, this approach is deepened from the point of view of time. This discussion aims to observe the constitutive time in Satolep, which is the foundation of a subjectivity in the process of actualization and singularization of human experience. Finally, it is observed how the portraitist protagonist Selbor inscribes himself in what he describes in his displacements. Resumo O presente trabalho filia-se às investigações acerca de uma antropologia histórica da linguagem e apresenta uma leitura sobre a obra Satolep, de Vitor Ramil, de modo a realizar uma reflexão sobre o tempo que leve em conta a sua dimensão enunciativa. Para tanto, parte de uma aproximação teórica entre Walter Benjamin e Émile Benveniste, proposta por Giorgio Agamben. Tal aproximação é aprofundada, aqui, pelo viés do tempo. Objetiva-se, com essa discussão, observar, em Satolep, o tempo constituidor, fundante de uma subjetividade no processo de atualização e de singularização da experiência humana. Observa-se como, em última instância, o protagonista retratista Selbor se inscreve no que descreve em seus deslocamentos.

Research paper thumbnail of Considerações acerca do conceito de atualização sob os pontos de vista formalista e enunciativo

Revista Investigações, 2019

O presente trabalho tem como objetivo colocar em diálogo e discussão as teorias linguísticas form... more O presente trabalho tem como objetivo colocar em diálogo e discussão as teorias linguísticas formal e enunciativa, a partir da observação da noção de atualização. Interessa-nos: (i) analisar o termo atualização em uma abordagem formalista, perguntando-nos o que essa perspectiva a respeito do conceito pode dizer sobre sua concepção de língua; (ii) investigar como Benveniste utiliza a noção de atualização para pensar uma linguística que vá além do mundo fechado do sistema linguístico, e (iii) observar em que medida as acepções expostas em (i) e (ii) se aproximam ou se distanciam.

Research paper thumbnail of Sobre a cor das palavras e das línguas

Revista Linguagem & Ensino, 2020

O título do livro de Guy Deutscher Through the Language Glass. How Words Colour Your World 4 é um... more O título do livro de Guy Deutscher Through the Language Glass. How Words Colour Your World 4 é um exemplo recente de um discurso cromático sobre a linguagem, cuja tradição eu gostaria de esclarecer no contexto da questão da cor da prosa. "Como as palavras colorem nosso mundo." Como as palavras podem fazer isso? As palavras não têm cor (portanto, a prosa também não tem). Aqui, elas aparecem como vidro colorido. Essa é uma metáfora agradável e intuitivamente convincente. Quando Locke critica as palavras como "a mist before our eyes" 5 , como uma névoa diante de nossos olhos, elas também são algo visual, mas obviamente não são transparentes, nem tampouco são coloridas. Eu gostaria de tentar mostrar, nas seguintes observações, como, quando e por que as palavras se tornam visíveis e, por fim, até mesmo coloridas 6. O ponto de partida é uma passagem do diálogo de Platão sobre a língua, Crátilo, para a qual Maria Luisa Gatoni chamou a atenção em seu livro sobre as schemata na Grécia antiga 7. Sócrates diz que as coisas (ta pragmata) têm phone, schema e chroma, isto é, voz, forma e cor (423d) 8. Mais especificamente, tratam-se de dois tipos de pragmata: um possui schema e

Research paper thumbnail of A atualização da experiência humana: o poema em questão

Revista Desenredo, 2020

O presente trabalho tem por objetivo discutir a noção de enunciação, de Émile Benveniste, como at... more O presente trabalho tem por objetivo discutir a noção de enunciação, de Émile Benveniste, como atualização da experiência humana. Para tanto, serão discutidas as noções de experiência e de linguagem, a partir de escritos de Giorgio Agamben, Walter Benjamin e Émile Benveniste. Em um primeiro momento, será considerada a leitura de Agamben das obras de Benjamin e de Benveniste, na qual o autor propõe a experiência da linguagem como origem da história. Posteriormente, será observado como Benveniste constrói sua concepção de linguagem como fundante da experiência, para, por fim, pensar sobre a linguagem e o poema, considerando as reflexões de Henri Meschonnic.

Research paper thumbnail of Dos limites da redução do pensamento saussuriano ao movimento estruturalista

Research paper thumbnail of Pelas frestas do porão: a constituição pela palavra em Memórias do subsolo, de Fiódor Dostoiévski

Leitura em voz alta compartilhada, 2023

In book: Leitura em voz alta compartilhada. Publisher: Zouk Editora. 2023.

Research paper thumbnail of Da recriação da semiologia: apontamentos sobre a atividade da linguagem poética

Caderno de Letras, 2022

É objetivo deste trabalho ensaiar uma discussão teórica introdutória à noção de atividade sob a p... more É objetivo deste trabalho ensaiar uma discussão teórica introdutória à noção de atividade sob a perspectiva da poética do ritmo. Para tanto, discutem-se a concepção de antropologia histórica da linguagem e de semiologia. Buscam-se, com isso, subsídios para a análise de textos literários sob um ponto de vista discursivo, sobretudo a partir de reflexões derivadas de Henri Meschonnic, Gérard Dessons, Chloé Laplantine e Hans Lösener. Por representarem uma base de discussão em comum entre os autores citados, revisitam-se considerações de Émile Benveniste, Ferdinand de Saussure e Wilhelm von Humboldt.
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Ziel dieses Beitrags ist es, eine einführende theoretische Diskussion über den Begriff Tätigkeit aus der Perspektive der Poetik des Rhythmus zu führen. Zu diesem Zweck werden die Konzepte der historischen Anthropologie der Sprache und der Semiologie erörtert. Dabei werden Elemente für die Betrachtung literarischer Texte aus einer diskursiven Perspektive gesucht, insbesondere nach Überlegungen von Henri Meschonnic, Gérard Dessons, Chloé Laplantine und Hans Lösener. Da sie eine gemeinsame Diskussionsgrundlage der zitierten Autoren darstellen, werden auch Überlegungen von Émile Benveniste, Ferdinand de Saussure und Wilhelm von Humboldt wieder aufgegriffen.

Research paper thumbnail of De carbono, raiz e minério: a intempestividade Tarso de Melo

Revista Scripta (PUC Minas), 2022

O presente estudo versa sobre contemporaneidade, modernidade e subjetividade. Busca-se questionar... more O presente estudo versa sobre contemporaneidade, modernidade e subjetividade. Busca-se questionar, com Giorgio Agamben (2008; 2009) e Walter Benjamin (1987), o que é contemporâneo e qual sua relação
com a chamada crise da poesia. Discutem-se, com Henri Meschonnic (1975; 2010; 2017), o caráter da modernidade, da subjetividade e elementos para a leitura do poema em sua particularidade, no infinito
do sujeito. Com base nessa concepção de linguagem da ordem do contínuo, que busca a historicidade do poema, analisam-se poemas dos livros Carbono, Caderno inquieto e Lugar algum, de Tarso de Melo, assim como o seu recente poema “Raiz e minério”.

Research paper thumbnail of Sobre a cor das palavras e das línguas

Revista Linguagem & Ensino , 2020

O texto em questão é a tradução de "Über die Farbe der Wörter und Sprachen", do linguista alemão ... more O texto em questão é a tradução de "Über die Farbe der Wörter und Sprachen", do linguista alemão Jürgen Trabant. O autor busca mostrar, através da história das ideias linguísticas no Ocidente, como, quando e por que as palavras se tornam visíveis e, por fim, até mesmo coloridas.

Research paper thumbnail of Saussure e a historicidade da língua

Revista Odisséia, 2021

Tradução do artigo "Saussure und die Geschichtlichkeit der Sprache", de Hans Lösener, professor d... more Tradução do artigo "Saussure und die Geschichtlichkeit der Sprache", de Hans Lösener, professor da Pädagogische Hochschule Heidelberg.

O trabalho discute o lugar que a historicidade ocupa nas reflexões de Ferdinand de Saussure. Para tanto, essa historicização é ilustrada pela comparação com um autor contemporâneo a Saussure e com outro atual, a saber, Hermann Paul e Steven Pinker. Com isso, Lösener busca mostrar que a reflexão saussuriana é ainda tão relevante na época da linguística cognitiva como foi nos tempos dos neogramáticos positivistas.

Research paper thumbnail of Ressignificações: sobre o tempo em Walter Benjamin e em Émile Benveniste

Diálogo das Letras, 2021

Este trabalho filia-se ao campo das investigações acerca de uma antropologia histórica da linguag... more Este trabalho filia-se ao campo das investigações acerca de uma antropologia histórica da linguagem, especialmente no que toca à busca de uma interface entre a linguística e a literatura. Presente nas reflexões de Walter Benjamin e de Émile Benveniste, a crítica à instrumentalidade da linguagem traz consigo desdobramentos para a forma como os autores concebem o tempo e a história. A partir da problematização da relação entre linguagem e experiência, proposta por Giorgio Agamben, objetiva-se observar a expressão da temporalidade nas obras de ambos autores. Para tanto, serão discutidas e aproximadas noções fundamentais como as de tempo-agora e de tempo linguístico.

Research paper thumbnail of Revolver Satolep: a ilusão do espaço de Vitor Ramil

Humanidades & Inovação: edição especial, v. 9 n. 4 (2022): Énonciation et Argumentation, 2022

Este estudo reflete sobre o tempo a partir de sua dimensão enunciativa, interpretando a obra Sato... more Este estudo reflete sobre o tempo a partir de sua dimensão enunciativa, interpretando a obra Satolep, de Vitor Ramil, desde um entrelugar teórico, uma vez que parte de discussões de linguagem caras tanto à literatura quanto à linguística. A análise de Satolep tem sua base nas reflexões de Benveniste acerca da linguagem, uma vez que a obra evoca a problemática da construção dos espaços a partir de um lugar subjetivo e, por consequência, seu imbricamento com a questão do tempo. Para tanto, parte-se de discussões que percebem na obra de Benveniste uma antropologia da linguagem, como as feitas por Gérard Dessons. Encontra-se interlocução, ainda, em Giorgio Agamben e Walter Benjamin, que colocam a linguagem no centro de suas preocupações e, consequentemente, repensam tempo e espaço. Observa-se que, devido ao seu caráter labiríntico, Satolep pode lançar interrogações aos estudos da linguagem. Abre-se, assim, um horizonte para a interrogação das áreas de estudo.

Research paper thumbnail of A insistência do significante em Satolep, de Vitor Ramil

Macabéa – Revista Eletrônica do Netlli, 2021

O presente trabalho filia-se às investigações acerca de uma antropologia histórica da linguagem e... more O presente trabalho filia-se às investigações acerca de uma antropologia histórica da linguagem e apresenta uma leitura sobre a obra Satolep, de Vitor Ramil, de modo a realizar uma reflexão sobre o tempo que leve em conta a sua dimensão enunciativa. Para tanto, parte de uma aproximação teórica entre Walter Benjamin e Émile Benveniste, proposta por Giorgio Agamben. Tal aproximação é aprofundada, aqui, pelo viés do tempo. Objetiva-se, com essa discussão, observar, em Satolep, o tempo constituidor, fundante de uma subjetividade no processo de atualização e de singularização da experiência humana. Observa-se como, em última instância, o protagonista retratista Selbor se inscreve no que descreve em seus deslocamentos.

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The present work is linked to investigations of a historical anthropology of language and presents an interpretation of the work Satolep, by Vitor Ramil, in order to think the time in its enunciative dimension. To this end, a theoretical approach between Walter Benjamin and Émile Benveniste, as proposed by Giorgio Agamben, is taken as basis. Here, this approach is deepened from the point of view of time. This discussion aims to observe the constitutive time in Satolep, which is the foundation of a subjectivity in the process of actualization and singularization of human experience. Finally, it is observed how the portraitist protagonist Selbor inscribes himself in what he describes in his displacements.

Research paper thumbnail of A atualização da experiência humana: o poema em questão

Revista Desenredo, 2020

O presente trabalho tem por objetivo discutir a noção de enunciação, de Émile Benveni... more O presente trabalho tem por objetivo discutir a noção de enunciação, de Émile Benveniste, como atualização da experiência humana. Para tanto, serão discutidas as noções de experiência e de linguagem, a partir de escritos de Giorgio Agamben, Walter Benjamin e Émile Benveniste. Em um primeiro momento, será conside-rada a leitura de Agamben das obras de Benjamin e de Benveniste, na qual o autor propõe a experiência da linguagem como origem da história. Posteriormente, será observado como Benveniste constrói sua concepção de linguagem como fundante da experiência, para, por fim, pensar sobre a linguagem e o poema, considerando as reflexões de Henri Meschonnic.

Research paper thumbnail of Dos limites da redução do pensamento saussuriano ao movimento estruturalista

O presente texto tem por objetivo discutir a associação de Ferdinand de Saussure, em especial do ... more O presente texto tem por objetivo discutir a associação de Ferdinand de Saussure, em especial do Curso de Linguística Geral, ao movimento estruturalista. Para tanto, serão revisitadas a noção de sistema no Curso e a de estrutura em autores identificados com o Estruturalismo. Em um segundo momento, apresentar-se-ão as leituras de Saussure, propostas por Émile Benveniste, Henri Meschonnic e Gérard Dessons, com vistas à
formulação da noção de discurso. Dessa forma, a reflexão aponta para a impossibilidade de se tomar o sistema saussuriano como estrutura, conforme o faz o movimento estruturalista, bem como para a impossibilidade de se reduzir a amplitude das reflexões apresentadas no Curso.

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Caderno de Letras

É objetivo deste trabalho ensaiar uma discussão teórica introdutória à noção de atividade sob a p... more É objetivo deste trabalho ensaiar uma discussão teórica introdutória à noção de atividade sob a perspectiva da poética do ritmo. Para tanto, discutem-se a concepção de antropologia histórica da linguagem e de semiologia. Busca-se, com isso, subsídios para a análise de textos literários sob um ponto de vista discursivo, sobretudo a partir de reflexões derivadas de Henri Meschonnic, Gérard Dessons, Chloé Laplantine e Hans Lösener. Por representarem uma base de discussão em comum entre os autores citados, revisitam-se considerações de Émile Benveniste, Ferdinand de Saussure e Wilhelm von Humboldt.

Research paper thumbnail of De carbono, raiz e minério

Scripta, Nov 18, 2022

modernidade, da subjetividade e elementos para a leitura do poema em sua particularidade, no infi... more modernidade, da subjetividade e elementos para a leitura do poema em sua particularidade, no infinito do sujeito. Com base nessa concepção de linguagem da ordem do contínuo, que busca a historicidade do poema, analisam-se poemas dos livros Carbono, Caderno inquieto e Lugar algum, de Tarso de Melo, assim como o seu recente poema "Raiz e minério".

Research paper thumbnail of Saussure e a historicidade da língua

Revista Odisseia

O presente trabalho discute o lugar que a historicidade ocupa nas reflexões de Ferdinand de Sauss... more O presente trabalho discute o lugar que a historicidade ocupa nas reflexões de Ferdinand de Saussure, tomando por base excertos tanto do Curso de Linguística Geral quanto dos Escritos de Linguística Geral. Primeiramente, objetiva mostrar até que ponto a concepção saussuriana da arbitrariedade, do sistema e do valor abre a possibilidade de uma historicização radical da língua. Para tanto, essa historicização é ilustrada pela comparação com um autor contemporâneo a Saussure e com outro atual, a saber, Hermann Paul e Steven Pinker. Com isso, busca-se mostrar que a reflexão saussuriana é ainda tão relevante na época da linguística cognitiva como foi nos tempos dos neogramáticos positivistas.

Research paper thumbnail of Ressignificações: sobre o tempo em Walter Benjamin e em Émile Benveniste

Diálogo das Letras, Aug 19, 2021

Este trabalho filia-se ao campo das investigações acerca de uma antropologia histórica da linguag... more Este trabalho filia-se ao campo das investigações acerca de uma antropologia histórica da linguagem, especialmente no que toca à busca de uma interface entre a linguística e a literatura. Presente nas reflexões de Walter Benjamin e de Émile Benveniste, a crítica à instrumentalidade da linguagem traz consigo desdobramentos para a forma como os autores concebem o tempo e a história. A partir da problematização da relação entre linguagem e experiência, proposta por Giorgio Agamben, objetiva-se observar a expressão da temporalidade nas obras de ambos autores. Para tanto, serão discutidas e aproximadas noções fundamentais como as de tempo-agora e de tempo linguístico.

Research paper thumbnail of Viver com a máscara facial: murmúrio, murmúrio

Cadernos de Tradução, 2020

Research paper thumbnail of A Insistência Do Significante Em Satolep, De Vitor Ramil

Macabéa - Revista Eletrônica do Netlli, 2021

The present work is linked to investigations of a historical anthropology of language and present... more The present work is linked to investigations of a historical anthropology of language and presents an interpretation of the work Satolep, by Vitor Ramil, in order to think the time in its enunciative dimension. To this end, a theoretical approach between Walter Benjamin and Émile Benveniste, as proposed by Giorgio Agamben, is taken as basis. Here, this approach is deepened from the point of view of time. This discussion aims to observe the constitutive time in Satolep, which is the foundation of a subjectivity in the process of actualization and singularization of human experience. Finally, it is observed how the portraitist protagonist Selbor inscribes himself in what he describes in his displacements. Resumo O presente trabalho filia-se às investigações acerca de uma antropologia histórica da linguagem e apresenta uma leitura sobre a obra Satolep, de Vitor Ramil, de modo a realizar uma reflexão sobre o tempo que leve em conta a sua dimensão enunciativa. Para tanto, parte de uma aproximação teórica entre Walter Benjamin e Émile Benveniste, proposta por Giorgio Agamben. Tal aproximação é aprofundada, aqui, pelo viés do tempo. Objetiva-se, com essa discussão, observar, em Satolep, o tempo constituidor, fundante de uma subjetividade no processo de atualização e de singularização da experiência humana. Observa-se como, em última instância, o protagonista retratista Selbor se inscreve no que descreve em seus deslocamentos.

Research paper thumbnail of Considerações acerca do conceito de atualização sob os pontos de vista formalista e enunciativo

Revista Investigações, 2019

O presente trabalho tem como objetivo colocar em diálogo e discussão as teorias linguísticas form... more O presente trabalho tem como objetivo colocar em diálogo e discussão as teorias linguísticas formal e enunciativa, a partir da observação da noção de atualização. Interessa-nos: (i) analisar o termo atualização em uma abordagem formalista, perguntando-nos o que essa perspectiva a respeito do conceito pode dizer sobre sua concepção de língua; (ii) investigar como Benveniste utiliza a noção de atualização para pensar uma linguística que vá além do mundo fechado do sistema linguístico, e (iii) observar em que medida as acepções expostas em (i) e (ii) se aproximam ou se distanciam.

Research paper thumbnail of Sobre a cor das palavras e das línguas

Revista Linguagem & Ensino, 2020

O título do livro de Guy Deutscher Through the Language Glass. How Words Colour Your World 4 é um... more O título do livro de Guy Deutscher Through the Language Glass. How Words Colour Your World 4 é um exemplo recente de um discurso cromático sobre a linguagem, cuja tradição eu gostaria de esclarecer no contexto da questão da cor da prosa. "Como as palavras colorem nosso mundo." Como as palavras podem fazer isso? As palavras não têm cor (portanto, a prosa também não tem). Aqui, elas aparecem como vidro colorido. Essa é uma metáfora agradável e intuitivamente convincente. Quando Locke critica as palavras como "a mist before our eyes" 5 , como uma névoa diante de nossos olhos, elas também são algo visual, mas obviamente não são transparentes, nem tampouco são coloridas. Eu gostaria de tentar mostrar, nas seguintes observações, como, quando e por que as palavras se tornam visíveis e, por fim, até mesmo coloridas 6. O ponto de partida é uma passagem do diálogo de Platão sobre a língua, Crátilo, para a qual Maria Luisa Gatoni chamou a atenção em seu livro sobre as schemata na Grécia antiga 7. Sócrates diz que as coisas (ta pragmata) têm phone, schema e chroma, isto é, voz, forma e cor (423d) 8. Mais especificamente, tratam-se de dois tipos de pragmata: um possui schema e

Research paper thumbnail of A atualização da experiência humana: o poema em questão

Revista Desenredo, 2020

O presente trabalho tem por objetivo discutir a noção de enunciação, de Émile Benveniste, como at... more O presente trabalho tem por objetivo discutir a noção de enunciação, de Émile Benveniste, como atualização da experiência humana. Para tanto, serão discutidas as noções de experiência e de linguagem, a partir de escritos de Giorgio Agamben, Walter Benjamin e Émile Benveniste. Em um primeiro momento, será considerada a leitura de Agamben das obras de Benjamin e de Benveniste, na qual o autor propõe a experiência da linguagem como origem da história. Posteriormente, será observado como Benveniste constrói sua concepção de linguagem como fundante da experiência, para, por fim, pensar sobre a linguagem e o poema, considerando as reflexões de Henri Meschonnic.

Research paper thumbnail of Dos limites da redução do pensamento saussuriano ao movimento estruturalista

Research paper thumbnail of Pelas frestas do porão: a constituição pela palavra em Memórias do subsolo, de Fiódor Dostoiévski

Leitura em voz alta compartilhada, 2023

In book: Leitura em voz alta compartilhada. Publisher: Zouk Editora. 2023.

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Caderno de Letras, 2022

É objetivo deste trabalho ensaiar uma discussão teórica introdutória à noção de atividade sob a p... more É objetivo deste trabalho ensaiar uma discussão teórica introdutória à noção de atividade sob a perspectiva da poética do ritmo. Para tanto, discutem-se a concepção de antropologia histórica da linguagem e de semiologia. Buscam-se, com isso, subsídios para a análise de textos literários sob um ponto de vista discursivo, sobretudo a partir de reflexões derivadas de Henri Meschonnic, Gérard Dessons, Chloé Laplantine e Hans Lösener. Por representarem uma base de discussão em comum entre os autores citados, revisitam-se considerações de Émile Benveniste, Ferdinand de Saussure e Wilhelm von Humboldt.
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Ziel dieses Beitrags ist es, eine einführende theoretische Diskussion über den Begriff Tätigkeit aus der Perspektive der Poetik des Rhythmus zu führen. Zu diesem Zweck werden die Konzepte der historischen Anthropologie der Sprache und der Semiologie erörtert. Dabei werden Elemente für die Betrachtung literarischer Texte aus einer diskursiven Perspektive gesucht, insbesondere nach Überlegungen von Henri Meschonnic, Gérard Dessons, Chloé Laplantine und Hans Lösener. Da sie eine gemeinsame Diskussionsgrundlage der zitierten Autoren darstellen, werden auch Überlegungen von Émile Benveniste, Ferdinand de Saussure und Wilhelm von Humboldt wieder aufgegriffen.

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Revista Scripta (PUC Minas), 2022

O presente estudo versa sobre contemporaneidade, modernidade e subjetividade. Busca-se questionar... more O presente estudo versa sobre contemporaneidade, modernidade e subjetividade. Busca-se questionar, com Giorgio Agamben (2008; 2009) e Walter Benjamin (1987), o que é contemporâneo e qual sua relação
com a chamada crise da poesia. Discutem-se, com Henri Meschonnic (1975; 2010; 2017), o caráter da modernidade, da subjetividade e elementos para a leitura do poema em sua particularidade, no infinito
do sujeito. Com base nessa concepção de linguagem da ordem do contínuo, que busca a historicidade do poema, analisam-se poemas dos livros Carbono, Caderno inquieto e Lugar algum, de Tarso de Melo, assim como o seu recente poema “Raiz e minério”.

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Revista Linguagem & Ensino , 2020

O texto em questão é a tradução de "Über die Farbe der Wörter und Sprachen", do linguista alemão ... more O texto em questão é a tradução de "Über die Farbe der Wörter und Sprachen", do linguista alemão Jürgen Trabant. O autor busca mostrar, através da história das ideias linguísticas no Ocidente, como, quando e por que as palavras se tornam visíveis e, por fim, até mesmo coloridas.

Research paper thumbnail of Saussure e a historicidade da língua

Revista Odisséia, 2021

Tradução do artigo "Saussure und die Geschichtlichkeit der Sprache", de Hans Lösener, professor d... more Tradução do artigo "Saussure und die Geschichtlichkeit der Sprache", de Hans Lösener, professor da Pädagogische Hochschule Heidelberg.

O trabalho discute o lugar que a historicidade ocupa nas reflexões de Ferdinand de Saussure. Para tanto, essa historicização é ilustrada pela comparação com um autor contemporâneo a Saussure e com outro atual, a saber, Hermann Paul e Steven Pinker. Com isso, Lösener busca mostrar que a reflexão saussuriana é ainda tão relevante na época da linguística cognitiva como foi nos tempos dos neogramáticos positivistas.

Research paper thumbnail of Ressignificações: sobre o tempo em Walter Benjamin e em Émile Benveniste

Diálogo das Letras, 2021

Este trabalho filia-se ao campo das investigações acerca de uma antropologia histórica da linguag... more Este trabalho filia-se ao campo das investigações acerca de uma antropologia histórica da linguagem, especialmente no que toca à busca de uma interface entre a linguística e a literatura. Presente nas reflexões de Walter Benjamin e de Émile Benveniste, a crítica à instrumentalidade da linguagem traz consigo desdobramentos para a forma como os autores concebem o tempo e a história. A partir da problematização da relação entre linguagem e experiência, proposta por Giorgio Agamben, objetiva-se observar a expressão da temporalidade nas obras de ambos autores. Para tanto, serão discutidas e aproximadas noções fundamentais como as de tempo-agora e de tempo linguístico.

Research paper thumbnail of Revolver Satolep: a ilusão do espaço de Vitor Ramil

Humanidades & Inovação: edição especial, v. 9 n. 4 (2022): Énonciation et Argumentation, 2022

Este estudo reflete sobre o tempo a partir de sua dimensão enunciativa, interpretando a obra Sato... more Este estudo reflete sobre o tempo a partir de sua dimensão enunciativa, interpretando a obra Satolep, de Vitor Ramil, desde um entrelugar teórico, uma vez que parte de discussões de linguagem caras tanto à literatura quanto à linguística. A análise de Satolep tem sua base nas reflexões de Benveniste acerca da linguagem, uma vez que a obra evoca a problemática da construção dos espaços a partir de um lugar subjetivo e, por consequência, seu imbricamento com a questão do tempo. Para tanto, parte-se de discussões que percebem na obra de Benveniste uma antropologia da linguagem, como as feitas por Gérard Dessons. Encontra-se interlocução, ainda, em Giorgio Agamben e Walter Benjamin, que colocam a linguagem no centro de suas preocupações e, consequentemente, repensam tempo e espaço. Observa-se que, devido ao seu caráter labiríntico, Satolep pode lançar interrogações aos estudos da linguagem. Abre-se, assim, um horizonte para a interrogação das áreas de estudo.

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Macabéa – Revista Eletrônica do Netlli, 2021

O presente trabalho filia-se às investigações acerca de uma antropologia histórica da linguagem e... more O presente trabalho filia-se às investigações acerca de uma antropologia histórica da linguagem e apresenta uma leitura sobre a obra Satolep, de Vitor Ramil, de modo a realizar uma reflexão sobre o tempo que leve em conta a sua dimensão enunciativa. Para tanto, parte de uma aproximação teórica entre Walter Benjamin e Émile Benveniste, proposta por Giorgio Agamben. Tal aproximação é aprofundada, aqui, pelo viés do tempo. Objetiva-se, com essa discussão, observar, em Satolep, o tempo constituidor, fundante de uma subjetividade no processo de atualização e de singularização da experiência humana. Observa-se como, em última instância, o protagonista retratista Selbor se inscreve no que descreve em seus deslocamentos.

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The present work is linked to investigations of a historical anthropology of language and presents an interpretation of the work Satolep, by Vitor Ramil, in order to think the time in its enunciative dimension. To this end, a theoretical approach between Walter Benjamin and Émile Benveniste, as proposed by Giorgio Agamben, is taken as basis. Here, this approach is deepened from the point of view of time. This discussion aims to observe the constitutive time in Satolep, which is the foundation of a subjectivity in the process of actualization and singularization of human experience. Finally, it is observed how the portraitist protagonist Selbor inscribes himself in what he describes in his displacements.

Research paper thumbnail of A atualização da experiência humana: o poema em questão

Revista Desenredo, 2020

O presente trabalho tem por objetivo discutir a noção de enunciação, de Émile Benveni... more O presente trabalho tem por objetivo discutir a noção de enunciação, de Émile Benveniste, como atualização da experiência humana. Para tanto, serão discutidas as noções de experiência e de linguagem, a partir de escritos de Giorgio Agamben, Walter Benjamin e Émile Benveniste. Em um primeiro momento, será conside-rada a leitura de Agamben das obras de Benjamin e de Benveniste, na qual o autor propõe a experiência da linguagem como origem da história. Posteriormente, será observado como Benveniste constrói sua concepção de linguagem como fundante da experiência, para, por fim, pensar sobre a linguagem e o poema, considerando as reflexões de Henri Meschonnic.

Research paper thumbnail of Dos limites da redução do pensamento saussuriano ao movimento estruturalista

O presente texto tem por objetivo discutir a associação de Ferdinand de Saussure, em especial do ... more O presente texto tem por objetivo discutir a associação de Ferdinand de Saussure, em especial do Curso de Linguística Geral, ao movimento estruturalista. Para tanto, serão revisitadas a noção de sistema no Curso e a de estrutura em autores identificados com o Estruturalismo. Em um segundo momento, apresentar-se-ão as leituras de Saussure, propostas por Émile Benveniste, Henri Meschonnic e Gérard Dessons, com vistas à
formulação da noção de discurso. Dessa forma, a reflexão aponta para a impossibilidade de se tomar o sistema saussuriano como estrutura, conforme o faz o movimento estruturalista, bem como para a impossibilidade de se reduzir a amplitude das reflexões apresentadas no Curso.

Research paper thumbnail of Lavrar a névoa: o tempo em Satolep, de Vitor Ramil

Lavrar a névoa: o tempo em Satolep, de Vitor Ramil, 2020

O presente trabalho insere-se no campo das investigações acerca de uma antropologia histórica da ... more O presente trabalho insere-se no campo das investigações acerca de uma antropologia histórica da linguagem, especialmente no que toca à busca de uma interface entre a linguística e a literatura. Em suma, a pesquisa toma a literatura como parte integrante dos estudos da linguagem, a partir de alguns questionamentos gerais, a saber: considerando a concepção de linguagem de Émile Benveniste, como se dá a construção do tempo na e pela linguagem? Em que medida essa concepção contribui para a discussão sobre o tempo na literatura? Em que medida o texto literário pode contribuir para a compreensão da construção do tempo? Propomos analisar a obra Satolep, de Vitor Ramil, com base nas reflexões de Benveniste acerca da linguagem, uma vez que, em Satolep, Ramil evoca a problemática da construção dos espaços a partir de um lugar subjetivo. Para essa análise, partiremos de discussões que percebem na obra de Benveniste uma antropologia da linguagem, como as feitas por Henri Meschonnic e Gérard Dessons. Encontramos interlocução, ainda, em Giorgio Agamben e Walter Benjamin, que colocam a linguagem no centro de suas preocupações e, consequentemente, repensam o tempo. Satolep apresenta-se como um objeto de estudo desafiador, dado seu manejo particular com a narração e com a construção de espaço e de tempo. Devido ao seu caráter labiríntico, o romance pode lançar interrogações aos estudos da linguagem. Sobretudo, investigamos a noção de tempo na obra de Ramil, com o intuito de observar em que medida as reflexões de Benveniste fornecem elementos que auxiliam a análise do texto literário. Primeiramente, observamos discussões de Agamben acerca do processo de compreensão da destruição da experiência e da origem da história, nas quais o autor promove uma articulação entre as ideias de Benjamin e de Benveniste dentre as quais, as noções de linguagem e de tempo podem ser sublinhadas. Ambos autores pensam o tempo de modo qualitativo, não simplesmente cronológico. Em ambos, o que articula os tempos é o homem, nascido na linguagem. Posteriormente, apresentamos uma leitura da obra de Benveniste a partir das discussões acerca do tempo, buscando, nesse percurso de reconstrução, as noções que lhe subjazem. Sendo assim, o trabalho, que aqui se esboça, filia-se àqueles que consideram a obra de Benveniste em suas reflexões sobre linguagem, cultura e sociedade para, no âmbito da enunciação, fundamentar uma teoria discursiva. Entra-se, aqui, no campo da simbolização. O homem constrói a realidade e a si mesmo na e pela linguagem, sempre subjetiva. Trata-se da historicidade radical do ato enunciativo, o qual cria as noções de tempo, espaço e sujeito. Essa concepção de linguagem tem implicações diretas sobre a noção de tempo, pois é a enunciação que cria o contexto. Pensamos, assim, que observar o tempo em Satolep, a partir das discussões de Agamben, Benjamin e Benveniste, assim como da leitura que Dessons propõe da obra benvenistiana, mostra-se como um campo frutífero para um estudo interdisciplinar. Abrese, assim, um horizonte para a interrogação das áreas de estudo, pois, mais que utilizar o aparato conceitual derivado da reflexão linguística para analisar a obra literária, esperase observar o quanto a própria obra força os limites teóricos postos em jogo.