Maria Helena | Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (Federal University of Santa Catarina) (original) (raw)
Papers by Maria Helena
O trabalho analisa a reorganização espacial de três redes bancárias privadas – Bradesco, Bamerind... more O trabalho analisa a reorganização espacial de três redes bancárias privadas – Bradesco, Bamerindus (atual HSBC) e Unibanco – que surgem na primeira metade do século XX em São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Como evoluíram essas redes bancárias? Como interagiram com outros processos que moldam sua extensão territorial e social? O artigo examina os condicionantes externos e internos que mudaram a trajetória do sistema bancário no Brasil e apresenta um conjunto de mapas que mostram a localização das redes de agências desses bancos e suas mudanças locacionais (1986-1996 e 1996-2005). O texto conclui que a reorganização resultou da combinação de processos adaptativos e inovativos que demandaram uma nova geografia ajustada às condições macro e microeconômicas emergentes. Nesse processo os bancos inventaram ou reinventaram o correspondente bancário, objeto híbrido que combina serviço, tecnologia de comunicação e produto, viabilizando uma expansão territorial e social sem precedentes no terr...
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais
Ilha da magia", "Capital da qualidade de vida", "Ilha do silício". Por meio de discursos e imagen... more Ilha da magia", "Capital da qualidade de vida", "Ilha do silício". Por meio de discursos e imagens, diversas narrativas foram se transformando e se tornaram responsáveis por induzir as formas de ver e de dizer Florianópolis. Partindo do argumento de que o espaço participa da produção discursiva da cidade, o objetivo deste artigo é compreender o modo como as narrativas que constroem a Florianópolis atual foram empreendidas e modificadas entre 1975 e 2020. Utilizou-se como procedimento metodológico a análise de documentos veiculados em jornais locais, revistas de circulação nacional e guias turísticos, os quais permitiram inferir os discursos difundidos por agentes hegemônicos locais. Florianópolis foi produzida inicialmente como cidade turística e vivenciou um período de promoção de um turismo elitizado. Chegou ao século XXI com uma imagem turística convergente a uma estratégia de city marketing mais complexa, que passou a atrair investimentos dos setores de indústria criativa e tecnologia, além de novos moradores de alto poder aquisitivo.
GEOUSP: Espaço e Tempo (Online), 2017
Neste texto, analisamos movimentos micropolíticos de uma parcela da população residente no balneá... more Neste texto, analisamos movimentos micropolíticos de uma parcela da população residente no balneário do Campeche, em Florianópolis-SC, que, de forma organizada e conjunta, questionou o modelo de desenvolvimento econômico e urbano proposto pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf). Estudamos movimentos de contraposição a ideias, planos e ações que pretendiam transformar o Campeche num espaço modulado a partir de modelos internacionais, sem nenhuma relação com as geografias do balneário. Para tanto, recorremos a uma analítica da formação dos desejos, também entendida como análise micropolítica, por meio da fala de moradores(as) do Campeche e de narrativas construídas pelo órgão do poder público municipal responsável pelo planejamento urbano.
GEOUSP Espaço e Tempo (Online), 2020
Este artigo analisa como o planejamento urbano incorpora um discurso pautado em atributos turísti... more Este artigo analisa como o planejamento urbano incorpora um discurso pautado em atributos turísticos que orienta a urbanização de Florianópolis e consolida um projeto hegemônico de cidade, sobretudo entre as décadas de 1950 e 1980. A avaliação de sucessivos planos diretores e turísticos indica que o turismo passa de atividade acessória da cidade, conforme seu primeiro plano diretor, da década de 1950, para uma política institucional de planejamento urbano na virada da década de 1960 para a de 1970. Já na década de 1980, o planejamento urbano incorpora a ideia de vocação turística de Florianópolis, pautando-se na retórica ambiental para justificar suas ações. A instituição de Florianópolis como cidade turística surge de articulações entre relações de poder e formas de saber, como o planejamento urbano.
Linha Mestra, 2018
Transtornar hábitos educativos: o que ainda é possível em terras arrasadas?
Revista Latino-americana de Geografia e Genero, 2018
Revista Latino-americana de Geografia e Genero, 2018
Revista Geografica De America Central, 2011
Desde o início da década de 1990, Florianópolis vem sendo exaltada na mídia nacional e internacio... more Desde o início da década de 1990, Florianópolis vem sendo exaltada na mídia nacional e internacional por características como belezas naturais, altos índices de Desenvolvimento Humano, segurança, crescimento do setor de tecnologia e promoção de eventos. Esses atributos são conferidos à cidade como parte de um projeto modernizador que vem sendo atualizado desde a década de 1950 de acordo com os interesses de atores públicos e privados que, na tentativa de difundir algumas imagens da cidade, priorizam a de "paraíso turístico". Este trabalho objetiva investigar a construção da imagem turística atual de Florianópoliscapital de Santa Catarina, sul do Brasilvinculada a um processo de "urbanização turística" da cidade baseado na venda e no consumo do prazer, que favorece a expansão de serviços relacionados ao turismo e ao setor terciário. Para tanto, realizamos revisão bibliográfica, levantamento de dados junto a instituições públicas e privadas, pesquisa de material de divulgação da cidade, além de entrevistas com atores ligados ao turismo em Florianópolis. É possível reconhecer que as imagens turísticas de Florianópolis não elegem apenas fragmentos espaciais para serem difundidos em nome de toda a cidade, mas também fragmentos temporais do passado e do futuro, excluindo assim o presente da cidade. Palavras chaves: imagem turística, urbanização turística, Florianópolis.
O trabalho analisa a reorganização espacial de três redes bancárias privadas – Bradesco, Bamerind... more O trabalho analisa a reorganização espacial de três redes bancárias privadas – Bradesco, Bamerindus (atual HSBC) e Unibanco – que surgem na primeira metade do século XX em São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Como evoluíram essas redes bancárias? Como interagiram com outros processos que moldam sua extensão territorial e social? O artigo examina os condicionantes externos e internos que mudaram a trajetória do sistema bancário no Brasil e apresenta um conjunto de mapas que mostram a localização das redes de agências desses bancos e suas mudanças locacionais (1986-1996 e 1996-2005). O texto conclui que a reorganização resultou da combinação de processos adaptativos e inovativos que demandaram uma nova geografia ajustada às condições macro e microeconômicas emergentes. Nesse processo os bancos inventaram ou reinventaram o correspondente bancário, objeto híbrido que combina serviço, tecnologia de comunicação e produto, viabilizando uma expansão territorial e social sem precedentes no terr...
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais
Ilha da magia", "Capital da qualidade de vida", "Ilha do silício". Por meio de discursos e imagen... more Ilha da magia", "Capital da qualidade de vida", "Ilha do silício". Por meio de discursos e imagens, diversas narrativas foram se transformando e se tornaram responsáveis por induzir as formas de ver e de dizer Florianópolis. Partindo do argumento de que o espaço participa da produção discursiva da cidade, o objetivo deste artigo é compreender o modo como as narrativas que constroem a Florianópolis atual foram empreendidas e modificadas entre 1975 e 2020. Utilizou-se como procedimento metodológico a análise de documentos veiculados em jornais locais, revistas de circulação nacional e guias turísticos, os quais permitiram inferir os discursos difundidos por agentes hegemônicos locais. Florianópolis foi produzida inicialmente como cidade turística e vivenciou um período de promoção de um turismo elitizado. Chegou ao século XXI com uma imagem turística convergente a uma estratégia de city marketing mais complexa, que passou a atrair investimentos dos setores de indústria criativa e tecnologia, além de novos moradores de alto poder aquisitivo.
GEOUSP: Espaço e Tempo (Online), 2017
Neste texto, analisamos movimentos micropolíticos de uma parcela da população residente no balneá... more Neste texto, analisamos movimentos micropolíticos de uma parcela da população residente no balneário do Campeche, em Florianópolis-SC, que, de forma organizada e conjunta, questionou o modelo de desenvolvimento econômico e urbano proposto pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf). Estudamos movimentos de contraposição a ideias, planos e ações que pretendiam transformar o Campeche num espaço modulado a partir de modelos internacionais, sem nenhuma relação com as geografias do balneário. Para tanto, recorremos a uma analítica da formação dos desejos, também entendida como análise micropolítica, por meio da fala de moradores(as) do Campeche e de narrativas construídas pelo órgão do poder público municipal responsável pelo planejamento urbano.
GEOUSP Espaço e Tempo (Online), 2020
Este artigo analisa como o planejamento urbano incorpora um discurso pautado em atributos turísti... more Este artigo analisa como o planejamento urbano incorpora um discurso pautado em atributos turísticos que orienta a urbanização de Florianópolis e consolida um projeto hegemônico de cidade, sobretudo entre as décadas de 1950 e 1980. A avaliação de sucessivos planos diretores e turísticos indica que o turismo passa de atividade acessória da cidade, conforme seu primeiro plano diretor, da década de 1950, para uma política institucional de planejamento urbano na virada da década de 1960 para a de 1970. Já na década de 1980, o planejamento urbano incorpora a ideia de vocação turística de Florianópolis, pautando-se na retórica ambiental para justificar suas ações. A instituição de Florianópolis como cidade turística surge de articulações entre relações de poder e formas de saber, como o planejamento urbano.
Linha Mestra, 2018
Transtornar hábitos educativos: o que ainda é possível em terras arrasadas?
Revista Latino-americana de Geografia e Genero, 2018
Revista Latino-americana de Geografia e Genero, 2018
Revista Geografica De America Central, 2011
Desde o início da década de 1990, Florianópolis vem sendo exaltada na mídia nacional e internacio... more Desde o início da década de 1990, Florianópolis vem sendo exaltada na mídia nacional e internacional por características como belezas naturais, altos índices de Desenvolvimento Humano, segurança, crescimento do setor de tecnologia e promoção de eventos. Esses atributos são conferidos à cidade como parte de um projeto modernizador que vem sendo atualizado desde a década de 1950 de acordo com os interesses de atores públicos e privados que, na tentativa de difundir algumas imagens da cidade, priorizam a de "paraíso turístico". Este trabalho objetiva investigar a construção da imagem turística atual de Florianópoliscapital de Santa Catarina, sul do Brasilvinculada a um processo de "urbanização turística" da cidade baseado na venda e no consumo do prazer, que favorece a expansão de serviços relacionados ao turismo e ao setor terciário. Para tanto, realizamos revisão bibliográfica, levantamento de dados junto a instituições públicas e privadas, pesquisa de material de divulgação da cidade, além de entrevistas com atores ligados ao turismo em Florianópolis. É possível reconhecer que as imagens turísticas de Florianópolis não elegem apenas fragmentos espaciais para serem difundidos em nome de toda a cidade, mas também fragmentos temporais do passado e do futuro, excluindo assim o presente da cidade. Palavras chaves: imagem turística, urbanização turística, Florianópolis.