Alexis Milonopoulos | Universidade de São Paulo (original) (raw)
Videos by Alexis Milonopoulos
Obra apresentada no Simpósio Discente da Pós-Graduação em Saúde Coletiva da FMUSP (SIMCOL - 2020)... more Obra apresentada no Simpósio Discente da Pós-Graduação em Saúde Coletiva da FMUSP (SIMCOL - 2020), na modalidade "Apresentação de Comunicação Oral Curta".
Objetivos: A partir da composição com pensamentos orientados pelo processo e a aliança com ontologias relacionais e cosmologias indígenas, este trabalho propõe um deslocamento nos conceitos de “coletivo” e de “humano”, e explora as implicações [est]ético-[cosmo]políticas que tais eco-lógicas podem nutrir seja no entendimento, seja na formulação de problemas caros ao campo da Saúde Coletiva, em especial os problemas da determinação do comportamento e da humanização da saúde.
Resultados esperados: Contribuir com ingredientes para investigações acerca dos problemas do comportamento humano e da humanização da saúde para além de distinções entre indivíduo e sociedade, entre corpo e mundo ou entre parte e todo, no próprio sentido de problematizar paradigmas crônicos e de cultivar diálogos agudos, temática que atravessou o SIMCOL 2020.
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Fala enquanto (i)mediador na sessão especial "Narrativas da pandemia: o processo de criação do do... more Fala enquanto (i)mediador na sessão especial "Narrativas da pandemia: o processo de criação do documentário 'Quando falta o ar'" (2022), que contou com Helena Petta (diretora, juntamente com Ana Petta, do documentário) e Ricardo Rodrigues Teixeira, e integrou a programação do IX Simpósio Discente da Pós-graduação em Saúde Coletiva FMUSP (2021).
Original disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=DccqGY80YMY&t=2253s.
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Ensaio apresentado na Sessão de Trabalhos "Repensando práticas, conceitos e políticas na atenção ... more Ensaio apresentado na Sessão de Trabalhos "Repensando práticas, conceitos e políticas na atenção à saúde" durante o IX Simpósio Discente da Pós-graduação em Saúde Coletiva FMUSP. O vídeo completo encontra-se em https://www.youtube.com/watch?v=I33X0hRQIgo&t=1s.
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Trabalho em parceria com Ricardo Rodrigues Teixeira e Fábio Malini apresentado na Sessão de Traba... more Trabalho em parceria com Ricardo Rodrigues Teixeira e Fábio Malini apresentado na Sessão de Trabalhos "Estudos sobre alimentação na Saúde Coletiva: múltiplas perspectivas" durante o X Simpósio Discente da Pós-graduação em Saúde Coletiva FMUSP (2022). O vídeo completo encontra-se em https://www.youtube.com/watch?v=lio1EOyalc8.
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Papers by Alexis Milonopoulos
SciELO (SciELO Preprints), May 20, 2024
Milonopoulos A. Potências da fome, potências da vida: uma cartografia das práticas alimentares ex... more Milonopoulos A. Potências da fome, potências da vida: uma cartografia das práticas alimentares expressas no Instagram [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2022. Perguntando “o que mais nossas fomes, apetites, comeres e saúdes podem (ser)?”, essa pesquisa oferta uma cartografia das práticas alimentares expressas na rede social Instagram a fim de mapear, identificar, explorar e analisar as distintas perspectivas, campos problemáticos e ecologias de práticas que se articulam ao redor do tema da “alimentação” nessa rede. Somando-se a isso, essa investigação oferta também ingredientes para re/pensarmos, em meio a esses diferentes pontos de vista, cosmovisões e cosmopolíticas acerca da temática da alimentação, nossos entendimentos sobre aquilo que nutre nossas fomes, apetites, saúdes, desejos e comeres, suas relações e implicações com e na Terra e no cosmos. Suas expressões, expressividades, percepções, sensações, intenções e intensidades, bem como o próprio modo como formulamos tais problemas e como colocamos o problema do comportamento. Seus objetivos são, assim, de re/pensar nossos entendimentos acerca das problemáticas do comportamento e da alimentação, e o próprio modo como as formulamos, tanto quanto de ofertar uma cartografia das práticas alimentares expressas na rede social Instagram a fim de evidenciar e analisar diferentes pontos de vista, cosmovisões e cosmopolíticas acerca de tais problemáticas. A pesquisa se deu na composição entre o método perspectivista de análise de redes sociais, o big data, a Ciência de Dados e a Teoria dos Grafos, trabalhando sobre clusters-agrupamentoscosmovisões em interação em um banco de dados produzido a partir da hash/tag “alimentação” e suas variações no Instagram. Assim como pelo diálogo e pelo pensar com diferentes cosmologias, práticas e modos da experiência-pensamento, como as cosmologias indígenas, a cosmologia do processo e as práticas estético-somáticosensíveis das artes, nutrindo uma perspectiva transdisciplinar, processual, potencial, relacional, transindividual, transsituacional, multinatural, multiversal, ontogenética e cosmopolítica. Perspectiva essa que, juntamente aos resultados de nossa investigação, permite notarmos como os problemas do comportamento e da alimentação são colocados, sobretudo, a partir de um modo de vi/ver a vida que, centrado na figura do sujeito, sua interioridade, agência, volição, intencionalidade, vontade, consciência e identidade, alimenta ecologias de práticas que, em seu antropocentrismo, eclipsam as dimensões cosmopolíticas e ontogenéticas que atravessam tais problemas e nossas saúdes. O que nos conecta, finalmente, à nossa pergunta inicial e à proposição de ofertarmos ingredientes para nutrir esse “o que mais” e para alimentar outras cosmopolíticas das saúdes, fomes, apetites, comeres e ter(r)apêuticas. Palavras-chave: Alimentos, dieta e nutrição. Comportamento. Rede Social. Biopolítica. Cosmopolítica. Ontogênese.
Abstract Milonopoulos A. Powers of hunger, powers of life: a cartography of the food practices expressed on Instagram [thesis]. São Paulo: “Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo”; 2022. Asking “what else our hungers, appetites, eatings and healths can (be)?”, this research offers a cartography of the food practices expressed on the social network Instagram in order to map, identify, explore and analyze the different perspectives, problematic fields and ecologies of practices that are articulated around the theme of “food” in this network. In addition to that, this investigation also offers ingredients for us to re/think, with/in these different points of view, cosmovisions and cosmopolitics on the subject of food, our understandings about what nourishes our hungers, appetites, healths, desires and eatings, its relations and implications with/in the Earth and in the cosmos. Their expressions, expressivities, perceptions, sensations, intentions and intensities, as well as the very way in which we formulate such problems and how we pose the problem of behavior. Its objectives are, therefore, to re/think our understandings about the problems of behavior and food, and the very way in which we formulate them, as well as to offer a cartography of the food practices expressed in the social network Instagram in order to highlight and analyze different points of view, cosmovisions and cosmopolitics about such problems. The research took place in the composition between the perspectivist method of social networks analysis, big data, Data Science and Graph Theory, working on clustersgroupings-cosmovisions in interaction in a database produced from the hash/tag “food” and its variations on Instagram. As well as through the dialogue and the thinking with different cosmologies, practices and modes of thought-experience, such as indigenous cosmologies, the process cosmology and the somatic-aesthetic-sens(itiv)e practices of the arts, nurturing a transdisciplinary, processual, potential, relational, transindividual, transsituational, multinatural, multiversal, ontogenetic and cosmopolitical perspective. Perspective which, together with the results of our investigation, allows us to notice how the problems of behavior and food are posed, above all, from a way of living/seeing life that, centered on the figure of the subject, his interiority, agency, volition, intentionality, will, conscience and identity, feed ecologies of practices that, in their anthropocentrism, eclipse the cosmopolitical and ontogenetic dimensions that cross those problems and our healths. Which finally connects us to our initial question and the proposition of offering ingredients to nourish this “what else” and to feed other cosmopolitics of healths, hungers, appetites, eatings and ter(r)apeutics. Keywords: Food, diet and nutrition. Behavior. Social network. Biopolitics. Cosmopolitics. Ontogenesis.
Art + Australia, 2021
As in Amerindian cosmologies, cannibal metaphysics are lurking at every encounter. The visible sh... more As in Amerindian cosmologies, cannibal metaphysics are lurking at every encounter. The visible shape of a body may be deceptive and a human appearance may be concealing an animal-affect. Moving from there and from the perspectival relation in which nature is the form of the third person, this piece builds itself around the similarity of the sounds of the impersonal pronoun ‘it’ (the form of the other in multinaturalism) and the verb ‘eat’ (whose phonetic transcription in
Australian spelling is precisely ‘it’). It also approaches the transversality between eating, multinaturalism and otherness by juggling with the exchangeability of these terms around the relational pointer it and by following the multinaturalist idea that the origins of perspectival differences depend not on self-perception but on the gaze of the other, so that this piece is undeniably about eating and the cosmopolitics of becoming related to it, but only by virtue of it being about the cosmopolitics of becoming related to multinaturalism, as well as the cosmopolitics of becoming related to otherness. In this same sense, it experiments with immediated perspectives that are, as Amerindian perspectivism teaches us, exchangeable within multiple relational-positional constellations, which is to say that every perspectival (pro)position seeds the transformation of the piece from its own deictic position, so that the very encounter with the piece’s mobile shape and its multiple beginnings feeds the potential relationality of a form-in-the-making that enacts multiple ways of unmediated exchange, akin to Amazonian cannibalism. Where does it begin? Where does it end?
In the middle, in the condition(al)s, ‘in Amazonia and elsewhere’.
Aurora: revista de arte, mídia e política, São Paulo, v.6, n.18, p. 77-84, out.2013-jan.2014, 2013
Composição-escrita na qual se agenciam ideias e escritos vários sobre John Cage, problematizando ... more Composição-escrita na qual se agenciam ideias e escritos vários sobre John Cage, problematizando as implicações éticas, estéticas e políticas de sua obra a partir de conexões livres, de movimentos, de respiros, de justaposições e de quebras, movimentos próprios a um escrito de sonoridades.
Abstract: Written-composition which consists of an assemblage of ideas and writings about John Cage, setting problems regarding ethical, aesthetical and political implications of Cage's work from free connections, movements, breathings, juxtapositions, and breaks, which are particular movements of sonority writing.
Inflexions , 2019
As Gilles Deleuze states in "Bergsonism", a problem always has the solution it deserves in terms ... more As Gilles Deleuze states in "Bergsonism", a problem always has the solution it deserves in terms of the way in which it is stated. By following this idea and by experimenting with the inventiveness of the thresholds in-between art, philosophy, politics, anthropology, schizoanalysis and agroecology, this composition aims to offer, from a research-creation perspective, new ingredients in order to cook and taste different possibilities regarding the work on the problems of food consumption and food production, which allow us to cultivate a minor understanding of hunger and appetite that lurks the nutritional-biomedical loop, and that not just nourish a fabulation about what else they could be, but also feeds a thinking-moving towards a politics of immediation.
Thesis Chapters by Alexis Milonopoulos
Milonopoulos A. Potências da fome, potências da vida: uma cartografia das práticas alimentares ex... more Milonopoulos A. Potências da fome, potências da vida: uma cartografia das práticas alimentares expressas no Instagram [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2022.
Perguntando “o que mais nossas fomes, apetites, comeres e saúdes podem (ser)?”, essa pesquisa oferta uma cartografia das práticas alimentares expressas na rede social Instagram a fim de mapear, identificar, explorar e analisar as distintas perspectivas, campos problemáticos e ecologias de práticas que se articulam ao redor do tema da “alimentação” nessa rede. Somando-se a isso, essa investigação oferta também ingredientes para re/pensarmos, em meio a esses diferentes pontos de vista, cosmovisões e cosmopolíticas acerca da temática da alimentação, nossos entendimentos sobre aquilo que nutre nossas fomes, apetites, saúdes, desejos e comeres, suas relações e implicações com e na Terra e no cosmos. Suas expressões, expressividades, percepções, sensações, intenções e intensidades, bem como o próprio modo como formulamos tais problemas e como colocamos o problema do comportamento. Seus objetivos são, assim, de re/pensar nossos entendimentos acerca das problemáticas do comportamento e da alimentação, e o próprio modo como as formulamos, tanto quanto de ofertar uma cartografia das práticas alimentares expressas na rede social Instagram a fim de evidenciar e analisar diferentes pontos de vista, cosmovisões e cosmopolíticas acerca de tais problemáticas. A pesquisa se deu na composição entre o método perspectivista de análise de redes sociais, o big data, a Ciência de Dados e a Teoria dos Grafos, trabalhando sobre clusters-agrupamentoscosmovisões em interação em um banco de dados produzido a partir da hash/tag “alimentação” e suas variações no Instagram. Assim como pelo diálogo e pelo pensar com diferentes cosmologias, práticas e modos da experiência-pensamento, como as cosmologias indígenas, a cosmologia do processo e as práticas estético-somáticosensíveis das artes, nutrindo uma perspectiva transdisciplinar, processual, potencial, relacional, transindividual, transsituacional, multinatural, multiversal, ontogenética e cosmopolítica. Perspectiva essa que, juntamente aos resultados de nossa investigação, permite notarmos como os problemas do comportamento e da alimentação são colocados, sobretudo, a partir de um modo de vi/ver a vida que, centrado na figura do sujeito, sua interioridade, agência, volição, intencionalidade, vontade, consciência e identidade, alimenta ecologias de práticas que, em seu antropocentrismo, eclipsam as dimensões cosmopolíticas e ontogenéticas que atravessam tais problemas e nossas saúdes. O que nos conecta, finalmente, à nossa pergunta inicial e à proposição de ofertarmos ingredientes para nutrir esse “o que mais” e para alimentar outras cosmopolíticas das saúdes, fomes, apetites, comeres e ter(r)apêuticas.
Palavras-chave: Alimentos, dieta e nutrição. Comportamento. Rede Social. Biopolítica. Cosmopolítica. Ontogênese.
Milonopoulos A. Powers of hunger, powers of life: a cartography of the food practices expressed on Instagram [thesis]. São Paulo: “Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo”; 2022.
Asking “what else our hungers, appetites, eatings and healths can (be)?”, this research offers a cartography of the food practices expressed on the social network Instagram in order to map, identify, explore and analyze the different perspectives, problematic fields and ecologies of practices that are articulated around the theme of “food” in this network. In addition to that, this investigation also offers ingredients for us to re/think, with/in these different points of view, cosmovisions and cosmopolitics on the subject of food, our understandings about what nourishes our hungers, appetites, healths, desires and eatings, its relations and implications with/in the Earth and in the cosmos. Their expressions, expressivities, perceptions, sensations, intentions and intensities, as well as the very way in which we formulate such problems and how we pose the problem of behavior. Its objectives are, therefore, to re/think our understandings about the problems of behavior and food, and the very way in which we formulate them, as well as to offer a cartography of the food practices expressed in the social network Instagram in order to highlight and analyze different points of view, cosmovisions and cosmopolitics about such problems. The research took place in the composition between the perspectivist method of social networks analysis, big data, Data Science and Graph Theory, working on clustersgroupings-cosmovisions in interaction in a database produced from the hash/tag “food” and its variations on Instagram. As well as through the dialogue and the thinking with different cosmologies, practices and modes of thought-experience, such as indigenous cosmologies, the process cosmology and the somatic-aesthetic-sens(itiv)e practices of the arts, nurturing a transdisciplinary, processual, potential, relational, transindividual, transsituational, multinatural, multiversal, ontogenetic and cosmopolitical perspective. Perspective which, together with the results of our investigation, allows us to notice how the problems of behavior and food are posed, above all, from a way of living/seeing life that, centered on the figure of the subject, his interiority, agency, volition, intentionality, will, conscience and identity, feed ecologies of practices that, in their anthropocentrism, eclipse the cosmopolitical and ontogenetic dimensions that cross those problems and our healths. Which finally connects us to our initial question and the proposition of offering ingredients to nourish this “what else” and to feed other cosmopolitics of healths, hungers, appetites, eatings and ter(r)apeutics.
Keywords: Food, diet and nutrition. Behavior. Social network. Biopolitics. Cosmopolitics. Ontogenesis.
Potências da fome, potências da vida: uma cartografia das práticas alimentares expressas no Instagram, 2022
Milonopoulos A. Powers of hunger, powers of life: a cartography of the food practices expressed o... more Milonopoulos A. Powers of hunger, powers of life: a cartography of the food practices expressed on Instagram [thesis]. São Paulo: “Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo”; 2022.
Asking “what else our hungers, appetites, eatings and healths can (be)?”, this research offers a cartography of the food practices expressed on the social network Instagram in order to map, identify, explore and analyze the different perspectives, problematic fields and ecologies of practices that are articulated around the theme of “food” in this network. In addition to that, this investigation also offers ingredients for us to re/think, with/in these different points of view, cosmovisions and cosmopolitics on the subject of food, our understandings about what nourishes our hungers, appetites, healths, desires and eatings, its relations and implications with/in the Earth and in the cosmos. Their expressions, expressivities, perceptions, sensations, intentions and intensities, as well as the very way in which we formulate such problems and how we pose the problem of behavior. Its objectives are, therefore, to re/think our understandings about the problems of behavior and food, and the very way in which we formulate them, as well as to offer a cartography of the food practices expressed in the social network Instagram in order to highlight and analyze different points of view, cosmovisions and cosmopolitics about such problems. The research took place in the composition between the perspectivist method of social networks analysis, big data, Data Science and Graph Theory, working on clusters-groupings-cosmovisions in interaction in a database produced from the hash/tag “food” and its variations on Instagram. As well as through the dialogue and the thinking with different cosmologies, practices and modes of thought-experience, such as indigenous cosmologies, the process cosmology and the somatic-aesthetic-sens(itiv)e practices of the arts, nurturing a transdisciplinary, processual, potential, relational, transindividual, transsituational, multinatural, multiversal, ontogenetic and cosmopolitical perspective. Perspective which, together with the results of our investigation, allows us to notice how the problems of behavior and food are posed, above all, from a way of living/seeing life that, centered on the figure of the subject, his interiority, agency, volition, intentionality, will, conscience and identity, feed ecologies of practices that, in their anthropocentrism, eclipse the cosmopolitical and ontogenetic dimensions that cross those problems and our healths. Which finally connects us to our initial question and the proposition of offering ingredients to nourish this “what else” and to feed other cosmopolitics of healths, hungers, appetites, eatings and ter(r)apeutics.
Keywords: Food, diet and nutrition. Behavior. Social network. Biopolitics. Cosmopolitics. Ontogenesis.
Milonopoulos A. Potências da fome, potências da vida: uma cartografia das práticas alimentares expressas no Instagram [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2022.
Perguntando “o que mais nossas fomes, apetites, comeres e saúdes podem (ser)?”, essa pesquisa oferta uma cartografia das práticas alimentares expressas na rede social Instagram a fim de mapear, identificar, explorar e analisar as distintas perspectivas, campos problemáticos e ecologias de práticas que se articulam ao redor do tema da “alimentação” nessa rede. Somando-se a isso, essa investigação oferta também ingredientes para re/pensarmos, em meio a esses diferentes pontos de vista, cosmovisões e cosmopolíticas acerca da temática da alimentação, nossos entendimentos sobre aquilo que nutre nossas fomes, apetites, saúdes, desejos e comeres, suas relações e implicações com e na Terra e no cosmos. Suas expressões, expressividades, percepções, sensações, intenções e intensidades, bem como o próprio modo como formulamos tais problemas e como colocamos o problema do comportamento. Seus objetivos são, assim, de re/pensar nossos entendimentos acerca das problemáticas do comportamento e da alimentação, e o próprio modo como as formulamos, tanto quanto de ofertar uma cartografia das práticas alimentares expressas na rede social Instagram a fim de evidenciar e analisar diferentes pontos de vista, cosmovisões e cosmopolíticas acerca de tais problemáticas. A pesquisa se deu na composição entre o método perspectivista de análise de redes sociais, o big data, a Ciência de Dados e a Teoria dos Grafos, trabalhando sobre clusters-agrupamentos-cosmovisões em interação em um banco de dados produzido a partir da hash/tag “alimentação” e suas variações no Instagram. Assim como pelo diálogo e pelo pensar com diferentes cosmologias, práticas e modos da experiencia-pensamento, como as cosmologias indígenas, a cosmologia do processo e as práticas estético-somático-sensíveis das artes, nutrindo uma perspectiva transdisciplinar, processual, potencial, relacional, transindividual, transsituacional, multinatural, multiversal, ontogenética e cosmopolítica. Perspectiva essa que, juntamente aos resultados de nossa investigação, permite notarmos como os problemas do comportamento e da alimentação são colocados, sobretudo, a partir de um modo de vi/ver a vida que, centrado na figura do sujeito, sua interioridade, agência, volição, intencionalidade, vontade, consciência e identidade, alimenta ecologias de práticas que, em seu antropocentrismo, eclipsam as dimensões cosmopolíticas e ontogenéticas que atravessam tais problemas e nossas saúdes. O que nos conecta, finalmente, à nossa pergunta inicial e à proposição de ofertarmos ingredientes para nutrir esse “o que mais” e para alimentar outras cosmopolíticas das saúdes, fomes, apetites, comeres e ter(r)apêuticas.
Palavras-chave: Alimentos, dieta e nutrição. Comportamento. Rede Social. Biopolítica. Cosmopolítica. Ontogênese.
Potências da fome, potências da vida: uma cartografia das práticas alimentares expressas nas redes sociais, 2021
Milonopoulos A. Potências da fome, potências da vida: uma cartografia das práticas alimentares ex... more Milonopoulos A. Potências da fome, potências da vida: uma cartografia das práticas alimentares expressas nas redes sociais [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2021.
Introdução: Perseguindo o problema da conformação das práticas alimentares contemporâneas, este trabalho compõe planos transdisciplinares de investigação e análise, acolhendo as práticas alimentares expressas nas redes sociais Facebook, Instagram e Twitter por meio da produção de uma cartografia destas práticas; ofertando ainda uma perspectiva ontogenética sobre o problema do comportamento, que figura, em meio a inflexões no capitalismo e no próprio entendimento daquilo que causa e determina o comportamento, como um elemento e uma questão central no contexto pós-transição epidemiológica, demográfica e nutricional. Objetivos: Construir uma analítica que permita problematizar nosso entendimento acerca do tema da determinação da conduta e ofertar um outro entendimento da problemática do comportamento a partir de uma perspectiva ontogenética. Bem como produzir uma cartografia das práticas alimentares expressas nas redes sociais Facebook, Instagram e Twitter, mapeando, identificando, analisando e problematizando as distintas perspectivas, agenciamentos, campos problemáticos e ecologias de práticas que se articulam ao redor do tema da alimentação nestas redes. Materiais e Métodos: Por meio do método perspectivista de análise de redes esta pesquisa busca identificar perspectivas topológicas e temporais, debruçando-se sobre clusters ou comunidades em iteração à luz do referencial oferecido inicialmente pelo campo de estudos em biopolítica e ontogênese. Resultados Esperados: Ao tomar a alimentação como um agenciamento sociotécnico que conecta os comensais ao planeta, ou seja, ao tomá-la como um ato cosmopolítico, este estudo visa contribuir com um novo modo de investigação e uma nova analítica sobre o comportamento humano, a saber, a da ontogênese, que nos permite evidenciar diferentes perspectivas cosmopolíticas sobre as problemáticas da alimentação e do comportamento.
Palavras-chave: determinação do comportamento; práticas alimentares; ontogênese; biopolítica; cosmopolítica.
Milonopoulos A. Powers of hunger, powers of life: a cartography of the food practices expressed in social networks [thesis]. São Paulo: “Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo”; 2021.
Introduction: By pursuing the problem of the conformation of contemporary food practices, this work composes transdisciplinary plans of analysis and seeks to welcome the food practices expressed in the social networks Facebook, Instagram and Twitter through the production of a cartography of these practices; it also offers an ontogenetic perspective on the problem of behavior, which figures, amid inflections on capitalism and on the very understanding of what causes and determines human behavior, as a central issue and a central element in the post-epidemiological, demographic and nutritional transition context. Objectives: To construct an analytic that allows both to problematize our understanding of the determination of conducts, and to offer an understanding of the problem of behavior from an ontogenetic perspective. As well as producing a cartography of the food practices expressed in the social networks Facebook, Instagram and Twitter, mapping, identifying, analyzing, and problematizing the different perspectives, agencements, problematic fields and ecologies of practices that articulate around the theme of food in these networks. Materials and Methods: Through the perspectivist method of network analysis, this research seeks to identify topological and temporal perspectives, focusing on clusters and communities in iteration in the light of the framework initially offered by the field of studies in biopolitics and ontogenesis. Expected Results: By taking food as a sociotechnical agencement that connects messmates to the planet, that is, by taking it as a cosmopolitical act, this study aims to contribute with a new way of investigation and a new analytic about human behavior, namely, the ontogenesis, which allows us to highlight different cosmopolitical perspectives on the issues of food and behavior.
Keywords: behavior determination; food practices; ontogenesis; biopolitics; cosmopolitics.
A microfísica do poder supõe que ele é concebido como uma estratégia, e não como uma propriedade.... more A microfísica do poder supõe que ele é concebido como uma estratégia, e não como uma propriedade. Neste sentido, seus efeitos de dominação são atribuídos a disposições, manobras, táticas, técnicas e funcionamentos. Donde, entre os jogos de poder e os estados de dominação, encontram-se as técnicas de governo. Partindo das sugestões de Michel Foucault, esta pesquisa propõe-se a problematizar a Cracolândia como instituição e como questão a partir da análise do projeto Nova Luz, desenvolvido pela Prefeitura Municipal de São Paulo. Ao questioná-la pela sua positividade e ao preocupar-me com suas procedências e baixos começos, Política e extermínio: sob(re) a Luz situa-se num eixo prática discursiva-enfrentamento de poder e esforça-se por evidenciar, por meio de análises táticas e estratégicas, para que o Nova Luz serve, que funcionamento garante, a que estratégias responde, como engendra novas relações de poder e quais são seus objetivos e funções estratégicas. Funções estas ligadas principalmente à gestão de uma população infame e à tentativa de sua normalização ou, no limite, de seu extermínio. De maneira que, entre a governamentalização da vida e a medicalização e normalização do espaço e da vida social, o racismo e a prática do matar reatualizam-se e reconfiguram-se evidenciando um deslocamento de uma nosopolítica para uma política de extermínio em campos de concentração a céu aberto, que redimensionam a gestão estratégica de populações na sociedade de controle.
A partir de uma escritura cartográfica, Máquina Crack mostra jogos de poder e forças em luta no c... more A partir de uma escritura cartográfica, Máquina Crack mostra jogos de poder e forças em luta no campo da cracolândia, evidenciando não só batalhas, engrenagens e arranjos específicos situados em redes de lugares estratégicos, mas também deslocamentos, sinuosidades, transversais, rastros, sulcos e limiares que atravessam todo a questão da cracolândia e que colocam a nossa política em questão. Ao mostrar a profusão de ações inócuas na área, trata esta questão indo além das discussões acerca de processos de higienização e do fenômeno da especulação imobiliária, evidenciando uma outra dimensão do Estado e da política e demonstrando toda uma máquina que vive da exclusão, da especulação, da imolação e da segurança e que cada vez mais potencializa lucrativos negócios que vão da guerra às drogas ao humanitarismo. Em um outro movimento, expõe a problemática da gestão de populações irrecuperáveis, extrapolando o espaço da cracolândia e a discussão em torno do crack e problematizando a questão da gestão estratégica de populações, mais precisamente da contenção e do controle de populações indesejáveis por meio de tecnologias que propiciam a administração e a gestão de riscos. Mostra também como estas populações ingovernáveis têm sido, juntamente com a formação de um novo mercado de drogas, o principal efeito das políticas de austeridade que tem tomado o globo, colocando em xeque nosso modelo de sociedade e nossa racionalidade política, relacionada ao modo com que o poder esforçou-se para gerir populações desde o aparecimento do biopoder. Dando um passo para além de uma análise estritamente biopolítica, reinscreve o fazer morrer e o deixar morrer no marco das tecnologias de poder, evidenciando como a morte tornou-se um mecanismo normal de governo, inserido-se em um projeto político-militar de guerra às drogas e sendo uma estratégia privilegiada que permite a criação de uma tensão singular entre fazer viver, fazer morrer e deixar morrer.
Abstract: Based on a cartographic writing, Crack Machine shows the games of power and the struggling forces within the cracolandia field, pointing out not only the battles, the gears and specific arrangements placed on networks of strategic places, but also dislocations, sinuosity, transversals, tracks, ruts and thresholds that cross the whole cracolandia issue and question our politics. By showing the profusion of useless actions in that area this dissertation treats this matter reaching beyond the discussions about hygienization process and the real estate speculation, pointing out another dimension of the State and the politics and demonstrating a machine that lives off exclusion, speculation, immolation, safety and potentializing more and more lucrative businesses that go from wars against drugs to humanitarianism. In another movement, it exposes the matter of irrecoverable population management, extrapolating the cracolandia space and the discussion about crack cocaine and the control of the undesirable population through technologies that provide administration and risk management. It also shows how these ungovernable populations have been, also with the formation of a new drug market, the main effect of the austerity politics that have taken the globe, questioning our model of society and our political rationality related to the way power has struggled to manage populations since the appearance of the biopower. Taking a step forward from a strictly biopolitical analysis, rewriting the to make die and to let die in the mark of power technologies, pointing out how death became a normal governmental mechanism, inserted in a military-political project of war on drugs and being a privileged strategy that allows the creation of a tension between to make live, to make die and to let die.
Books by Alexis Milonopoulos
Anais do IX Simpósio Discente da Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2023
O IX Simpósio Discente da Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da Universidad... more O IX Simpósio Discente da Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IX SIMCOL) ocorreu entre os dias 6 e 7 de dezembro de 2021 e, devido à pandemia de COVID-19, foi realizado virtualmente. Com este cenário em vista, impactados por ele em nossas vidas cotidianas, definimos como o tema do SIMCOL 2021 “O SUS e a Saúde Coletiva em tempos de Covid: o que nos ensina a experiência da pandemia?”. Foi essa questão que buscamos explorar, criando condições diversas para pensarmos sobre tais ensinamentos e experiências, e nos perguntando: Como o SUS respondeu a essa crise? Em que aspectos foi bem-sucedido e onde falhou? Que perspectivas se colocam para seu futuro a partir da situação crítica que vem atravessando? Nessa mesma direção, sabendo que a Saúde Coletiva também se viu diante de uma situação desafiadora, tanto do ponto de vista sanitário quanto político, o simpósio buscou, ainda, cultivar reflexões acerca da própria Saúde Coletiva como campo e movimento, questionando: Como se redefinem seus compromissos
acadêmicos, técnicos e políticos nesse cenário? Quais os caminhos possíveis para essa re/construção? Que sujeitos e instâncias, institucionalizadas ou não, guardam potências para realizá-la?
Questionamentos e perguntas essas que emergem, vale dizer, no próprio sentido de honrar a força instituinte e o compromisso da Saúde Coletiva com a produção de conhecimentos e práticas de saúde/s orientadas por valores emancipatórios, fortemente instruídos pelo horizonte da promoção, produção e proteção de direitos humanos e de justiça social. Compõem este volume os trabalhos de Comunicação Curta que articularam e buscaram reagir aos questionamentos mencionados anteriormente, refletindo o acontecimento pandêmico e o fazer (da/s) saúde/s no Brasil. Esses trabalhos, organizados em suas respectivas sessões, estão acessíveis também nos links
disponíveis em cada capítulo e no canal do SIMCOL no YouTube (www.youtube.com/simcolusp).
Pensado também como um modo de enfrentar e problematizar o cenário de enormes retrocessos nas políticas sociais, de comprometimento dos canais de
participação democrática e de importante esgarçamento do tecido social no país, o IX SIMCOL buscou ofertar, enfim, não só um espaço que contribui com a vida acadêmica e a formação dos discentes do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da FMUSP, como também um espaço onde pudemos efetivamente valorizar nossas práticas e pensamentos, cultivando nossas ideias, experiências e saúdes coletivas.
Anais do VIII Simpósio Discente da Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2020
O VIII Simpósio Discente da Pós-Graduação em Saúde Coletiva (VIII SIMCOL) da Faculdade de Medicin... more O VIII Simpósio Discente da Pós-Graduação em Saúde Coletiva (VIII SIMCOL) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo ocorreu nos dias 2, 3 e 4 de dezembro de 2020. Nos anos anteriores, o evento era denominado Simpósio dos pós-graduandos em Medicina Preventiva (SIMPREV), porém, com a mudança do nome do programa de pós-graduação de Medicina Preventiva para Saúde Coletiva, optou-se pela mudança no nome do simpósio. Pela primeira vez foi realizado virtualmente devido ao contexto da pandemia de COVID-19, contando com mais de 2000 acessos no canal do YouTube (https://www.youtube.com/@SIMCOLUSP) durante todo o evento. Com o tema “Saúde Coletiva: diálogos agudos, paradigmas crônicos”, o evento buscou discutir este campo de teoria e prática no contexto atual, possibilitando um intenso debate sobre a Saúde Coletiva, o que incluiu o retorno à história e às bases constitutivas do campo, um panorama dos problemas proeminentes e os desafios por vir.
Obra apresentada no Simpósio Discente da Pós-Graduação em Saúde Coletiva da FMUSP (SIMCOL - 2020)... more Obra apresentada no Simpósio Discente da Pós-Graduação em Saúde Coletiva da FMUSP (SIMCOL - 2020), na modalidade "Apresentação de Comunicação Oral Curta".
Objetivos: A partir da composição com pensamentos orientados pelo processo e a aliança com ontologias relacionais e cosmologias indígenas, este trabalho propõe um deslocamento nos conceitos de “coletivo” e de “humano”, e explora as implicações [est]ético-[cosmo]políticas que tais eco-lógicas podem nutrir seja no entendimento, seja na formulação de problemas caros ao campo da Saúde Coletiva, em especial os problemas da determinação do comportamento e da humanização da saúde.
Resultados esperados: Contribuir com ingredientes para investigações acerca dos problemas do comportamento humano e da humanização da saúde para além de distinções entre indivíduo e sociedade, entre corpo e mundo ou entre parte e todo, no próprio sentido de problematizar paradigmas crônicos e de cultivar diálogos agudos, temática que atravessou o SIMCOL 2020.
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Fala enquanto (i)mediador na sessão especial "Narrativas da pandemia: o processo de criação do do... more Fala enquanto (i)mediador na sessão especial "Narrativas da pandemia: o processo de criação do documentário 'Quando falta o ar'" (2022), que contou com Helena Petta (diretora, juntamente com Ana Petta, do documentário) e Ricardo Rodrigues Teixeira, e integrou a programação do IX Simpósio Discente da Pós-graduação em Saúde Coletiva FMUSP (2021).
Original disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=DccqGY80YMY&t=2253s.
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Ensaio apresentado na Sessão de Trabalhos "Repensando práticas, conceitos e políticas na atenção ... more Ensaio apresentado na Sessão de Trabalhos "Repensando práticas, conceitos e políticas na atenção à saúde" durante o IX Simpósio Discente da Pós-graduação em Saúde Coletiva FMUSP. O vídeo completo encontra-se em https://www.youtube.com/watch?v=I33X0hRQIgo&t=1s.
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Trabalho em parceria com Ricardo Rodrigues Teixeira e Fábio Malini apresentado na Sessão de Traba... more Trabalho em parceria com Ricardo Rodrigues Teixeira e Fábio Malini apresentado na Sessão de Trabalhos "Estudos sobre alimentação na Saúde Coletiva: múltiplas perspectivas" durante o X Simpósio Discente da Pós-graduação em Saúde Coletiva FMUSP (2022). O vídeo completo encontra-se em https://www.youtube.com/watch?v=lio1EOyalc8.
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SciELO (SciELO Preprints), May 20, 2024
Milonopoulos A. Potências da fome, potências da vida: uma cartografia das práticas alimentares ex... more Milonopoulos A. Potências da fome, potências da vida: uma cartografia das práticas alimentares expressas no Instagram [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2022. Perguntando “o que mais nossas fomes, apetites, comeres e saúdes podem (ser)?”, essa pesquisa oferta uma cartografia das práticas alimentares expressas na rede social Instagram a fim de mapear, identificar, explorar e analisar as distintas perspectivas, campos problemáticos e ecologias de práticas que se articulam ao redor do tema da “alimentação” nessa rede. Somando-se a isso, essa investigação oferta também ingredientes para re/pensarmos, em meio a esses diferentes pontos de vista, cosmovisões e cosmopolíticas acerca da temática da alimentação, nossos entendimentos sobre aquilo que nutre nossas fomes, apetites, saúdes, desejos e comeres, suas relações e implicações com e na Terra e no cosmos. Suas expressões, expressividades, percepções, sensações, intenções e intensidades, bem como o próprio modo como formulamos tais problemas e como colocamos o problema do comportamento. Seus objetivos são, assim, de re/pensar nossos entendimentos acerca das problemáticas do comportamento e da alimentação, e o próprio modo como as formulamos, tanto quanto de ofertar uma cartografia das práticas alimentares expressas na rede social Instagram a fim de evidenciar e analisar diferentes pontos de vista, cosmovisões e cosmopolíticas acerca de tais problemáticas. A pesquisa se deu na composição entre o método perspectivista de análise de redes sociais, o big data, a Ciência de Dados e a Teoria dos Grafos, trabalhando sobre clusters-agrupamentoscosmovisões em interação em um banco de dados produzido a partir da hash/tag “alimentação” e suas variações no Instagram. Assim como pelo diálogo e pelo pensar com diferentes cosmologias, práticas e modos da experiência-pensamento, como as cosmologias indígenas, a cosmologia do processo e as práticas estético-somáticosensíveis das artes, nutrindo uma perspectiva transdisciplinar, processual, potencial, relacional, transindividual, transsituacional, multinatural, multiversal, ontogenética e cosmopolítica. Perspectiva essa que, juntamente aos resultados de nossa investigação, permite notarmos como os problemas do comportamento e da alimentação são colocados, sobretudo, a partir de um modo de vi/ver a vida que, centrado na figura do sujeito, sua interioridade, agência, volição, intencionalidade, vontade, consciência e identidade, alimenta ecologias de práticas que, em seu antropocentrismo, eclipsam as dimensões cosmopolíticas e ontogenéticas que atravessam tais problemas e nossas saúdes. O que nos conecta, finalmente, à nossa pergunta inicial e à proposição de ofertarmos ingredientes para nutrir esse “o que mais” e para alimentar outras cosmopolíticas das saúdes, fomes, apetites, comeres e ter(r)apêuticas. Palavras-chave: Alimentos, dieta e nutrição. Comportamento. Rede Social. Biopolítica. Cosmopolítica. Ontogênese.
Abstract Milonopoulos A. Powers of hunger, powers of life: a cartography of the food practices expressed on Instagram [thesis]. São Paulo: “Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo”; 2022. Asking “what else our hungers, appetites, eatings and healths can (be)?”, this research offers a cartography of the food practices expressed on the social network Instagram in order to map, identify, explore and analyze the different perspectives, problematic fields and ecologies of practices that are articulated around the theme of “food” in this network. In addition to that, this investigation also offers ingredients for us to re/think, with/in these different points of view, cosmovisions and cosmopolitics on the subject of food, our understandings about what nourishes our hungers, appetites, healths, desires and eatings, its relations and implications with/in the Earth and in the cosmos. Their expressions, expressivities, perceptions, sensations, intentions and intensities, as well as the very way in which we formulate such problems and how we pose the problem of behavior. Its objectives are, therefore, to re/think our understandings about the problems of behavior and food, and the very way in which we formulate them, as well as to offer a cartography of the food practices expressed in the social network Instagram in order to highlight and analyze different points of view, cosmovisions and cosmopolitics about such problems. The research took place in the composition between the perspectivist method of social networks analysis, big data, Data Science and Graph Theory, working on clustersgroupings-cosmovisions in interaction in a database produced from the hash/tag “food” and its variations on Instagram. As well as through the dialogue and the thinking with different cosmologies, practices and modes of thought-experience, such as indigenous cosmologies, the process cosmology and the somatic-aesthetic-sens(itiv)e practices of the arts, nurturing a transdisciplinary, processual, potential, relational, transindividual, transsituational, multinatural, multiversal, ontogenetic and cosmopolitical perspective. Perspective which, together with the results of our investigation, allows us to notice how the problems of behavior and food are posed, above all, from a way of living/seeing life that, centered on the figure of the subject, his interiority, agency, volition, intentionality, will, conscience and identity, feed ecologies of practices that, in their anthropocentrism, eclipse the cosmopolitical and ontogenetic dimensions that cross those problems and our healths. Which finally connects us to our initial question and the proposition of offering ingredients to nourish this “what else” and to feed other cosmopolitics of healths, hungers, appetites, eatings and ter(r)apeutics. Keywords: Food, diet and nutrition. Behavior. Social network. Biopolitics. Cosmopolitics. Ontogenesis.
Art + Australia, 2021
As in Amerindian cosmologies, cannibal metaphysics are lurking at every encounter. The visible sh... more As in Amerindian cosmologies, cannibal metaphysics are lurking at every encounter. The visible shape of a body may be deceptive and a human appearance may be concealing an animal-affect. Moving from there and from the perspectival relation in which nature is the form of the third person, this piece builds itself around the similarity of the sounds of the impersonal pronoun ‘it’ (the form of the other in multinaturalism) and the verb ‘eat’ (whose phonetic transcription in
Australian spelling is precisely ‘it’). It also approaches the transversality between eating, multinaturalism and otherness by juggling with the exchangeability of these terms around the relational pointer it and by following the multinaturalist idea that the origins of perspectival differences depend not on self-perception but on the gaze of the other, so that this piece is undeniably about eating and the cosmopolitics of becoming related to it, but only by virtue of it being about the cosmopolitics of becoming related to multinaturalism, as well as the cosmopolitics of becoming related to otherness. In this same sense, it experiments with immediated perspectives that are, as Amerindian perspectivism teaches us, exchangeable within multiple relational-positional constellations, which is to say that every perspectival (pro)position seeds the transformation of the piece from its own deictic position, so that the very encounter with the piece’s mobile shape and its multiple beginnings feeds the potential relationality of a form-in-the-making that enacts multiple ways of unmediated exchange, akin to Amazonian cannibalism. Where does it begin? Where does it end?
In the middle, in the condition(al)s, ‘in Amazonia and elsewhere’.
Aurora: revista de arte, mídia e política, São Paulo, v.6, n.18, p. 77-84, out.2013-jan.2014, 2013
Composição-escrita na qual se agenciam ideias e escritos vários sobre John Cage, problematizando ... more Composição-escrita na qual se agenciam ideias e escritos vários sobre John Cage, problematizando as implicações éticas, estéticas e políticas de sua obra a partir de conexões livres, de movimentos, de respiros, de justaposições e de quebras, movimentos próprios a um escrito de sonoridades.
Abstract: Written-composition which consists of an assemblage of ideas and writings about John Cage, setting problems regarding ethical, aesthetical and political implications of Cage's work from free connections, movements, breathings, juxtapositions, and breaks, which are particular movements of sonority writing.
Inflexions , 2019
As Gilles Deleuze states in "Bergsonism", a problem always has the solution it deserves in terms ... more As Gilles Deleuze states in "Bergsonism", a problem always has the solution it deserves in terms of the way in which it is stated. By following this idea and by experimenting with the inventiveness of the thresholds in-between art, philosophy, politics, anthropology, schizoanalysis and agroecology, this composition aims to offer, from a research-creation perspective, new ingredients in order to cook and taste different possibilities regarding the work on the problems of food consumption and food production, which allow us to cultivate a minor understanding of hunger and appetite that lurks the nutritional-biomedical loop, and that not just nourish a fabulation about what else they could be, but also feeds a thinking-moving towards a politics of immediation.
Milonopoulos A. Potências da fome, potências da vida: uma cartografia das práticas alimentares ex... more Milonopoulos A. Potências da fome, potências da vida: uma cartografia das práticas alimentares expressas no Instagram [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2022.
Perguntando “o que mais nossas fomes, apetites, comeres e saúdes podem (ser)?”, essa pesquisa oferta uma cartografia das práticas alimentares expressas na rede social Instagram a fim de mapear, identificar, explorar e analisar as distintas perspectivas, campos problemáticos e ecologias de práticas que se articulam ao redor do tema da “alimentação” nessa rede. Somando-se a isso, essa investigação oferta também ingredientes para re/pensarmos, em meio a esses diferentes pontos de vista, cosmovisões e cosmopolíticas acerca da temática da alimentação, nossos entendimentos sobre aquilo que nutre nossas fomes, apetites, saúdes, desejos e comeres, suas relações e implicações com e na Terra e no cosmos. Suas expressões, expressividades, percepções, sensações, intenções e intensidades, bem como o próprio modo como formulamos tais problemas e como colocamos o problema do comportamento. Seus objetivos são, assim, de re/pensar nossos entendimentos acerca das problemáticas do comportamento e da alimentação, e o próprio modo como as formulamos, tanto quanto de ofertar uma cartografia das práticas alimentares expressas na rede social Instagram a fim de evidenciar e analisar diferentes pontos de vista, cosmovisões e cosmopolíticas acerca de tais problemáticas. A pesquisa se deu na composição entre o método perspectivista de análise de redes sociais, o big data, a Ciência de Dados e a Teoria dos Grafos, trabalhando sobre clusters-agrupamentoscosmovisões em interação em um banco de dados produzido a partir da hash/tag “alimentação” e suas variações no Instagram. Assim como pelo diálogo e pelo pensar com diferentes cosmologias, práticas e modos da experiência-pensamento, como as cosmologias indígenas, a cosmologia do processo e as práticas estético-somáticosensíveis das artes, nutrindo uma perspectiva transdisciplinar, processual, potencial, relacional, transindividual, transsituacional, multinatural, multiversal, ontogenética e cosmopolítica. Perspectiva essa que, juntamente aos resultados de nossa investigação, permite notarmos como os problemas do comportamento e da alimentação são colocados, sobretudo, a partir de um modo de vi/ver a vida que, centrado na figura do sujeito, sua interioridade, agência, volição, intencionalidade, vontade, consciência e identidade, alimenta ecologias de práticas que, em seu antropocentrismo, eclipsam as dimensões cosmopolíticas e ontogenéticas que atravessam tais problemas e nossas saúdes. O que nos conecta, finalmente, à nossa pergunta inicial e à proposição de ofertarmos ingredientes para nutrir esse “o que mais” e para alimentar outras cosmopolíticas das saúdes, fomes, apetites, comeres e ter(r)apêuticas.
Palavras-chave: Alimentos, dieta e nutrição. Comportamento. Rede Social. Biopolítica. Cosmopolítica. Ontogênese.
Milonopoulos A. Powers of hunger, powers of life: a cartography of the food practices expressed on Instagram [thesis]. São Paulo: “Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo”; 2022.
Asking “what else our hungers, appetites, eatings and healths can (be)?”, this research offers a cartography of the food practices expressed on the social network Instagram in order to map, identify, explore and analyze the different perspectives, problematic fields and ecologies of practices that are articulated around the theme of “food” in this network. In addition to that, this investigation also offers ingredients for us to re/think, with/in these different points of view, cosmovisions and cosmopolitics on the subject of food, our understandings about what nourishes our hungers, appetites, healths, desires and eatings, its relations and implications with/in the Earth and in the cosmos. Their expressions, expressivities, perceptions, sensations, intentions and intensities, as well as the very way in which we formulate such problems and how we pose the problem of behavior. Its objectives are, therefore, to re/think our understandings about the problems of behavior and food, and the very way in which we formulate them, as well as to offer a cartography of the food practices expressed in the social network Instagram in order to highlight and analyze different points of view, cosmovisions and cosmopolitics about such problems. The research took place in the composition between the perspectivist method of social networks analysis, big data, Data Science and Graph Theory, working on clustersgroupings-cosmovisions in interaction in a database produced from the hash/tag “food” and its variations on Instagram. As well as through the dialogue and the thinking with different cosmologies, practices and modes of thought-experience, such as indigenous cosmologies, the process cosmology and the somatic-aesthetic-sens(itiv)e practices of the arts, nurturing a transdisciplinary, processual, potential, relational, transindividual, transsituational, multinatural, multiversal, ontogenetic and cosmopolitical perspective. Perspective which, together with the results of our investigation, allows us to notice how the problems of behavior and food are posed, above all, from a way of living/seeing life that, centered on the figure of the subject, his interiority, agency, volition, intentionality, will, conscience and identity, feed ecologies of practices that, in their anthropocentrism, eclipse the cosmopolitical and ontogenetic dimensions that cross those problems and our healths. Which finally connects us to our initial question and the proposition of offering ingredients to nourish this “what else” and to feed other cosmopolitics of healths, hungers, appetites, eatings and ter(r)apeutics.
Keywords: Food, diet and nutrition. Behavior. Social network. Biopolitics. Cosmopolitics. Ontogenesis.
Potências da fome, potências da vida: uma cartografia das práticas alimentares expressas no Instagram, 2022
Milonopoulos A. Powers of hunger, powers of life: a cartography of the food practices expressed o... more Milonopoulos A. Powers of hunger, powers of life: a cartography of the food practices expressed on Instagram [thesis]. São Paulo: “Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo”; 2022.
Asking “what else our hungers, appetites, eatings and healths can (be)?”, this research offers a cartography of the food practices expressed on the social network Instagram in order to map, identify, explore and analyze the different perspectives, problematic fields and ecologies of practices that are articulated around the theme of “food” in this network. In addition to that, this investigation also offers ingredients for us to re/think, with/in these different points of view, cosmovisions and cosmopolitics on the subject of food, our understandings about what nourishes our hungers, appetites, healths, desires and eatings, its relations and implications with/in the Earth and in the cosmos. Their expressions, expressivities, perceptions, sensations, intentions and intensities, as well as the very way in which we formulate such problems and how we pose the problem of behavior. Its objectives are, therefore, to re/think our understandings about the problems of behavior and food, and the very way in which we formulate them, as well as to offer a cartography of the food practices expressed in the social network Instagram in order to highlight and analyze different points of view, cosmovisions and cosmopolitics about such problems. The research took place in the composition between the perspectivist method of social networks analysis, big data, Data Science and Graph Theory, working on clusters-groupings-cosmovisions in interaction in a database produced from the hash/tag “food” and its variations on Instagram. As well as through the dialogue and the thinking with different cosmologies, practices and modes of thought-experience, such as indigenous cosmologies, the process cosmology and the somatic-aesthetic-sens(itiv)e practices of the arts, nurturing a transdisciplinary, processual, potential, relational, transindividual, transsituational, multinatural, multiversal, ontogenetic and cosmopolitical perspective. Perspective which, together with the results of our investigation, allows us to notice how the problems of behavior and food are posed, above all, from a way of living/seeing life that, centered on the figure of the subject, his interiority, agency, volition, intentionality, will, conscience and identity, feed ecologies of practices that, in their anthropocentrism, eclipse the cosmopolitical and ontogenetic dimensions that cross those problems and our healths. Which finally connects us to our initial question and the proposition of offering ingredients to nourish this “what else” and to feed other cosmopolitics of healths, hungers, appetites, eatings and ter(r)apeutics.
Keywords: Food, diet and nutrition. Behavior. Social network. Biopolitics. Cosmopolitics. Ontogenesis.
Milonopoulos A. Potências da fome, potências da vida: uma cartografia das práticas alimentares expressas no Instagram [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2022.
Perguntando “o que mais nossas fomes, apetites, comeres e saúdes podem (ser)?”, essa pesquisa oferta uma cartografia das práticas alimentares expressas na rede social Instagram a fim de mapear, identificar, explorar e analisar as distintas perspectivas, campos problemáticos e ecologias de práticas que se articulam ao redor do tema da “alimentação” nessa rede. Somando-se a isso, essa investigação oferta também ingredientes para re/pensarmos, em meio a esses diferentes pontos de vista, cosmovisões e cosmopolíticas acerca da temática da alimentação, nossos entendimentos sobre aquilo que nutre nossas fomes, apetites, saúdes, desejos e comeres, suas relações e implicações com e na Terra e no cosmos. Suas expressões, expressividades, percepções, sensações, intenções e intensidades, bem como o próprio modo como formulamos tais problemas e como colocamos o problema do comportamento. Seus objetivos são, assim, de re/pensar nossos entendimentos acerca das problemáticas do comportamento e da alimentação, e o próprio modo como as formulamos, tanto quanto de ofertar uma cartografia das práticas alimentares expressas na rede social Instagram a fim de evidenciar e analisar diferentes pontos de vista, cosmovisões e cosmopolíticas acerca de tais problemáticas. A pesquisa se deu na composição entre o método perspectivista de análise de redes sociais, o big data, a Ciência de Dados e a Teoria dos Grafos, trabalhando sobre clusters-agrupamentos-cosmovisões em interação em um banco de dados produzido a partir da hash/tag “alimentação” e suas variações no Instagram. Assim como pelo diálogo e pelo pensar com diferentes cosmologias, práticas e modos da experiencia-pensamento, como as cosmologias indígenas, a cosmologia do processo e as práticas estético-somático-sensíveis das artes, nutrindo uma perspectiva transdisciplinar, processual, potencial, relacional, transindividual, transsituacional, multinatural, multiversal, ontogenética e cosmopolítica. Perspectiva essa que, juntamente aos resultados de nossa investigação, permite notarmos como os problemas do comportamento e da alimentação são colocados, sobretudo, a partir de um modo de vi/ver a vida que, centrado na figura do sujeito, sua interioridade, agência, volição, intencionalidade, vontade, consciência e identidade, alimenta ecologias de práticas que, em seu antropocentrismo, eclipsam as dimensões cosmopolíticas e ontogenéticas que atravessam tais problemas e nossas saúdes. O que nos conecta, finalmente, à nossa pergunta inicial e à proposição de ofertarmos ingredientes para nutrir esse “o que mais” e para alimentar outras cosmopolíticas das saúdes, fomes, apetites, comeres e ter(r)apêuticas.
Palavras-chave: Alimentos, dieta e nutrição. Comportamento. Rede Social. Biopolítica. Cosmopolítica. Ontogênese.
Potências da fome, potências da vida: uma cartografia das práticas alimentares expressas nas redes sociais, 2021
Milonopoulos A. Potências da fome, potências da vida: uma cartografia das práticas alimentares ex... more Milonopoulos A. Potências da fome, potências da vida: uma cartografia das práticas alimentares expressas nas redes sociais [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 2021.
Introdução: Perseguindo o problema da conformação das práticas alimentares contemporâneas, este trabalho compõe planos transdisciplinares de investigação e análise, acolhendo as práticas alimentares expressas nas redes sociais Facebook, Instagram e Twitter por meio da produção de uma cartografia destas práticas; ofertando ainda uma perspectiva ontogenética sobre o problema do comportamento, que figura, em meio a inflexões no capitalismo e no próprio entendimento daquilo que causa e determina o comportamento, como um elemento e uma questão central no contexto pós-transição epidemiológica, demográfica e nutricional. Objetivos: Construir uma analítica que permita problematizar nosso entendimento acerca do tema da determinação da conduta e ofertar um outro entendimento da problemática do comportamento a partir de uma perspectiva ontogenética. Bem como produzir uma cartografia das práticas alimentares expressas nas redes sociais Facebook, Instagram e Twitter, mapeando, identificando, analisando e problematizando as distintas perspectivas, agenciamentos, campos problemáticos e ecologias de práticas que se articulam ao redor do tema da alimentação nestas redes. Materiais e Métodos: Por meio do método perspectivista de análise de redes esta pesquisa busca identificar perspectivas topológicas e temporais, debruçando-se sobre clusters ou comunidades em iteração à luz do referencial oferecido inicialmente pelo campo de estudos em biopolítica e ontogênese. Resultados Esperados: Ao tomar a alimentação como um agenciamento sociotécnico que conecta os comensais ao planeta, ou seja, ao tomá-la como um ato cosmopolítico, este estudo visa contribuir com um novo modo de investigação e uma nova analítica sobre o comportamento humano, a saber, a da ontogênese, que nos permite evidenciar diferentes perspectivas cosmopolíticas sobre as problemáticas da alimentação e do comportamento.
Palavras-chave: determinação do comportamento; práticas alimentares; ontogênese; biopolítica; cosmopolítica.
Milonopoulos A. Powers of hunger, powers of life: a cartography of the food practices expressed in social networks [thesis]. São Paulo: “Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo”; 2021.
Introduction: By pursuing the problem of the conformation of contemporary food practices, this work composes transdisciplinary plans of analysis and seeks to welcome the food practices expressed in the social networks Facebook, Instagram and Twitter through the production of a cartography of these practices; it also offers an ontogenetic perspective on the problem of behavior, which figures, amid inflections on capitalism and on the very understanding of what causes and determines human behavior, as a central issue and a central element in the post-epidemiological, demographic and nutritional transition context. Objectives: To construct an analytic that allows both to problematize our understanding of the determination of conducts, and to offer an understanding of the problem of behavior from an ontogenetic perspective. As well as producing a cartography of the food practices expressed in the social networks Facebook, Instagram and Twitter, mapping, identifying, analyzing, and problematizing the different perspectives, agencements, problematic fields and ecologies of practices that articulate around the theme of food in these networks. Materials and Methods: Through the perspectivist method of network analysis, this research seeks to identify topological and temporal perspectives, focusing on clusters and communities in iteration in the light of the framework initially offered by the field of studies in biopolitics and ontogenesis. Expected Results: By taking food as a sociotechnical agencement that connects messmates to the planet, that is, by taking it as a cosmopolitical act, this study aims to contribute with a new way of investigation and a new analytic about human behavior, namely, the ontogenesis, which allows us to highlight different cosmopolitical perspectives on the issues of food and behavior.
Keywords: behavior determination; food practices; ontogenesis; biopolitics; cosmopolitics.
A microfísica do poder supõe que ele é concebido como uma estratégia, e não como uma propriedade.... more A microfísica do poder supõe que ele é concebido como uma estratégia, e não como uma propriedade. Neste sentido, seus efeitos de dominação são atribuídos a disposições, manobras, táticas, técnicas e funcionamentos. Donde, entre os jogos de poder e os estados de dominação, encontram-se as técnicas de governo. Partindo das sugestões de Michel Foucault, esta pesquisa propõe-se a problematizar a Cracolândia como instituição e como questão a partir da análise do projeto Nova Luz, desenvolvido pela Prefeitura Municipal de São Paulo. Ao questioná-la pela sua positividade e ao preocupar-me com suas procedências e baixos começos, Política e extermínio: sob(re) a Luz situa-se num eixo prática discursiva-enfrentamento de poder e esforça-se por evidenciar, por meio de análises táticas e estratégicas, para que o Nova Luz serve, que funcionamento garante, a que estratégias responde, como engendra novas relações de poder e quais são seus objetivos e funções estratégicas. Funções estas ligadas principalmente à gestão de uma população infame e à tentativa de sua normalização ou, no limite, de seu extermínio. De maneira que, entre a governamentalização da vida e a medicalização e normalização do espaço e da vida social, o racismo e a prática do matar reatualizam-se e reconfiguram-se evidenciando um deslocamento de uma nosopolítica para uma política de extermínio em campos de concentração a céu aberto, que redimensionam a gestão estratégica de populações na sociedade de controle.
A partir de uma escritura cartográfica, Máquina Crack mostra jogos de poder e forças em luta no c... more A partir de uma escritura cartográfica, Máquina Crack mostra jogos de poder e forças em luta no campo da cracolândia, evidenciando não só batalhas, engrenagens e arranjos específicos situados em redes de lugares estratégicos, mas também deslocamentos, sinuosidades, transversais, rastros, sulcos e limiares que atravessam todo a questão da cracolândia e que colocam a nossa política em questão. Ao mostrar a profusão de ações inócuas na área, trata esta questão indo além das discussões acerca de processos de higienização e do fenômeno da especulação imobiliária, evidenciando uma outra dimensão do Estado e da política e demonstrando toda uma máquina que vive da exclusão, da especulação, da imolação e da segurança e que cada vez mais potencializa lucrativos negócios que vão da guerra às drogas ao humanitarismo. Em um outro movimento, expõe a problemática da gestão de populações irrecuperáveis, extrapolando o espaço da cracolândia e a discussão em torno do crack e problematizando a questão da gestão estratégica de populações, mais precisamente da contenção e do controle de populações indesejáveis por meio de tecnologias que propiciam a administração e a gestão de riscos. Mostra também como estas populações ingovernáveis têm sido, juntamente com a formação de um novo mercado de drogas, o principal efeito das políticas de austeridade que tem tomado o globo, colocando em xeque nosso modelo de sociedade e nossa racionalidade política, relacionada ao modo com que o poder esforçou-se para gerir populações desde o aparecimento do biopoder. Dando um passo para além de uma análise estritamente biopolítica, reinscreve o fazer morrer e o deixar morrer no marco das tecnologias de poder, evidenciando como a morte tornou-se um mecanismo normal de governo, inserido-se em um projeto político-militar de guerra às drogas e sendo uma estratégia privilegiada que permite a criação de uma tensão singular entre fazer viver, fazer morrer e deixar morrer.
Abstract: Based on a cartographic writing, Crack Machine shows the games of power and the struggling forces within the cracolandia field, pointing out not only the battles, the gears and specific arrangements placed on networks of strategic places, but also dislocations, sinuosity, transversals, tracks, ruts and thresholds that cross the whole cracolandia issue and question our politics. By showing the profusion of useless actions in that area this dissertation treats this matter reaching beyond the discussions about hygienization process and the real estate speculation, pointing out another dimension of the State and the politics and demonstrating a machine that lives off exclusion, speculation, immolation, safety and potentializing more and more lucrative businesses that go from wars against drugs to humanitarianism. In another movement, it exposes the matter of irrecoverable population management, extrapolating the cracolandia space and the discussion about crack cocaine and the control of the undesirable population through technologies that provide administration and risk management. It also shows how these ungovernable populations have been, also with the formation of a new drug market, the main effect of the austerity politics that have taken the globe, questioning our model of society and our political rationality related to the way power has struggled to manage populations since the appearance of the biopower. Taking a step forward from a strictly biopolitical analysis, rewriting the to make die and to let die in the mark of power technologies, pointing out how death became a normal governmental mechanism, inserted in a military-political project of war on drugs and being a privileged strategy that allows the creation of a tension between to make live, to make die and to let die.
Anais do IX Simpósio Discente da Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2023
O IX Simpósio Discente da Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da Universidad... more O IX Simpósio Discente da Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IX SIMCOL) ocorreu entre os dias 6 e 7 de dezembro de 2021 e, devido à pandemia de COVID-19, foi realizado virtualmente. Com este cenário em vista, impactados por ele em nossas vidas cotidianas, definimos como o tema do SIMCOL 2021 “O SUS e a Saúde Coletiva em tempos de Covid: o que nos ensina a experiência da pandemia?”. Foi essa questão que buscamos explorar, criando condições diversas para pensarmos sobre tais ensinamentos e experiências, e nos perguntando: Como o SUS respondeu a essa crise? Em que aspectos foi bem-sucedido e onde falhou? Que perspectivas se colocam para seu futuro a partir da situação crítica que vem atravessando? Nessa mesma direção, sabendo que a Saúde Coletiva também se viu diante de uma situação desafiadora, tanto do ponto de vista sanitário quanto político, o simpósio buscou, ainda, cultivar reflexões acerca da própria Saúde Coletiva como campo e movimento, questionando: Como se redefinem seus compromissos
acadêmicos, técnicos e políticos nesse cenário? Quais os caminhos possíveis para essa re/construção? Que sujeitos e instâncias, institucionalizadas ou não, guardam potências para realizá-la?
Questionamentos e perguntas essas que emergem, vale dizer, no próprio sentido de honrar a força instituinte e o compromisso da Saúde Coletiva com a produção de conhecimentos e práticas de saúde/s orientadas por valores emancipatórios, fortemente instruídos pelo horizonte da promoção, produção e proteção de direitos humanos e de justiça social. Compõem este volume os trabalhos de Comunicação Curta que articularam e buscaram reagir aos questionamentos mencionados anteriormente, refletindo o acontecimento pandêmico e o fazer (da/s) saúde/s no Brasil. Esses trabalhos, organizados em suas respectivas sessões, estão acessíveis também nos links
disponíveis em cada capítulo e no canal do SIMCOL no YouTube (www.youtube.com/simcolusp).
Pensado também como um modo de enfrentar e problematizar o cenário de enormes retrocessos nas políticas sociais, de comprometimento dos canais de
participação democrática e de importante esgarçamento do tecido social no país, o IX SIMCOL buscou ofertar, enfim, não só um espaço que contribui com a vida acadêmica e a formação dos discentes do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da FMUSP, como também um espaço onde pudemos efetivamente valorizar nossas práticas e pensamentos, cultivando nossas ideias, experiências e saúdes coletivas.
Anais do VIII Simpósio Discente da Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2020
O VIII Simpósio Discente da Pós-Graduação em Saúde Coletiva (VIII SIMCOL) da Faculdade de Medicin... more O VIII Simpósio Discente da Pós-Graduação em Saúde Coletiva (VIII SIMCOL) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo ocorreu nos dias 2, 3 e 4 de dezembro de 2020. Nos anos anteriores, o evento era denominado Simpósio dos pós-graduandos em Medicina Preventiva (SIMPREV), porém, com a mudança do nome do programa de pós-graduação de Medicina Preventiva para Saúde Coletiva, optou-se pela mudança no nome do simpósio. Pela primeira vez foi realizado virtualmente devido ao contexto da pandemia de COVID-19, contando com mais de 2000 acessos no canal do YouTube (https://www.youtube.com/@SIMCOLUSP) durante todo o evento. Com o tema “Saúde Coletiva: diálogos agudos, paradigmas crônicos”, o evento buscou discutir este campo de teoria e prática no contexto atual, possibilitando um intenso debate sobre a Saúde Coletiva, o que incluiu o retorno à história e às bases constitutivas do campo, um panorama dos problemas proeminentes e os desafios por vir.