Claudio H M Batalha | Universidade Estadual de Campinas (original) (raw)
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Papers by Claudio H M Batalha
Divided between revolutionary syndicalism and reformist unions, Rio de Janeiro's labour movement ... more Divided between revolutionary syndicalism and reformist unions, Rio de Janeiro's labour movement represented one of the most complex local cases during the Brazilian First Republic. This article intends to show how relations between these two currents were far from clear cut, and that, despite the con-frontational discourse they adopted and the disputes over labour unions they were involved in, they eventually shared common practices and, to some degree, a common culture. To most observers, Rio de Janeiro's labour movement after 1906 appeared clearly divided into two antagonistic factions: " revolutionary syndicalism " or followers of " direct action " , on the one hand, and " reformist " trade unions on the other. This division persisted at least up to the 1920s, when a third competing force, the Communist Party, entered the dispute. However, like in many other countries, these two currents continued to be major referents in the subsequent political disputes within the labour movement. Until today, these labels are among the best known in the history of labour movements: They are firmly established, even iconic attributions, apparently valid all around the world with a stable meaning. Furthermore, they have been perpetuated by historians, who use them to make sense of different actors and currents in the history of labour. Of course, to a high degree these labels refer to differences that were real (both in the sense of stemming from realities and of creating these realities through their discursive power), and such differences are most commonly defined along a spectrum of certain programmatic and strategic orientations. Yet, as has repeatedly been pointed out by both activists and academics, they are also deeply problematic: their meaning shifts over time and, within one period, is not the same in different locations; their boundaries are not clear cut, sometimes even fluid, even within or in relation to the same organizational and individual actors (especially over the course of a lifespan). In addition, this division, to the degree that it was real, was rendered in different terms. terms of use, available at https://www.cambridge.org/core/terms. https://doi.org/10.1017/S002085901700044X Downloaded from https://www.cambridge.org/core. IP address: 200.100.116.83, on 24 Jan 2018 at 17:37:49, subject to the Cambridge Core
trabalhadores metalúrgicos de uma montadora automobilística artesanal, em 1917. (Acervo pessoal d... more trabalhadores metalúrgicos de uma montadora automobilística artesanal, em 1917. (Acervo pessoal de Dainis Karepovs) A fórmula "obscuros e ativos", que pode soar à maioria dos leitores bizarra, foi forjada por Jean Maitron (1910Maitron ( -1987 para designar aqueles que deveriam ter suas biografias incluídas no Dictionnaire biographique du mouvement ouvrier français, iniciado por ele em 1964 2 . Maitron fazia uma distinção entre dois tipos de militante: aqueles que pertenciam às cúpulas das organizações do movimento, as lideranças do movimento operário; e aqueles que pertenciam à base, Nº 3, Ano 3, 2009
xavier de riCard, sebastião magalHães lima y josé ingenieros: difusores del soCialismo maloniano ... more xavier de riCard, sebastião magalHães lima y josé ingenieros: difusores del soCialismo maloniano en brasil Claudio Batalha
A morte de Eric J. Hobsbawm, em 1º de outubro de 2012, suscitou em várias partes do mundo manifes... more A morte de Eric J. Hobsbawm, em 1º de outubro de 2012, suscitou em várias partes do mundo manifestações condizentes com o papel que esse historiador desempenhou na historiografia. Porém, no Brasil o que chamou atenção na grande imprensa foi a publicação de libelos acusatórios das opções ideológicas e políticas que realizou ao longo de sua vida. A revista semanal Veja (4/10/2012), campeã das salas de espera de consultórios médicos privados e das teses de direita, publicou artigo com o título "A imperdoável cegueira ideológica de Eric Hobsbawm". Já na Folha de S. Paulo (10/10/2012), foi a vez de Demétrio Magnoli -um dos vários que oriundo da corrente trotskista "Liberdade e Luta" acabou como porta-voz da direita, dita liberal -acusar Hobsbawm por não haver denunciado os crimes do stalinismo, em artigo intitulado "O esqueleto que sorri". A tônica de ambos era que Hobsbawm teria sido melhor historiador se não fosse marxista e se não tivesse assumido as posições que assumiu, no entanto, nesse caso ele jamais teria sido Hobsbawm.
International Labor and Working-Class History, 2012
Mundos do Trabalho, 2010
Resumo: As sociedades mutualistas de trabalhadores no Brasil, entre meados do século XIX e as pri... more Resumo: As sociedades mutualistas de trabalhadores no Brasil, entre meados do século XIX e as primeiras décadas do século XX, têm sido objeto de interpretações frequentemente diversas e conflitantes. Por um lado, parte dessas interpretações voltaram-se para essas sociedades como manifestações de uma forma particular de organização dos trabalhadores. Por outro lado, há interpretações que ressaltam o mutualismo como uma forma de seguro contra adversidades diversas, e em alguns casos adotou a teoria da escolha racional. Essa última abordagem fez da crítica à primeira uma de suas características. No entanto, longe de serem opostas essas duas abordagens conjuntamente contribuem de diferentes maneiras para o aprofundamento do conhecimento sobre as organizações da classe trabalhora e suas práticas.
Divided between revolutionary syndicalism and reformist unions, Rio de Janeiro's labour movement ... more Divided between revolutionary syndicalism and reformist unions, Rio de Janeiro's labour movement represented one of the most complex local cases during the Brazilian First Republic. This article intends to show how relations between these two currents were far from clear cut, and that, despite the con-frontational discourse they adopted and the disputes over labour unions they were involved in, they eventually shared common practices and, to some degree, a common culture. To most observers, Rio de Janeiro's labour movement after 1906 appeared clearly divided into two antagonistic factions: " revolutionary syndicalism " or followers of " direct action " , on the one hand, and " reformist " trade unions on the other. This division persisted at least up to the 1920s, when a third competing force, the Communist Party, entered the dispute. However, like in many other countries, these two currents continued to be major referents in the subsequent political disputes within the labour movement. Until today, these labels are among the best known in the history of labour movements: They are firmly established, even iconic attributions, apparently valid all around the world with a stable meaning. Furthermore, they have been perpetuated by historians, who use them to make sense of different actors and currents in the history of labour. Of course, to a high degree these labels refer to differences that were real (both in the sense of stemming from realities and of creating these realities through their discursive power), and such differences are most commonly defined along a spectrum of certain programmatic and strategic orientations. Yet, as has repeatedly been pointed out by both activists and academics, they are also deeply problematic: their meaning shifts over time and, within one period, is not the same in different locations; their boundaries are not clear cut, sometimes even fluid, even within or in relation to the same organizational and individual actors (especially over the course of a lifespan). In addition, this division, to the degree that it was real, was rendered in different terms. terms of use, available at https://www.cambridge.org/core/terms. https://doi.org/10.1017/S002085901700044X Downloaded from https://www.cambridge.org/core. IP address: 200.100.116.83, on 24 Jan 2018 at 17:37:49, subject to the Cambridge Core
trabalhadores metalúrgicos de uma montadora automobilística artesanal, em 1917. (Acervo pessoal d... more trabalhadores metalúrgicos de uma montadora automobilística artesanal, em 1917. (Acervo pessoal de Dainis Karepovs) A fórmula "obscuros e ativos", que pode soar à maioria dos leitores bizarra, foi forjada por Jean Maitron (1910Maitron ( -1987 para designar aqueles que deveriam ter suas biografias incluídas no Dictionnaire biographique du mouvement ouvrier français, iniciado por ele em 1964 2 . Maitron fazia uma distinção entre dois tipos de militante: aqueles que pertenciam às cúpulas das organizações do movimento, as lideranças do movimento operário; e aqueles que pertenciam à base, Nº 3, Ano 3, 2009
xavier de riCard, sebastião magalHães lima y josé ingenieros: difusores del soCialismo maloniano ... more xavier de riCard, sebastião magalHães lima y josé ingenieros: difusores del soCialismo maloniano en brasil Claudio Batalha
A morte de Eric J. Hobsbawm, em 1º de outubro de 2012, suscitou em várias partes do mundo manifes... more A morte de Eric J. Hobsbawm, em 1º de outubro de 2012, suscitou em várias partes do mundo manifestações condizentes com o papel que esse historiador desempenhou na historiografia. Porém, no Brasil o que chamou atenção na grande imprensa foi a publicação de libelos acusatórios das opções ideológicas e políticas que realizou ao longo de sua vida. A revista semanal Veja (4/10/2012), campeã das salas de espera de consultórios médicos privados e das teses de direita, publicou artigo com o título "A imperdoável cegueira ideológica de Eric Hobsbawm". Já na Folha de S. Paulo (10/10/2012), foi a vez de Demétrio Magnoli -um dos vários que oriundo da corrente trotskista "Liberdade e Luta" acabou como porta-voz da direita, dita liberal -acusar Hobsbawm por não haver denunciado os crimes do stalinismo, em artigo intitulado "O esqueleto que sorri". A tônica de ambos era que Hobsbawm teria sido melhor historiador se não fosse marxista e se não tivesse assumido as posições que assumiu, no entanto, nesse caso ele jamais teria sido Hobsbawm.
International Labor and Working-Class History, 2012
Mundos do Trabalho, 2010
Resumo: As sociedades mutualistas de trabalhadores no Brasil, entre meados do século XIX e as pri... more Resumo: As sociedades mutualistas de trabalhadores no Brasil, entre meados do século XIX e as primeiras décadas do século XX, têm sido objeto de interpretações frequentemente diversas e conflitantes. Por um lado, parte dessas interpretações voltaram-se para essas sociedades como manifestações de uma forma particular de organização dos trabalhadores. Por outro lado, há interpretações que ressaltam o mutualismo como uma forma de seguro contra adversidades diversas, e em alguns casos adotou a teoria da escolha racional. Essa última abordagem fez da crítica à primeira uma de suas características. No entanto, longe de serem opostas essas duas abordagens conjuntamente contribuem de diferentes maneiras para o aprofundamento do conhecimento sobre as organizações da classe trabalhora e suas práticas.