Luísa Molina | Universidade de Brasília - UnB (original) (raw)

Thesis Chapters by Luísa Molina

Research paper thumbnail of A subversão como método: repensando o genocídio a partir das terras e das lutas indígenas

In: Insurgências, ecologias dissidentes e antropologia modal. [E-book] / or-ganizadores, Suzane de Alencar Vieira, Jorge Mattar Villela. - Goiânia: Editora da Imprensa Universitária, 2020

Research paper thumbnail of Terra, luta, vida: autodemarcações indígenas e afirmação da diferença (Dissertação de mestrado)

Resumo A que esforço imaginativo as políticas indígenas nos convidam hoje? Se por um lado a o... more Resumo

A que esforço imaginativo as políticas indígenas nos convidam hoje? Se por um lado a ofensiva contra as terras e as vidas dos indígenas recrudesce, por outro, as lutas indígenas se propagam em diversas formas e em um espaço distinto daquele onde impera a identidade e a obediência; onde o coletivo não se reduz à unidade sob os signos da civilização, mas promove a multiplicação mesma da diferença. Inspirada por iniciativas de autodemarcação de Terras Indígenas (TIs), a presente dissertação se debruça sobre a relação entre terra, luta e vida para discutir dois problemas principais. Primeiro, acerca do que são e o que fazem as autodemarcações quando os indígenas indicam que elas não se reduzem à pressão sobre o governo, à simples garantia de direitos, ou à dimensão estritamente técnica de suas atividades. Segundo, sobre como pensar a atuação do Estado brasileiro em relação aos direitos territoriais e à vida dos indígenas, de modo a pensar com e para o que esses povos enfrentam e clamam hoje. Tomando como fio condutor o conflito em torno do território Daje Kapap Eypi/Sawré Muybu, dos índios Munduruku, e o complexo de 43 usinas hidrelétricas projetadas para o rio Tapajós, este trabalho parte das críticas munduruku à atuação do governo brasileiro nesse conflito, e à política de expropriação e exploração predatória do solo e dos rios da Amazônia, para discutir práticas e discursos de omissão, improviso e gestão da ilegalidade que têm levado à frente projetos e políticas etnocidas e genocidas. Além disso, e principalmente, esta dissertação procura mostrar que não é apenas da garantia de sobrevivência numa terra demarcada que se trata a luta – como se sobreviver bastasse e qualquer terra servisse; é, antes, pela existência do coletivo como tal e a persistência de seu modo de vida, indissociável da vida em sua terra, que lutam. A autodemarcação como autodeterminação indígena: eis a potência dessa iniciativa.

Papers by Luísa Molina

Research paper thumbnail of An Indigenous Theory of Risk: The Cosmopolitan Munduruku Analyze Chinese Megaprojects at Tapajós–Teles Pires

Stanford University Press eBooks, Nov 29, 2022

Research paper thumbnail of Terra, luta, vida : autodemarcações indígenas e afirmação da diferença

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de A... more Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, 2017.A que esforço imaginativo as políticas indígenas nos convidam hoje? Se por um lado a ofensiva contra as terras e as vidas dos índios recrudesce, por outro, as lutas indígenas se propagam em diversas formas e em um espaço distinto daquele onde impera a identidade e a obediência; onde o coletivo não se reduz à unidade sob os signos da civilização, mas promove a multiplicação mesma da diferença. Inspirada por iniciativas de autodemarcação de Terras Indígenas (TIs), a presente dissertação se debruça sobre a relação entre terra, luta e vida para discutir dois problemas principais. Primeiro, acerca do que são e o que fazem as autodemarcações quando os índios indicam que elas não se reduzem à pressão sobre o governo, à simples garantia de direitos, ou à dimensão estritamente técnica de suas atividades. Segundo, sobre como pensa...

Research paper thumbnail of O CERCO DO OURO Garimpo ilegal, destruição e luta em terras Munduruku

Research paper thumbnail of Terras incapturáveis: notas para pensar autodemarcações indígenas

ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste, 2019

Que tipo de encontro é produzido na conjugação entre, de um lado, as Terras Indígenas (TIs) const... more Que tipo de encontro é produzido na conjugação entre, de um lado, as Terras Indígenas (TIs) constituídas sob o regime estatal, e de outro os modos indígenas de entender a terra e de habitá-la? Partindo da ideia de que a terra é central para a condição de autodeterminação ontológica e política dos ameríndios, e de que estes sabem melhor do que ninguém que as suas terras não se resumem às TIs, o presente artigo apresenta uma proposta de abordagem das autodemarcações de terra que questiona diretamente a redução da ação política desses povos à pressão sobre o Estado-nação. Para isso, debate contribuições recentes – como a de Oliveira Filho (2018) – e mobiliza tanto a descrição de experiências de autodemarcação como a produção específica sobre retomadas de terra.

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R@u. Revista de antropologia social dos alunos do PPGAS-UFSCar, Jun 1, 2017

Research paper thumbnail of O cerco do ouro: garimpo ilegal, destruição e luta em terras Munduruku

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Resumo: Que tipo de encontro é produzido na conjugação entre, de um lado, as Terras Indígenas (TI... more Resumo: Que tipo de encontro é produzido na conjugação entre, de um lado, as Terras Indígenas (TIs) constituídas sob o regime estatal, e de outro os modos indí-genas de entender a terra e de habitá-la? Partindo da ideia de que a terra é central para a condição de autodeterminação ontológica e política dos ameríndios, e de que estes sabem melhor do que ninguém que as suas terras não se resumem às TIs, o presente artigo apresenta uma proposta de abordagem das autodemarcações de terra que questiona diretamente a redução da ação política desses povos à pressão sobre o Estado-nação. Para isso, debate contribuições recentes-como a de Olivei-ra Filho (2018)-e mobiliza tanto a descrição de experiências de autodemarcação como a produção específica sobre retomadas de terra.

Research paper thumbnail of As encruzilhadas das demarcações de TIs: “interesse nacional”, etnocídio e genocídio

O presente artigo tem como fio condutor o conflito em torno da regularização fundiária da Terra I... more O presente artigo tem como fio condutor o conflito em torno da regularização fundiária da Terra Indígena (TI) Sawré Muybu (do povo Munduruku, no Médio Rio Tapajós) e a investida de megaprojetos de infraestrutura sobre a bacia Tapajós-Teles Pires – como usinas hidrelétricas, hidrovias e portos. Ao tratar da arena complexa desse conflito, será dado destaque àquilo que a crítica munduruku aponta como operações do tipo “faz de conta”, a partir das quais determinados órgãos do governo federal passam a ignorar a presença indígena naquelas áreas e, assim, abrir caminho aos planos de exploração intensiva dos seus “recursos”. Ligada a esta noção está outra, também apresentada neste texto, segundo a qual os direitos territoriais indígenas – e os processos administrativos referentes a eles, como o de uma demarcação de terra – são não raro objetos de jogos de improviso. Ao introduzir essas duas noções – e partindo da inseparabilidade entre “terra” e “vida”, afirmada nos discursos indígenas –, este atrigo buscará argumentar que a garantia da demarcação de uma terra é condição para a própria existência e a autodeterminação dos povos indígenas. Defenderemos ainda que, inversamente, os projetos de barramento de rios amazônicos são de fato promotores de morte. Partindo de elaborações indígenas a esse respeito, buscaremos contribuir para a recente recuperação do conceito de “etnocídio” por promotores e juízes, sugerindo uma ampliação do seu escopo ao abriga-lo sob o conceito de genocídio.

MOLINA, L. P. 2018. As encruzilhadas das demarcações de TIs:
'interesse nacional', etnocídio e genocídio. In: Alcântara, G., Tinôco, L., Maia, L. (org.) "Índios, Direitos Originários e Territorialidade." Associação Nacional dos Procuradores da República

Research paper thumbnail of Lutar e habitar a terra: um encontro entre  autodemarcações e retomadas

A que esforço imaginativo as políticas indígenas nos convidam? O presente artigo explorará uma vi... more A que esforço imaginativo as políticas indígenas nos convidam? O presente artigo explorará uma via de encontro entre autodemarcações e retomadas de terra ao examinar, de um lado, as cartas publicadas pelos índios Munduruku durante a autodemarcação da terra indígena Sawré Muybu (PA); e, de outro, a etnografia realizada junto aos Tupinambá da Serra do Padeiro (BA). Central nesse encontro, a articulação entre terra, vida e luta, enfatizada pelos discursos indígenas, iluminará ainda o esforço deste artigo em discutir a atualidade da tese clastreana do contra-Estado e em sugerir uma certa torção na abor-dagem que Ghassam Hage (2012) propõe ao pensamento antropológico crítico diante do imaginário político radical. Palavras-chave: autodemarcação de terra; retomada de terra; política indígena; contra-Estado.

Books by Luísa Molina

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Terra rasgada: como avança o garimpo na Amazônia brasileira, 2023

Embora haja uma transformação em curso no modo como se encara o garimpo ilegal em Terras Indígena... more Embora haja uma transformação em curso no modo como se encara o garimpo ilegal em Terras Indígenas (TI) no Brasil, esse debate ainda carece de abordagens sistêmicas e multiescalares que façam jus à complexidade do problema. A presente publicação visa contribuir com essas abordagens, explicitando os mecanismos que permitem o avanço do garimpo na Amazônia brasileira, e aprofundando-se sobre as fragilidades institucionais que contribuem para o descontrole da cadeia do ouro atualmente. Além disso, apresenta uma lista de medidas fundamentais para a garantia da proteção integral de terras indígenas e para o controle da cadeia de produção e comercialização do ouro.

Publicação organizada por Luísa Pontes Molina, para o Conselho político Aliança em Defesa dos Territórios: Dário Kopenawa Yanomami, Júlio Ye’kwana, Maial Paiakan Kayapó, Doto Takak-Ire Kayapó, Alessandra Korap Munduruku, Ademir Kaba Munduruku.

Textos de: Estêvão Benfica Senra, Juliana de Paula Batista, Luísa Pontes Molina, Luiz Henrique Reggi Pecora, Rodrigo Magalhães de Oliveira

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Book Reviews by Luísa Molina

Research paper thumbnail of Resenha de MORAIS, Bruno M. 2017. Do corpo ao pó: crônicas  da territorialidade kaiowá e guarani nas adjacências  da morte. São Paulo: Elefante.

Resenha da obra MORAIS, Bruno M. 2017. Do corpo ao pó: crônicas da territorialidade kaiowá e gua... more Resenha da obra MORAIS, Bruno M. 2017. Do corpo ao pó: crônicas da territorialidade kaiowá e guarani nas adjacências da morte. São Paulo: Elefante. Publicada em R@U, 10 (2), jul./dez. 2018: 272-277.

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In: Insurgências, ecologias dissidentes e antropologia modal. [E-book] / or-ganizadores, Suzane de Alencar Vieira, Jorge Mattar Villela. - Goiânia: Editora da Imprensa Universitária, 2020

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Resumo A que esforço imaginativo as políticas indígenas nos convidam hoje? Se por um lado a o... more Resumo

A que esforço imaginativo as políticas indígenas nos convidam hoje? Se por um lado a ofensiva contra as terras e as vidas dos indígenas recrudesce, por outro, as lutas indígenas se propagam em diversas formas e em um espaço distinto daquele onde impera a identidade e a obediência; onde o coletivo não se reduz à unidade sob os signos da civilização, mas promove a multiplicação mesma da diferença. Inspirada por iniciativas de autodemarcação de Terras Indígenas (TIs), a presente dissertação se debruça sobre a relação entre terra, luta e vida para discutir dois problemas principais. Primeiro, acerca do que são e o que fazem as autodemarcações quando os indígenas indicam que elas não se reduzem à pressão sobre o governo, à simples garantia de direitos, ou à dimensão estritamente técnica de suas atividades. Segundo, sobre como pensar a atuação do Estado brasileiro em relação aos direitos territoriais e à vida dos indígenas, de modo a pensar com e para o que esses povos enfrentam e clamam hoje. Tomando como fio condutor o conflito em torno do território Daje Kapap Eypi/Sawré Muybu, dos índios Munduruku, e o complexo de 43 usinas hidrelétricas projetadas para o rio Tapajós, este trabalho parte das críticas munduruku à atuação do governo brasileiro nesse conflito, e à política de expropriação e exploração predatória do solo e dos rios da Amazônia, para discutir práticas e discursos de omissão, improviso e gestão da ilegalidade que têm levado à frente projetos e políticas etnocidas e genocidas. Além disso, e principalmente, esta dissertação procura mostrar que não é apenas da garantia de sobrevivência numa terra demarcada que se trata a luta – como se sobreviver bastasse e qualquer terra servisse; é, antes, pela existência do coletivo como tal e a persistência de seu modo de vida, indissociável da vida em sua terra, que lutam. A autodemarcação como autodeterminação indígena: eis a potência dessa iniciativa.

Research paper thumbnail of An Indigenous Theory of Risk: The Cosmopolitan Munduruku Analyze Chinese Megaprojects at Tapajós–Teles Pires

Stanford University Press eBooks, Nov 29, 2022

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Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de A... more Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, 2017.A que esforço imaginativo as políticas indígenas nos convidam hoje? Se por um lado a ofensiva contra as terras e as vidas dos índios recrudesce, por outro, as lutas indígenas se propagam em diversas formas e em um espaço distinto daquele onde impera a identidade e a obediência; onde o coletivo não se reduz à unidade sob os signos da civilização, mas promove a multiplicação mesma da diferença. Inspirada por iniciativas de autodemarcação de Terras Indígenas (TIs), a presente dissertação se debruça sobre a relação entre terra, luta e vida para discutir dois problemas principais. Primeiro, acerca do que são e o que fazem as autodemarcações quando os índios indicam que elas não se reduzem à pressão sobre o governo, à simples garantia de direitos, ou à dimensão estritamente técnica de suas atividades. Segundo, sobre como pensa...

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ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste, 2019

Que tipo de encontro é produzido na conjugação entre, de um lado, as Terras Indígenas (TIs) const... more Que tipo de encontro é produzido na conjugação entre, de um lado, as Terras Indígenas (TIs) constituídas sob o regime estatal, e de outro os modos indígenas de entender a terra e de habitá-la? Partindo da ideia de que a terra é central para a condição de autodeterminação ontológica e política dos ameríndios, e de que estes sabem melhor do que ninguém que as suas terras não se resumem às TIs, o presente artigo apresenta uma proposta de abordagem das autodemarcações de terra que questiona diretamente a redução da ação política desses povos à pressão sobre o Estado-nação. Para isso, debate contribuições recentes – como a de Oliveira Filho (2018) – e mobiliza tanto a descrição de experiências de autodemarcação como a produção específica sobre retomadas de terra.

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R@u. Revista de antropologia social dos alunos do PPGAS-UFSCar, Jun 1, 2017

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Resumo: Que tipo de encontro é produzido na conjugação entre, de um lado, as Terras Indígenas (TI... more Resumo: Que tipo de encontro é produzido na conjugação entre, de um lado, as Terras Indígenas (TIs) constituídas sob o regime estatal, e de outro os modos indí-genas de entender a terra e de habitá-la? Partindo da ideia de que a terra é central para a condição de autodeterminação ontológica e política dos ameríndios, e de que estes sabem melhor do que ninguém que as suas terras não se resumem às TIs, o presente artigo apresenta uma proposta de abordagem das autodemarcações de terra que questiona diretamente a redução da ação política desses povos à pressão sobre o Estado-nação. Para isso, debate contribuições recentes-como a de Olivei-ra Filho (2018)-e mobiliza tanto a descrição de experiências de autodemarcação como a produção específica sobre retomadas de terra.

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O presente artigo tem como fio condutor o conflito em torno da regularização fundiária da Terra I... more O presente artigo tem como fio condutor o conflito em torno da regularização fundiária da Terra Indígena (TI) Sawré Muybu (do povo Munduruku, no Médio Rio Tapajós) e a investida de megaprojetos de infraestrutura sobre a bacia Tapajós-Teles Pires – como usinas hidrelétricas, hidrovias e portos. Ao tratar da arena complexa desse conflito, será dado destaque àquilo que a crítica munduruku aponta como operações do tipo “faz de conta”, a partir das quais determinados órgãos do governo federal passam a ignorar a presença indígena naquelas áreas e, assim, abrir caminho aos planos de exploração intensiva dos seus “recursos”. Ligada a esta noção está outra, também apresentada neste texto, segundo a qual os direitos territoriais indígenas – e os processos administrativos referentes a eles, como o de uma demarcação de terra – são não raro objetos de jogos de improviso. Ao introduzir essas duas noções – e partindo da inseparabilidade entre “terra” e “vida”, afirmada nos discursos indígenas –, este atrigo buscará argumentar que a garantia da demarcação de uma terra é condição para a própria existência e a autodeterminação dos povos indígenas. Defenderemos ainda que, inversamente, os projetos de barramento de rios amazônicos são de fato promotores de morte. Partindo de elaborações indígenas a esse respeito, buscaremos contribuir para a recente recuperação do conceito de “etnocídio” por promotores e juízes, sugerindo uma ampliação do seu escopo ao abriga-lo sob o conceito de genocídio.

MOLINA, L. P. 2018. As encruzilhadas das demarcações de TIs:
'interesse nacional', etnocídio e genocídio. In: Alcântara, G., Tinôco, L., Maia, L. (org.) "Índios, Direitos Originários e Territorialidade." Associação Nacional dos Procuradores da República

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A que esforço imaginativo as políticas indígenas nos convidam? O presente artigo explorará uma vi... more A que esforço imaginativo as políticas indígenas nos convidam? O presente artigo explorará uma via de encontro entre autodemarcações e retomadas de terra ao examinar, de um lado, as cartas publicadas pelos índios Munduruku durante a autodemarcação da terra indígena Sawré Muybu (PA); e, de outro, a etnografia realizada junto aos Tupinambá da Serra do Padeiro (BA). Central nesse encontro, a articulação entre terra, vida e luta, enfatizada pelos discursos indígenas, iluminará ainda o esforço deste artigo em discutir a atualidade da tese clastreana do contra-Estado e em sugerir uma certa torção na abor-dagem que Ghassam Hage (2012) propõe ao pensamento antropológico crítico diante do imaginário político radical. Palavras-chave: autodemarcação de terra; retomada de terra; política indígena; contra-Estado.

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Terra rasgada: como avança o garimpo na Amazônia brasileira, 2023

Embora haja uma transformação em curso no modo como se encara o garimpo ilegal em Terras Indígena... more Embora haja uma transformação em curso no modo como se encara o garimpo ilegal em Terras Indígenas (TI) no Brasil, esse debate ainda carece de abordagens sistêmicas e multiescalares que façam jus à complexidade do problema. A presente publicação visa contribuir com essas abordagens, explicitando os mecanismos que permitem o avanço do garimpo na Amazônia brasileira, e aprofundando-se sobre as fragilidades institucionais que contribuem para o descontrole da cadeia do ouro atualmente. Além disso, apresenta uma lista de medidas fundamentais para a garantia da proteção integral de terras indígenas e para o controle da cadeia de produção e comercialização do ouro.

Publicação organizada por Luísa Pontes Molina, para o Conselho político Aliança em Defesa dos Territórios: Dário Kopenawa Yanomami, Júlio Ye’kwana, Maial Paiakan Kayapó, Doto Takak-Ire Kayapó, Alessandra Korap Munduruku, Ademir Kaba Munduruku.

Textos de: Estêvão Benfica Senra, Juliana de Paula Batista, Luísa Pontes Molina, Luiz Henrique Reggi Pecora, Rodrigo Magalhães de Oliveira

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Resenha da obra MORAIS, Bruno M. 2017. Do corpo ao pó: crônicas da territorialidade kaiowá e gua... more Resenha da obra MORAIS, Bruno M. 2017. Do corpo ao pó: crônicas da territorialidade kaiowá e guarani nas adjacências da morte. São Paulo: Elefante. Publicada em R@U, 10 (2), jul./dez. 2018: 272-277.