Rodolfo J U N Q U E I R A FONSECA | Universidade de Brasília - UnB (original) (raw)
Papers by Rodolfo J U N Q U E I R A FONSECA
Pelé - Um artista pintando um novo olhar sobre a favela. In: Clarice de Assis Libanio. (Org.). Fa... more Pelé - Um artista pintando um novo olhar sobre a favela. In: Clarice de Assis Libanio. (Org.). Favelas e periferias metropolitanas: exclusão, resistência, cultura e potência. 01ed.Belo Horizonte: Favela é isso aí, 2016, v. 01, p. 41-53.
Revista Arquivos do CMD, V. 11, N. 01, Jan/Jun 2023, 2023
Este artigo relata e analisa o processo de pesquisa e produção do filme de curta-metragem Foto Re... more Este artigo relata e analisa o processo de pesquisa e produção do filme de curta-metragem Foto Revolução de Abril (2022), co-dirigido pelos autores deste artigo em meio a pandemia de Covid-19, e reconhecido com o Prêmio Ana Galano de melhor curta e média-metragem no 47º Encontro Anual da ANPOCS 2023. O filme, por meio de uma narrativa estabelecida na montagem entre fotografias, áudios, ruídos de arquivo e da voz off de duas entrevistas gravadas pela internet, desvela os pontos de vista, sensações, vivências e memórias de dois fotógrafos portugueses, Alfredo Cunha e Mário Varela, nos dias 25 e 26 de Abril de 1974, durante a Revolução dos Cravos, em Portugal – Lisboa. O que tem a nos dizer as imagens da Revolução dos Cravos hoje? Trata-se de ver nas fotografias integrantes do acervo da Fundação Mário Soares
e Maria Barroso, de Portugal, não apenas documentos históricos, mas novos olhares em detalhes e re-enquadramentos inéditos das imagens, isto, em diálogo com o discurso e memória dos próprios fotógrafos. Dessa forma, este artigo busca traduzir o processo de pesquisa, construção e a narrativa do filme ao revisitar os pontos de vista e o clima político e social à época, em sentimentos, vivências e novas miradas daqueles dias de radicais mudanças. Um marco da história portuguesa contemporânea que completa 50 anos em 2024.
A Cidade dos Catadores de Papéis. Revista GLOBAL Brasil / Rede Universidade Nômade – Programa Cultura e Pensamento – MINC - Patrocínio: Petrobras nº 10, 2007
Puxado à tração humana, o carrinho do catador de papel oscila deslocado entre o espaço do pedestr... more Puxado à tração humana, o carrinho do catador de papel oscila deslocado
entre o espaço do pedestre na calçada, onde é incompatível pelo seu porte, e as ruas da cidade, onde são incapazes de desempenhar a velocidade dos automóveis. A partir disso, desenvolve-se uma análise que articula tanto uma leitura da relação dos catadores de papel com a cidade
quanto do espaço da cidade por intermédio dos catadores, demonstrando uma forma de vivência e apropriação do espaço urbano.
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, 2006
Puxado à tração humana, o carrinho do catador de papel oscila deslocado entre o espaço do pedestr... more Puxado à tração humana, o carrinho do catador de papel oscila deslocado entre o espaço do pedestre na calçada, onde é incompatível pelo seu porte, e as ruas da cidade, onde são incapazes de desempenhar a velocidade dos automóveis. A partir disso, desenvolve-se uma análise que articula tanto uma leitura da relação dos catadores de papel com a cidade quanto do espaço da cidade por intermédio dos catadores, demonstrando uma forma de vivência e apropriação do espaço urbano
Artículos del libro Ideas de Cultura Comunitaria. Trabajos seleccionados en la convocatoria de textos IberCultura Viva 2016 - Colección IberCultura Viva, Medellin - Colômbia, 2019
Aglomerado Sta. Lúcia é a segunda maior favela da cidade de Belo Horizonte, no estado de Minas Ge... more Aglomerado Sta. Lúcia é a segunda maior favela da cidade de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais. Ali foi criado o Grupo do Beco, que deu origem ao Ponto de Cultura Casa do Beco, um centro cultural que atende tanto os moradores do Aglomerado como dos bairros vizinhos, com um teatro com capacidade para 100 espectadores, uma biblioteca e salas destinadas a ensaios e cursos. Este texto, desenvolvido a partir de uma pesquisa para a dissertação de mestrado “Uma outra cidade: imaginário urbano a partir de artistas de uma favela de Belo Horizonte”, conta como esse grupo teatral surgiu, encenando personagens e histórias inspiradas no cotidiano vivido na favela.
O principal entrevistado é o coordenador do Grupo do Beco, o diretor e ator Nil César, que começou seu trabalho no Aglomerado Sta. Lúcia com uma oficina de teatro para jovens da comunidade, nos fins de semana. Depois dessa experiência, os participantes da oficina decidiram se reunir e montar um grupo teatral. Este grupo, inicialmente com o nome de EMcenAção, elaborou um projeto chamado “Mãos de Mulher”, com vistas à montagem de um espetáculo sobre a visão da mulher da favela. Criada a partir de entrevistas gravadas com 20 mulheres da comunidade, a peça “Bendita a Voz entre as Mulheres” estreou em março de 2003 e circulou nos meses seguintes por escolas e teatros do circuito cultural de Belo Horizonte, consagrando o Grupo do Beco na cidade.
Revista Arquivos CMD - Dossiê Renato Ortiz 70 anos - Universidade de Brasília - Unb, 2020
s fotografias reproduzidas nesta edição da Arquivos CMD são inéditas e foram encontradas na pesqu... more s fotografias reproduzidas nesta edição da Arquivos CMD são inéditas e foram encontradas na pesquisa de acervos familiares do cineasta Aristides Junqueira (1879-1952) para a realização do filme documentário de longa-metragem de minha autoria: Até pode chegar um filme de família (2018). Aristides Junqueira é natural de Ouro Preto, e é considerado um pioneiro do cinema brasileiro como autor de dezenas de filmes silenciosos e sonoros rodados em quase todas as regiões do Brasil e cuja a grande maioria do acervo está perdido. O conjunto de fotografias apresentadas remontam sistematicamente o crescimento dos filhos do cineasta Aristides Junqueira ao longo dos anos até a fase adulta nos anos 1940. Esta é uma atitude do cineasta que também aparece na cena filmada em 1909 de “Reminiscências”, parte do acervo das cinematecas do Museu de Arte Moderna - MAM Rio e da Cinemateca Brasileira. As fotografias guardam intenções e valores, objetivos e subjetivos, linguagens e corpos que já não existem mais. As fotografias sintetizam as memórias na forma de imagens.
Conference Presentations by Rodolfo J U N Q U E I R A FONSECA
Anais do VI Colóquio Ibero-Americano: Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto, 2023
Podemos pensar o Patrimônio Cultural como uma contação de histórias do passado no presente na for... more Podemos pensar o Patrimônio Cultural como uma contação de histórias do passado no presente na forma de narrativas e intepretações como filmes e livros? Que agentes roteirizam o passado dos lugares construindo cenários para criar uma memória coletiva presente? Nesse sentido, esta pesquisa expõe e problematiza a patrimonialização como um processo de negociação contextualizado, sócio-histórica e culturalmente selecionado a partir de pontos de vista. Ao longo de uma linha do tempo (1937 – 2022) toma-se como estudo de caso exemplar o Sítio Arqueológico do Morro da Queimada, nas bordas da cidade colonial de Ouro Preto – Brasil, para evidenciar a patrimonialização como uma política cultural de intervenção e de construção permanente de acordos, contínuo, descontínuo e imaginado entre agentes e instituições, em um território arqueológico, até então deixado à margem de uma cidade patrimônio da humanidade.
III Congresso de Inovação e Metodologias de Ensino Superior, 2017
Relato de experiência Curta o Minuto: Resumo: O projeto de Extensão "Curta o minuto" promoveu d... more Relato de experiência Curta o Minuto:
Resumo: O projeto de Extensão "Curta o minuto" promoveu durante 2 anos exibições mensais de curtas-metragens no horário de intervalo das aulas noturnas na área comum da cantina / portaria da Faculdade de Políticas Públicas-FaPP, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), campus Belo Horizonte. Nesta Faculdade, 90% dos seus alunos têm o perfil de trabalhadores diurnos em tempo integral e estudantes noturnos, e por este motivo, não tem condições de participar de nenhuma atividade extensionista ou cultural da Universidade fora do horário de aulas. Tomando como referência pesquisas de formação de público e do uso de recursos audiovisuais em espaços de ensino, avalia-se que o projeto se tornou um momento único no cotidiano da Faculdade ao permitir acesso à Extensão universitária a alunos excluídos dela, criando, ao mesmo tempo, um raro espaço de encontro entre alunos, funcionários e professores fora das salas de aula no período noturno.
Pelé - Um artista pintando um novo olhar sobre a favela. In: Clarice de Assis Libanio. (Org.). Fa... more Pelé - Um artista pintando um novo olhar sobre a favela. In: Clarice de Assis Libanio. (Org.). Favelas e periferias metropolitanas: exclusão, resistência, cultura e potência. 01ed.Belo Horizonte: Favela é isso aí, 2016, v. 01, p. 41-53.
Revista Arquivos do CMD, V. 11, N. 01, Jan/Jun 2023, 2023
Este artigo relata e analisa o processo de pesquisa e produção do filme de curta-metragem Foto Re... more Este artigo relata e analisa o processo de pesquisa e produção do filme de curta-metragem Foto Revolução de Abril (2022), co-dirigido pelos autores deste artigo em meio a pandemia de Covid-19, e reconhecido com o Prêmio Ana Galano de melhor curta e média-metragem no 47º Encontro Anual da ANPOCS 2023. O filme, por meio de uma narrativa estabelecida na montagem entre fotografias, áudios, ruídos de arquivo e da voz off de duas entrevistas gravadas pela internet, desvela os pontos de vista, sensações, vivências e memórias de dois fotógrafos portugueses, Alfredo Cunha e Mário Varela, nos dias 25 e 26 de Abril de 1974, durante a Revolução dos Cravos, em Portugal – Lisboa. O que tem a nos dizer as imagens da Revolução dos Cravos hoje? Trata-se de ver nas fotografias integrantes do acervo da Fundação Mário Soares
e Maria Barroso, de Portugal, não apenas documentos históricos, mas novos olhares em detalhes e re-enquadramentos inéditos das imagens, isto, em diálogo com o discurso e memória dos próprios fotógrafos. Dessa forma, este artigo busca traduzir o processo de pesquisa, construção e a narrativa do filme ao revisitar os pontos de vista e o clima político e social à época, em sentimentos, vivências e novas miradas daqueles dias de radicais mudanças. Um marco da história portuguesa contemporânea que completa 50 anos em 2024.
A Cidade dos Catadores de Papéis. Revista GLOBAL Brasil / Rede Universidade Nômade – Programa Cultura e Pensamento – MINC - Patrocínio: Petrobras nº 10, 2007
Puxado à tração humana, o carrinho do catador de papel oscila deslocado entre o espaço do pedestr... more Puxado à tração humana, o carrinho do catador de papel oscila deslocado
entre o espaço do pedestre na calçada, onde é incompatível pelo seu porte, e as ruas da cidade, onde são incapazes de desempenhar a velocidade dos automóveis. A partir disso, desenvolve-se uma análise que articula tanto uma leitura da relação dos catadores de papel com a cidade
quanto do espaço da cidade por intermédio dos catadores, demonstrando uma forma de vivência e apropriação do espaço urbano.
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, 2006
Puxado à tração humana, o carrinho do catador de papel oscila deslocado entre o espaço do pedestr... more Puxado à tração humana, o carrinho do catador de papel oscila deslocado entre o espaço do pedestre na calçada, onde é incompatível pelo seu porte, e as ruas da cidade, onde são incapazes de desempenhar a velocidade dos automóveis. A partir disso, desenvolve-se uma análise que articula tanto uma leitura da relação dos catadores de papel com a cidade quanto do espaço da cidade por intermédio dos catadores, demonstrando uma forma de vivência e apropriação do espaço urbano
Artículos del libro Ideas de Cultura Comunitaria. Trabajos seleccionados en la convocatoria de textos IberCultura Viva 2016 - Colección IberCultura Viva, Medellin - Colômbia, 2019
Aglomerado Sta. Lúcia é a segunda maior favela da cidade de Belo Horizonte, no estado de Minas Ge... more Aglomerado Sta. Lúcia é a segunda maior favela da cidade de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais. Ali foi criado o Grupo do Beco, que deu origem ao Ponto de Cultura Casa do Beco, um centro cultural que atende tanto os moradores do Aglomerado como dos bairros vizinhos, com um teatro com capacidade para 100 espectadores, uma biblioteca e salas destinadas a ensaios e cursos. Este texto, desenvolvido a partir de uma pesquisa para a dissertação de mestrado “Uma outra cidade: imaginário urbano a partir de artistas de uma favela de Belo Horizonte”, conta como esse grupo teatral surgiu, encenando personagens e histórias inspiradas no cotidiano vivido na favela.
O principal entrevistado é o coordenador do Grupo do Beco, o diretor e ator Nil César, que começou seu trabalho no Aglomerado Sta. Lúcia com uma oficina de teatro para jovens da comunidade, nos fins de semana. Depois dessa experiência, os participantes da oficina decidiram se reunir e montar um grupo teatral. Este grupo, inicialmente com o nome de EMcenAção, elaborou um projeto chamado “Mãos de Mulher”, com vistas à montagem de um espetáculo sobre a visão da mulher da favela. Criada a partir de entrevistas gravadas com 20 mulheres da comunidade, a peça “Bendita a Voz entre as Mulheres” estreou em março de 2003 e circulou nos meses seguintes por escolas e teatros do circuito cultural de Belo Horizonte, consagrando o Grupo do Beco na cidade.
Revista Arquivos CMD - Dossiê Renato Ortiz 70 anos - Universidade de Brasília - Unb, 2020
s fotografias reproduzidas nesta edição da Arquivos CMD são inéditas e foram encontradas na pesqu... more s fotografias reproduzidas nesta edição da Arquivos CMD são inéditas e foram encontradas na pesquisa de acervos familiares do cineasta Aristides Junqueira (1879-1952) para a realização do filme documentário de longa-metragem de minha autoria: Até pode chegar um filme de família (2018). Aristides Junqueira é natural de Ouro Preto, e é considerado um pioneiro do cinema brasileiro como autor de dezenas de filmes silenciosos e sonoros rodados em quase todas as regiões do Brasil e cuja a grande maioria do acervo está perdido. O conjunto de fotografias apresentadas remontam sistematicamente o crescimento dos filhos do cineasta Aristides Junqueira ao longo dos anos até a fase adulta nos anos 1940. Esta é uma atitude do cineasta que também aparece na cena filmada em 1909 de “Reminiscências”, parte do acervo das cinematecas do Museu de Arte Moderna - MAM Rio e da Cinemateca Brasileira. As fotografias guardam intenções e valores, objetivos e subjetivos, linguagens e corpos que já não existem mais. As fotografias sintetizam as memórias na forma de imagens.
Anais do VI Colóquio Ibero-Americano: Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto, 2023
Podemos pensar o Patrimônio Cultural como uma contação de histórias do passado no presente na for... more Podemos pensar o Patrimônio Cultural como uma contação de histórias do passado no presente na forma de narrativas e intepretações como filmes e livros? Que agentes roteirizam o passado dos lugares construindo cenários para criar uma memória coletiva presente? Nesse sentido, esta pesquisa expõe e problematiza a patrimonialização como um processo de negociação contextualizado, sócio-histórica e culturalmente selecionado a partir de pontos de vista. Ao longo de uma linha do tempo (1937 – 2022) toma-se como estudo de caso exemplar o Sítio Arqueológico do Morro da Queimada, nas bordas da cidade colonial de Ouro Preto – Brasil, para evidenciar a patrimonialização como uma política cultural de intervenção e de construção permanente de acordos, contínuo, descontínuo e imaginado entre agentes e instituições, em um território arqueológico, até então deixado à margem de uma cidade patrimônio da humanidade.
III Congresso de Inovação e Metodologias de Ensino Superior, 2017
Relato de experiência Curta o Minuto: Resumo: O projeto de Extensão "Curta o minuto" promoveu d... more Relato de experiência Curta o Minuto:
Resumo: O projeto de Extensão "Curta o minuto" promoveu durante 2 anos exibições mensais de curtas-metragens no horário de intervalo das aulas noturnas na área comum da cantina / portaria da Faculdade de Políticas Públicas-FaPP, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), campus Belo Horizonte. Nesta Faculdade, 90% dos seus alunos têm o perfil de trabalhadores diurnos em tempo integral e estudantes noturnos, e por este motivo, não tem condições de participar de nenhuma atividade extensionista ou cultural da Universidade fora do horário de aulas. Tomando como referência pesquisas de formação de público e do uso de recursos audiovisuais em espaços de ensino, avalia-se que o projeto se tornou um momento único no cotidiano da Faculdade ao permitir acesso à Extensão universitária a alunos excluídos dela, criando, ao mesmo tempo, um raro espaço de encontro entre alunos, funcionários e professores fora das salas de aula no período noturno.