Geovanna Luiza Kendig Crispe | Universidade Estadual de Londrina (original) (raw)
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RESUMO: Influenciado pelo estoicismo, o imperador romano Marco Aurélio buscou preservar em sua po... more RESUMO: Influenciado pelo estoicismo, o imperador romano Marco Aurélio buscou preservar em sua postura os preceitos da corrente filosófica ao que se refere, por exemplo, a aproximação com a natureza, o recolhimento para dentro de si, a reflexão, a benevolência e a prudência. Muito se assemelha a conduta do romano com o Homem Superior do livro sagrado I Ching, em que seus símbolos básicos buscam guiar as condutas dos indivíduos destacando o valor das virtudes. A partir da análise do Hexagrama 33, intitulado A retirada, interpretação na qual, o homem se recolhe para a reflexão e aprofundamento de suas forças esperando com cautela o momento certo para agir, busco com este trabalho articular o modo virtuoso de viver de Marco Aurélio transcrito em sua obra As Meditações, com o Homem Superior do Hexagrama 33 do I Ching. PALAVRAS-CHAVE: Prudência; Reflexão; Virtudes; Conduta INTRODUÇÃO Segundo o Richard Wilhelm (2008, p.3) considerado um dos maiores legados do povo chinês e um livro de sabedoria milenar o I Ching, também conhecido como o Livro das Mutações, é um conhecimento muito antigo que acumula cerca de três mil anos de história cultural da China, rico em filosofias, conselhos e poesias perpassados por gerações que, reflete como os chineses compreendiam a natureza e o mundo e, como eram capazes de explicar e aplicar as teorias aos acontecimentos práticos do dia a dia. Grandes correntes filosóficas orientais como o Taoísmo e o Confucionismo possui suas raízes advindas do I Ching. No entanto, não apenas a filosofia chinesa, mas a arte e a ciência se hidratam na fonte da sabedoria encontrada no I Ching, mesmo nos aspectos cotidianos da população, como no comércio, nas casas e escolas é possível ver a disposição o livro não como um objeto decorativo de antiquário mas como um objeto de símbolo sacro que assessora um papel notável na transformação e aperfeiçoamento do ser humano, pois, tambem é utilizado como expressão oracular, que consiste em interpretar uma coleção de signos indicados por linhas simples e linhas partilhadas, que inicialmente, eram compostas em oito trigramas, com três linhas simples ou partilhadas empilhadas. Posteriormente, essa
Londrina 2017 GEOVANNA LUIZA KENDIG CRISPE LEONARDO ÂNGELO FERREIRA PINTO MATHEUS JUSCELINO BECAR... more Londrina 2017 GEOVANNA LUIZA KENDIG CRISPE LEONARDO ÂNGELO FERREIRA PINTO MATHEUS JUSCELINO BECARI EPICURO: MÁXIMAS Trabalho de Filosofia Antiga, apresentado ao Curso de Filosofia da Universidade Estadual de Londrina, como sendo um requisito parcial para que se possa obter o título de graduação. Profa. Dra. Christiani de Menezes Londrina 2017 2. EPICURO Epicuro (340 a.C. -270 a.C.) nasceu no demos ateniense Gargetos (LAÉRCIO, 2008, X, 1). Entretanto, ao que tudo indica, ele foi criado na ilha de Samos, lugar onde viveu até os seus dezoito anos, pois, ele deveria voltar a Atenas em 323 a.C. para o cumprimento do dever cívico do 'serviço militar'. Em Atenas, Epicuro viveu a maior parte de sua vida, em meio a um momento turbulento da Grécia, uma vez que ela estava sob jugo Macedônio. A privação da cidadania pelo imperialismo macedônico, a falta de dinheiro e, consequentemente a fome e a dificuldade para sobreviver se ampliava e o terreno tornava-se fértil para o surgimento da filosofia epicurista. (SANTOS, 2015, p.12). Quando o ideal cívico criado pela cidade-Estado se desmoronou, a população helenística procurou febrilmente um novo significado da vida, um ideal e regras de conduta. Houve então um deslocamento para a educação racionalista dada pela filosofia no passado. A maioria dos helenísticos procuraram uma resposta às suas dúvidas não mais em Deus, mas na razão. E as respostas vieram dos cínicos, estoicos e epicuristas. (SANTOS, 2015, p.12 apud ROSTOVTZEFF, 1983, p.301).
RESUMO: Influenciado pelo estoicismo, o imperador romano Marco Aurélio buscou preservar em sua po... more RESUMO: Influenciado pelo estoicismo, o imperador romano Marco Aurélio buscou preservar em sua postura os preceitos da corrente filosófica ao que se refere, por exemplo, a aproximação com a natureza, o recolhimento para dentro de si, a reflexão, a benevolência e a prudência. Muito se assemelha a conduta do romano com o Homem Superior do livro sagrado I Ching, em que seus símbolos básicos buscam guiar as condutas dos indivíduos destacando o valor das virtudes. A partir da análise do Hexagrama 33, intitulado A retirada, interpretação na qual, o homem se recolhe para a reflexão e aprofundamento de suas forças esperando com cautela o momento certo para agir, busco com este trabalho articular o modo virtuoso de viver de Marco Aurélio transcrito em sua obra As Meditações, com o Homem Superior do Hexagrama 33 do I Ching. PALAVRAS-CHAVE: Prudência; Reflexão; Virtudes; Conduta INTRODUÇÃO Segundo o Richard Wilhelm (2008, p.3) considerado um dos maiores legados do povo chinês e um livro de sabedoria milenar o I Ching, também conhecido como o Livro das Mutações, é um conhecimento muito antigo que acumula cerca de três mil anos de história cultural da China, rico em filosofias, conselhos e poesias perpassados por gerações que, reflete como os chineses compreendiam a natureza e o mundo e, como eram capazes de explicar e aplicar as teorias aos acontecimentos práticos do dia a dia. Grandes correntes filosóficas orientais como o Taoísmo e o Confucionismo possui suas raízes advindas do I Ching. No entanto, não apenas a filosofia chinesa, mas a arte e a ciência se hidratam na fonte da sabedoria encontrada no I Ching, mesmo nos aspectos cotidianos da população, como no comércio, nas casas e escolas é possível ver a disposição o livro não como um objeto decorativo de antiquário mas como um objeto de símbolo sacro que assessora um papel notável na transformação e aperfeiçoamento do ser humano, pois, tambem é utilizado como expressão oracular, que consiste em interpretar uma coleção de signos indicados por linhas simples e linhas partilhadas, que inicialmente, eram compostas em oito trigramas, com três linhas simples ou partilhadas empilhadas. Posteriormente, essa
Londrina 2017 GEOVANNA LUIZA KENDIG CRISPE LEONARDO ÂNGELO FERREIRA PINTO MATHEUS JUSCELINO BECAR... more Londrina 2017 GEOVANNA LUIZA KENDIG CRISPE LEONARDO ÂNGELO FERREIRA PINTO MATHEUS JUSCELINO BECARI EPICURO: MÁXIMAS Trabalho de Filosofia Antiga, apresentado ao Curso de Filosofia da Universidade Estadual de Londrina, como sendo um requisito parcial para que se possa obter o título de graduação. Profa. Dra. Christiani de Menezes Londrina 2017 2. EPICURO Epicuro (340 a.C. -270 a.C.) nasceu no demos ateniense Gargetos (LAÉRCIO, 2008, X, 1). Entretanto, ao que tudo indica, ele foi criado na ilha de Samos, lugar onde viveu até os seus dezoito anos, pois, ele deveria voltar a Atenas em 323 a.C. para o cumprimento do dever cívico do 'serviço militar'. Em Atenas, Epicuro viveu a maior parte de sua vida, em meio a um momento turbulento da Grécia, uma vez que ela estava sob jugo Macedônio. A privação da cidadania pelo imperialismo macedônico, a falta de dinheiro e, consequentemente a fome e a dificuldade para sobreviver se ampliava e o terreno tornava-se fértil para o surgimento da filosofia epicurista. (SANTOS, 2015, p.12). Quando o ideal cívico criado pela cidade-Estado se desmoronou, a população helenística procurou febrilmente um novo significado da vida, um ideal e regras de conduta. Houve então um deslocamento para a educação racionalista dada pela filosofia no passado. A maioria dos helenísticos procuraram uma resposta às suas dúvidas não mais em Deus, mas na razão. E as respostas vieram dos cínicos, estoicos e epicuristas. (SANTOS, 2015, p.12 apud ROSTOVTZEFF, 1983, p.301).