Rafael Limongelli | Universidade Estadual de Campinas (original) (raw)
Papers by Rafael Limongelli
Cadernos Deligny, 2023
Este ensaio tem como objetivo articular os conceitos de normalização (CARVALHO, 2012) e de descol... more Este ensaio tem como objetivo articular os conceitos de normalização (CARVALHO, 2012) e de descolonização da infância, inspirados nas imagens em movimento dos filmes Pixote (BABENCO, 1980) e Ce gamin là (DELIGNY, 1976). Ambos filmes abordam questões referentes às infâncias dissidentes: um em experimentações nãonormativas, a partir da desobediência civil e do autismo, e o outro em experimentações de resistência às normatizações da prisão para crianças e jovens. Os filmes questionam a ação (presença-ausência) do Estado na sociabilidade das crianças no Brasil e na França e foram escolhidos por conversarem com questões que capturam e escapam às tentativas de adestramento das infâncias por dispositivos pedagógicos, psicológicos, sociológicos, médicos, estatais e estatísticos. Para tanto, a partir dos campos de interlocução gerados pelos dois filmes, criaremos conversações com autores que tentam construir uma concepção múltipla de infância e de criança (GALLO, 2002, 2015; Carvalho, 2018). Procura-se trazer à tona os jogos de força que zoneam a existência das infâncias dissidentes, apontando para a potência onde as ciências humanas afirmam fratura e doença.
50 jaar ATD: zeven essays van alumni, 2022
This essay begins in a far away land; as if a fugitive choreography could be materialized when re... more This essay begins in a far away land; as if a fugitive choreography could be materialized when reading a book. An ontology of fugitivity that operates at the intersection of black studies and feminist science and technology studies as a performance of resistance to dominant systems of knowledge.
https://issuu.com/kunsthogeschool/docs/atd_bibliotheek_flavia_rafael
TEXTURA - ULBRA, Sep 16, 2015
In Revista Textura. V. 27, SP, 2015. Esse escrito se propõe percorrer traços, vestígios, resquíci... more In Revista Textura. V. 27, SP, 2015. Esse escrito se propõe percorrer traços, vestígios, resquícios do pensamento publicado por Tótora, Carvalho e Deleuze sobre as possíveis torções na educação e suas aproximações com uma prática patética-poética da palhaçaria (KASPER, OLENDZKI, SILVEIRA). Escavando possibilidades de um patético-educador ou educador-infame, contamos adentrar sobre os não-lugares possíveis presentes em uma experiência educativa, produzindo bolsões para a afirmação da criação e da inventividade. Palavras-chave: palhaços (clown), filosofia da diferença, educação, experimentos em educação.
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Feb 24, 2017
O objetivo desta pesquisa é a produção de uma cartografia com a paisagem constituída em torno do ... more O objetivo desta pesquisa é a produção de uma cartografia com a paisagem constituída em torno do adolescente em conflito com a lei agenciado pela função-educando e disparada pela experiência “Horta da Vida” realizada em 2012, na Unidade de Internação - Leopoldina da Fundação CASA entre adolescentes, famílias, funcionários (as) e educadores (as). Para tanto, é preciso referenciar uma genealogia dos enunciados e forças discursivas que compõem e tramam o menor e o adolescente em conflito com a lei (PASSETTI, 1990, 1995; OLIVEIRA, 2005; AUGUSTO, 2013), bem como posicionar essa genealogia para operar uma cartografia da paisagem – campo de agenciamentos e território de observação – que compõe a ação socioeducativa e educativa da Fundação CASA. Essa cartografia se torna possível através de um arquivo constituído pelo pesquisador no período de 2010-2012, em que atuou como professor da rede pública de São Paulo junto aos jovens (escritos e desenhos entre cartas, diários, trabalhos, avaliação, músicas, etc.) e suas conexões com normativas institucionais, orientações pedagógicas, orientações técnicas e legislações. A fundamentação teórica deste trabalho se apoia na abordagem que Foucault (1979, 1988, 1999, 2004 e 2010a, 2010b) esboçou por arqueologia e os apontamentos de Guattari (2013), Deleuze (1992, 2012a, 2012b, 2014) e Kastrup (2007) sobre cartografia e devir. A hipótese do trabalho sustenta que as ações que operam em linhas de fuga forçam escandir o campo de agenciamento em que se trama a educação na Fundação CASA, fazendo insurgir não-lugares, bolsões de novos possíveis, afectos e perceptos até então indizíveis (COSTA, 2000; TÓTORA, 2005; CARVALHO, 2014). Práticas menores, como a “Horta da Vida”, podem operar por desmontagem no maquinário que as envolve e as produz, fazendo ruir posicionamentos e representações estanques.
Esse artigo e inspirado no ultimo movimento da dissertacao de mestrado “ Horta da Vida: uma carto... more Esse artigo e inspirado no ultimo movimento da dissertacao de mestrado “ Horta da Vida: uma cartografia entre adolescentes em conflito com a lei e uma experiencia educacional” (UNIFESP, 2017). Durante o periodo de 2010 a 2012 fui professor de educacao basica II (PEBII) da Secretaria de Educacao do Estado de Sao Paulo, regido pela contratacao “Categoria O”. Fui designado pela Diretoria de Ensino Centro-Oeste para lecionar na Pasta Especial Fundacao CASA e fui designado para a Unidade de Internacao Vila Leopoldina. Este artigo busca articular pensamentos de Carvalho (2014a, 2014b) Gallo (2015), Deleuze e Guattari (2012a, 2012b, 2014), Foucault (2010, 2001), as experiencias em educacao realizadas junto aos jovens internados entre 2010-12 na Fundacao Casa Vila Leopoldina e uma horta comunitaria.
Linha Mestra, 2020
Este ensaio se faz a cavalgadas. A superfície que se percorre é composta por diversas texturas: o... more Este ensaio se faz a cavalgadas. A superfície que se percorre é composta por diversas texturas: os últimos três trabalhos cênicos concebidos pela dramaturga, performer e diretora Carolina Bianchi (Brasil) y Cara de Cavalo (coletivo de artistas que a acompanha): Mata-me de prazer (2016)[1], Quiero hacer el amor (2017)[2] e LOBO (2018)[3], chamados de Maratona das Paixões; e a possibilidade de produzir máquinas de guerrae nomadismos entre os veios vertiginosos dos autoritarismos em ascensão no capitalismo mundial integrado. Em bando cavalgamos juntos com Guattari, Deleuze, Preciado, Myers, Tsing e Tiqqun. Intenta-se experimentar nesta trajetória as aproximações possíveis com modos de subjetividade que combatam as estreitas formas assujeitadas e cafetinadas do presente e disparem com ponta de lança para novos modos de viver e experimentar o corpo em seus agenciamentos coletivos.[1] Disponível em: https://arteview.com.br/saga-erotica-mata-me-de-prazer-de-carolina-bianchi-na-oswald-de-an...
Revista Digital do LAV, 2021
Este artigo discute a produção de materiais literários por coletivos e editoras anarquistas, conc... more Este artigo discute a produção de materiais literários por coletivos e editoras anarquistas, concentrando-se nos livros destinados às crianças. Investe em uma metodologia de discussão sobre três livros infantis produzidos por anarquistas, sendo: A Cura (Brasil, 2015), A Rule is to Break (Estados Unidos, 2012) e Animal Squat (Inglaterra, 2019) e contextualiza a experiência política e militante da difusão de parte desse material no Brasil, através do Laboratório de Educação Anarquista (LEA). Discorre acerca das concepções de literatura infantil e de criança/infância, defendendo um posicionamento político anti-adultocêntrico.
Childhood and youth have been addressed and lived out under the sign of minority. Outside social ... more Childhood and youth have been addressed and lived out under the sign of minority. Outside social control, they are actually considered as a “disease” that must be cured. This article briefly outlines the genealogy of the Statute of the Child and Adolescent (ECA), highlighting its advances in relation to previous legislation on childhood in Brazil, the Code of Minors. It analyzes the emergence of ECA against the background of the New Republic and the redemocratization process in Brazil, through the conceptual operator of democratic governmentality, showing that it related to the subjectification of children and youth as citizens of rights, under a logic of comprehensive protection. A democratic form of government, yet a government of childhood and youth, nonetheless, keeping them under the guardianship of adults. It draws attention to the limitations of this legislation since, despite the advances and comprehensive protection policy, children and youth continue dying or being incarce...
Educação e Pesquisa
Resumo A infância e a juventude têm sido pensadas e vividas sob o signo da menoridade. Quando fog... more Resumo A infância e a juventude têm sido pensadas e vividas sob o signo da menoridade. Quando fogem ao controle social são inclusive pensadas como uma doença que precisa ser curada. Este artigo traça uma breve genealogia do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), colocando em relevo os avanços que ele promoveu em relação às anteriores legislações acerca da infância no Brasil, os Códigos de Menores. Analisa a emergência do ECA no contexto da Nova República e do processo de redemocratização do país por meio do operador conceitual governamentalidade democrática, mostrando que se tratava de subjetivar crianças e jovens como cidadãos de direitos, sob uma lógica de proteção integral. Tratava-se de uma forma democrática de governo, mas ainda assim um governo da infância e da juventude, mantendo-as sob a tutela dos adultos. Apesar dos avanços, chama a atenção para os limites dessa legislação, visto que crianças e jovens continuam morrendo em massa ou sendo encarcerados, apesar da políti...
Revista Linha Mestra , 2018
Esse artigo é inspirado no último movimento da dissertação de mestrado “Horta da Vida: uma cartog... more Esse artigo é inspirado no último movimento da dissertação de mestrado “Horta da Vida: uma cartografia entre adolescentes em conflito com a lei e uma experiência educacional” (UNIFESP, 2017). Durante o período de 2010 a 2012 fui professor de educação básica II (PEBII) da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, regido pela contratação “Categoria O”. Fui designado pela Diretoria de Ensino Centro-Oeste para lecionar na Pasta Especial Fundação CASA e fui designado para a Unidade de Internação Vila Leopoldina. Este artigo busca articular pensamentos de Carvalho (2014a, 2014b) Gallo (2015), Deleuze e Guattari (2012a, 2012b, 2014), Foucault (2010, 2001), as experiências em educação realizadas junto aos jovens internados entre 2010-12 na Fundação Casa Vila Leopoldina e uma horta comunitária.
Rede de Redes [recurso eletrônico] – diálogos e perspectivas das redes de educadores de museus no Brasil , 2018
Esse texto é resultado de uma produção e pensamento coletivo da equipe de educadores e coordenaçã... more Esse texto é resultado de uma produção e pensamento coletivo da equipe de educadores e coordenação educativa do Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado (MAB/FAAP). O objetivo é relatar a experiência desenvolvida em parceria com a Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) Monteiro Lobato e refletir sobre infância e modos de as crianças ocuparem o museu.
Rede de Redes [recurso eletrônico] – diálogos e perspectivas das redes de educadores de museus no Brasil , 2018
Esse texto é resultado de uma produção e pensamento coletivo da equipe de educadores(as) e da coo... more Esse texto é resultado de uma produção e pensamento coletivo da equipe de educadores(as) e da coordenação educativa do Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado (MAB/FAAP). Em 2017, quando houve uma equipe de longa duração (contratada por 10 meses), desenvolvemos conversas e projetos que já aconteciam no MAB, como a passagem do projeto MAB PROFESSOR para MAB ESCOLA e a criação do CICLO DE CONVERSAÇÕES. Este texto tem por objetivo refletir sobre a constituição histórica dos projetos citados, apontar as reflexões que acompanharam suas mudanças e desdobramentos e levantar quais foram as motivações que dispararam esses movimentos e transformações.
Do caos ao cais e vice-versa: intersecções entre filosofia, ciência e arte , 2019
VOYD
Linha Mestra, 2020
Este ensaio se faz a cavalgadas. A superfície que se percorre é composta por diversas texturas: ... more Este ensaio se faz a cavalgadas. A superfície que se percorre é composta por diversas texturas: os últimos três trabalhos cênicos concebidos pela dramaturga, performer e diretora Carolina Bianchi (Brasil) y Cara de Cavalo (coletivo de artistas que a acompanha): Mata-me de prazer (2016) 2 , Quiero hacer el amor (2017) 3 e LOBO (2018) 4 , chamados de Maratona das Paixões; e a possibilidade de produzir máquinas de guerra e nomadismos entre os veios vertiginosos dos autoritarismos em ascensão no capitalismo mundial integrado. Em bando cavalgamos juntos com Guattari, Deleuze, Preciado, Myers, Tsing e Tiqqun. Intenta-se experimentar nesta trajetória as aproximações possíveis com modos de subjetividade que combatam as estreitas formas assujeitadas e cafetinadas do presente e disparem com ponta de lança para novos modos de viver e experimentar o corpo em seus agenciamentos coletivos. Palavras-chave: Artes cênicas; máquinas de guerra; pós-humanidade.
Rede de Redes [recurso eletrônico] – diálogos e perspectivas das redes de educadores de museus no Brasil , 2018
Resumo Esse ensaio tem o objetivo de construir uma cartografia das práticas que articu-lam, conec... more Resumo Esse ensaio tem o objetivo de construir uma cartografia das práticas que articu-lam, conectam e organizam as forças e discursos que tencionam e atravessam o campo (a ecologia) das ações artísticas e educativas em contextos não formais de exposições em equipamentos de interesse público (privados e estatais) em São Paulo. Nesse território, decalca-se a ecologia das práticas de artistas-edu-cadores(xs) durante o programa "Residência Educativa" no Sesc Pompeia em 2016-2017 sob a coordenação de Cibele Camacci (Artes Visuais/Sesc Pompeia). A "Residência Educativa" é uma experiência dentro da rede Sesc, que articula educadores(xs) com pesquisas e ações autorais individuais e coletivas.
Educação e Pesquisa, 2019
Childhood and youth have been addressed and lived out under the sign of minority. Outside social ... more Childhood and youth have been addressed and lived out under the sign of minority. Outside social control, they are actually considered as a "disease" that must be cured. This article briefly outlines the genealogy of the Statute of the Child and Adolescent (ECA), highlighting its advances in relation to previous legislation on childhood in Brazil, the Code of Minors. It analyzes the emergence of ECA against the background of the New Republic and the redemocratization process in Brazil, through the conceptual operator of democratic governmentality, showing that it related to the subjectification of children and youth as citizens of rights, under a logic of comprehensive protection. A democratic form of government, yet a government of childhood and youth, nonetheless, keeping them under the guardianship of adults. It draws attention to the limitations of this legislation since, despite the advances and comprehensive protection policy, children and youth continue dying or being incarcerated on large scale. Considering possible escape routes from the government of childhood, a distinct political approach outside the condition of minority, the text explores the philosophy of Charles Fourier, who conceives a completely different relationship between children, youth and adults, refuting any kind of guardianship. In the words of René Schérer, a "majority childhood," emancipated, a sign of great health. Keywords Government of childhood-Statute of the Child and Adolescent-Democratic governmentality-Majority childhood.
Educação e Pesquisa, 2020
A infância e a juventude têm sido pensadas e vividas sob o signo da menoridade. Quando fogem ao c... more A infância e a juventude têm sido pensadas e vividas sob o signo da menoridade. Quando fogem ao controle social são inclusive pensadas como uma doença que precisa ser curada. Este artigo traça uma breve genealogia do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), colocando em relevo os avanços que ele promoveu em relação às anteriores legislações acerca da infância no Brasil, os Códigos de Menores. Analisa a emergência do ECA no contexto da Nova República e do processo de redemocratização do país por meio do operador conceitual governamentalidade democrática, mostrando que se tratava de subjetivar crianças e jovens como cidadãos de direitos, sob uma lógica de proteção integral. Tratava-se de uma forma democrática de governo, mas ainda assim um governo da infância e da juventude, mantendo-as sob a tutela dos adultos. Apesar dos avanços, chama a atenção para os limites dessa legislação, visto que crianças e jovens continuam morrendo em massa ou sendo encarcerados, apesar da política de proteção integral. Ao questionar a respeito das possíveis linhas de fuga ao governo da infância, outro pensamento político que a tome fora da condição de menoridade, o texto explora a filosofia de Charles Fourier, que concebe uma relação completamente distinta entre crianças, jovens e adultos, sem qualquer tutela. Nas palavras de René Schérer, uma infância maior, emancipada, signo de uma grande saúde.
Esse texto não deveria ser escrito nesta língua e nem em língua nenhuma. Hoje ainda se escrevem t... more Esse texto não deveria ser escrito nesta língua e nem em língua nenhuma. Hoje ainda se escrevem textos em línguas, frases conjugadas em significação que possibilitam movimentar pensamentos e corpos; que possibilitam organizações societárias em torno de Estados Nacionais, Leis e Jurisprudência; que possibilitam pesquisas em codificação genética, em armamento químico, em balística; que possibilitam a inculcação no medo de cada um/uma e suas confissões. As palavras e suas coisas sórdidas. E como a língua portuguesa é aquela em que navego com maior fluência e é também a que me permite esburacar com maior força a superfície que ela mesma organiza pela gramática, seguem essas palavras em variação contínua e ritornelos de gozo.
PUCVIVA 35 - maio/agosto de 2009
In Revista Textura. V. 27, SP, 2015. Esse escrito se propõe percorrer traços, vestígios, resquí... more In Revista Textura. V. 27, SP, 2015.
Esse escrito se propõe percorrer traços, vestígios, resquícios do pensamento publicado por Tótora, Carvalho e Deleuze sobre as possíveis torções na educação e suas aproximações com uma prática patética-poética da palhaçaria (KASPER, OLENDZKI, SILVEIRA). Escavando possibilidades de um patético-educador ou educador-infame, contamos adentrar sobre os não-lugares possíveis presentes em uma experiência educativa, produzindo bolsões para a afirmação da criação e da inventividade. Palavras-chave: palhaços (clown), filosofia da diferença, educação, experimentos em educação.
Cadernos Deligny, 2023
Este ensaio tem como objetivo articular os conceitos de normalização (CARVALHO, 2012) e de descol... more Este ensaio tem como objetivo articular os conceitos de normalização (CARVALHO, 2012) e de descolonização da infância, inspirados nas imagens em movimento dos filmes Pixote (BABENCO, 1980) e Ce gamin là (DELIGNY, 1976). Ambos filmes abordam questões referentes às infâncias dissidentes: um em experimentações nãonormativas, a partir da desobediência civil e do autismo, e o outro em experimentações de resistência às normatizações da prisão para crianças e jovens. Os filmes questionam a ação (presença-ausência) do Estado na sociabilidade das crianças no Brasil e na França e foram escolhidos por conversarem com questões que capturam e escapam às tentativas de adestramento das infâncias por dispositivos pedagógicos, psicológicos, sociológicos, médicos, estatais e estatísticos. Para tanto, a partir dos campos de interlocução gerados pelos dois filmes, criaremos conversações com autores que tentam construir uma concepção múltipla de infância e de criança (GALLO, 2002, 2015; Carvalho, 2018). Procura-se trazer à tona os jogos de força que zoneam a existência das infâncias dissidentes, apontando para a potência onde as ciências humanas afirmam fratura e doença.
50 jaar ATD: zeven essays van alumni, 2022
This essay begins in a far away land; as if a fugitive choreography could be materialized when re... more This essay begins in a far away land; as if a fugitive choreography could be materialized when reading a book. An ontology of fugitivity that operates at the intersection of black studies and feminist science and technology studies as a performance of resistance to dominant systems of knowledge.
https://issuu.com/kunsthogeschool/docs/atd_bibliotheek_flavia_rafael
TEXTURA - ULBRA, Sep 16, 2015
In Revista Textura. V. 27, SP, 2015. Esse escrito se propõe percorrer traços, vestígios, resquíci... more In Revista Textura. V. 27, SP, 2015. Esse escrito se propõe percorrer traços, vestígios, resquícios do pensamento publicado por Tótora, Carvalho e Deleuze sobre as possíveis torções na educação e suas aproximações com uma prática patética-poética da palhaçaria (KASPER, OLENDZKI, SILVEIRA). Escavando possibilidades de um patético-educador ou educador-infame, contamos adentrar sobre os não-lugares possíveis presentes em uma experiência educativa, produzindo bolsões para a afirmação da criação e da inventividade. Palavras-chave: palhaços (clown), filosofia da diferença, educação, experimentos em educação.
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Feb 24, 2017
O objetivo desta pesquisa é a produção de uma cartografia com a paisagem constituída em torno do ... more O objetivo desta pesquisa é a produção de uma cartografia com a paisagem constituída em torno do adolescente em conflito com a lei agenciado pela função-educando e disparada pela experiência “Horta da Vida” realizada em 2012, na Unidade de Internação - Leopoldina da Fundação CASA entre adolescentes, famílias, funcionários (as) e educadores (as). Para tanto, é preciso referenciar uma genealogia dos enunciados e forças discursivas que compõem e tramam o menor e o adolescente em conflito com a lei (PASSETTI, 1990, 1995; OLIVEIRA, 2005; AUGUSTO, 2013), bem como posicionar essa genealogia para operar uma cartografia da paisagem – campo de agenciamentos e território de observação – que compõe a ação socioeducativa e educativa da Fundação CASA. Essa cartografia se torna possível através de um arquivo constituído pelo pesquisador no período de 2010-2012, em que atuou como professor da rede pública de São Paulo junto aos jovens (escritos e desenhos entre cartas, diários, trabalhos, avaliação, músicas, etc.) e suas conexões com normativas institucionais, orientações pedagógicas, orientações técnicas e legislações. A fundamentação teórica deste trabalho se apoia na abordagem que Foucault (1979, 1988, 1999, 2004 e 2010a, 2010b) esboçou por arqueologia e os apontamentos de Guattari (2013), Deleuze (1992, 2012a, 2012b, 2014) e Kastrup (2007) sobre cartografia e devir. A hipótese do trabalho sustenta que as ações que operam em linhas de fuga forçam escandir o campo de agenciamento em que se trama a educação na Fundação CASA, fazendo insurgir não-lugares, bolsões de novos possíveis, afectos e perceptos até então indizíveis (COSTA, 2000; TÓTORA, 2005; CARVALHO, 2014). Práticas menores, como a “Horta da Vida”, podem operar por desmontagem no maquinário que as envolve e as produz, fazendo ruir posicionamentos e representações estanques.
Esse artigo e inspirado no ultimo movimento da dissertacao de mestrado “ Horta da Vida: uma carto... more Esse artigo e inspirado no ultimo movimento da dissertacao de mestrado “ Horta da Vida: uma cartografia entre adolescentes em conflito com a lei e uma experiencia educacional” (UNIFESP, 2017). Durante o periodo de 2010 a 2012 fui professor de educacao basica II (PEBII) da Secretaria de Educacao do Estado de Sao Paulo, regido pela contratacao “Categoria O”. Fui designado pela Diretoria de Ensino Centro-Oeste para lecionar na Pasta Especial Fundacao CASA e fui designado para a Unidade de Internacao Vila Leopoldina. Este artigo busca articular pensamentos de Carvalho (2014a, 2014b) Gallo (2015), Deleuze e Guattari (2012a, 2012b, 2014), Foucault (2010, 2001), as experiencias em educacao realizadas junto aos jovens internados entre 2010-12 na Fundacao Casa Vila Leopoldina e uma horta comunitaria.
Linha Mestra, 2020
Este ensaio se faz a cavalgadas. A superfície que se percorre é composta por diversas texturas: o... more Este ensaio se faz a cavalgadas. A superfície que se percorre é composta por diversas texturas: os últimos três trabalhos cênicos concebidos pela dramaturga, performer e diretora Carolina Bianchi (Brasil) y Cara de Cavalo (coletivo de artistas que a acompanha): Mata-me de prazer (2016)[1], Quiero hacer el amor (2017)[2] e LOBO (2018)[3], chamados de Maratona das Paixões; e a possibilidade de produzir máquinas de guerrae nomadismos entre os veios vertiginosos dos autoritarismos em ascensão no capitalismo mundial integrado. Em bando cavalgamos juntos com Guattari, Deleuze, Preciado, Myers, Tsing e Tiqqun. Intenta-se experimentar nesta trajetória as aproximações possíveis com modos de subjetividade que combatam as estreitas formas assujeitadas e cafetinadas do presente e disparem com ponta de lança para novos modos de viver e experimentar o corpo em seus agenciamentos coletivos.[1] Disponível em: https://arteview.com.br/saga-erotica-mata-me-de-prazer-de-carolina-bianchi-na-oswald-de-an...
Revista Digital do LAV, 2021
Este artigo discute a produção de materiais literários por coletivos e editoras anarquistas, conc... more Este artigo discute a produção de materiais literários por coletivos e editoras anarquistas, concentrando-se nos livros destinados às crianças. Investe em uma metodologia de discussão sobre três livros infantis produzidos por anarquistas, sendo: A Cura (Brasil, 2015), A Rule is to Break (Estados Unidos, 2012) e Animal Squat (Inglaterra, 2019) e contextualiza a experiência política e militante da difusão de parte desse material no Brasil, através do Laboratório de Educação Anarquista (LEA). Discorre acerca das concepções de literatura infantil e de criança/infância, defendendo um posicionamento político anti-adultocêntrico.
Childhood and youth have been addressed and lived out under the sign of minority. Outside social ... more Childhood and youth have been addressed and lived out under the sign of minority. Outside social control, they are actually considered as a “disease” that must be cured. This article briefly outlines the genealogy of the Statute of the Child and Adolescent (ECA), highlighting its advances in relation to previous legislation on childhood in Brazil, the Code of Minors. It analyzes the emergence of ECA against the background of the New Republic and the redemocratization process in Brazil, through the conceptual operator of democratic governmentality, showing that it related to the subjectification of children and youth as citizens of rights, under a logic of comprehensive protection. A democratic form of government, yet a government of childhood and youth, nonetheless, keeping them under the guardianship of adults. It draws attention to the limitations of this legislation since, despite the advances and comprehensive protection policy, children and youth continue dying or being incarce...
Educação e Pesquisa
Resumo A infância e a juventude têm sido pensadas e vividas sob o signo da menoridade. Quando fog... more Resumo A infância e a juventude têm sido pensadas e vividas sob o signo da menoridade. Quando fogem ao controle social são inclusive pensadas como uma doença que precisa ser curada. Este artigo traça uma breve genealogia do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), colocando em relevo os avanços que ele promoveu em relação às anteriores legislações acerca da infância no Brasil, os Códigos de Menores. Analisa a emergência do ECA no contexto da Nova República e do processo de redemocratização do país por meio do operador conceitual governamentalidade democrática, mostrando que se tratava de subjetivar crianças e jovens como cidadãos de direitos, sob uma lógica de proteção integral. Tratava-se de uma forma democrática de governo, mas ainda assim um governo da infância e da juventude, mantendo-as sob a tutela dos adultos. Apesar dos avanços, chama a atenção para os limites dessa legislação, visto que crianças e jovens continuam morrendo em massa ou sendo encarcerados, apesar da políti...
Revista Linha Mestra , 2018
Esse artigo é inspirado no último movimento da dissertação de mestrado “Horta da Vida: uma cartog... more Esse artigo é inspirado no último movimento da dissertação de mestrado “Horta da Vida: uma cartografia entre adolescentes em conflito com a lei e uma experiência educacional” (UNIFESP, 2017). Durante o período de 2010 a 2012 fui professor de educação básica II (PEBII) da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, regido pela contratação “Categoria O”. Fui designado pela Diretoria de Ensino Centro-Oeste para lecionar na Pasta Especial Fundação CASA e fui designado para a Unidade de Internação Vila Leopoldina. Este artigo busca articular pensamentos de Carvalho (2014a, 2014b) Gallo (2015), Deleuze e Guattari (2012a, 2012b, 2014), Foucault (2010, 2001), as experiências em educação realizadas junto aos jovens internados entre 2010-12 na Fundação Casa Vila Leopoldina e uma horta comunitária.
Rede de Redes [recurso eletrônico] – diálogos e perspectivas das redes de educadores de museus no Brasil , 2018
Esse texto é resultado de uma produção e pensamento coletivo da equipe de educadores e coordenaçã... more Esse texto é resultado de uma produção e pensamento coletivo da equipe de educadores e coordenação educativa do Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado (MAB/FAAP). O objetivo é relatar a experiência desenvolvida em parceria com a Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) Monteiro Lobato e refletir sobre infância e modos de as crianças ocuparem o museu.
Rede de Redes [recurso eletrônico] – diálogos e perspectivas das redes de educadores de museus no Brasil , 2018
Esse texto é resultado de uma produção e pensamento coletivo da equipe de educadores(as) e da coo... more Esse texto é resultado de uma produção e pensamento coletivo da equipe de educadores(as) e da coordenação educativa do Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado (MAB/FAAP). Em 2017, quando houve uma equipe de longa duração (contratada por 10 meses), desenvolvemos conversas e projetos que já aconteciam no MAB, como a passagem do projeto MAB PROFESSOR para MAB ESCOLA e a criação do CICLO DE CONVERSAÇÕES. Este texto tem por objetivo refletir sobre a constituição histórica dos projetos citados, apontar as reflexões que acompanharam suas mudanças e desdobramentos e levantar quais foram as motivações que dispararam esses movimentos e transformações.
Do caos ao cais e vice-versa: intersecções entre filosofia, ciência e arte , 2019
VOYD
Linha Mestra, 2020
Este ensaio se faz a cavalgadas. A superfície que se percorre é composta por diversas texturas: ... more Este ensaio se faz a cavalgadas. A superfície que se percorre é composta por diversas texturas: os últimos três trabalhos cênicos concebidos pela dramaturga, performer e diretora Carolina Bianchi (Brasil) y Cara de Cavalo (coletivo de artistas que a acompanha): Mata-me de prazer (2016) 2 , Quiero hacer el amor (2017) 3 e LOBO (2018) 4 , chamados de Maratona das Paixões; e a possibilidade de produzir máquinas de guerra e nomadismos entre os veios vertiginosos dos autoritarismos em ascensão no capitalismo mundial integrado. Em bando cavalgamos juntos com Guattari, Deleuze, Preciado, Myers, Tsing e Tiqqun. Intenta-se experimentar nesta trajetória as aproximações possíveis com modos de subjetividade que combatam as estreitas formas assujeitadas e cafetinadas do presente e disparem com ponta de lança para novos modos de viver e experimentar o corpo em seus agenciamentos coletivos. Palavras-chave: Artes cênicas; máquinas de guerra; pós-humanidade.
Rede de Redes [recurso eletrônico] – diálogos e perspectivas das redes de educadores de museus no Brasil , 2018
Resumo Esse ensaio tem o objetivo de construir uma cartografia das práticas que articu-lam, conec... more Resumo Esse ensaio tem o objetivo de construir uma cartografia das práticas que articu-lam, conectam e organizam as forças e discursos que tencionam e atravessam o campo (a ecologia) das ações artísticas e educativas em contextos não formais de exposições em equipamentos de interesse público (privados e estatais) em São Paulo. Nesse território, decalca-se a ecologia das práticas de artistas-edu-cadores(xs) durante o programa "Residência Educativa" no Sesc Pompeia em 2016-2017 sob a coordenação de Cibele Camacci (Artes Visuais/Sesc Pompeia). A "Residência Educativa" é uma experiência dentro da rede Sesc, que articula educadores(xs) com pesquisas e ações autorais individuais e coletivas.
Educação e Pesquisa, 2019
Childhood and youth have been addressed and lived out under the sign of minority. Outside social ... more Childhood and youth have been addressed and lived out under the sign of minority. Outside social control, they are actually considered as a "disease" that must be cured. This article briefly outlines the genealogy of the Statute of the Child and Adolescent (ECA), highlighting its advances in relation to previous legislation on childhood in Brazil, the Code of Minors. It analyzes the emergence of ECA against the background of the New Republic and the redemocratization process in Brazil, through the conceptual operator of democratic governmentality, showing that it related to the subjectification of children and youth as citizens of rights, under a logic of comprehensive protection. A democratic form of government, yet a government of childhood and youth, nonetheless, keeping them under the guardianship of adults. It draws attention to the limitations of this legislation since, despite the advances and comprehensive protection policy, children and youth continue dying or being incarcerated on large scale. Considering possible escape routes from the government of childhood, a distinct political approach outside the condition of minority, the text explores the philosophy of Charles Fourier, who conceives a completely different relationship between children, youth and adults, refuting any kind of guardianship. In the words of René Schérer, a "majority childhood," emancipated, a sign of great health. Keywords Government of childhood-Statute of the Child and Adolescent-Democratic governmentality-Majority childhood.
Educação e Pesquisa, 2020
A infância e a juventude têm sido pensadas e vividas sob o signo da menoridade. Quando fogem ao c... more A infância e a juventude têm sido pensadas e vividas sob o signo da menoridade. Quando fogem ao controle social são inclusive pensadas como uma doença que precisa ser curada. Este artigo traça uma breve genealogia do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), colocando em relevo os avanços que ele promoveu em relação às anteriores legislações acerca da infância no Brasil, os Códigos de Menores. Analisa a emergência do ECA no contexto da Nova República e do processo de redemocratização do país por meio do operador conceitual governamentalidade democrática, mostrando que se tratava de subjetivar crianças e jovens como cidadãos de direitos, sob uma lógica de proteção integral. Tratava-se de uma forma democrática de governo, mas ainda assim um governo da infância e da juventude, mantendo-as sob a tutela dos adultos. Apesar dos avanços, chama a atenção para os limites dessa legislação, visto que crianças e jovens continuam morrendo em massa ou sendo encarcerados, apesar da política de proteção integral. Ao questionar a respeito das possíveis linhas de fuga ao governo da infância, outro pensamento político que a tome fora da condição de menoridade, o texto explora a filosofia de Charles Fourier, que concebe uma relação completamente distinta entre crianças, jovens e adultos, sem qualquer tutela. Nas palavras de René Schérer, uma infância maior, emancipada, signo de uma grande saúde.
Esse texto não deveria ser escrito nesta língua e nem em língua nenhuma. Hoje ainda se escrevem t... more Esse texto não deveria ser escrito nesta língua e nem em língua nenhuma. Hoje ainda se escrevem textos em línguas, frases conjugadas em significação que possibilitam movimentar pensamentos e corpos; que possibilitam organizações societárias em torno de Estados Nacionais, Leis e Jurisprudência; que possibilitam pesquisas em codificação genética, em armamento químico, em balística; que possibilitam a inculcação no medo de cada um/uma e suas confissões. As palavras e suas coisas sórdidas. E como a língua portuguesa é aquela em que navego com maior fluência e é também a que me permite esburacar com maior força a superfície que ela mesma organiza pela gramática, seguem essas palavras em variação contínua e ritornelos de gozo.
PUCVIVA 35 - maio/agosto de 2009
In Revista Textura. V. 27, SP, 2015. Esse escrito se propõe percorrer traços, vestígios, resquí... more In Revista Textura. V. 27, SP, 2015.
Esse escrito se propõe percorrer traços, vestígios, resquícios do pensamento publicado por Tótora, Carvalho e Deleuze sobre as possíveis torções na educação e suas aproximações com uma prática patética-poética da palhaçaria (KASPER, OLENDZKI, SILVEIRA). Escavando possibilidades de um patético-educador ou educador-infame, contamos adentrar sobre os não-lugares possíveis presentes em uma experiência educativa, produzindo bolsões para a afirmação da criação e da inventividade. Palavras-chave: palhaços (clown), filosofia da diferença, educação, experimentos em educação.
O objetivo desta pesquisa é a produção de uma cartografia com a paisagem constituída em torno do ... more O objetivo desta pesquisa é a produção de uma cartografia com a paisagem constituída em torno do adolescente em conflito com a lei agenciado pela função-educando e disparada pela experiência “Horta da Vida” realizada em 2012, na Unidade de Internação - Leopoldina da Fundação CASA entre adolescentes, famílias, funcionários (as) e educadores (as). Para tanto, é preciso referenciar uma genealogia dos enunciados e forças discursivas que compõem e tramam o menor e o adolescente em conflito com a lei (PASSETTI, 1990, 1995; OLIVEIRA, 2005; AUGUSTO, 2013), bem como posicionar essa genealogia para operar uma cartografia da paisagem – campo de agenciamentos e território de observação – que compõe a ação socioeducativa e educativa da Fundação CASA. Essa cartografia se torna possível através de um arquivo constituído pelo pesquisador no período de 2010-2012, em que atuou como professor da rede pública de São Paulo junto aos jovens (escritos e desenhos entre cartas, diários, trabalhos, avaliação, músicas, etc.) e suas conexões com normativas institucionais, orientações pedagógicas, orientações técnicas e legislações. A fundamentação teórica deste trabalho se apoia na abordagem que Foucault (1979, 1988, 1999, 2004 e 2010a, 2010b) esboçou por arqueologia e os apontamentos de Guattari (2013), Deleuze (1992, 2012a, 2012b, 2014) e Kastrup (2007) sobre cartografia e devir. A hipótese do trabalho sustenta que as ações que operam em linhas de fuga forçam escandir o campo de agenciamento em que se trama a educação na Fundação CASA, fazendo insurgir não-lugares, bolsões de novos possíveis, afectos e perceptos até então indizíveis (COSTA, 2000; TÓTORA, 2005; CARVALHO, 2014). Práticas menores, como a “Horta da Vida”, podem operar por desmontagem no maquinário que as envolve e as produz, fazendo ruir posicionamentos e representações estanques.
Editora Patuá, 2018
Copyright © Editora Patuá, 2018. Duna © Rafael Limongelli, 2018. Editor Eduardo Lacerda Capa, p... more Copyright © Editora Patuá, 2018.
Duna © Rafael Limongelli, 2018.
Editor
Eduardo Lacerda
Capa, projeto gráfico e diagramação
Rodrigo Sommer
Editora Patuá, 2012. Á venda pela internet em http://www.editorapatua.com.br/ Autor do livro Cre... more Editora Patuá, 2012.
Á venda pela internet em http://www.editorapatua.com.br/
Autor do livro Cretino, Rafael Limongelli é um jovem apaixonado, ator, professor de sociologia e quase graduado em Ciências Sociais pela PUC/SP – além de ser um cretino, nome do primeiro livro que escreveu. Vive nesta terra paulistana desde que nasceu (que não faz muito tempo, desde 1989). Gosta muito da rua, de andar pela cidade e estar por aí nas encruzilhadas e nos percursos, entre um gole de cachaça e uma boa risada. E por essas andanças – muito sem querer – para manter o corpo vivo, escreve como quem vomita, para aguentar o tranco de tanto asfalto, fumaça e prédios.