Jose Haroldo da Sa | Universidade Federal do Sul da Bahia (original) (raw)

Agradeço, especialmente, a vovô Nelson (in memoriam), vovó Célia e minha mãe Virgínia, pelo apoio... more Agradeço, especialmente, a vovô Nelson (in memoriam), vovó Célia e minha mãe Virgínia, pelo apoio incondicional em todos os momentos e por sempre acreditarem e investirem em meu potencial, a meus tios Fernando, Júnior, Ilma, Sílvia, Mariana, Maria Clara, Olga e Abdias por todo incentivo e confiança. A meus primos Matheus, Fernanda e Maurício. A Liliana Coelho (Lily), uma pessoa muito especial que apareceu em minha vida. Ao meu orientador e amigo, professor Haroldo Sá, uma pessoa e profissional que desde sempre admirei, muito obrigado pela sua inestimável paciência e incentivo, os quais foram fundamentais para que eu pudesse chegar à conclusão desse trabalho. A CBPM -Companhia Baiana de Pesquisa Mineral, por todo suporte oferecido para a realização deste trabalho, desde a disponibilização de veículo para a etapa de campo, as confecções das lâminas petrográficas e os subsídios para a realização das análises químicas. Em especial ao geólogo Ernesto Alves, que ao longo desses anos vêm proporcionando esse tipo de apoio aos estudantes formandos do IGeo-UFBA. Ao motorista, Sr. Joel, pelo companheirismo na etapa de campo. Aos funcionários Rosa Amélia, Teresa Cristina e Val, pela atenção concedida. Aos amigos e colegas do Instituto de Geociências: Leahy, Facelúcia, Lamarck (in memoriam), Olga Otero (pela paciência nas correções desse trabalho), Iracema Reimão, Heraldo Peixoto, Tânia, Reginaldo Alves, Augusto Pedreira, Vilson Marques, Vilton, Hernani (pelo apoio na Difratometria de Raio-X), Telésforo Martinez e todos aqueles que tiveram papel fundamental na construção do meu conhecimento geológico. "Todos estes que aí estão Atravancando o meu caminho, Eles passarão. Eu passarinho!" Mário Quintana RESUMO Este trabalho apresenta os resultados obtidos na caracterização petrográfica, geoquímica e metalogenética realizada para os flogopititos dos distritos garimpeiros de Carnaíba-Pindobaçu e Socotó-Campo Formoso, localizados na porção centro-norte da Serra de Jacobina, no estado da Bahia. Os flogopititos são rochas derivadas dos serpentinitos, em decorrência da ação hidrotermal promovida pelos fluidos finais de corpos graníticos que se colocaram no final do Paleoproterozóico. A petrografia apontou que os flogopititos são constituídos, predominantemente, pela mica flogopita, acompanhada, em quantidades variáveis, de anfibólio, quartzo, dolomita, fluorita, turmalina e berilo, ocorrendo como acessórios a titanita, o espinélio e o zircão, além de minerais opacos. Os serpentinitos encaixantes apresentaram, além da serpentinita que o caracteriza, grande quantidade de talco e, subordinadamente, fluorita, quartzo, plagioclásio, flogopita/clorita, dolomita e opacos. A caracterização geoquímica permitiu verificar que houve o aporte dos elementos traço Ba, Be, Li, Sc, Sr, F, Cs e Rb nos flogopititos de ambas as áreas estudadas, e uma depleção para os elementos Co, Cr, Ni e V. Em relação aos elementos maiores, foi notado o acréscimo nos teores de Al 2 O 3 , Fe 2 O 3 , FeO, K 2 O, TiO 2 e P 2 O 5 e uma defasagem nos teores de MgO, CaO e Na 2 O. Quanto aos elementos escassos, somente três amostras do distrito de Carnaíba apresentaram teores acima do background para o elemento Au, contudo não configurando anomalias de grande expressão. Os elevados teores de potássio sugerem que os flogopititos sejam uma potencial fonte deste elemento, o qual é indispensável na agroindústria, contudo a estrutura do mineral que o comporta é bastante fechada, não permitindo a sua rápida liberação e comprometendo a sua utilização em culturas de curto ciclo.