Evaniza Rodrigues | Universidade de São Paulo (original) (raw)

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Papers by Evaniza Rodrigues

Research paper thumbnail of Derecho a la ciudad en la agenda de los movimientos populares

Research paper thumbnail of The City Statute of Brazil : a commentary

With their urbanization transition virtually complete, many Latin American cities have been incre... more With their urbanization transition virtually complete, many Latin American cities have been increasingly responding to the challenge of overcoming a legacy of decades of social exclusion. In Brazil, years of pressure by social movements have pushed the issue of urban access and equity to the top of the political and developmental agendas. Confronted with the divisions created by one of the most unequal societies in the world, Brazil´s response was to change the Constitution in order to bring about long-term fundamental reform of the urban dynamic. National and city governments are now responding to the deep social and spatial divisions that characterize Brazilian cities and, indeed, cities of all sizes in many parts of the world. Wealthy neighborhoods benefiting from modern infrastructure, open spaces, cultural and sporting amenities, coexist with marginal settlements and vast slums, with little or no infrastructure, insecure tenure, and with their inhabitants exposed to the disastr...

Research paper thumbnail of Los movimientos populares y el Estatuto de la Ciudad

Con la reanudación del proceso democrático a partir de la década de 1980, la presencia de los mov... more Con la reanudación del proceso democrático a partir de la década de 1980, la presencia de los movimientos de lucha por la vivienda en el escenario de las luchas sociales en Brasil se convirtió en uno de los factores fundamentales para afrentar la cuestión urbana, actuando en el desarrollo de propuestas y de reivindicaciones ante los poderes públicos, en acciones directas y ocupación de inmuebles, en la resistencia a los desalojos y a las restituciones de la tenencia, o como uno de los agentes participantes de los nuevos programas habitacionales.

Research paper thumbnail of Movimentos populares e o Estatuto da Cidade

Com a retomada do processo democrático, a partir da década de 1980, a presença dos movimentos de ... more Com a retomada do processo democrático, a partir da década de 1980, a presença dos movimentos de moradia no cenário das lutas sociais no Brasil tornou-se um dos fatores fundamentais no enfrentamento da questão urbana, atuando no desenvolvimento de propostas e de reivindicações junto ao poder público, em ações diretas de ocupação de imóveis, na resistência a despejos e reintegrações de posse, ou ainda como um dos agentes participantes nos novos programas habitacionais. Hoje, falar de programas ou políticas de habitação eficientes requer, necessariamente, apresentar propostas nas quais a população seja sujeito e tenha papel decisivo na sua definição e implantação. Talvez seja esta a grande conquista desses movimentos, nascidos a partir da base e de necessidades concretas, no bojo do ressurgimento dos movimentos populares no período final da Ditadura. De fato, apesar da repressão aos movimentos populares nos anos de chumbo da Ditadura, os movimentos de moradores de loteamentos irregulares e o Movimento de Defesa dos Favelados (este de caráter nacional) já atuavam desde os meados da década de 1970. Nessa época, em que o Brasil viveu um processo de expansão das periferias acompanhado por sérios problemas urbanos, apareceu uma infinidade de movimentos espontâneos que, com apoio da Igreja Católica, de profissionais e entidades comprometidas ou de outros movimentos populares, se articularam no bairro, na favela e em determinadas regiões das cidades lutando por melhores condições de vida. Grandes e numerosas ocupações de terra nas periferias das metrópoles impulsionaram as organizações que, com o decorrer do tempo, estabeleceram uma articulação entre as reivindicações pontuais e específicas e as agendas mais amplas ligadas ao direito à Cidade. Em nível nacional, a necessidade e o desejo de articular-se surgem à medida que se aprofunda a crítica à política habitacional oficial do governo federal, marcada — na época — pela exclusão das famílias mais pobres e pela dificuldade de acesso aos seus recursos.

Research paper thumbnail of Produção Social da Moradia: desafio da política de habitação

Research paper thumbnail of A estratégia fundiária dos movimentos populares na produção autogestionária da moradia

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With their urbanization transition virtually complete, many Latin American cities have been incre... more With their urbanization transition virtually complete, many Latin American cities have been increasingly responding to the challenge of overcoming a legacy of decades of social exclusion. In Brazil, years of pressure by social movements have pushed the issue of urban access and equity to the top of the political and developmental agendas. Confronted with the divisions created by one of the most unequal societies in the world, Brazil´s response was to change the Constitution in order to bring about long-term fundamental reform of the urban dynamic. National and city governments are now responding to the deep social and spatial divisions that characterize Brazilian cities and, indeed, cities of all sizes in many parts of the world. Wealthy neighborhoods benefiting from modern infrastructure, open spaces, cultural and sporting amenities, coexist with marginal settlements and vast slums, with little or no infrastructure, insecure tenure, and with their inhabitants exposed to the disastr...

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Con la reanudación del proceso democrático a partir de la década de 1980, la presencia de los mov... more Con la reanudación del proceso democrático a partir de la década de 1980, la presencia de los movimientos de lucha por la vivienda en el escenario de las luchas sociales en Brasil se convirtió en uno de los factores fundamentales para afrentar la cuestión urbana, actuando en el desarrollo de propuestas y de reivindicaciones ante los poderes públicos, en acciones directas y ocupación de inmuebles, en la resistencia a los desalojos y a las restituciones de la tenencia, o como uno de los agentes participantes de los nuevos programas habitacionales.

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Com a retomada do processo democrático, a partir da década de 1980, a presença dos movimentos de ... more Com a retomada do processo democrático, a partir da década de 1980, a presença dos movimentos de moradia no cenário das lutas sociais no Brasil tornou-se um dos fatores fundamentais no enfrentamento da questão urbana, atuando no desenvolvimento de propostas e de reivindicações junto ao poder público, em ações diretas de ocupação de imóveis, na resistência a despejos e reintegrações de posse, ou ainda como um dos agentes participantes nos novos programas habitacionais. Hoje, falar de programas ou políticas de habitação eficientes requer, necessariamente, apresentar propostas nas quais a população seja sujeito e tenha papel decisivo na sua definição e implantação. Talvez seja esta a grande conquista desses movimentos, nascidos a partir da base e de necessidades concretas, no bojo do ressurgimento dos movimentos populares no período final da Ditadura. De fato, apesar da repressão aos movimentos populares nos anos de chumbo da Ditadura, os movimentos de moradores de loteamentos irregulares e o Movimento de Defesa dos Favelados (este de caráter nacional) já atuavam desde os meados da década de 1970. Nessa época, em que o Brasil viveu um processo de expansão das periferias acompanhado por sérios problemas urbanos, apareceu uma infinidade de movimentos espontâneos que, com apoio da Igreja Católica, de profissionais e entidades comprometidas ou de outros movimentos populares, se articularam no bairro, na favela e em determinadas regiões das cidades lutando por melhores condições de vida. Grandes e numerosas ocupações de terra nas periferias das metrópoles impulsionaram as organizações que, com o decorrer do tempo, estabeleceram uma articulação entre as reivindicações pontuais e específicas e as agendas mais amplas ligadas ao direito à Cidade. Em nível nacional, a necessidade e o desejo de articular-se surgem à medida que se aprofunda a crítica à política habitacional oficial do governo federal, marcada — na época — pela exclusão das famílias mais pobres e pela dificuldade de acesso aos seus recursos.

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