VERA REGINA MARTINS E SILVA | Universidade do Estado de Mato Grosso (original) (raw)
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Papers by VERA REGINA MARTINS E SILVA
Orientador : Monica Graciela Zoppi-FontanaTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, I... more Orientador : Monica Graciela Zoppi-FontanaTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da LinguagemResumo: O perfil do sujeito deficiente mental absolutamente corresponde ao modelo social vigente. Diante da não-escuta com que ele se depara, devido à sua fala caracterizada pela indistinção de vozes, rupturas, pelo embaralhamento do discurso do outro ao seu, ele lança mão de outras formas de fazer sentido. Não há como não fazer sentido, o sujeito é instado a (se) significar. Assim, o deficiente mental metaforiza, atravessando toda uma organização social, toda uma civilidade historicamente instaurada, para se subjetivar, para fazer sentido, invadindo o espaço do outro, com seu corpo de movimentos desajeitados, com seu excesso de toque. Convém lembrar, que assim como a língua, o corpo está submetido à gestão social. Não há lugar no mundo para corpos indisciplinados. Discursivamente falando, a falta constitutiva do deficiente mental se manifesta através de d...
Sempre me coloquei questões quando observava, em uma praça qualquer da cidade, pessoas reunidas e... more Sempre me coloquei questões quando observava, em uma praça qualquer da cidade, pessoas reunidas em torno de um cidadão qualquer que estivesse falando coisas às vezes sem muito sentido. Minha questão é: o que as liga, cada uma vindo de um lugar, com sua vida que não tem familiaridade com os outros? Por que esses oradores de rua têm essa capacidade de "juntar" gente em torno de si.
Orientador : Monica Graciela Zoppi-FontanaTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, I... more Orientador : Monica Graciela Zoppi-FontanaTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da LinguagemResumo: O perfil do sujeito deficiente mental absolutamente corresponde ao modelo social vigente. Diante da não-escuta com que ele se depara, devido à sua fala caracterizada pela indistinção de vozes, rupturas, pelo embaralhamento do discurso do outro ao seu, ele lança mão de outras formas de fazer sentido. Não há como não fazer sentido, o sujeito é instado a (se) significar. Assim, o deficiente mental metaforiza, atravessando toda uma organização social, toda uma civilidade historicamente instaurada, para se subjetivar, para fazer sentido, invadindo o espaço do outro, com seu corpo de movimentos desajeitados, com seu excesso de toque. Convém lembrar, que assim como a língua, o corpo está submetido à gestão social. Não há lugar no mundo para corpos indisciplinados. Discursivamente falando, a falta constitutiva do deficiente mental se manifesta através de d...
Sempre me coloquei questões quando observava, em uma praça qualquer da cidade, pessoas reunidas e... more Sempre me coloquei questões quando observava, em uma praça qualquer da cidade, pessoas reunidas em torno de um cidadão qualquer que estivesse falando coisas às vezes sem muito sentido. Minha questão é: o que as liga, cada uma vindo de um lugar, com sua vida que não tem familiaridade com os outros? Por que esses oradores de rua têm essa capacidade de "juntar" gente em torno de si.