Carolina Pescatori | Universidade de Brasília - UnB (original) (raw)
Conference Presentations by Carolina Pescatori
Docomomo, 2019
Resumo: Em Brasília há muitas Brasílias e nem todas cabem em no quadrado. As narrativas e históri... more Resumo: Em Brasília há muitas Brasílias e nem todas cabem em no quadrado. As narrativas e histórias sobre a capital costumam enaltecer a empreitada da construção de uma cidade em cinco anos, como sonhava Juscelino Kubitschek, sua arquitetura, seus palácios. E como cidade inventada que é que só nasceu pelo traço do arquiteto, foi através do Concurso para o Plano Piloto de 1957 que o desenho se tornou realidade. E, apesar da baixa representatividade, sim, havia mulheres projetando em um dos principais concursos de arquitetura e urbanismo da história brasileira. Ainda que a realidade do cerrado fosse tão dura, muitas mulheres vieram para a Capital com suas famílias, outras desbravadoras, se aventuraram no pó vermelho do cerrado e vieram trabalhar e estudar na criação da Universidade de Brasília. Entre os registros da passagem feminina pela universidade, temos também os relatos orais, as listas de filiação do IAB e as listas dos encontros comemorativos, os quais indicam que em torno de 30 arquitetas estiveram pela capital nos anos de 1960/70, o período de maior impulso na construção local. Mas, não só de arquitetas se construiu a cidade, e a participação feminina acompanhou a saga e a violência da capital em construção. Palavras-chave: Mulheres, Arquitetas, Brasília. Abstract: In Brasilia, there are many Brasílias and not all they fit in the square. The narratives and stories about the capital usually extol the work of building a city in five years, as Juscelino
A dispersão urbana é lócus do capital imobiliário e de seus mecanismos de reprodução, onde se mat... more A dispersão urbana é lócus do capital imobiliário e de seus mecanismos de reprodução, onde se materializam os “emergentes padrões urbanísticos” que ampliam a produção imobiliária do espaço urbano, visando à reprodução do capital e não das condições necessárias para a reprodução da força de trabalho. Empresas urbanizadoras exercem relevante papel neste processo e compreender suas estratégias é fundamental à pesquisa no campo do urbanismo. Sendo a Alphaville Urbanismo S.A. é a maior empresa urbanizadora do país, o objetivo deste artigo é revelar seu modus operandi, considerando sua atuação desde sua fundação, em 1951, até os dias atuais, com enfoque especial na análise dos empreendimentos por ela desenvolvidos em sua fase de expansão, qual seja, entre 1994 e 2010. Durante esta fase a empresa amplia sua atuação, antes restrita à área do Alphaville Barueri-Santana de Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo, para atuar em outros municípios paulistas e, logo em seguida, outros estados, somando mais de 60 empreendimentos até os dias atuais. A pesquisa analisa os empreendimentos realizados cronologicamente, buscando descrever padrões urbanísticos, de gestão e de articulação empresa com instâncias governamentais; o papel de importantes escritórios de arquitetura e planejamento responsáveis pelos projetos da maior parte dos empreendimentos na fase de expansão da empresa; e as estratégias de marketing desenvolvidas, considerando que a atuação da Alphaville é diretamente consequente de suas ações pregressas, e que seu modus operandi é resultado de um acúmulo de experiências. A pesquisa revela, ainda, que, no período estudado, não houve uma mera aplicação do modelo de urbanização desenvolvido pela empresa nos empreendimentos em Barueri e Santana do Parnaíba, e sim um “aprimoramento” das práticas antes aplicadas, com a industrialização do projeto e da construção, onde o próprio espaço construído é tomado como uma “marca” reconhecível, reproduzível e altamente rentável.
Parte das teorias contemporâneas sobre a forma da cidade foca-se em um debate dual: de um lado, e... more Parte das teorias contemporâneas sobre a forma da cidade foca-se em um debate dual: de um lado, estudos demonstram a intensidade do crescimento e a expansão da urbanização, formando uma leitura de cidade dispersa, considerada, por alguns autores, como a morte da cidade; de outro, investigações objetivam frear essa dispersão e prover respostas urbanísticas baseadas no resgate da cidade "tradicional", formando uma leitura de cidade compacta. O embate entre essas leituras é central para a discussão acerca da urbanização contemporânea, que ainda carece de leituras que considerem a dispersão urbana dentro de uma perspectiva historiográfica.
Autora: Carolina Pescatori Candido da Silva; arquiteta urbanista pela FAU-UnB, Mestre em Arquitet... more Autora: Carolina Pescatori Candido da Silva; arquiteta urbanista pela FAU-UnB, Mestre em Arquitetura da Paisagem pela Pennsylvania State University -EUA, doutoranda do PPG-FAU-UnB; professora assistente da FAU-UnB.
Anais do XIII Seminário de História da Cidade e do Urbanismo, 2014
Parte das teorias contemporâneas sobre a forma da cidade foca num debate dual: de um lado, estudo... more Parte das teorias contemporâneas sobre a forma da cidade foca num debate dual: de um lado, estudos analíticos e históricos demonstram a intensidade do crescimento e expansão territorial da urbanização, sua permanência e irreversibilidade, formando o paradigma da cidade dispersa; do outro, estudos que objetivam frear essa dispersão e prover respostas urbanísticas baseadas no resgate de padrões espaciais da cidade “tradicional”, formam o paradigma da cidade compacta. Há um embate entre coesão e dispersão no discurso urbanístico contemporâneo, onde a questão do limite à expansão urbana é aspecto central. Mas esta questão já foi debatida e trabalhada profundamente em outros tempos, particularmente durante a industrialização acelerada dos EUA e do Brasil na virada para o século XX. Então, encontrariam os paradigmas contemporâneos de urbanismo um paralelo na virada do século XX? Isto implicaria em dizer que nem todas as questões que cercam a hiper-urbanização do século XXI são novas? Esta é a discussão que este breve trabalho pretende levantar, desenvolvida em três partes: o contexto econômico e social da industrialização e acelerado crescimento urbano a partir de 1920 no Brasil; os desdobramentos desta expansão urbana populacional e física no debate urbanístico à época, por meio de uma breve revisão dos textos do engenheiro- arquiteto Anhaia Mello; e uma conclusão comparativa com o debate urbanístico contemporâneo.
Cidade compacta e cidade dispersa by Carolina Pescatori
R e s u m o : Parte das teorias contemporâneas sobre a forma da cidade foca-se em um debate dual:... more R e s u m o : Parte das teorias contemporâneas sobre a forma da cidade foca-se em um debate dual: de um lado, estudos demonstram a intensidade do crescimento e a expansão da urbanização, formando uma leitura de cidade dispersa, considerada, por alguns autores, como a morte da cidade; de outro, investigações objetivam frear essa dispersão e prover respostas urbanísticas baseadas no resgate da cidade "tradicional", formando uma leitura de cidade compacta. O embate entre essas leituras é central para a discussão acerca da morfologia urbana contemporânea. A análise do projeto urbanístico do Alphaville Brasília aponta para a inserção da capital nos padrões de intensificação da dispersão urbana, com a materialização de modos de vida ainda raros ali e a constituição de uma "nova periferia". A estratégia urbanística e mercadológica da empresa baseia-se na construção de uma imagem ambígua de cidade, ora dispersa, ora incorporando parcialmente a ideia de cidade compacta, mas sempre negando seu contexto na região do entorno do DF. P a l a v r a s -c h a v e : cidade compacta; cidade dispersa; Brasília; Alphaville; urbanismo.
Anais do VI Seminario Internacional de Investigación en Urbanismo, 2014
Parte das teorias contemporâneas sobre a forma da cidade foca num debate dual: de um lado, estudo... more Parte das teorias contemporâneas sobre a forma da cidade foca num debate dual: de um lado, estudos analíticos e históricos demonstram a intensidade do crescimento e expansão territorial da urbanização, sua permanência e irreversibilidade, formando o paradigma da cidade dispersa; do outro, estudos que objetivam frear essa dispersão e prover respostas urbanísticas baseadas no resgate de padrões espaciais da cidade "tradicional", formam o paradigma da cidade compacta. Diferentemente da cidade dispersa, o discurso sobre a cidade compacta ainda carece de estudos que o analisem sob uma perspectiva histórica, identificando a rede de conhecimento e influências que o construiu e difundiu na Europa e nas Américas. Este artigo inicia a cobrir esta lacuna a partir de especulações sobre como compacidade e dispersão se apresentam na história recente da cidade e como se construiu o discurso contemporâneo da cidade compacta que, apesar das fortes críticas, não diminuiu seu poder de atração e convencimento.
Mobilidade urbana by Carolina Pescatori
Cadernos Metrópole, 2008
It is known that transportation systems based on private automobiles are not sustainable. However... more It is known that transportation systems based on private automobiles are not sustainable. However, most developed and developing countries are experiencing increasing rates of automobile ownership with consequential decreases in public transportation ridership, bicycling, and walking. The disconnection between transportation planning and sustainability affects many countries but is more devastating in cities of developing countries. Unsustainable transportation systems exacerbate issues of access to urban centers and equality of opportunities, and are not socially sustainable. This paper explores aspects of social sustainability in transportation in Brasília, Brazil. The city of Brasília was designed under the principles of functionalism in 1956. The paper addresses some of the impacts of transportation on the social landscape and provides an overview of social exclusion in transportation in Brasília.
A configuração espacial do campus universitário e os caminhos traçados a partir da distribuição e... more A configuração espacial do campus universitário e os caminhos traçados a partir da distribuição e da morfologia dos edifícios são características fundamentais para o entendimento da circulação do pedestre na universidade. Ele vai ser, ou pelo menos deveria ser, o objeto de maior importância no cenário urbanístico caracteristicamente moderno desta universidade, cujo projeto foi gestado por Lucio Costa e posteriormente desenvolvido por Oscar Niemeyer. Primeiramente, delineia-se o contexto histórico de criação do campus universitário da Universidade de Brasília, para então elaborar as diretrizes, definidas por quatro dimensões, para avaliar as condições em que esse espaço se apresenta no campus. São elas as dimensões da (1) acessibilidade, (2) segurança e proteção, (3) conforto ambiental e (4) atratividade, na quais, estão evidenciados os critérios para análise. Cria-se, então, um eixo longitudinal onde são determinados pontos estratégicos, nomeados como estações, para realizar a análise com mais detalhe. Para cada estação, tem-se a análise das dimensões e da composição do diagnóstico desse espaço destinado ao pedestre. A partir disso, foi possível elaborar uma tabela-resumo com a situação desse percurso em que são apresentados detalhadamente os aspectos positivos e negativos de cada parte do trajeto. Os resultados obtidos, nesse estudo de caso, são importantes para ilustrar a situação frágil do pedestre dentro do seu sistema e a sua importância dentro da universidade.
Planejamento urbano by Carolina Pescatori
Papers by Carolina Pescatori
Cadernos Metrópole
Resumo O presente estudo problematiza a segregação planejada em Brasília durante a sua construção... more Resumo O presente estudo problematiza a segregação planejada em Brasília durante a sua construção, tendo como base o caso da vila Amauri, uma ocupação informal de candangos que existiu entre 1959 e 1960, próxima ao Congresso Nacional, em uma região que posteriormente e de modo planejado seria inundada pelas águas do lago Paranoá. Utilizamos autores clássicos da sociologia urbana para debater as categorias sociológicas da cidade, resgatando, em segundo lugar, estudos a respeito da visão dualista e excludente de discursos que pregavam a modernização. Por último, desenvolvemos uma discussão acerca de Brasília e a segregação planejada nos seus primórdios, evidenciando, por meio de relatos orais, uma apropriação do espaço mais plural e destoante do que aquela apregoada pelos idealizadores do projeto da capital.
Editora Universidade de Brasília eBooks, 2021
Bitácora Urbano Territorial
Pretende problematizar o referencial de cidade utilizado atualmente pelo ensino de urbanismo e de... more Pretende problematizar o referencial de cidade utilizado atualmente pelo ensino de urbanismo e defender uma alternativa que possa ajudar a enfrentar os desafios colocados pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, quando aplicados à realidade urbana latino-americana, marcada por forte desigualdade e segregação socioespacial. Para tanto, parte de uma análise crítica de intervenções urbanísticas realizadas na cidade do Rio de Janeiro, traçando um elo com o ensino de urbanismo praticado no curso que constitui ainda hoje importante referência curricular no Brasil. A argumentação em defesa de um paradigma alternativo de cidade para o ensino de urbanismo recorre ainda a resultados de pesquisa anterior baseada na hipótese da pertinência de uma releitura de projetos do urbanismo moderno para lidar com os desafios da cidade contemporânea e a questão da integração de seus componentes infraestruturais. Como resultados dessa análise crítica de paradigmas, destaca diversas ques...
A proposta da pesquisa é formular perspectivas para um cenário pós-pandemia da Covid-19 centradas... more A proposta da pesquisa é formular perspectivas para um cenário pós-pandemia da Covid-19 centradas no transporte e mobilidade. A crise decorrente do isolamento teve impacto muito forte sobre a economia, num modo geral, o que se espera é uma queda pronunciada do PIB e um cenário crítico de incerteza no Brasil e no mundo; em particular, efeitos negativos sobre o mercado de trabalho, o que pode piorar ao longo deste e dos próximos anos. A paralisação de diversas atividades decorrentes do isolamento social colocou em evidência muitas fragilidades do sistema de transporte atual. Esta pesquisa pretende apontar perspectivas relacionadas à mobilidade urbana no Distrito Federal, mais especificamente, no que se refere ao dimensionamento e padrões de circulação. Destacamos: o dimensionamento da frota; os padrões de circulação intra-bairros; a forma de integração com as diversas partes que configuram uma região metropolitana heterogênea como Brasília. Trata-se de pesquisa detida e vertical com p...
Em Brasília há muitas Brasílias e nem todas cabem em no quadrado. As narrativas e histórias sobre... more Em Brasília há muitas Brasílias e nem todas cabem em no quadrado. As narrativas e histórias sobre a capital costumam enaltecer a empreitada da construção de uma cidade em cinco anos, como sonhava Juscelino Kubitschek, sua arquitetura, seus palácios. E como cidade inventada que é que só nasceu pelo traço do arquiteto, foi através do Concurso para o Plano Piloto de 1957 que o desenho se tornou realidade. E, apesar da baixa representatividade, sim, havia mulheres projetando em um dos principais concursos de arquitetura e urbanismo da história brasileira. Ainda que a realidade do cerrado fosse tão dura, muitas mulheres vieram para a Capital com suas famílias, outras desbravadoras, se aventuraram no pó vermelho do cerrado e vieram trabalhar e estudar na criação da Universidade de Brasília. Entre os registros da passagem feminina pela universidade, temos também os relatos orais, as listas de filiação do IAB e as listas dos encontros comemorativos, os quais indicam que em torno de 30 arqui...
Neste artigo, exploramos as interpretações de Bernardo Secchi a respeito da segregação socioespac... more Neste artigo, exploramos as interpretações de Bernardo Secchi a respeito da segregação socioespacial, fazendo correlações com a atual região metropolitana de Brasília. Para o autor, há uma "nova questão urbana" que contribui para o agravamento da crise da economia planetária, e para a qual as práticas urbanísticas concorrem. A partir de um arco histórico com origem na cidade europeia, Secchi caracteriza a urbanização violenta, atualmente em curso em metrópoles asiáticas, africanas e latino americanas e contrária ao entendimento da cidade como lócus ideal de integração social e cultural por excelência. Partindo daí, pensamos em políticas e projetos que acirram a desigualdade no Distrito Federal centradas em dispositivos formulados no longo processo de construção da capital, resultando hoje numa dinâmica de centralidades capazes de assimilar os benefícios da urbanização; e periferias pauperizadas nas franjas da metrópole
Diferentemente de outras cidades brasileiras, Brasília nasceu dispersa, configurada por diversos ... more Diferentemente de outras cidades brasileiras, Brasília nasceu dispersa, configurada por diversos núcleos urbanos para além do Plano Piloto, talvez antes mesmo do fenômeno de dispersão metropolitana iniciar-se em outras regiões do país. Se Brasília nasceu dispersa pela organização territorial em cidades-satélites, esse processo se acentuou e se diversificou nas últimas décadas, quando novas áreas foram (ou estão sendo) urbanizadas, mas com tipologias urbanísticas muito diferentes das originalmente planejadas, muitas vezes em desacordo com as diretrizes oficiais estabelecidas pelo planejamento territorial. Assim, Brasília, considerada nesta pesquisa como um município único cujo território político corresponde ao Distrito Federal, relaciona-se historicamente com a dispersão urbana, mas também aos processos contemporâneos de metropolização, seguidos da ocupação de vazios territoriais entre os núcleos urbanos existentes e, modificando profundamente a paisagem urbana e social. O objeto de...
Anales del Instituto de Arte Americano e Investigaciones Estéticas "Mario J. Buschiazzo", Jun 19, 2021
Anales es una revista periódica arbitrada que surgió en el año 1948 dentro del Instituto de Arte ... more Anales es una revista periódica arbitrada que surgió en el año 1948 dentro del Instituto de Arte Americano e Investigaciones Estéticas "Mario J. Buschiazzo" (IAA). Publica trabajos originales vinculados a la historia de disciplinas como el urbanismo, la arquitectura y el diseño gráfico e industrial y, preferentemente, referidos a América Latina.
Revista Espaço e Geografia, Dec 30, 2020
Docomomo, 2019
Resumo: Em Brasília há muitas Brasílias e nem todas cabem em no quadrado. As narrativas e históri... more Resumo: Em Brasília há muitas Brasílias e nem todas cabem em no quadrado. As narrativas e histórias sobre a capital costumam enaltecer a empreitada da construção de uma cidade em cinco anos, como sonhava Juscelino Kubitschek, sua arquitetura, seus palácios. E como cidade inventada que é que só nasceu pelo traço do arquiteto, foi através do Concurso para o Plano Piloto de 1957 que o desenho se tornou realidade. E, apesar da baixa representatividade, sim, havia mulheres projetando em um dos principais concursos de arquitetura e urbanismo da história brasileira. Ainda que a realidade do cerrado fosse tão dura, muitas mulheres vieram para a Capital com suas famílias, outras desbravadoras, se aventuraram no pó vermelho do cerrado e vieram trabalhar e estudar na criação da Universidade de Brasília. Entre os registros da passagem feminina pela universidade, temos também os relatos orais, as listas de filiação do IAB e as listas dos encontros comemorativos, os quais indicam que em torno de 30 arquitetas estiveram pela capital nos anos de 1960/70, o período de maior impulso na construção local. Mas, não só de arquitetas se construiu a cidade, e a participação feminina acompanhou a saga e a violência da capital em construção. Palavras-chave: Mulheres, Arquitetas, Brasília. Abstract: In Brasilia, there are many Brasílias and not all they fit in the square. The narratives and stories about the capital usually extol the work of building a city in five years, as Juscelino
A dispersão urbana é lócus do capital imobiliário e de seus mecanismos de reprodução, onde se mat... more A dispersão urbana é lócus do capital imobiliário e de seus mecanismos de reprodução, onde se materializam os “emergentes padrões urbanísticos” que ampliam a produção imobiliária do espaço urbano, visando à reprodução do capital e não das condições necessárias para a reprodução da força de trabalho. Empresas urbanizadoras exercem relevante papel neste processo e compreender suas estratégias é fundamental à pesquisa no campo do urbanismo. Sendo a Alphaville Urbanismo S.A. é a maior empresa urbanizadora do país, o objetivo deste artigo é revelar seu modus operandi, considerando sua atuação desde sua fundação, em 1951, até os dias atuais, com enfoque especial na análise dos empreendimentos por ela desenvolvidos em sua fase de expansão, qual seja, entre 1994 e 2010. Durante esta fase a empresa amplia sua atuação, antes restrita à área do Alphaville Barueri-Santana de Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo, para atuar em outros municípios paulistas e, logo em seguida, outros estados, somando mais de 60 empreendimentos até os dias atuais. A pesquisa analisa os empreendimentos realizados cronologicamente, buscando descrever padrões urbanísticos, de gestão e de articulação empresa com instâncias governamentais; o papel de importantes escritórios de arquitetura e planejamento responsáveis pelos projetos da maior parte dos empreendimentos na fase de expansão da empresa; e as estratégias de marketing desenvolvidas, considerando que a atuação da Alphaville é diretamente consequente de suas ações pregressas, e que seu modus operandi é resultado de um acúmulo de experiências. A pesquisa revela, ainda, que, no período estudado, não houve uma mera aplicação do modelo de urbanização desenvolvido pela empresa nos empreendimentos em Barueri e Santana do Parnaíba, e sim um “aprimoramento” das práticas antes aplicadas, com a industrialização do projeto e da construção, onde o próprio espaço construído é tomado como uma “marca” reconhecível, reproduzível e altamente rentável.
Parte das teorias contemporâneas sobre a forma da cidade foca-se em um debate dual: de um lado, e... more Parte das teorias contemporâneas sobre a forma da cidade foca-se em um debate dual: de um lado, estudos demonstram a intensidade do crescimento e a expansão da urbanização, formando uma leitura de cidade dispersa, considerada, por alguns autores, como a morte da cidade; de outro, investigações objetivam frear essa dispersão e prover respostas urbanísticas baseadas no resgate da cidade "tradicional", formando uma leitura de cidade compacta. O embate entre essas leituras é central para a discussão acerca da urbanização contemporânea, que ainda carece de leituras que considerem a dispersão urbana dentro de uma perspectiva historiográfica.
Autora: Carolina Pescatori Candido da Silva; arquiteta urbanista pela FAU-UnB, Mestre em Arquitet... more Autora: Carolina Pescatori Candido da Silva; arquiteta urbanista pela FAU-UnB, Mestre em Arquitetura da Paisagem pela Pennsylvania State University -EUA, doutoranda do PPG-FAU-UnB; professora assistente da FAU-UnB.
Anais do XIII Seminário de História da Cidade e do Urbanismo, 2014
Parte das teorias contemporâneas sobre a forma da cidade foca num debate dual: de um lado, estudo... more Parte das teorias contemporâneas sobre a forma da cidade foca num debate dual: de um lado, estudos analíticos e históricos demonstram a intensidade do crescimento e expansão territorial da urbanização, sua permanência e irreversibilidade, formando o paradigma da cidade dispersa; do outro, estudos que objetivam frear essa dispersão e prover respostas urbanísticas baseadas no resgate de padrões espaciais da cidade “tradicional”, formam o paradigma da cidade compacta. Há um embate entre coesão e dispersão no discurso urbanístico contemporâneo, onde a questão do limite à expansão urbana é aspecto central. Mas esta questão já foi debatida e trabalhada profundamente em outros tempos, particularmente durante a industrialização acelerada dos EUA e do Brasil na virada para o século XX. Então, encontrariam os paradigmas contemporâneos de urbanismo um paralelo na virada do século XX? Isto implicaria em dizer que nem todas as questões que cercam a hiper-urbanização do século XXI são novas? Esta é a discussão que este breve trabalho pretende levantar, desenvolvida em três partes: o contexto econômico e social da industrialização e acelerado crescimento urbano a partir de 1920 no Brasil; os desdobramentos desta expansão urbana populacional e física no debate urbanístico à época, por meio de uma breve revisão dos textos do engenheiro- arquiteto Anhaia Mello; e uma conclusão comparativa com o debate urbanístico contemporâneo.
R e s u m o : Parte das teorias contemporâneas sobre a forma da cidade foca-se em um debate dual:... more R e s u m o : Parte das teorias contemporâneas sobre a forma da cidade foca-se em um debate dual: de um lado, estudos demonstram a intensidade do crescimento e a expansão da urbanização, formando uma leitura de cidade dispersa, considerada, por alguns autores, como a morte da cidade; de outro, investigações objetivam frear essa dispersão e prover respostas urbanísticas baseadas no resgate da cidade "tradicional", formando uma leitura de cidade compacta. O embate entre essas leituras é central para a discussão acerca da morfologia urbana contemporânea. A análise do projeto urbanístico do Alphaville Brasília aponta para a inserção da capital nos padrões de intensificação da dispersão urbana, com a materialização de modos de vida ainda raros ali e a constituição de uma "nova periferia". A estratégia urbanística e mercadológica da empresa baseia-se na construção de uma imagem ambígua de cidade, ora dispersa, ora incorporando parcialmente a ideia de cidade compacta, mas sempre negando seu contexto na região do entorno do DF. P a l a v r a s -c h a v e : cidade compacta; cidade dispersa; Brasília; Alphaville; urbanismo.
Anais do VI Seminario Internacional de Investigación en Urbanismo, 2014
Parte das teorias contemporâneas sobre a forma da cidade foca num debate dual: de um lado, estudo... more Parte das teorias contemporâneas sobre a forma da cidade foca num debate dual: de um lado, estudos analíticos e históricos demonstram a intensidade do crescimento e expansão territorial da urbanização, sua permanência e irreversibilidade, formando o paradigma da cidade dispersa; do outro, estudos que objetivam frear essa dispersão e prover respostas urbanísticas baseadas no resgate de padrões espaciais da cidade "tradicional", formam o paradigma da cidade compacta. Diferentemente da cidade dispersa, o discurso sobre a cidade compacta ainda carece de estudos que o analisem sob uma perspectiva histórica, identificando a rede de conhecimento e influências que o construiu e difundiu na Europa e nas Américas. Este artigo inicia a cobrir esta lacuna a partir de especulações sobre como compacidade e dispersão se apresentam na história recente da cidade e como se construiu o discurso contemporâneo da cidade compacta que, apesar das fortes críticas, não diminuiu seu poder de atração e convencimento.
Cadernos Metrópole, 2008
It is known that transportation systems based on private automobiles are not sustainable. However... more It is known that transportation systems based on private automobiles are not sustainable. However, most developed and developing countries are experiencing increasing rates of automobile ownership with consequential decreases in public transportation ridership, bicycling, and walking. The disconnection between transportation planning and sustainability affects many countries but is more devastating in cities of developing countries. Unsustainable transportation systems exacerbate issues of access to urban centers and equality of opportunities, and are not socially sustainable. This paper explores aspects of social sustainability in transportation in Brasília, Brazil. The city of Brasília was designed under the principles of functionalism in 1956. The paper addresses some of the impacts of transportation on the social landscape and provides an overview of social exclusion in transportation in Brasília.
A configuração espacial do campus universitário e os caminhos traçados a partir da distribuição e... more A configuração espacial do campus universitário e os caminhos traçados a partir da distribuição e da morfologia dos edifícios são características fundamentais para o entendimento da circulação do pedestre na universidade. Ele vai ser, ou pelo menos deveria ser, o objeto de maior importância no cenário urbanístico caracteristicamente moderno desta universidade, cujo projeto foi gestado por Lucio Costa e posteriormente desenvolvido por Oscar Niemeyer. Primeiramente, delineia-se o contexto histórico de criação do campus universitário da Universidade de Brasília, para então elaborar as diretrizes, definidas por quatro dimensões, para avaliar as condições em que esse espaço se apresenta no campus. São elas as dimensões da (1) acessibilidade, (2) segurança e proteção, (3) conforto ambiental e (4) atratividade, na quais, estão evidenciados os critérios para análise. Cria-se, então, um eixo longitudinal onde são determinados pontos estratégicos, nomeados como estações, para realizar a análise com mais detalhe. Para cada estação, tem-se a análise das dimensões e da composição do diagnóstico desse espaço destinado ao pedestre. A partir disso, foi possível elaborar uma tabela-resumo com a situação desse percurso em que são apresentados detalhadamente os aspectos positivos e negativos de cada parte do trajeto. Os resultados obtidos, nesse estudo de caso, são importantes para ilustrar a situação frágil do pedestre dentro do seu sistema e a sua importância dentro da universidade.
Cadernos Metrópole
Resumo O presente estudo problematiza a segregação planejada em Brasília durante a sua construção... more Resumo O presente estudo problematiza a segregação planejada em Brasília durante a sua construção, tendo como base o caso da vila Amauri, uma ocupação informal de candangos que existiu entre 1959 e 1960, próxima ao Congresso Nacional, em uma região que posteriormente e de modo planejado seria inundada pelas águas do lago Paranoá. Utilizamos autores clássicos da sociologia urbana para debater as categorias sociológicas da cidade, resgatando, em segundo lugar, estudos a respeito da visão dualista e excludente de discursos que pregavam a modernização. Por último, desenvolvemos uma discussão acerca de Brasília e a segregação planejada nos seus primórdios, evidenciando, por meio de relatos orais, uma apropriação do espaço mais plural e destoante do que aquela apregoada pelos idealizadores do projeto da capital.
Editora Universidade de Brasília eBooks, 2021
Bitácora Urbano Territorial
Pretende problematizar o referencial de cidade utilizado atualmente pelo ensino de urbanismo e de... more Pretende problematizar o referencial de cidade utilizado atualmente pelo ensino de urbanismo e defender uma alternativa que possa ajudar a enfrentar os desafios colocados pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, quando aplicados à realidade urbana latino-americana, marcada por forte desigualdade e segregação socioespacial. Para tanto, parte de uma análise crítica de intervenções urbanísticas realizadas na cidade do Rio de Janeiro, traçando um elo com o ensino de urbanismo praticado no curso que constitui ainda hoje importante referência curricular no Brasil. A argumentação em defesa de um paradigma alternativo de cidade para o ensino de urbanismo recorre ainda a resultados de pesquisa anterior baseada na hipótese da pertinência de uma releitura de projetos do urbanismo moderno para lidar com os desafios da cidade contemporânea e a questão da integração de seus componentes infraestruturais. Como resultados dessa análise crítica de paradigmas, destaca diversas ques...
A proposta da pesquisa é formular perspectivas para um cenário pós-pandemia da Covid-19 centradas... more A proposta da pesquisa é formular perspectivas para um cenário pós-pandemia da Covid-19 centradas no transporte e mobilidade. A crise decorrente do isolamento teve impacto muito forte sobre a economia, num modo geral, o que se espera é uma queda pronunciada do PIB e um cenário crítico de incerteza no Brasil e no mundo; em particular, efeitos negativos sobre o mercado de trabalho, o que pode piorar ao longo deste e dos próximos anos. A paralisação de diversas atividades decorrentes do isolamento social colocou em evidência muitas fragilidades do sistema de transporte atual. Esta pesquisa pretende apontar perspectivas relacionadas à mobilidade urbana no Distrito Federal, mais especificamente, no que se refere ao dimensionamento e padrões de circulação. Destacamos: o dimensionamento da frota; os padrões de circulação intra-bairros; a forma de integração com as diversas partes que configuram uma região metropolitana heterogênea como Brasília. Trata-se de pesquisa detida e vertical com p...
Em Brasília há muitas Brasílias e nem todas cabem em no quadrado. As narrativas e histórias sobre... more Em Brasília há muitas Brasílias e nem todas cabem em no quadrado. As narrativas e histórias sobre a capital costumam enaltecer a empreitada da construção de uma cidade em cinco anos, como sonhava Juscelino Kubitschek, sua arquitetura, seus palácios. E como cidade inventada que é que só nasceu pelo traço do arquiteto, foi através do Concurso para o Plano Piloto de 1957 que o desenho se tornou realidade. E, apesar da baixa representatividade, sim, havia mulheres projetando em um dos principais concursos de arquitetura e urbanismo da história brasileira. Ainda que a realidade do cerrado fosse tão dura, muitas mulheres vieram para a Capital com suas famílias, outras desbravadoras, se aventuraram no pó vermelho do cerrado e vieram trabalhar e estudar na criação da Universidade de Brasília. Entre os registros da passagem feminina pela universidade, temos também os relatos orais, as listas de filiação do IAB e as listas dos encontros comemorativos, os quais indicam que em torno de 30 arqui...
Neste artigo, exploramos as interpretações de Bernardo Secchi a respeito da segregação socioespac... more Neste artigo, exploramos as interpretações de Bernardo Secchi a respeito da segregação socioespacial, fazendo correlações com a atual região metropolitana de Brasília. Para o autor, há uma "nova questão urbana" que contribui para o agravamento da crise da economia planetária, e para a qual as práticas urbanísticas concorrem. A partir de um arco histórico com origem na cidade europeia, Secchi caracteriza a urbanização violenta, atualmente em curso em metrópoles asiáticas, africanas e latino americanas e contrária ao entendimento da cidade como lócus ideal de integração social e cultural por excelência. Partindo daí, pensamos em políticas e projetos que acirram a desigualdade no Distrito Federal centradas em dispositivos formulados no longo processo de construção da capital, resultando hoje numa dinâmica de centralidades capazes de assimilar os benefícios da urbanização; e periferias pauperizadas nas franjas da metrópole
Diferentemente de outras cidades brasileiras, Brasília nasceu dispersa, configurada por diversos ... more Diferentemente de outras cidades brasileiras, Brasília nasceu dispersa, configurada por diversos núcleos urbanos para além do Plano Piloto, talvez antes mesmo do fenômeno de dispersão metropolitana iniciar-se em outras regiões do país. Se Brasília nasceu dispersa pela organização territorial em cidades-satélites, esse processo se acentuou e se diversificou nas últimas décadas, quando novas áreas foram (ou estão sendo) urbanizadas, mas com tipologias urbanísticas muito diferentes das originalmente planejadas, muitas vezes em desacordo com as diretrizes oficiais estabelecidas pelo planejamento territorial. Assim, Brasília, considerada nesta pesquisa como um município único cujo território político corresponde ao Distrito Federal, relaciona-se historicamente com a dispersão urbana, mas também aos processos contemporâneos de metropolização, seguidos da ocupação de vazios territoriais entre os núcleos urbanos existentes e, modificando profundamente a paisagem urbana e social. O objeto de...
Anales del Instituto de Arte Americano e Investigaciones Estéticas "Mario J. Buschiazzo", Jun 19, 2021
Anales es una revista periódica arbitrada que surgió en el año 1948 dentro del Instituto de Arte ... more Anales es una revista periódica arbitrada que surgió en el año 1948 dentro del Instituto de Arte Americano e Investigaciones Estéticas "Mario J. Buschiazzo" (IAA). Publica trabajos originales vinculados a la historia de disciplinas como el urbanismo, la arquitectura y el diseño gráfico e industrial y, preferentemente, referidos a América Latina.
Revista Espaço e Geografia, Dec 30, 2020
Revista Latino-americana de Ambiente Construído & Sustentabilidade
La Universidad de Brasilia atraviesa un momento muy importante para su futuro: la revisión del Pl... more La Universidad de Brasilia atraviesa un momento muy importante para su futuro: la revisión del Plan Maestro del Campus Darcy Ribeiro, con una propuesta que establecerá las pautas para la ocupación de los espacios del campus, tanto en áreas ya construidas como en áreas de preservación, así como futuras ampliaciones. Como toda ciudad, la ciudad universitaria necesita pensar continuamente en su espacio, ocupación y uso. Buscando el equilibrio entre preservar su patrimonio cultural moderno, de valor reconocido nacional e internacionalmente, adaptándose a los enormes desafíos que plantea la crisis ambiental, el crecimiento y demandas de la población universitaria. Este crecimiento deseado, planificado y necesario necesita de lineamientos de diseño que entiendan a estos nuevos usuarios que vienen de todo el Distrito Federal, y que aún incorporen las nociones de sustentabilidad, inclusión y equidad en su paisaje. A pesar del claro predominio de estos principios y su enorme potencial social...
Revista Cadernos de Pós-Graduação em Arquitetura, 2021
Paisagem urbana: natureza & pessoas reúne o resultado de pesquisas acerca da inserção da dimensão... more Paisagem urbana: natureza & pessoas reúne o resultado de pesquisas acerca da inserção da dimensão ambiental nas decisões de ordenamento territorial urbano. Desenvolve abordagem teórico-prática tendo o Distrito Federal como objeto de análise, com achados que podem ser replicados em outros contextos. Inicialmente, trata dos conceitos de qualidade de vida e ambiental e de sua tradução em atributos espaciais para subsidiar as intervenções na paisagem. Segue investigando as manifestações conceituais sobre Arquitetura da Paisagem, quando destaca a infraestrutura verde como método de abordagem para estruturação da paisagem urbana multifuncional. Dedica atenção às relações entre cidade e água, com ênfase na drenagem sustentável por meio de estudo dos alagamentos de Brasília, utilizando métodos de simulação que demonstram efetividade em comparação às soluções tradicionais. Trata ainda da ocupação urbana em áreas de recarga de aquíferos, indicando a relação entre padrões urbanísticos e infilt...
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, 2015
Parte das teorias contemporâneas sobre a forma da cidade foca-se em um debate dual: de um lado, e... more Parte das teorias contemporâneas sobre a forma da cidade foca-se em um debate dual: de um lado, estudos demonstram a intensidade do crescimento e a expansão da urbanização, formando uma leitura de cidade dispersa, considerada, por alguns autores, como a morte da cidade; de outro, investigações objetivam frear essa dispersão e prover respostas urbanísticas baseadas no resgate da cidade "tradicional", formando uma leitura de cidade compacta. O embate entre essas leituras é central para a discussão acerca da morfologia urbana contemporânea. A análise do projeto urbanístico do Alphaville Brasília aponta para a inserção da capital nos padrões de intensificação da dispersão urbana, com a materialização de modos de vida ainda raros ali e a constituição de uma “nova periferia”. A estratégia urbanística e mercadológica da empresa baseia-se na construção de uma imagem ambígua de cidade, ora dispersa, ora incorporando parcialmente a ideia de cidade compacta, mas sempre negando seu co...
It is known that transportation systems based on private automobiles are not sustainable. However... more It is known that transportation systems based on private automobiles are not sustainable. However, most developed and developing countries are experiencing increasing rates of automobile ownership with consequential decreases in public transportation ridership, bicycling, and walking. The disconnection between transportation planning and sustainability affects many countries but is more devastating in cities of developing countries. Unsustainable transportation systems exacerbate issues of access to urban centers and equality of opportunities, and are not socially sustainable. This paper explores aspects of social sustainability in transportation in Brasilia, Brazil. The city of Brasilia was designed under the principles of functionalism in 1956. The paper addresses some of the impacts of transportation on the social landscape and provides an overview of social exclusion in transportation in Brasilia.
International Journal of Architectural Research: Archnet-IJAR, 2011
“Community practice” is defined as those tasks and measures that facilitate the social, physical ... more “Community practice” is defined as those tasks and measures that facilitate the social, physical and economic development of underserved communities. Within the field of environmental design, “community practice” is manifested as participatory planning and design processes. This article also considers community practice in the expansive role of “public interest” design and as a discipline-based vehicle to implement the United Nations Millennium Development Goals (MDGs). The Millennium Development Goals are eight goals, 21 targets and 60 indicators charted to address global poverty. Of the eight goals, MDG7 Targets 7C and 7D focus on improvements to the built environment and informal/“slum” communities. They offer the strongest nexus to participatory and community “design” practices in service to the MDGs. Most of the MDGs literature focuses on the first six Goals. Comparatively little research considers the interface between MDG7 Targets and community practice, i.e. those organizational and participatory measures integral to most civil society efforts to implement MDGs objectives. This study provides a discussion of the MDGs from an environmental design perspective pertaining to substandard urban environments and the importance of community practices to facilitate participation in decisions for sustainable development. A Brazil case study serves to exemplify urban poverty in one developing country and the civil society institutions that foster “grassroots” participation in Brazil. The conclusion addresses the potential of environmental design’s community practices to expand civic participation in implementing the MDGs.