Vinicius Januzzi | Universidade de Brasília - UnB (original) (raw)
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Thesis Chapters by Vinicius Januzzi
Esta tese aborda a produção do espaço urbano de Brasília, com foco em visões, percepções e modos ... more Esta tese aborda a produção do espaço urbano de Brasília, com foco em visões, percepções e modos de ocupação espacial por camadas médias e altas em superquadras da capital federal. A relação entre moradores desses espaços e as escolas públicas localizadas em espaços vizinhos – ou, por contraponto, sua ausência – constitui um dos elementos centrais da aproximação etnográfica feita desde, pelo menos, 2014. Se a segregação na cidade está relacionada com alongados processos históricos e sociais de várias ordens (econômicas, raciais, políticas), ela se encarna e se atualiza, de modos complexos e, a princípio, ininteligíveis, no cotidiano da experiência urbana – sobre corpos que são classificados como indesejáveis, sobre comportamentos considerados desviantes, sobre sujeitos forasteiros. É na multiplicidade dessa experiência, da vida cotidiana, que me debruço, a partir do que chamo de processos de segregação e de autossegregação, atentando para os movimentos, os fluxos, os encontros e os desencontros das pessoas no espaço.
Papers by Vinicius Januzzi
Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciência Política, 2013.Este artigo ... more Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciência Política, 2013.Este artigo procura analisar a Terra Indígena Raposa Serra do Sol e seu julgamento do processo demarcatório pela aplicação de dois conceitos básicos de estudos antropológicos e políticos: identidade e legitimidade. Em uma visão inclusiva e democrática, a continuidade da terra indígena é necessária em virtude do cotidiano e vivência das etnias em seu próprio território, constitucionalmente garantido. A ampliação da Teoria Política possibilita reflexões fundamentais sobre a inserção indígena no processo democrático e na construção e consolidação de um Estado multifacetado. _________________________________________________________________________ ABSTRACTThis article aims to analyze Raposa Serra do Sol and the trial of demarcation process by observing two basic concepts of anthropological and political studies: identity and legitimacy. In an inclusive and democratic perspective, the maintenance of indi...
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropo... more Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2021.Esta tese aborda a produção do espaço urbano de Brasília, com foco em visões, percepções e modos de ocupação espacial por camadas médias e altas em superquadras da capital federal. A relação entre moradores desses espaços e as escolas públicas localizadas em espaços vizinhos – ou, por contraponto, sua ausência – constitui um dos elementos centrais da aproximação etnográfica feita desde, pelo menos, 2014. Se a segregação na cidade está relacionada com alongados processos históricos e sociais de várias ordens (econômicas, raciais, políticas), ela se encarna e se atualiza, de modos complexos e, a princípio, ininteligíveis, no cotidiano da experiência urbana – sobre corpos que são classificados como indesejáveis, sobre comportamentos considerados desviantes, sobre sujeitos forasteiros. É na multiplicidade dessa experiência, da vid...
Este artigo tem como proposta pensar aspectos do “fazer-cidade” (Agier, 2015) a partir do estabel... more Este artigo tem como proposta pensar aspectos do “fazer-cidade” (Agier, 2015) a partir do estabelecimento de áreas residenciais destinadas a membros das camadas médias em Brasília. Iniciamos com uma discussão acerca da história de proposição e ocupação residencial do Plano Piloto para em seguida pensar com base em duas experiências de trabalho de campo antropológico vividas em anos recentes, notadamente nos condomínios horizontais estabelecidos no início do presente século e no recém-inaugurado Setor Noroeste, cuja construção foi possibilitada pelo Plano Diretor de Ordenamento Territorial aprovado em 2009. O argumento central é que, em seu processo de consolidação e expansão, a “nova capital” brasileira vem se caracterizando, cada vez mais, pela condição de classe de seus moradores, em processo que denominamos de classificação do espaço.This article aims to consider aspects of “city making” (Agier, 2015) from the establishment of residential areas for members of the middle strata in...
<jats:p>O livro Cotidianos, Escolas e Patrimônio: percepções antropourbanísticas da capital... more <jats:p>O livro Cotidianos, Escolas e Patrimônio: percepções antropourbanísticas da capital do Brasil apresenta os resultados da pesquisa "Cotidianos escolares e dinâmicas metropolitanas na capital do Brasil", fruto da colaboração entre dois laboratórios de pesquisa da Universidade de Brasília (UnB): o Laboratório de Estudos da Urbe (Labeurbe-PPG-FAU) e o Laboratório de Vivências e Reflexões Antropológicas: Direitos, Políticas e Estilos de Vida (Laviver-PPGAS-DAN). A obra reúne capítulos de autoria de pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento sobre as relações entre espaços escolares, trajetórias cotidianas e a constituição do patrimônio na capital federal. O patrimônio é tratado como categoria polissêmica, mobilizada por pessoas em contato umas com as outras e com a cidade que produzem, vivem e significam. Os textos dialogam com diferentes perspectivas para refletir acerca do modo como experiências da capital/metrópole são significadas por seus habitantes, e como a escola, com forte presença na vida urbana, repercute na percepção e na vivência do patrimônio cultural. O material de pesquisa de campo é proveniente de atividades realizadas em colaboração com dois Centros de Ensino Fundamental, um em Ceilândia e outro no Plano Piloto. O conjunto das análises abarcou percepções em diálogo com membros das comunidades escolares, permitindo entrever dinâmicas metropolitanas de forma original, com abordagens ainda pouco exploradas nos estudos disponíveis.</jats:p>
A partir da publicacao do livro Athos, Colorindo Brasilia , em 2018, a Superintendencia do Iphan ... more A partir da publicacao do livro Athos, Colorindo Brasilia , em 2018, a Superintendencia do Iphan no Distrito Federal iniciou uma colecao de obras literarias intitulada Patrimonio para Jovens. As publicacoes, que tem como foco os alunos do ensino basico distrital, buscam apresentar conceitos associados a educacao patrimonial e a preservacao dos bens coletivos. Tendo o primeiro volume versado sobre o Plano Piloto de Brasilia, optou-se, para a construcao do segundo, tratar dos patrimonios de outra Regiao Administrativa, Ceilândia. Neste trabalho, objetivamos discorrer brevemente sobre o processo de construcao coletiva desta obra, orientado pela utilizacao dos Inventarios Participativos, instrumentos metodologicos desenvolvidos pelo Iphan. Mais do que apenas registrar a experiencia e o percurso objetivamente adotados, propusemo-nos a comentar temas que emergiram neste interim e que desafiam as definicoes convencionais de patrimonio cultural. Palavras-chave : Brasilia. Ceilândia. Patrimo...
Tempo Social
Este artigo tem como proposta pensar aspectos do “fazer-cidade” (Agier, 2015) a partir do estabel... more Este artigo tem como proposta pensar aspectos do “fazer-cidade” (Agier, 2015) a partir do estabelecimento de áreas residenciais destinadas a membros das camadas médias em Brasília. Iniciamos com uma discussão acerca da história de proposição e ocupação residencial do Plano Piloto para em seguida pensar com base em duas experiências de trabalho de campo antropológico vividas em anos recentes, notadamente nos condomínios horizontais estabelecidos no início do presente século e no recém-inaugurado Setor Noroeste, cuja construção foi possibilitada pelo Plano Diretor de Ordenamento Territorial aprovado em 2009. O argumento central é que, em seu processo de consolidação e expansão, a “nova capital” brasileira vem se caracterizando, cada vez mais, pela condição de classe de seus moradores, em processo que denominamos de classificação do espaço.
CAMPOS - Revista de Antropologia Social, 2015
Esta tese aborda a produção do espaço urbano de Brasília, com foco em visões, percepções e modos ... more Esta tese aborda a produção do espaço urbano de Brasília, com foco em visões, percepções e modos de ocupação espacial por camadas médias e altas em superquadras da capital federal. A relação entre moradores desses espaços e as escolas públicas localizadas em espaços vizinhos – ou, por contraponto, sua ausência – constitui um dos elementos centrais da aproximação etnográfica feita desde, pelo menos, 2014. Se a segregação na cidade está relacionada com alongados processos históricos e sociais de várias ordens (econômicas, raciais, políticas), ela se encarna e se atualiza, de modos complexos e, a princípio, ininteligíveis, no cotidiano da experiência urbana – sobre corpos que são classificados como indesejáveis, sobre comportamentos considerados desviantes, sobre sujeitos forasteiros. É na multiplicidade dessa experiência, da vida cotidiana, que me debruço, a partir do que chamo de processos de segregação e de autossegregação, atentando para os movimentos, os fluxos, os encontros e os desencontros das pessoas no espaço.
Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciência Política, 2013.Este artigo ... more Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciência Política, 2013.Este artigo procura analisar a Terra Indígena Raposa Serra do Sol e seu julgamento do processo demarcatório pela aplicação de dois conceitos básicos de estudos antropológicos e políticos: identidade e legitimidade. Em uma visão inclusiva e democrática, a continuidade da terra indígena é necessária em virtude do cotidiano e vivência das etnias em seu próprio território, constitucionalmente garantido. A ampliação da Teoria Política possibilita reflexões fundamentais sobre a inserção indígena no processo democrático e na construção e consolidação de um Estado multifacetado. _________________________________________________________________________ ABSTRACTThis article aims to analyze Raposa Serra do Sol and the trial of demarcation process by observing two basic concepts of anthropological and political studies: identity and legitimacy. In an inclusive and democratic perspective, the maintenance of indi...
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropo... more Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2021.Esta tese aborda a produção do espaço urbano de Brasília, com foco em visões, percepções e modos de ocupação espacial por camadas médias e altas em superquadras da capital federal. A relação entre moradores desses espaços e as escolas públicas localizadas em espaços vizinhos – ou, por contraponto, sua ausência – constitui um dos elementos centrais da aproximação etnográfica feita desde, pelo menos, 2014. Se a segregação na cidade está relacionada com alongados processos históricos e sociais de várias ordens (econômicas, raciais, políticas), ela se encarna e se atualiza, de modos complexos e, a princípio, ininteligíveis, no cotidiano da experiência urbana – sobre corpos que são classificados como indesejáveis, sobre comportamentos considerados desviantes, sobre sujeitos forasteiros. É na multiplicidade dessa experiência, da vid...
Este artigo tem como proposta pensar aspectos do “fazer-cidade” (Agier, 2015) a partir do estabel... more Este artigo tem como proposta pensar aspectos do “fazer-cidade” (Agier, 2015) a partir do estabelecimento de áreas residenciais destinadas a membros das camadas médias em Brasília. Iniciamos com uma discussão acerca da história de proposição e ocupação residencial do Plano Piloto para em seguida pensar com base em duas experiências de trabalho de campo antropológico vividas em anos recentes, notadamente nos condomínios horizontais estabelecidos no início do presente século e no recém-inaugurado Setor Noroeste, cuja construção foi possibilitada pelo Plano Diretor de Ordenamento Territorial aprovado em 2009. O argumento central é que, em seu processo de consolidação e expansão, a “nova capital” brasileira vem se caracterizando, cada vez mais, pela condição de classe de seus moradores, em processo que denominamos de classificação do espaço.This article aims to consider aspects of “city making” (Agier, 2015) from the establishment of residential areas for members of the middle strata in...
<jats:p>O livro Cotidianos, Escolas e Patrimônio: percepções antropourbanísticas da capital... more <jats:p>O livro Cotidianos, Escolas e Patrimônio: percepções antropourbanísticas da capital do Brasil apresenta os resultados da pesquisa "Cotidianos escolares e dinâmicas metropolitanas na capital do Brasil", fruto da colaboração entre dois laboratórios de pesquisa da Universidade de Brasília (UnB): o Laboratório de Estudos da Urbe (Labeurbe-PPG-FAU) e o Laboratório de Vivências e Reflexões Antropológicas: Direitos, Políticas e Estilos de Vida (Laviver-PPGAS-DAN). A obra reúne capítulos de autoria de pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento sobre as relações entre espaços escolares, trajetórias cotidianas e a constituição do patrimônio na capital federal. O patrimônio é tratado como categoria polissêmica, mobilizada por pessoas em contato umas com as outras e com a cidade que produzem, vivem e significam. Os textos dialogam com diferentes perspectivas para refletir acerca do modo como experiências da capital/metrópole são significadas por seus habitantes, e como a escola, com forte presença na vida urbana, repercute na percepção e na vivência do patrimônio cultural. O material de pesquisa de campo é proveniente de atividades realizadas em colaboração com dois Centros de Ensino Fundamental, um em Ceilândia e outro no Plano Piloto. O conjunto das análises abarcou percepções em diálogo com membros das comunidades escolares, permitindo entrever dinâmicas metropolitanas de forma original, com abordagens ainda pouco exploradas nos estudos disponíveis.</jats:p>
A partir da publicacao do livro Athos, Colorindo Brasilia , em 2018, a Superintendencia do Iphan ... more A partir da publicacao do livro Athos, Colorindo Brasilia , em 2018, a Superintendencia do Iphan no Distrito Federal iniciou uma colecao de obras literarias intitulada Patrimonio para Jovens. As publicacoes, que tem como foco os alunos do ensino basico distrital, buscam apresentar conceitos associados a educacao patrimonial e a preservacao dos bens coletivos. Tendo o primeiro volume versado sobre o Plano Piloto de Brasilia, optou-se, para a construcao do segundo, tratar dos patrimonios de outra Regiao Administrativa, Ceilândia. Neste trabalho, objetivamos discorrer brevemente sobre o processo de construcao coletiva desta obra, orientado pela utilizacao dos Inventarios Participativos, instrumentos metodologicos desenvolvidos pelo Iphan. Mais do que apenas registrar a experiencia e o percurso objetivamente adotados, propusemo-nos a comentar temas que emergiram neste interim e que desafiam as definicoes convencionais de patrimonio cultural. Palavras-chave : Brasilia. Ceilândia. Patrimo...
Tempo Social
Este artigo tem como proposta pensar aspectos do “fazer-cidade” (Agier, 2015) a partir do estabel... more Este artigo tem como proposta pensar aspectos do “fazer-cidade” (Agier, 2015) a partir do estabelecimento de áreas residenciais destinadas a membros das camadas médias em Brasília. Iniciamos com uma discussão acerca da história de proposição e ocupação residencial do Plano Piloto para em seguida pensar com base em duas experiências de trabalho de campo antropológico vividas em anos recentes, notadamente nos condomínios horizontais estabelecidos no início do presente século e no recém-inaugurado Setor Noroeste, cuja construção foi possibilitada pelo Plano Diretor de Ordenamento Territorial aprovado em 2009. O argumento central é que, em seu processo de consolidação e expansão, a “nova capital” brasileira vem se caracterizando, cada vez mais, pela condição de classe de seus moradores, em processo que denominamos de classificação do espaço.
CAMPOS - Revista de Antropologia Social, 2015