Danielle Santos Dornelles | Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (Federal University of Santa Catarina) (original) (raw)
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The Handmaid’s Tale: distopia, ustopia, feminismo e tempo não-linear, 2023
A presente dissertação de mestrado tem como objetivo investigar a narrativa do livro The Handmaid... more A presente dissertação de mestrado tem como objetivo investigar a narrativa do livro The Handmaid's Tale, publicado em 1985 pela escritora canadense Margaret Atwood. Para tal análise, utilizou-se o conceito de distopia e utopia na Teoria da História e Literatura, estabelecendo o conceito de distopia como uma categoria de análise operacional para o trabalho. Destaca-se outras obras distópicas feministas ao longo do século XX, além de The Handmaid’s Tale, intuindo a compreensão de como essas obras refletem criticamente sobre questões de gênero, poder e opressão. Ao longo do trabalho, investiga-se como a obra de Atwood dialoga com manifestações feministas contemporâneas e sua dimensão temporal enquanto literatura, permitindo diálogos entre diferentes períodos históricos. A partir da investigação sobre a temporalidade na obra, com foco na estrutura não-linear de tempo presente em The Handmaid's Tale, buscou-se analisar o contexto histórico da obra. Discute-se a influência da obra 1984 e de George Orwell na criação de Margaret Atwood, destacando diferentes períodos históricos incorporados à narrativa, como a Modernidade Tardia, a Modernidade Clássica, o Tempo Sagrado e o tempo distópico de Gilead. Além da exploração sobre a não-linearidade do romance, investiga-se o epílogo do livro, intitulado Historical Notes on The Handmaid’s Tale, como uma possível crítica da autora a uma historiografia excludente e misógina. Buscou-se responder a perguntas sobre a ironia presente no epílogo e na análise dos professores, a natureza "ustópica" da obra, o monopólio masculino da narrativa histórica e a possível negação de credibilidade à perspectiva das mulheres. Refletiu-se sobre a intencionalidade de Atwood ao incluir esses elementos na obra e exploramos as relações de poder, discursos dominantes e formas de silenciamento presentes na narrativa. Incorporou-se entrevistas de Margaret Atwood sobre The Handmaid’s Tale e movimentações feministas, em diferentes momentos da trajetória da escritora com o objetivo de compreender os contextos históricos que cercam a obra. O presente trabalho objetivou compreender o livro The Handmaid's Tale dentro de uma perspectiva e metodologia de história global, trazendo reflexões sobre igualdade de gênero, entrelaçamento de espaços globais e glocais, histórias feministas e diferentes temporalidades e linearidades.
Modalidade remota, 2020.1
Papers by Danielle Santos Dornelles
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas.... more TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. História.O presente trabalho tem como objetivo analisar de que forma o ano de 1975, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como “Ano Internacional da Mulher”, é noticiado pela Folha de São Paulo, jornal brasileiro de grande circulação. Até 1975, uma longa caminhada foi trilhada pelos movimentos de mulheres e movimentos feministas ao redor do mundo. O feminismo, que se constitui como movimento social e político nos séculos XIX e início do século XX, ressurge na década de 1960. O denominado feminismo de “segunda onda”, reivindicando questões ligadas ao direito do corpo, mostra-se forte exercendo pressão social para que instituições como a ONU crie espaços para estes debates. A data é também importante para o estudo da história das mulheres e dos feminismos brasileiros. As diversas formas que o ano de 1975 foi recebido pelas mulheres brasileiras no contexto de ditadura civil-mi...
Resumo: O objetivo deste artigo é analisar através de relatos orais e escritos a vivência de tort... more Resumo: O objetivo deste artigo é analisar através de relatos orais e escritos a vivência de torturadas e torturados catarinenses na época da Ditadura Civil Militar brasileira (1964-1985). Pretendemos com esse artigo, ressaltar algo tão silenciado na história do Brasil e principalmente no Estado de Santa Catarina: a tortura. Para aprofundarmos as questões presentes no artigo utilizamos a entrevista que realizamos com a catarinense Derlei Catarina de Luca 3 ao primeiro dia do mês de setembro do ano de 2015, os escritos bibliográficos dos também catarinenses Marlene Soccas,
AEDOS: REVISTA DO CORPO DISCENTE DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DA UFRGS, 2022
O objetivo deste artigo é apresentar e discutir três abordagens concorrentes para o estudo das re... more O objetivo deste artigo é apresentar e discutir três abordagens concorrentes para o estudo das relações entre história e distopia desde o problema da experiência do tempo. Buscamos com isso problematizar os modos pelos quais as narrativas distópicas conectam passado, presente e futuro, temporalizando o tempo. Passamos pelo exame das contribuições das teorias do presentismo (Hartog), do atualismo (Pereira; Araujo) e do futuro sem precedentes (Simon). O argumento que desenvolvemos dialoga com a hipótese que identifica a emergência de uma consciência histórica distópica no século XXI (Bentivoglio). Ao final, defendemos que a imaginação distópica pode ser compreendida em face à experiência de um tempo desorientado. Um tempo marcado pela emergência de efeitos de não-simultaneidade, os quais expressam o tensionamento da relação entre a história em si e o conceito de história, instigando a historiografia a se repensar tanto do ponto vista narrativo quanto do ponto de vista conceitual.
Revista de Literatura, História e Memória, 2022
Com base nas leituras de Virginia Woolf, Rita Schmidt, Zahidé Muzart e Ildney Cavalcanti, este ar... more Com base nas leituras de Virginia Woolf, Rita Schmidt, Zahidé Muzart e Ildney Cavalcanti, este artigo tem como objetivo explorar aspectos referentes à escrita e publicação de obras de autoria feminina entre os séculos XIX e XX. Assim como compreender as nuances que envolvem o estigma do gênero literário romance e a presença e ausência de mulheres no cânone literário. A partir destas leituras, buscamos situar no tempo as obras de escritoras como Emília de Freitas, Charlotte Perkins Gilman, Margaret Atwood e Octavia Butler, analisando suas visões de futuro e deslugares possíveis ou impossíveis, a partir do fio condutor entre literatura, história do feminismo e teoria da história.
The Handmaid’s Tale: distopia, ustopia, feminismo e tempo não-linear, 2023
A presente dissertação de mestrado tem como objetivo investigar a narrativa do livro The Handmaid... more A presente dissertação de mestrado tem como objetivo investigar a narrativa do livro The Handmaid's Tale, publicado em 1985 pela escritora canadense Margaret Atwood. Para tal análise, utilizou-se o conceito de distopia e utopia na Teoria da História e Literatura, estabelecendo o conceito de distopia como uma categoria de análise operacional para o trabalho. Destaca-se outras obras distópicas feministas ao longo do século XX, além de The Handmaid’s Tale, intuindo a compreensão de como essas obras refletem criticamente sobre questões de gênero, poder e opressão. Ao longo do trabalho, investiga-se como a obra de Atwood dialoga com manifestações feministas contemporâneas e sua dimensão temporal enquanto literatura, permitindo diálogos entre diferentes períodos históricos. A partir da investigação sobre a temporalidade na obra, com foco na estrutura não-linear de tempo presente em The Handmaid's Tale, buscou-se analisar o contexto histórico da obra. Discute-se a influência da obra 1984 e de George Orwell na criação de Margaret Atwood, destacando diferentes períodos históricos incorporados à narrativa, como a Modernidade Tardia, a Modernidade Clássica, o Tempo Sagrado e o tempo distópico de Gilead. Além da exploração sobre a não-linearidade do romance, investiga-se o epílogo do livro, intitulado Historical Notes on The Handmaid’s Tale, como uma possível crítica da autora a uma historiografia excludente e misógina. Buscou-se responder a perguntas sobre a ironia presente no epílogo e na análise dos professores, a natureza "ustópica" da obra, o monopólio masculino da narrativa histórica e a possível negação de credibilidade à perspectiva das mulheres. Refletiu-se sobre a intencionalidade de Atwood ao incluir esses elementos na obra e exploramos as relações de poder, discursos dominantes e formas de silenciamento presentes na narrativa. Incorporou-se entrevistas de Margaret Atwood sobre The Handmaid’s Tale e movimentações feministas, em diferentes momentos da trajetória da escritora com o objetivo de compreender os contextos históricos que cercam a obra. O presente trabalho objetivou compreender o livro The Handmaid's Tale dentro de uma perspectiva e metodologia de história global, trazendo reflexões sobre igualdade de gênero, entrelaçamento de espaços globais e glocais, histórias feministas e diferentes temporalidades e linearidades.
Modalidade remota, 2020.1
TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas.... more TCC (graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. História.O presente trabalho tem como objetivo analisar de que forma o ano de 1975, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como “Ano Internacional da Mulher”, é noticiado pela Folha de São Paulo, jornal brasileiro de grande circulação. Até 1975, uma longa caminhada foi trilhada pelos movimentos de mulheres e movimentos feministas ao redor do mundo. O feminismo, que se constitui como movimento social e político nos séculos XIX e início do século XX, ressurge na década de 1960. O denominado feminismo de “segunda onda”, reivindicando questões ligadas ao direito do corpo, mostra-se forte exercendo pressão social para que instituições como a ONU crie espaços para estes debates. A data é também importante para o estudo da história das mulheres e dos feminismos brasileiros. As diversas formas que o ano de 1975 foi recebido pelas mulheres brasileiras no contexto de ditadura civil-mi...
Resumo: O objetivo deste artigo é analisar através de relatos orais e escritos a vivência de tort... more Resumo: O objetivo deste artigo é analisar através de relatos orais e escritos a vivência de torturadas e torturados catarinenses na época da Ditadura Civil Militar brasileira (1964-1985). Pretendemos com esse artigo, ressaltar algo tão silenciado na história do Brasil e principalmente no Estado de Santa Catarina: a tortura. Para aprofundarmos as questões presentes no artigo utilizamos a entrevista que realizamos com a catarinense Derlei Catarina de Luca 3 ao primeiro dia do mês de setembro do ano de 2015, os escritos bibliográficos dos também catarinenses Marlene Soccas,
AEDOS: REVISTA DO CORPO DISCENTE DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DA UFRGS, 2022
O objetivo deste artigo é apresentar e discutir três abordagens concorrentes para o estudo das re... more O objetivo deste artigo é apresentar e discutir três abordagens concorrentes para o estudo das relações entre história e distopia desde o problema da experiência do tempo. Buscamos com isso problematizar os modos pelos quais as narrativas distópicas conectam passado, presente e futuro, temporalizando o tempo. Passamos pelo exame das contribuições das teorias do presentismo (Hartog), do atualismo (Pereira; Araujo) e do futuro sem precedentes (Simon). O argumento que desenvolvemos dialoga com a hipótese que identifica a emergência de uma consciência histórica distópica no século XXI (Bentivoglio). Ao final, defendemos que a imaginação distópica pode ser compreendida em face à experiência de um tempo desorientado. Um tempo marcado pela emergência de efeitos de não-simultaneidade, os quais expressam o tensionamento da relação entre a história em si e o conceito de história, instigando a historiografia a se repensar tanto do ponto vista narrativo quanto do ponto de vista conceitual.
Revista de Literatura, História e Memória, 2022
Com base nas leituras de Virginia Woolf, Rita Schmidt, Zahidé Muzart e Ildney Cavalcanti, este ar... more Com base nas leituras de Virginia Woolf, Rita Schmidt, Zahidé Muzart e Ildney Cavalcanti, este artigo tem como objetivo explorar aspectos referentes à escrita e publicação de obras de autoria feminina entre os séculos XIX e XX. Assim como compreender as nuances que envolvem o estigma do gênero literário romance e a presença e ausência de mulheres no cânone literário. A partir destas leituras, buscamos situar no tempo as obras de escritoras como Emília de Freitas, Charlotte Perkins Gilman, Margaret Atwood e Octavia Butler, analisando suas visões de futuro e deslugares possíveis ou impossíveis, a partir do fio condutor entre literatura, história do feminismo e teoria da história.