Margarida Sousa Sousa | Universidade de Mogi das Cruzes - CVL (original) (raw)

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Research paper thumbnail of O Caminho da Paixão de Jesus na Perspectiva do Evangelista Marcos

Verner Hoefelmann, 1995

V e rn e r H oefelm ann 1-A novidade teo lógica do evangelho de M arcos Menos de 20 anos antes do... more V e rn e r H oefelm ann 1-A novidade teo lógica do evangelho de M arcos Menos de 20 anos antes do evangelista Marcos, o apóstolo Paulo levantava o tema da cruz e ressurreição de Jesus Cristo em cartas ocasionais, endereçadas a com unidades por e le fundadas. Pode-se afirm ar, com relativa segurança, que este tem a constitui o e ix o de seu pensam ento teológico. Aos coríntios, por exem plo, ele ousa a firm a r que decidiu nada saber entre eles, a não ser a Jesus Cristo, e este crucificado (1 Co 2.2). A cruz de Cristo, que para o m undo circundante constitui escândalo e loucura, isso justam ente Paulo destaca com o sendo sinal do poder e da sabedoria de Deus (1 Co 1.24). Aos gálatas, que decairam da graça, o apóstolo per­ gunta, perplexo: Quem vos fascinou a vós, ante cujos olhos foi Je­ sus Cristo exposto como crucificado? (Gl 3.1). Se há algum a motivo para gloriar-m e, escreve ele, p re firo g loriar-m e na cruz de Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para m im e eu para o m undo (Gl 6.14). Chama a atenção, no entanto, que, excetuando algum as poucas palavras de Jesus (Rm 14.14; 1 Co 7.10; 9.14; 11.24ss; 1 Ts 4.15), o apóstolo não recorre à tradição das com unidades palesti-nenses para a rtic u la ra boa-nova do hom em de Nazaré. Toda a po­ lêm ica em torno da lei m osaico-farisaica, por exem plo, ê conduzi­ da com base em reflexões dogmáticas, sem q ua lq u er referência à tradição sinótica. Tê-la-á desconhecido ou sim plesm ente ignora­ do? A pesquisa neotestam entária não é unânim e a esse respeito. (*) A p resente c o n fe rê n c ia in a u g u ra l, p ro fe rid a na Escola S u p e rio r d e T e o lo g ia em 06.11.1985, re to m a e a p ro fu n d a a lg u n s aspectos d a c ris to lo g ia d e M arcos, le va n ta d o s e m nossa Tese d e M e strad o.

Research paper thumbnail of O Caminho da Paixão de Jesus na Perspectiva do Evangelista Marcos

Verner Hoefelmann, 1995

V e rn e r H oefelm ann 1-A novidade teo lógica do evangelho de M arcos Menos de 20 anos antes do... more V e rn e r H oefelm ann 1-A novidade teo lógica do evangelho de M arcos Menos de 20 anos antes do evangelista Marcos, o apóstolo Paulo levantava o tema da cruz e ressurreição de Jesus Cristo em cartas ocasionais, endereçadas a com unidades por e le fundadas. Pode-se afirm ar, com relativa segurança, que este tem a constitui o e ix o de seu pensam ento teológico. Aos coríntios, por exem plo, ele ousa a firm a r que decidiu nada saber entre eles, a não ser a Jesus Cristo, e este crucificado (1 Co 2.2). A cruz de Cristo, que para o m undo circundante constitui escândalo e loucura, isso justam ente Paulo destaca com o sendo sinal do poder e da sabedoria de Deus (1 Co 1.24). Aos gálatas, que decairam da graça, o apóstolo per­ gunta, perplexo: Quem vos fascinou a vós, ante cujos olhos foi Je­ sus Cristo exposto como crucificado? (Gl 3.1). Se há algum a motivo para gloriar-m e, escreve ele, p re firo g loriar-m e na cruz de Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para m im e eu para o m undo (Gl 6.14). Chama a atenção, no entanto, que, excetuando algum as poucas palavras de Jesus (Rm 14.14; 1 Co 7.10; 9.14; 11.24ss; 1 Ts 4.15), o apóstolo não recorre à tradição das com unidades palesti-nenses para a rtic u la ra boa-nova do hom em de Nazaré. Toda a po­ lêm ica em torno da lei m osaico-farisaica, por exem plo, ê conduzi­ da com base em reflexões dogmáticas, sem q ua lq u er referência à tradição sinótica. Tê-la-á desconhecido ou sim plesm ente ignora­ do? A pesquisa neotestam entária não é unânim e a esse respeito. (*) A p resente c o n fe rê n c ia in a u g u ra l, p ro fe rid a na Escola S u p e rio r d e T e o lo g ia em 06.11.1985, re to m a e a p ro fu n d a a lg u n s aspectos d a c ris to lo g ia d e M arcos, le va n ta d o s e m nossa Tese d e M e strad o.