Joaquim Barbosa | Universidade do Porto (original) (raw)
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Papers by Joaquim Barbosa
Linguística : Revista de Estudos Linguísticos da Universidade do Porto, 2012
Linguística : Revista de Estudos Linguísticos da Universidade do Porto, 2010
Linguística : Revista de Estudos Linguísticos da Universidade do Porto, 2014
Linguística : Revista de Estudos Linguísticos da Universidade do Porto, 2017
Uma das personagens do romance historico O Olho de Hertzog, de Joao Paulo Borges Coelho, escreve ... more Uma das personagens do romance historico O Olho de Hertzog, de Joao Paulo Borges Coelho, escreve uma declaracao de amor em ronga, uma das mais de vinte linguas faladas em Mocambique. “Tera sido por so nesta lingua ser capaz de expressar os seus sentimentos mais intimos?” (Coelho, 2010:204), interroga-se o narrador, ja que Joao Albasini, a personagem, e jornalista e domina com mestria o portugues, usando mesmo diferentes registos de lingua consoante os pseudonimos com que assina os seus editoriais: “ [...] se o coracao bate em portugues [assina] como Joao das Regras; [...] quando lhe apetece ter defeitos de sintaxe, errar na gramatica, assumir a voz da rua contra os malditos que abafam a Provincia, como Chico da Pegas [...].” (Coelho, 2010:381). Joao Albasini podia dar-se ao luxo de, por opcao, errar na gramatica: filho da burguesia da terra, estudou no colegio catolico de Lourenco Marques tendo, por isso, exemplos robustos do portugues padrao de entao, inicios do seculo XX.1 Nao era...
Linguística : Revista de Estudos Linguísticos da Universidade do Porto, 2006
Para a Professora Fernanda Irene Fonseca, com quem aprendi a ver o Homem na Linguagem.
1 -O tema do livro: Que se perde quando morre uma língua? Muito antes de termos tomado contacto c... more 1 -O tema do livro: Que se perde quando morre uma língua? Muito antes de termos tomado contacto com a discussão acerca da relatividade linguística, ou de termos ouvido falar da chamada Hipótese de Sapir-Whorf, aprendemos, nas primeiras aulas de linguística, que a língua é o modelizador primário do mundo. Soubemos, mais tarde, que diferentes línguas têm diferentes visões do mundo e que, possivelmente, as línguas condicionam a forma de pensar dos seus falantes. (Ver, i.a., Kovecses 2006).
Linguística : Revista de Estudos Linguísticos da Universidade do Porto, 2012
Linguística : Revista de Estudos Linguísticos da Universidade do Porto, 2010
Linguística : Revista de Estudos Linguísticos da Universidade do Porto, 2014
Linguística : Revista de Estudos Linguísticos da Universidade do Porto, 2017
Uma das personagens do romance historico O Olho de Hertzog, de Joao Paulo Borges Coelho, escreve ... more Uma das personagens do romance historico O Olho de Hertzog, de Joao Paulo Borges Coelho, escreve uma declaracao de amor em ronga, uma das mais de vinte linguas faladas em Mocambique. “Tera sido por so nesta lingua ser capaz de expressar os seus sentimentos mais intimos?” (Coelho, 2010:204), interroga-se o narrador, ja que Joao Albasini, a personagem, e jornalista e domina com mestria o portugues, usando mesmo diferentes registos de lingua consoante os pseudonimos com que assina os seus editoriais: “ [...] se o coracao bate em portugues [assina] como Joao das Regras; [...] quando lhe apetece ter defeitos de sintaxe, errar na gramatica, assumir a voz da rua contra os malditos que abafam a Provincia, como Chico da Pegas [...].” (Coelho, 2010:381). Joao Albasini podia dar-se ao luxo de, por opcao, errar na gramatica: filho da burguesia da terra, estudou no colegio catolico de Lourenco Marques tendo, por isso, exemplos robustos do portugues padrao de entao, inicios do seculo XX.1 Nao era...
Linguística : Revista de Estudos Linguísticos da Universidade do Porto, 2006
Para a Professora Fernanda Irene Fonseca, com quem aprendi a ver o Homem na Linguagem.
1 -O tema do livro: Que se perde quando morre uma língua? Muito antes de termos tomado contacto c... more 1 -O tema do livro: Que se perde quando morre uma língua? Muito antes de termos tomado contacto com a discussão acerca da relatividade linguística, ou de termos ouvido falar da chamada Hipótese de Sapir-Whorf, aprendemos, nas primeiras aulas de linguística, que a língua é o modelizador primário do mundo. Soubemos, mais tarde, que diferentes línguas têm diferentes visões do mundo e que, possivelmente, as línguas condicionam a forma de pensar dos seus falantes. (Ver, i.a., Kovecses 2006).