Débora Cristina Goulart | Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) (original) (raw)
Books by Débora Cristina Goulart
Cirkula Editora, Jul 2019
Este livro reflete o esforço coletivo de cientistas sociais brasileiros e brasileiras que se dedi... more Este livro reflete o esforço coletivo de cientistas sociais brasileiros e brasileiras que se dedicam à Sociologia na Educação Básica como campo de exercício da docência e da pesquisa. Aqui estão reunidas as contribuições de diversos atores que tornaram o Encontro Nacional sobre Ensino de Sociologia na Educação Básica (ENESEB) um espaço fundamental para dar visibilidade a estudos e reflexões, oriundos de diferentes universos epistêmicos, que tratam dos desafios e perspectivas para as licenciaturas em Ciências Sociais no Brasil e sua ação cotidiana no mundo escolar. O presente livro, portanto, traz artigos de 34 (trinta e quatro) autores (as) que têm como ponto de partida as discussões que aconteceram no V ENESEB realizado em Brasília, na Universidade de Brasília (UnB), de 23 a 25 de julho de 2017, através do financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal – FAPDF. Trata-se, portanto, de uma obra coletiva gerada a partir das conferências, mesas-redondas, grupos de trabalho, rodas de conversas, oficinas e painéis.
Artigos:
Sumário
Prefácio
[A Sociologia em tempos sombrios]
Carlos Benedito Martins
Apresentação
Haydée Caruso e Mário Bispo dos Santos
Seção 1 – Conjuntura e ensino de Sociologia: desafios e possibilidades para o futuro da Sociologia na Educação Básica
Os ciclos dos nossos patrimônios intelectuais, educacionais e pedagógicos: o que temos e o que está sob ameaça?
Ileizi Fiorelli Silva
Reflexões sobre a Sociologia na Educação Básica em tempos de retrocesso
Danyelle Nilin Gonçalves
Neoliberalismo, (contra)reformas e Educação
Sueli Mendonça
Seção 2 – Grupos de trabalho: balanços e perspectivas
Um balanço do debate sobre a atualidade do trabalho docente no ensino de Sociologia
Rafael Moreira do Carmo e Marco Aurélio Pedrosa de Melo
Percepções, representações e situações de violências no ambiente escolar e seu entorno social
Haydée Caruso e Nalayne Pinto
Pensar as culturas juvenis para ensinar Sociologia
Isaurora Cláudia Martins de Freitas e Irapuan Peixoto Filho
Os professores de Ciências Sociais/Sociologia no mundo digital: as metodologias de ensino em Ciências Sociais na educação básica
Lígia Wilhelms Eras e Fernanda Feijó
O ensino de Sociologia nas escolas técnicas no Brasil: práticas, trocas, teorias e realidades
Caio Cerqueira e Bruno Hammes
As modalidades diferenciadas de ensino e a sociologia: muitos diálogos urgentes a se estabelecer para o fazer sociológico na Educação Básica
Rogeria Martins e Luiz Fernandes de Oliveira de Oliveira
A pesquisa sobre a história do ensino de Sociologia no Brasil
Cristiano Bodartt , Marcelo Pinheiro Cigales e Antonio Alberto Brunetta
O livro didático de Ciências Sociais: contribuições e disputas na construção do campo de Ensino de Ciências Sociais
Débora Cristina Goulart e Diogo Tourino de Sousa
Formação de Professores de Ciências Sociais
Amurabi Oliveira e Leandro Raizer
O Pibid e a Formação Docente em Ciências Sociais: permanência das possibilidades frente as novas diretrizes do programa
Marili Peres Junqueirai e Rosângela Duarte Pimenta (Rô Pimenta)
Teorias e métodos para pesquisas sobre ensino de Sociologia
Alexandre Jeronimo Correia Lima, Manoel Moreira de Sousa Neto, Simone Meucci e Tabata Soldan
Ensino de política no Ensino Médio? Conteúdos, metodologias e recursos didáticos na disciplina de Sociologia.
Renata Schlumberger Schevisbiskir e André Rocha Santos
Seção 3 – Rodas de conversa: memórias e narrativas autobiográficas de professores de Sociologia
Ser docente e formar docentes: reflexões sobre uma prática
Bruna Lucila Dos Anjos
A formação identitária do professor de Sociologia: caminhos e descaminhos que levam os sujeitos de estudantes ao exercício da docência.
Marcos Antônio Silva
Anexos
Anexo 1 – Lista de pôsteres
Anexo 2 – Lista de oficinas pedagógicas
Papers by Débora Cristina Goulart
Cirkula Editora, Jul 1, 2019
Este livro reflete o esforço coletivo de cientistas sociais brasileiros e brasileiras que se dedi... more Este livro reflete o esforço coletivo de cientistas sociais brasileiros e brasileiras que se dedicam à Sociologia na Educação Básica como campo de exercício da docência e da pesquisa. Aqui estão reunidas as contribuições de diversos atores que tornaram o Encontro Nacional sobre Ensino de Sociologia na Educação Básica (ENESEB) um espaço fundamental para dar visibilidade a estudos e reflexões, oriundos de diferentes universos epistêmicos, que tratam dos desafios e perspectivas para as licenciaturas em Ciências Sociais no Brasil e sua ação cotidiana no mundo escolar. O presente livro, portanto, traz artigos de 34 (trinta e quatro) autores (as) que têm como ponto de partida as discussões que aconteceram no V ENESEB realizado em Brasília, na Universidade de Brasília (UnB), de 23 a 25 de julho de 2017, através do financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal – FAPDF. Trata-se, portanto, de uma obra coletiva gerada a partir das conferências, mesas-redondas, grupos de trabalho, rodas de conversas, oficinas e painéis. Artigos: Sumário Prefácio [A Sociologia em tempos sombrios] Carlos Benedito Martins Apresentação Haydée Caruso e Mário Bispo dos Santos Seção 1 – Conjuntura e ensino de Sociologia: desafios e possibilidades para o futuro da Sociologia na Educação Básica Os ciclos dos nossos patrimônios intelectuais, educacionais e pedagógicos: o que temos e o que está sob ameaça? Ileizi Fiorelli Silva Reflexões sobre a Sociologia na Educação Básica em tempos de retrocesso Danyelle Nilin Gonçalves Neoliberalismo, (contra)reformas e Educação Sueli Mendonça Seção 2 – Grupos de trabalho: balanços e perspectivas Um balanço do debate sobre a atualidade do trabalho docente no ensino de Sociologia Rafael Moreira do Carmo e Marco Aurélio Pedrosa de Melo Percepções, representações e situações de violências no ambiente escolar e seu entorno social Haydée Caruso e Nalayne Pinto Pensar as culturas juvenis para ensinar Sociologia Isaurora Cláudia Martins de Freitas e Irapuan Peixoto Filho Os professores de Ciências Sociais/Sociologia no mundo digital: as metodologias de ensino em Ciências Sociais na educação básica Lígia Wilhelms Eras e Fernanda Feijó O ensino de Sociologia nas escolas técnicas no Brasil: práticas, trocas, teorias e realidades Caio Cerqueira e Bruno Hammes As modalidades diferenciadas de ensino e a sociologia: muitos diálogos urgentes a se estabelecer para o fazer sociológico na Educação Básica Rogeria Martins e Luiz Fernandes de Oliveira de Oliveira A pesquisa sobre a história do ensino de Sociologia no Brasil Cristiano Bodartt , Marcelo Pinheiro Cigales e Antonio Alberto Brunetta O livro didático de Ciências Sociais: contribuições e disputas na construção do campo de Ensino de Ciências Sociais Débora Cristina Goulart e Diogo Tourino de Sousa Formação de Professores de Ciências Sociais Amurabi Oliveira e Leandro Raizer O Pibid e a Formação Docente em Ciências Sociais: permanência das possibilidades frente as novas diretrizes do programa Marili Peres Junqueirai e Rosângela Duarte Pimenta (Rô Pimenta) Teorias e métodos para pesquisas sobre ensino de Sociologia Alexandre Jeronimo Correia Lima, Manoel Moreira de Sousa Neto, Simone Meucci e Tabata Soldan Ensino de política no Ensino Médio? Conteúdos, metodologias e recursos didáticos na disciplina de Sociologia. Renata Schlumberger Schevisbiskir e André Rocha Santos Seção 3 – Rodas de conversa: memórias e narrativas autobiográficas de professores de Sociologia Ser docente e formar docentes: reflexões sobre uma prática Bruna Lucila Dos Anjos A formação identitária do professor de Sociologia: caminhos e descaminhos que levam os sujeitos de estudantes ao exercício da docência. Marcos Antônio Silva Anexos Anexo 1 – Lista de pôsteres Anexo 2 – Lista de oficinas pedagógicas
Desde os anos 1990 com a implementacao de politicas neoliberais na educacao publica houve a inten... more Desde os anos 1990 com a implementacao de politicas neoliberais na educacao publica houve a intensificacao dos estudos sobre a tematica. No entanto, nao ha pesquisas que se baseiem em dados quantitativos significativos que possam auxiliar na compreensao da relacao dos profissionais da educacao com a politica educacional neoliberal, o que da carater inedito a esta pesquisa que articula a analise de dados quantitativos a politica educacional orientada pelas agencias multilaterais e implantada por entes da federacao, no caso o estado de Sao Paulo. Empreendemos uma analise da posicao dos professores sobre a politica educacional do governo paulista, sobretudo apos as medidas implementadas em 2009, concluindo que os diferentes vinculos de trabalho dos professores da rede publica paulista influenciam na avaliacao dos professores sobre suas condicoes de trabalho e grau de adesao destes as politicas educacionais. Tambem foi possivel identificar uma tendencia de concordância dos professores ...
Este trabalho parte da crise do capital iniciada na decada de 70 nos paises centrais do capitalis... more Este trabalho parte da crise do capital iniciada na decada de 70 nos paises centrais do capitalismo como principal motivacao para a implantacao do ideario neoliberal, elaborado por teoricos conservadores na decada de 40 e que se tomou hegemonico no mundo entre as decadas de 80 e 90. Os projetos neoliberais objetivaram, sobretudo, a diminuicao do papel do Estado na economia, a abertura comercial e financeira, a desregulamentacao da legislacao trabalhista e a contencao nos gastos publicos. Entre os setores atingidos pelo modelo neoliberal esta a educacao publica que foi objeto de diversos projetos do Banco Mundial, sobretudo a partir dos anos 80, com o enfoque na necessidade de descentralizacao, desregulamentacao e privatizacao dos sistemas escolares, sobretudo na America Latina e Caribe. No Brasil, o modelo neoliberal teve inicio com o governo de Fernando Collor de Mello, a partir de 1989 e aprofundou-se com a eleicao de Fernando Renrique Cardoso em 1994. As mudancas na educacao publ...
Revista Eletrônica de Educação
Desde 2004 quando seu livro A escola não é uma empresa foi publicado no Brasil pela primeira vez ... more Desde 2004 quando seu livro A escola não é uma empresa foi publicado no Brasil pela primeira vez , a inserção de Christian Laval no campo educacional cresceu e tem sido uma referência para as pesquisas que buscam acompanhar o desenvolvimento do neoliberalismo após os anos 1990. Nesta entrevista, ele dialoga com outras teorias sobre o neoliberalismo, atualiza algumas questões sobre a educação no atual contexto e aponta para possíveis contribuições sobre o estudo do neoliberalismo após o lançamento do livro A escolha da guerra civil, de 2021. Laval analisa o crescimento da direita no mundo, mostra como a dimensão privada e estatal estão articuladas no neoliberalismo e faz algumas reflexões sobre as possíveis alternativas à racionalidade neoliberal, sempre tendo em vista os processos educacionais.
Pro-Posições
Resumo Neste artigo, analisamos a experiência dos estudantes nas ocupações de escolas no ano de 2... more Resumo Neste artigo, analisamos a experiência dos estudantes nas ocupações de escolas no ano de 2015 e suas percepções e opiniões sobre a política educacional do estado de São Paulo no período de 1995 a 2018. Realizamos estudo documental e bibliográfico sobre a política educacional paulista e entrevistas com ex-estudantes da rede estadual de ensino, que participaram das ocupações de escola. Adotamos como referenciais para nossas análises o conceito de experiência na compreensão do material empírico e a influência da Nova Gestão Pública (NGP) sob o neoliberalismo para compreender a política educacional. Verificamos que em suas vivências, os(as) estudantes formularam críticas e expectativas a respeito dos programas e projetos da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo (SEE-SP), contrapondo-se ao gerencialismo e à NGP ao defender uma escola universal, plural e democrática.
Pro-Posições
This paper analyses the students’ experience in relation to schools occupancy movements in 2015 a... more This paper analyses the students’ experience in relation to schools occupancy movements in 2015 and their perceptions and opinions on educational policy of the State of São Paulo from 1995 to 2018. We conducted a documentary and bibliographic research on São Paulo’s educational policy and interviews with former high school students who participated in schools occupancy. The concept of “experience” is used for the analysis of empirical material and the notion of New Public Management (NPM) under the influence of neoliberalism is used to understand educational policy. We verified that students, based on their experiences, formulated criticisms and expectations regarding the programs and projects of the São Paulo State Secretariat of Education (SEE-SP). They are criticisms that defend a universal, plural and democratic school as opposed to managerialism and the New Public Management.
Pensata: Revista dos Alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UNIFESP
Este artigo faz uma análise do Currículo Paulista Etapa Ensino Médio (CPEM). Para tal, realizamos... more Este artigo faz uma análise do Currículo Paulista Etapa Ensino Médio (CPEM). Para tal, realizamos uma breve retomada histórica e bibliográfica sobre as articulações entre setores público e privado na formulação das políticas educacionais em escala nacional e regional, mostrando que o CPEM é parte de um processo amplo e complexo. A partir do levantamento de documentos oficiais, são apresentadas as características do currículo, desde sua proposição pedagógica até o lugar central dos agentes privados na oferta desta etapa da escolarização. Assim, o CPEM expressa os acordos entre agentes que formulam as políticas públicas de educação no país com organismos multilaterais, a fim de submeter a formação da juventude trabalhadora a interesses empresariais.
Lutas Sociais, Dec 31, 2013
Book review: "Cidades Rebeldes: passe livre e as manifestacoes que tomaram as ruas do Brasil... more Book review: "Cidades Rebeldes: passe livre e as manifestacoes que tomaram as ruas do Brasil", of Carlos Vainer, David Harvey, Erminia Maricato et al.
Retratos da Escola
Este trabalho analisa a promessa de ‘liberdade de escolha’ feita a estudantes brasileiros/as com ... more Este trabalho analisa a promessa de ‘liberdade de escolha’ feita a estudantes brasileiros/as com a Lei n. 13.415/2017, articulando três elementos: i) delineamento da ‘livre escolha’ no Conselho Nacional de Secretários de Educação – Consed e na Frente Currículo e Novo Ensino Médio; ii) o estado de São Paulo na vanguarda nacional da implementação do Novo Ensino Médio – NEM; iii) relação entre escolha individual, oferta de itinerários formativos e indicadores socioeconômicos na rede estadual paulista. A análise comparada da ‘escolha’ de itinerários pelos/as estudantes – feita em 2021, online – e da efetiva oferta dos itinerários pelas escolas em 2022 confirma duas previsões das pesquisas em educação: i) a ‘livre escolha’ no NEM depende das condições materiais das redes de ensino, mais que das aspirações individuais; ii) estudantes de nível socioeconômico mais elevado têm maior ‘liberdade de escolha’. Assim, o estado de São Paulo é primeiro a demonstrar que a flexibilização curricular p...
Lutas Sociais. ISSN 1415-854X, Jun 20, 2008
Trabalho, política e cultura em Gramsci: os 70 anos da morte de Gramsci
Este trabalho discute as possibilidades e limites do ensino de Ciencias Sociais no Ensino Medio c... more Este trabalho discute as possibilidades e limites do ensino de Ciencias Sociais no Ensino Medio como instrumento para a intervencao social realizada pelos sujeitos escolares. Este debate se circunscreve a analise da relacao entre escola pubica e Universidade, voltando-se para as acoes de projetos vinculados a atuacao dos estagiarios/bolsistas dos cursos de licenciatura em Ciencias Sociais nas escolas publicas que se abrem como campo de estagio e/ou para a acao do Programa Institucional de Bolsa de Iniciacao a Docencia (PIBID/Capes). Tomamos como referencia para analise a articulacao entre a crise social e a crise da escola segundo a perspectiva de I. Meszaros e M. Apple.
Revista Cafe Com Sociologia, Apr 6, 2013
Lutas Sociais, Dec 20, 2009
Resumo: Este trabalho apresenta um debate entre duas correntes analiticas nas Ciencias Sociais so... more Resumo: Este trabalho apresenta um debate entre duas correntes analiticas nas Ciencias Sociais sobre os movimentos sociais no Brasil, na atualidade. Ha um campo que parte da normatizacao e legitimacao dos espacos publico-estatais como conquista dos movimentos e propoe a permanente ampliacao das reformas sociais atraves de uma nova cultura politica que perpassa os espacos estatais e as relacoes culturais dos movimentos. Outra vertente, parte da analise da dinâmica do conflito social e da luta das classes e polemiza com a ideia de conquista definitiva para os movimentos sociais com a participacao na agenda dos governos. Tais pesquisadores constroem analises de diferentes prismas teorico-metodologicos e pretendemos aqui mostrar o este debate. Palavras-chave: Movimentos sociais. Ciencias sociais. Teoria sociologica. Pequeno historico dos movimentos sociais no Brasil
Retratos da Escola, 2022
Este trabalho analisa a promessa de ‘liberdade de escolha’ feita a estudantes brasileiros/as com ... more Este trabalho analisa a promessa de ‘liberdade de escolha’ feita a estudantes brasileiros/as com a Lei n. 13.415/2017, articulando três elementos: i) delineamento da ‘livre escolha’ no Conselho Nacional de Secretários de Educação – Consed e na Frente Currículo e Novo Ensino Médio; ii) o estado de São Paulo na vanguarda nacional da implementação do Novo Ensino Médio – NEM; iii) relação entre escolha individual, oferta de itinerários formativos e indicadores socioeconômicos na rede estadual paulista. A análise comparada da ‘escolha’ de itinerários pelos/as estudantes – feita em 2021, online – e da efetiva oferta dos itinerários pelas escolas em 2022 confirma duas previsões das pesquisas em educação: i) a ‘livre escolha’ no NEM depende das condições materiais das redes de ensino, mais que das aspirações individuais; ii) estudantes de nível socioeconômico mais elevado têm maior ‘liberdade de escolha’. Assim, o estado de São Paulo é primeiro a demonstrar que a flexibilização curricular prometida na reforma amplifica as desigualdades educacionais.
Retratos da Escola, 2022
O primeiro semestre de 2022 marca o início da implementação do Novo Ensino Médio - NEM (instituíd... more O primeiro semestre de 2022 marca o início da implementação do Novo Ensino Médio - NEM (instituído pela Lei n. 13.415/2017) na maior parte dos estados brasileiros. Em diversas redes de ensino, estudantes do ensino médio começam a experimentar os efeitos perversos da reforma, tratados nos 11 artigos que compõem este novo dossiê de Retratos da Escola – A implementação do Novo Ensino Médio nos estados. Os estudos indicam elementos comuns nos diferentes estados da federação: o primeiro é
a limitação da participação de sujeitos e comunidades escolares na elaboração dos conteúdos do NEM; o segundo é a presença do número considerável de atores privados, especialmente de fundações e institutos empresariais, em todas as etapas da implementação do NEM; o terceiro elemento comum é o efeito indutor de desigualdades do NEM, como já previsto por inúmeros/as especialistas em educação, desde a edição da MP 746/2016.
Lutas Sociais. ISSN 1415-854X, Dec 19, 2012
Revista Brasileira de Educação, 2019
RESUMO A irrupção dos secundaristas no estado de São Paulo relaciona-se a um tipo de ação coletiv... more RESUMO A irrupção dos secundaristas no estado de São Paulo relaciona-se a um tipo de ação coletiva que, embora recente, encontra lastro em outros movimentos de caráter antineoliberal e anticapitalista deste século, com formas de ação e dinâmicas de organização inspiradas no repertório autonomista. Há tempos um movimento social não expressava tamanho poder de mobilização, ruptura e resistência no Brasil quanto as ocupações escolares. Este artigo recupera alguns aspectos da resistência à política de reorganização escolar no estado de São Paulo, entre 2015 e 2016, e discute as estratégias de resistência surgidas das ocupações, alicerces para uma renovação das lutas por uma educação democrática no Brasil. Particularmente, tratamos da interação entre os movimentos estudantis, as universidades públicas e o sistema de justiça no contexto das ocupações escolares. Conforme dito no artigo, tal articulação constituiu um campo fértil de resistência e de solidariedade, de onde emergiu a Rede Esc...
Cirkula Editora, Jul 2019
Este livro reflete o esforço coletivo de cientistas sociais brasileiros e brasileiras que se dedi... more Este livro reflete o esforço coletivo de cientistas sociais brasileiros e brasileiras que se dedicam à Sociologia na Educação Básica como campo de exercício da docência e da pesquisa. Aqui estão reunidas as contribuições de diversos atores que tornaram o Encontro Nacional sobre Ensino de Sociologia na Educação Básica (ENESEB) um espaço fundamental para dar visibilidade a estudos e reflexões, oriundos de diferentes universos epistêmicos, que tratam dos desafios e perspectivas para as licenciaturas em Ciências Sociais no Brasil e sua ação cotidiana no mundo escolar. O presente livro, portanto, traz artigos de 34 (trinta e quatro) autores (as) que têm como ponto de partida as discussões que aconteceram no V ENESEB realizado em Brasília, na Universidade de Brasília (UnB), de 23 a 25 de julho de 2017, através do financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal – FAPDF. Trata-se, portanto, de uma obra coletiva gerada a partir das conferências, mesas-redondas, grupos de trabalho, rodas de conversas, oficinas e painéis.
Artigos:
Sumário
Prefácio
[A Sociologia em tempos sombrios]
Carlos Benedito Martins
Apresentação
Haydée Caruso e Mário Bispo dos Santos
Seção 1 – Conjuntura e ensino de Sociologia: desafios e possibilidades para o futuro da Sociologia na Educação Básica
Os ciclos dos nossos patrimônios intelectuais, educacionais e pedagógicos: o que temos e o que está sob ameaça?
Ileizi Fiorelli Silva
Reflexões sobre a Sociologia na Educação Básica em tempos de retrocesso
Danyelle Nilin Gonçalves
Neoliberalismo, (contra)reformas e Educação
Sueli Mendonça
Seção 2 – Grupos de trabalho: balanços e perspectivas
Um balanço do debate sobre a atualidade do trabalho docente no ensino de Sociologia
Rafael Moreira do Carmo e Marco Aurélio Pedrosa de Melo
Percepções, representações e situações de violências no ambiente escolar e seu entorno social
Haydée Caruso e Nalayne Pinto
Pensar as culturas juvenis para ensinar Sociologia
Isaurora Cláudia Martins de Freitas e Irapuan Peixoto Filho
Os professores de Ciências Sociais/Sociologia no mundo digital: as metodologias de ensino em Ciências Sociais na educação básica
Lígia Wilhelms Eras e Fernanda Feijó
O ensino de Sociologia nas escolas técnicas no Brasil: práticas, trocas, teorias e realidades
Caio Cerqueira e Bruno Hammes
As modalidades diferenciadas de ensino e a sociologia: muitos diálogos urgentes a se estabelecer para o fazer sociológico na Educação Básica
Rogeria Martins e Luiz Fernandes de Oliveira de Oliveira
A pesquisa sobre a história do ensino de Sociologia no Brasil
Cristiano Bodartt , Marcelo Pinheiro Cigales e Antonio Alberto Brunetta
O livro didático de Ciências Sociais: contribuições e disputas na construção do campo de Ensino de Ciências Sociais
Débora Cristina Goulart e Diogo Tourino de Sousa
Formação de Professores de Ciências Sociais
Amurabi Oliveira e Leandro Raizer
O Pibid e a Formação Docente em Ciências Sociais: permanência das possibilidades frente as novas diretrizes do programa
Marili Peres Junqueirai e Rosângela Duarte Pimenta (Rô Pimenta)
Teorias e métodos para pesquisas sobre ensino de Sociologia
Alexandre Jeronimo Correia Lima, Manoel Moreira de Sousa Neto, Simone Meucci e Tabata Soldan
Ensino de política no Ensino Médio? Conteúdos, metodologias e recursos didáticos na disciplina de Sociologia.
Renata Schlumberger Schevisbiskir e André Rocha Santos
Seção 3 – Rodas de conversa: memórias e narrativas autobiográficas de professores de Sociologia
Ser docente e formar docentes: reflexões sobre uma prática
Bruna Lucila Dos Anjos
A formação identitária do professor de Sociologia: caminhos e descaminhos que levam os sujeitos de estudantes ao exercício da docência.
Marcos Antônio Silva
Anexos
Anexo 1 – Lista de pôsteres
Anexo 2 – Lista de oficinas pedagógicas
Cirkula Editora, Jul 1, 2019
Este livro reflete o esforço coletivo de cientistas sociais brasileiros e brasileiras que se dedi... more Este livro reflete o esforço coletivo de cientistas sociais brasileiros e brasileiras que se dedicam à Sociologia na Educação Básica como campo de exercício da docência e da pesquisa. Aqui estão reunidas as contribuições de diversos atores que tornaram o Encontro Nacional sobre Ensino de Sociologia na Educação Básica (ENESEB) um espaço fundamental para dar visibilidade a estudos e reflexões, oriundos de diferentes universos epistêmicos, que tratam dos desafios e perspectivas para as licenciaturas em Ciências Sociais no Brasil e sua ação cotidiana no mundo escolar. O presente livro, portanto, traz artigos de 34 (trinta e quatro) autores (as) que têm como ponto de partida as discussões que aconteceram no V ENESEB realizado em Brasília, na Universidade de Brasília (UnB), de 23 a 25 de julho de 2017, através do financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal – FAPDF. Trata-se, portanto, de uma obra coletiva gerada a partir das conferências, mesas-redondas, grupos de trabalho, rodas de conversas, oficinas e painéis. Artigos: Sumário Prefácio [A Sociologia em tempos sombrios] Carlos Benedito Martins Apresentação Haydée Caruso e Mário Bispo dos Santos Seção 1 – Conjuntura e ensino de Sociologia: desafios e possibilidades para o futuro da Sociologia na Educação Básica Os ciclos dos nossos patrimônios intelectuais, educacionais e pedagógicos: o que temos e o que está sob ameaça? Ileizi Fiorelli Silva Reflexões sobre a Sociologia na Educação Básica em tempos de retrocesso Danyelle Nilin Gonçalves Neoliberalismo, (contra)reformas e Educação Sueli Mendonça Seção 2 – Grupos de trabalho: balanços e perspectivas Um balanço do debate sobre a atualidade do trabalho docente no ensino de Sociologia Rafael Moreira do Carmo e Marco Aurélio Pedrosa de Melo Percepções, representações e situações de violências no ambiente escolar e seu entorno social Haydée Caruso e Nalayne Pinto Pensar as culturas juvenis para ensinar Sociologia Isaurora Cláudia Martins de Freitas e Irapuan Peixoto Filho Os professores de Ciências Sociais/Sociologia no mundo digital: as metodologias de ensino em Ciências Sociais na educação básica Lígia Wilhelms Eras e Fernanda Feijó O ensino de Sociologia nas escolas técnicas no Brasil: práticas, trocas, teorias e realidades Caio Cerqueira e Bruno Hammes As modalidades diferenciadas de ensino e a sociologia: muitos diálogos urgentes a se estabelecer para o fazer sociológico na Educação Básica Rogeria Martins e Luiz Fernandes de Oliveira de Oliveira A pesquisa sobre a história do ensino de Sociologia no Brasil Cristiano Bodartt , Marcelo Pinheiro Cigales e Antonio Alberto Brunetta O livro didático de Ciências Sociais: contribuições e disputas na construção do campo de Ensino de Ciências Sociais Débora Cristina Goulart e Diogo Tourino de Sousa Formação de Professores de Ciências Sociais Amurabi Oliveira e Leandro Raizer O Pibid e a Formação Docente em Ciências Sociais: permanência das possibilidades frente as novas diretrizes do programa Marili Peres Junqueirai e Rosângela Duarte Pimenta (Rô Pimenta) Teorias e métodos para pesquisas sobre ensino de Sociologia Alexandre Jeronimo Correia Lima, Manoel Moreira de Sousa Neto, Simone Meucci e Tabata Soldan Ensino de política no Ensino Médio? Conteúdos, metodologias e recursos didáticos na disciplina de Sociologia. Renata Schlumberger Schevisbiskir e André Rocha Santos Seção 3 – Rodas de conversa: memórias e narrativas autobiográficas de professores de Sociologia Ser docente e formar docentes: reflexões sobre uma prática Bruna Lucila Dos Anjos A formação identitária do professor de Sociologia: caminhos e descaminhos que levam os sujeitos de estudantes ao exercício da docência. Marcos Antônio Silva Anexos Anexo 1 – Lista de pôsteres Anexo 2 – Lista de oficinas pedagógicas
Desde os anos 1990 com a implementacao de politicas neoliberais na educacao publica houve a inten... more Desde os anos 1990 com a implementacao de politicas neoliberais na educacao publica houve a intensificacao dos estudos sobre a tematica. No entanto, nao ha pesquisas que se baseiem em dados quantitativos significativos que possam auxiliar na compreensao da relacao dos profissionais da educacao com a politica educacional neoliberal, o que da carater inedito a esta pesquisa que articula a analise de dados quantitativos a politica educacional orientada pelas agencias multilaterais e implantada por entes da federacao, no caso o estado de Sao Paulo. Empreendemos uma analise da posicao dos professores sobre a politica educacional do governo paulista, sobretudo apos as medidas implementadas em 2009, concluindo que os diferentes vinculos de trabalho dos professores da rede publica paulista influenciam na avaliacao dos professores sobre suas condicoes de trabalho e grau de adesao destes as politicas educacionais. Tambem foi possivel identificar uma tendencia de concordância dos professores ...
Este trabalho parte da crise do capital iniciada na decada de 70 nos paises centrais do capitalis... more Este trabalho parte da crise do capital iniciada na decada de 70 nos paises centrais do capitalismo como principal motivacao para a implantacao do ideario neoliberal, elaborado por teoricos conservadores na decada de 40 e que se tomou hegemonico no mundo entre as decadas de 80 e 90. Os projetos neoliberais objetivaram, sobretudo, a diminuicao do papel do Estado na economia, a abertura comercial e financeira, a desregulamentacao da legislacao trabalhista e a contencao nos gastos publicos. Entre os setores atingidos pelo modelo neoliberal esta a educacao publica que foi objeto de diversos projetos do Banco Mundial, sobretudo a partir dos anos 80, com o enfoque na necessidade de descentralizacao, desregulamentacao e privatizacao dos sistemas escolares, sobretudo na America Latina e Caribe. No Brasil, o modelo neoliberal teve inicio com o governo de Fernando Collor de Mello, a partir de 1989 e aprofundou-se com a eleicao de Fernando Renrique Cardoso em 1994. As mudancas na educacao publ...
Revista Eletrônica de Educação
Desde 2004 quando seu livro A escola não é uma empresa foi publicado no Brasil pela primeira vez ... more Desde 2004 quando seu livro A escola não é uma empresa foi publicado no Brasil pela primeira vez , a inserção de Christian Laval no campo educacional cresceu e tem sido uma referência para as pesquisas que buscam acompanhar o desenvolvimento do neoliberalismo após os anos 1990. Nesta entrevista, ele dialoga com outras teorias sobre o neoliberalismo, atualiza algumas questões sobre a educação no atual contexto e aponta para possíveis contribuições sobre o estudo do neoliberalismo após o lançamento do livro A escolha da guerra civil, de 2021. Laval analisa o crescimento da direita no mundo, mostra como a dimensão privada e estatal estão articuladas no neoliberalismo e faz algumas reflexões sobre as possíveis alternativas à racionalidade neoliberal, sempre tendo em vista os processos educacionais.
Pro-Posições
Resumo Neste artigo, analisamos a experiência dos estudantes nas ocupações de escolas no ano de 2... more Resumo Neste artigo, analisamos a experiência dos estudantes nas ocupações de escolas no ano de 2015 e suas percepções e opiniões sobre a política educacional do estado de São Paulo no período de 1995 a 2018. Realizamos estudo documental e bibliográfico sobre a política educacional paulista e entrevistas com ex-estudantes da rede estadual de ensino, que participaram das ocupações de escola. Adotamos como referenciais para nossas análises o conceito de experiência na compreensão do material empírico e a influência da Nova Gestão Pública (NGP) sob o neoliberalismo para compreender a política educacional. Verificamos que em suas vivências, os(as) estudantes formularam críticas e expectativas a respeito dos programas e projetos da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo (SEE-SP), contrapondo-se ao gerencialismo e à NGP ao defender uma escola universal, plural e democrática.
Pro-Posições
This paper analyses the students’ experience in relation to schools occupancy movements in 2015 a... more This paper analyses the students’ experience in relation to schools occupancy movements in 2015 and their perceptions and opinions on educational policy of the State of São Paulo from 1995 to 2018. We conducted a documentary and bibliographic research on São Paulo’s educational policy and interviews with former high school students who participated in schools occupancy. The concept of “experience” is used for the analysis of empirical material and the notion of New Public Management (NPM) under the influence of neoliberalism is used to understand educational policy. We verified that students, based on their experiences, formulated criticisms and expectations regarding the programs and projects of the São Paulo State Secretariat of Education (SEE-SP). They are criticisms that defend a universal, plural and democratic school as opposed to managerialism and the New Public Management.
Pensata: Revista dos Alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UNIFESP
Este artigo faz uma análise do Currículo Paulista Etapa Ensino Médio (CPEM). Para tal, realizamos... more Este artigo faz uma análise do Currículo Paulista Etapa Ensino Médio (CPEM). Para tal, realizamos uma breve retomada histórica e bibliográfica sobre as articulações entre setores público e privado na formulação das políticas educacionais em escala nacional e regional, mostrando que o CPEM é parte de um processo amplo e complexo. A partir do levantamento de documentos oficiais, são apresentadas as características do currículo, desde sua proposição pedagógica até o lugar central dos agentes privados na oferta desta etapa da escolarização. Assim, o CPEM expressa os acordos entre agentes que formulam as políticas públicas de educação no país com organismos multilaterais, a fim de submeter a formação da juventude trabalhadora a interesses empresariais.
Lutas Sociais, Dec 31, 2013
Book review: "Cidades Rebeldes: passe livre e as manifestacoes que tomaram as ruas do Brasil... more Book review: "Cidades Rebeldes: passe livre e as manifestacoes que tomaram as ruas do Brasil", of Carlos Vainer, David Harvey, Erminia Maricato et al.
Retratos da Escola
Este trabalho analisa a promessa de ‘liberdade de escolha’ feita a estudantes brasileiros/as com ... more Este trabalho analisa a promessa de ‘liberdade de escolha’ feita a estudantes brasileiros/as com a Lei n. 13.415/2017, articulando três elementos: i) delineamento da ‘livre escolha’ no Conselho Nacional de Secretários de Educação – Consed e na Frente Currículo e Novo Ensino Médio; ii) o estado de São Paulo na vanguarda nacional da implementação do Novo Ensino Médio – NEM; iii) relação entre escolha individual, oferta de itinerários formativos e indicadores socioeconômicos na rede estadual paulista. A análise comparada da ‘escolha’ de itinerários pelos/as estudantes – feita em 2021, online – e da efetiva oferta dos itinerários pelas escolas em 2022 confirma duas previsões das pesquisas em educação: i) a ‘livre escolha’ no NEM depende das condições materiais das redes de ensino, mais que das aspirações individuais; ii) estudantes de nível socioeconômico mais elevado têm maior ‘liberdade de escolha’. Assim, o estado de São Paulo é primeiro a demonstrar que a flexibilização curricular p...
Lutas Sociais. ISSN 1415-854X, Jun 20, 2008
Trabalho, política e cultura em Gramsci: os 70 anos da morte de Gramsci
Este trabalho discute as possibilidades e limites do ensino de Ciencias Sociais no Ensino Medio c... more Este trabalho discute as possibilidades e limites do ensino de Ciencias Sociais no Ensino Medio como instrumento para a intervencao social realizada pelos sujeitos escolares. Este debate se circunscreve a analise da relacao entre escola pubica e Universidade, voltando-se para as acoes de projetos vinculados a atuacao dos estagiarios/bolsistas dos cursos de licenciatura em Ciencias Sociais nas escolas publicas que se abrem como campo de estagio e/ou para a acao do Programa Institucional de Bolsa de Iniciacao a Docencia (PIBID/Capes). Tomamos como referencia para analise a articulacao entre a crise social e a crise da escola segundo a perspectiva de I. Meszaros e M. Apple.
Revista Cafe Com Sociologia, Apr 6, 2013
Lutas Sociais, Dec 20, 2009
Resumo: Este trabalho apresenta um debate entre duas correntes analiticas nas Ciencias Sociais so... more Resumo: Este trabalho apresenta um debate entre duas correntes analiticas nas Ciencias Sociais sobre os movimentos sociais no Brasil, na atualidade. Ha um campo que parte da normatizacao e legitimacao dos espacos publico-estatais como conquista dos movimentos e propoe a permanente ampliacao das reformas sociais atraves de uma nova cultura politica que perpassa os espacos estatais e as relacoes culturais dos movimentos. Outra vertente, parte da analise da dinâmica do conflito social e da luta das classes e polemiza com a ideia de conquista definitiva para os movimentos sociais com a participacao na agenda dos governos. Tais pesquisadores constroem analises de diferentes prismas teorico-metodologicos e pretendemos aqui mostrar o este debate. Palavras-chave: Movimentos sociais. Ciencias sociais. Teoria sociologica. Pequeno historico dos movimentos sociais no Brasil
Retratos da Escola, 2022
Este trabalho analisa a promessa de ‘liberdade de escolha’ feita a estudantes brasileiros/as com ... more Este trabalho analisa a promessa de ‘liberdade de escolha’ feita a estudantes brasileiros/as com a Lei n. 13.415/2017, articulando três elementos: i) delineamento da ‘livre escolha’ no Conselho Nacional de Secretários de Educação – Consed e na Frente Currículo e Novo Ensino Médio; ii) o estado de São Paulo na vanguarda nacional da implementação do Novo Ensino Médio – NEM; iii) relação entre escolha individual, oferta de itinerários formativos e indicadores socioeconômicos na rede estadual paulista. A análise comparada da ‘escolha’ de itinerários pelos/as estudantes – feita em 2021, online – e da efetiva oferta dos itinerários pelas escolas em 2022 confirma duas previsões das pesquisas em educação: i) a ‘livre escolha’ no NEM depende das condições materiais das redes de ensino, mais que das aspirações individuais; ii) estudantes de nível socioeconômico mais elevado têm maior ‘liberdade de escolha’. Assim, o estado de São Paulo é primeiro a demonstrar que a flexibilização curricular prometida na reforma amplifica as desigualdades educacionais.
Retratos da Escola, 2022
O primeiro semestre de 2022 marca o início da implementação do Novo Ensino Médio - NEM (instituíd... more O primeiro semestre de 2022 marca o início da implementação do Novo Ensino Médio - NEM (instituído pela Lei n. 13.415/2017) na maior parte dos estados brasileiros. Em diversas redes de ensino, estudantes do ensino médio começam a experimentar os efeitos perversos da reforma, tratados nos 11 artigos que compõem este novo dossiê de Retratos da Escola – A implementação do Novo Ensino Médio nos estados. Os estudos indicam elementos comuns nos diferentes estados da federação: o primeiro é
a limitação da participação de sujeitos e comunidades escolares na elaboração dos conteúdos do NEM; o segundo é a presença do número considerável de atores privados, especialmente de fundações e institutos empresariais, em todas as etapas da implementação do NEM; o terceiro elemento comum é o efeito indutor de desigualdades do NEM, como já previsto por inúmeros/as especialistas em educação, desde a edição da MP 746/2016.
Lutas Sociais. ISSN 1415-854X, Dec 19, 2012
Revista Brasileira de Educação, 2019
RESUMO A irrupção dos secundaristas no estado de São Paulo relaciona-se a um tipo de ação coletiv... more RESUMO A irrupção dos secundaristas no estado de São Paulo relaciona-se a um tipo de ação coletiva que, embora recente, encontra lastro em outros movimentos de caráter antineoliberal e anticapitalista deste século, com formas de ação e dinâmicas de organização inspiradas no repertório autonomista. Há tempos um movimento social não expressava tamanho poder de mobilização, ruptura e resistência no Brasil quanto as ocupações escolares. Este artigo recupera alguns aspectos da resistência à política de reorganização escolar no estado de São Paulo, entre 2015 e 2016, e discute as estratégias de resistência surgidas das ocupações, alicerces para uma renovação das lutas por uma educação democrática no Brasil. Particularmente, tratamos da interação entre os movimentos estudantis, as universidades públicas e o sistema de justiça no contexto das ocupações escolares. Conforme dito no artigo, tal articulação constituiu um campo fértil de resistência e de solidariedade, de onde emergiu a Rede Esc...
education policy analysis archives, 2018
This article analyzes the development of a new modality of public-private partnership in Brazilia... more This article analyzes the development of a new modality of public-private partnership in Brazilian education, the so-called Social Impact Bond (SIB), known in Brazil as “Contrato de Impacto Social”, whose pilot project, sponsored by the Inter-American Development Bank (IDB), is in its initial stage of implementation in the State of São Paulo. Unlike traditional philanthropy, which legitimizes itself in the alleged non-profit nature of its actions, SIB assumes the possibility of obtaining return rates with “social investments,” leading to the creation of a new ecosystem of social finances, which, into this context of privatization of education, incorporates agents interested in capitalizing on the provision of public services to vulnerable populations, in this case, to secondary students from public schools in the State of São Paulo. This kind of contract, or bond—paid by means of “delivery” of results—raises a series of ethical, legal, and political-pedagogical issues related to the...
CartaCapital, Jul 2, 2021
Governo de São Paulo aproveita a pandemia e passa a boiada com a reforma do ensino médio. Na rede... more Governo de São Paulo aproveita a pandemia e passa a boiada com a reforma do ensino médio. Na rede estadual, a tão festejada “liberdade de escolha” do novo ensino médio se resume a escolhas apressadas e redução da formação escolar.