Karoline Mendes | Universidade Estadual de Campinas (original) (raw)
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Papers by Karoline Mendes
INTRODUÇÃO São cistos resultantes da proliferação de remanescentes epiteliais associados à formaç... more INTRODUÇÃO São cistos resultantes da proliferação de remanescentes epiteliais associados à formação dos dentes. O epitélio presente em cada um dos cistos odontogênicos é derivado de uma das seguintes fontes: lâmina dentária, órgão do esmalte e de bainha de Hertwig. Os remanescentes epiteliais presentes na maxila e mandíbula são originais do ectoderma que reveste os processos embrionários que irão formar a face e boca ou de tecido epitelial que participa na odontogenese. A presença pura e simples de restos epiteliais seria insuficiente para explicar a formação de um cisto. É necessária a ação de um agente, inflamatório por exemplo, capaz de estimular e determinar a proliferação desses remanescentes. Tal condição é freqüente nos maxilares, onde infecções e traumas são capazes de desencadear a resposta inflamatória. Classificação: Cisto da Lâmina Dentária Cisto Primordial (Queratocisto) Cisto Dentígero Cisto de Erupção Cisto Periodontal Apical Cisto Periodontal Lateral Cisto Gengival do adulto Cisto Odontogênico Calcificante CISTO DA LÂMINA DENTÁRIA (Cisto gengival do recém-nascido) a) Características clínicas e patogenia: São assim denominados os cistos encontrados na grande maioria dos recém-nascidos (80%), apresentando-se como pequenos nódulos esbranquiçados, localizados nos rebordos alveolares dos maxilares. O cisto da lâmina dentária tem sua origem a partir da proliferação de remanescentes da lâmina dentária, denominados restos de Serres, provenientes do processo involutivo (degeneração e lise) da lâmina dentária. Alguns remanescentes epiteliais têm a capacidade de proliferar, queratinizar e formar pequenos cistos. Como este cisto aparece em indivíduos muito jovens, é assintomático e tem o seu rompimento espontâneo pouco tempo depois de surgir, muitas vezes passa despercebido. b) Aspectos histológicos. Os cistos podem apresentar formas redondas ou ovais, e nos cortes histológicos encontramos um delgado revestimento de epitélio estratificado pavimentoso com superfície paraqueratótica. A cavidade cística usualmente é preenchida por queratina descamada e, freqüentemente, contém células inflamatórias. c) Tratamento. Não há indicação de nenhuma terapêutica específica para o tratamento dos cistos gengivais. NÓDULOS DE BOHN E PÉROLAS DE EPSTEIN Existe uma certa confusão entre os Nódulos de Bohn e Pérolas de Epstein em relação ao Cisto da Lâmina Dentária. As Pérolas de Epstein são nódulos císticos que ocorrem ao longo da rafe palatina mediana, e, não são de origem odontogênica (procedem dos remanescentes epiteliais aprisionados na rafe palatina mediana), enquanto que os Nódulos de Bohn, encontrados na fase vestibular e lingual do rebordo alveolar e no palato, têm como origem remanescentes de epitélio glândulas (glândulas mucosas).
INTRODUÇÃO São cistos resultantes da proliferação de remanescentes epiteliais associados à formaç... more INTRODUÇÃO São cistos resultantes da proliferação de remanescentes epiteliais associados à formação dos dentes. O epitélio presente em cada um dos cistos odontogênicos é derivado de uma das seguintes fontes: lâmina dentária, órgão do esmalte e de bainha de Hertwig. Os remanescentes epiteliais presentes na maxila e mandíbula são originais do ectoderma que reveste os processos embrionários que irão formar a face e boca ou de tecido epitelial que participa na odontogenese. A presença pura e simples de restos epiteliais seria insuficiente para explicar a formação de um cisto. É necessária a ação de um agente, inflamatório por exemplo, capaz de estimular e determinar a proliferação desses remanescentes. Tal condição é freqüente nos maxilares, onde infecções e traumas são capazes de desencadear a resposta inflamatória. Classificação: Cisto da Lâmina Dentária Cisto Primordial (Queratocisto) Cisto Dentígero Cisto de Erupção Cisto Periodontal Apical Cisto Periodontal Lateral Cisto Gengival do adulto Cisto Odontogênico Calcificante CISTO DA LÂMINA DENTÁRIA (Cisto gengival do recém-nascido) a) Características clínicas e patogenia: São assim denominados os cistos encontrados na grande maioria dos recém-nascidos (80%), apresentando-se como pequenos nódulos esbranquiçados, localizados nos rebordos alveolares dos maxilares. O cisto da lâmina dentária tem sua origem a partir da proliferação de remanescentes da lâmina dentária, denominados restos de Serres, provenientes do processo involutivo (degeneração e lise) da lâmina dentária. Alguns remanescentes epiteliais têm a capacidade de proliferar, queratinizar e formar pequenos cistos. Como este cisto aparece em indivíduos muito jovens, é assintomático e tem o seu rompimento espontâneo pouco tempo depois de surgir, muitas vezes passa despercebido. b) Aspectos histológicos. Os cistos podem apresentar formas redondas ou ovais, e nos cortes histológicos encontramos um delgado revestimento de epitélio estratificado pavimentoso com superfície paraqueratótica. A cavidade cística usualmente é preenchida por queratina descamada e, freqüentemente, contém células inflamatórias. c) Tratamento. Não há indicação de nenhuma terapêutica específica para o tratamento dos cistos gengivais. NÓDULOS DE BOHN E PÉROLAS DE EPSTEIN Existe uma certa confusão entre os Nódulos de Bohn e Pérolas de Epstein em relação ao Cisto da Lâmina Dentária. As Pérolas de Epstein são nódulos císticos que ocorrem ao longo da rafe palatina mediana, e, não são de origem odontogênica (procedem dos remanescentes epiteliais aprisionados na rafe palatina mediana), enquanto que os Nódulos de Bohn, encontrados na fase vestibular e lingual do rebordo alveolar e no palato, têm como origem remanescentes de epitélio glândulas (glândulas mucosas).