Gabriel Cabral Bernardo | Universidade de São Paulo (original) (raw)
Papers by Gabriel Cabral Bernardo
La paz: perspectivas antiguas sobre un tema actual, 2020
Ancient Society, 2022
Since at least the beginning of the twentieth century, scholars have conceptualized the ties betw... more Since at least the beginning of the twentieth century, scholars have conceptualized the ties between Sparta and its periocic poleis almost as those shared between a modern capital and other (subordinate) municipalities of a state. However, although Jean Ducat’s work in the last decade has reasonably questioned some of the central foundations of this picture, there is still no update on how the new framework proposed by him affects our understanding of the aforementioned ties. In fact, some of these foundations still base recent studies. In this sense, this paper intends to reassess one of the commonplaces of the topic: the supposedly high degree of control that ancient Spartans exercised over multiple aspects of the perioecic life. To tackle this question this paper considers both literary and archaeological sources, but in the light of Ducat’s conceptualization of Lacedaemon as an ethnic community and not a well-structured “state”. Despite the multiple ideas of harsh state subordination imposed on the perioikoi, it can be argued that during the Classical period their loyalty to Sparta was maintained not by political threats or interventionism, but through the permission of a high degree of autonomy and the building of a common collective identity. Even if it is not possible to exclude the so called “hard power” measures from Spartan-perioikoi relationship, the available sources indicates that these were not the main tools in the Spartan toolbox. Consequently, in the Classical period the Lacedaemonian perioikoi might have experienced a lifestyle closer to those of other known perioikoi, who did not live under strict obedience to central polities.
Poverty in Ancient Greece and Rome: Discourses and Realities, 2022
In the last four decades, studies on poverty in Antiquity have had a significant success in illum... more In the last four decades, studies on poverty in Antiquity have had a significant success in illuminating the lives and experiences of individuals comparatively hard to access from literary sources, usually written by authors who did not consider themselves or were not considered poor. However, a multiplicity of different influences act in each spatial and temporal context, shaping not only the lives and experiences of the poor, but also the discourses surrounding them. The Sparta of the Classical period is one of these contexts, one with specific factors that influenced, in a very particular way, the way those characterized as “poor” acted and interacted with the internal socioeconomic structures of the polis. The goal of the chapter is to evaluate the influence that what was understood as poverty exerted on how citizens followed the model Spartiate way of civic life, which involved, among other things, the constant pursuit of honour (here understood as a type of social capital). This will be done by highlighting how the lack of capital (economic and social) created obstacles that ultimately masked the reproduction of power relations within the Spartiate citizen body. We will see, for instance, that maintaining a “poor” social stratum satisfied goals wealthy citizens – one the most important being the achievement of honour through the control of clients. Such conclusions help us understand not only the interests but also the kind of actions involved in the failure of the polis to mitigate the socioeconomic crisis that almost led to Sparta’s demise in the fourth century BC.
Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, 2022
Pode-se dizer que, desde ao menos a segunda metade do século XIX, a pólis foi a unidade básica de... more Pode-se dizer que, desde ao menos a segunda metade do século XIX, a pólis foi a unidade básica de análise da história da Grécia antiga. Entretanto, em muitos casos é evidente que a tentativa de adequar as pólis gregas a cidades-Estado prototípicas do Estado moderno produziu ressonâncias longevas, que até hoje condicionam nossa compreensão das relações sociopolíticas entre vários grupos que compunham as pólis. Portanto, o objetivo desse artigo é demonstrar como as raízes dessa historiografia baseada na pólis condicionaram uma compreensão errônea da relação entre Esparta e as comunidades periecas da Lacônia e Messênia durante o Período Clássico. Isso será feito por meio da comparação dessa relação com aquela mantida por outras pólis com seus respectivos periecos – mais especificamente Élis e as pólis tessálias. Veremos que, ao invés de um Estado unificado e com funcionamentos análogos aos de sua versão moderna, a soma de Esparta e seus vizinhos compunha uma comunidade politicamente muito menos hierárquica e rígida do que se tende a pensar. Isso, por sua vez, nos permite aproximar Esparta de fenômenos análogos contemporâneos a ela, os mesmos que, apesar das respectivas especificidades, ainda apontam para a inexistência de uma pólis-Estado que englobasse cidadãos de uma cidade central e seus periecos.
Mythos, 2021
Resumo: O comprometimento com o lema "vencer ou morrer" é uma das bases da ideia de que a vida es... more Resumo: O comprometimento com o lema "vencer ou morrer" é uma das bases da ideia de que a vida espartana era militarizada. Contudo, a desonra que teria motivado tal comprometimento não funcionava em episódios coletivos de covardia, o que nos permite questionar se a guerra era realmente o principal motor da vida espartana.
Calíope, 2021
No último século, as obras de Xenofonte passaram por uma série de revisões, dentre elas as relaci... more No último século, as obras de Xenofonte passaram por uma série de revisões, dentre elas as relacionadas à sua visão sobre Esparta. Contudo, enquanto a reavaliação de seus trabalhos históricos e filosóficos revelou um Xenofonte extremamente crítico de instituições e da conduta política espartana, o gênero encomiasta do Agesilau o manteve inexplorado quanto a essa temática. O objetivo desse estudo é mostrar que o encômio não é uma exceção à regra, mas que também contém críticas a Esparta em meio ao conteúdo dos elogios dedicados a Agesilau. Isso é feito pela contextualização desses em meio aos topoi associados a Esparta e aos espartanos durante seu período hegemônico, os mesmos que são denunciados anos a fio por Xenofonte e por outros autores contemporâneos a ele. Argumenta-se que o ateniense não só protege Agesilau desses topoi como também o distancia deles, caracterizando-o como alguém que assume o polo oposto dos comportamentos negativos atribuídos à pólis espartana e seus cidadãos. Dessa forma, é possível não só ver Agesilau como uma contraposição à ideia de que Xenofonte era um laconófilo acrítico, mas também como uma obra cuidadosamente pensada para atingir um objetivo apenas superficialmente simples: compor um elogio de um dos principais responsáveis pelas memórias negativas sobre a hegemonia espartana.
In the last century, Xenophon’s works have undergone a series of revisions, among them those related to his views of Sparta. However, while the reassessment of his historical and philosophical writings revealed an extremely critical Xenophon of Spartan institutions and political conduct, Agesilaus' encomiast genre kept him unexplored on this subject. The purpose of this study is to show that the encomium is not an exception to the rule, but that it also contains criticisms of Sparta amidst the content of the praises dedicated to Agesilaus. This is done by contextualizing these praises among the topoi associated with Sparta and the Spartans during their hegemonic period, the same ones that have been denounced for years by Xenophon and other contemporary authors. It is argued that the Athenian not only protects Agesilaus from these topoi but also distances him from them, characterizing him as someone who takes the opposite pole of the negative behaviours attributed to the Spartan polis and its citizens. In this way, it is possible not only to include Agesilaus in the challenge of
the idea that Xenophon was an uncritical laconophile, but also to see the encomium as something carefully thought out to achieve a goal only superficially simple: to compose a praise on one of the main responsible for the bad memories of the Spartan hegemony.
Romanitas – Revista de Estudos Grecolatinos, 2020
Resumo: A história de Esparta é geralmente dividida entre os Períodos Arcaico e Clássico, caracte... more Resumo: A história de Esparta é geralmente dividida entre os Períodos Arcaico e Clássico, caracterizados, respectivamente, pela abertura a influências externas e pelo posterior bloqueio dessas. Entretanto, uma análise mais cuidadosa da relação entre Esparta e o Oriente Próximo pode mostrar, nesses dois períodos, um continuum e não fases completamente diferentes de uma mesma sociedade. Considerando a cultura material espartana e as evidências literárias dos períodos Arcaico e Clássico, temos um quadro em que Esparta manteve sim alguma inserção nas redes do Mediterrâneo oriental, mas indiretamente, associando-se a cidades ou agentes já bem estabelecidos nessas redes. Nesse sentido, Esparta não mudou completamente de atitude em relação às suas relações "internacionais", mas manteve a mesma lógica de conexão, investindo apenas na conectividade que respondia às suas demandas internas específicas. Abstract: The history of Sparta is usually divided between the Archaic and Classical periods, these characterized, respectively, by openness to external influences and its subsequent blockage. However, a closer analysis of the relationship between Sparta and the Near East may show, in these two periods, a continuum rather than completely different phases of the same society. Considering the Spartan material culture and the literary evidences of the Archaic and Classical periods, we have a picture in which Sparta did maintain some insertion in the Eastern Mediterranean networks, but indirectly, associating itself with cities or agents already well established in these networks. In this sense, Sparta did not completely changed its attitude towards its "international" relations, but maintained the same logic of connection, investing only in the connectivity that responded to its specific internal demands.
Desde La Mirage Spartiate de F. Ollier (1933), os acadêmicos focados na Esparta antiga têm tomado... more Desde La Mirage Spartiate de F. Ollier (1933), os acadêmicos focados na Esparta antiga têm tomado cuidado com as imagens pintadas pelos historiadores sobre a cidade e seus cidadãos. Entretanto, é notável que a obra de Heródoto tenha recebido uma atenção apenas circunstancial nesse quesito. Tentando preencher minimamente tal lacuna, esse artigo analisa como o chamado “Pai da História” constrói a imagem dos reis espartanos, indivíduos-chave na sociedade espartana. Desse modo, podemos notar quais elementos da chamada “miragem espartana” já estão presentes no discurso de Heródoto, algo que, quando articulado ao contexto das Histórias, se mostra uma parte integrante de um de seus debates: qual a melhor politeia, o melhor nomos? Esparta, mesmo representando um termo de comparação, não era tão perfeita quanto se proclamava.
Since F. Ollier’s La Mirage Spartiate (1933), the scholars focused on Ancient Sparta have been taking caution with the images painted by the historians on the city and its citizens. However, it is remarkable that Herodotus’ work has received only a circumstantial attention in this regard. Trying to fill minimally this gap, this paper analyses how the so-called Father of History builds the image of the Spartan kings, key individuals in the Spartan society. In this way, we can note which elements of the so-called “Spartan mirage” are already present in Herodotus’ discourse, something that, when articulated to the context of the Histories, shows itself as an integrant part of one of its debates: which is the best politeia, the best nomos? Sparta, even representing a term of comparison, was not as perfect as it proclaimed itself to be.
Graças a escavações em sítios como Olinto, Priene, Atenas e Delos já se escreveu muito sobre a ca... more Graças a escavações em sítios como Olinto, Priene, Atenas e Delos já se escreveu muito sobre a casa e a vida doméstica no Mundo Grego antigo. Esse conjunto de sítios arqueológicos nos proveu tipos arquitetônicos relativamente regulares, que podem ser encontrados desde a costa oriental do Egeu até a Sicília. Entretanto, essas casas (como quaisquer outras) são produtos de regras e comportamentos específicos, de modo que ao observarmos sociedades regidas por outro conjunto de normas acabaríamos por testemunhar modelos diferentes em atividade. Creio que seja esse o caso de Esparta, onde o cotidiano era ditado por instituições mais semelhantes às de outra região: Creta – e, portanto, assim também seriam suas casas, que fogem completamente do estabelecido " padrão " grego clássico. ABSTRACT: Thanks to excavations at sites like Olynthus, Priene, Athens and Delos much has already been written about the domestic house and life in the ancient Greek World. This set of archaeological sites provided us of relatively uniform architectural types that can be founded form the Aegean oriental coast to Sicily. However, these houses (as any other else) are products of specific rules and behaviors, so when we observe societies guided by another set of norms we end up testifying different models in activity. I believe that this would be the case of Sparta, where the routine was dictated by institutions more resembling to those of another region: Crete – and, therefore, so would be its houses, which do not correspond to the established classical Greek " standard " .
Hoje, em meio ao bairro moderno do Testaccio em Roma, jazem apenas dois vestígios do que seria um... more Hoje, em meio ao bairro moderno do Testaccio em Roma, jazem apenas dois vestígios do que seria um monumento colossal, cujas dimensões e técnicas de construção indicam que o edifício já desempenhou um papel grande importância no funcionamento da cidade antiga. Entretanto, as fontes disponíveis ainda não são suficientes para a identificação definitiva da identidade e função primordial do monumento, apesar de produzirem teorias relevantes. Esse artigo procura comparar as teorias existentes e analisar o debate a respeito do chamado “Porticus Aemilia”, inserindo nele algumas considerações advindas das últimas campanhas de escavação realizadas no local.
Book Reviews by Gabriel Cabral Bernardo
Revista Mundo Antigo em Resenha, 2022
Resenha de Camila Alves Jourdan (2020) Entre monstros e naufrágios: O imaginário grego sobre a mo... more Resenha de Camila Alves Jourdan (2020) Entre monstros e naufrágios: O imaginário grego sobre a morte no mar. São Paulo: Fonte Editorial, 200 p. ISBN: 978-65-87388-67-0. R$20,00
Books by Gabriel Cabral Bernardo
Commanders and Cowards: Honour and Merit in Sparta, 2019
Obra premiada pela CAPES, o livro que o leitor tem em mãos abre horizontes inéditos sobre a Antig... more Obra premiada pela CAPES, o livro que o leitor tem em mãos abre horizontes inéditos sobre a Antiga Grécia e questionamentos importantes para um diálogo com o mundo contemporâneo. Seu objeto de estudo é Esparta, cidade famosa por suas singularidades e sua força militar, cuja História, no entanto, é pouco documentada, escondida por trás de uma verdadeira “miragem” de idealizações antigas e modernas. O autor estuda cuidadosamente as fontes para extrair delas o modo como a ideia de honra estruturava a sociedade dos espartanos, incutindo-lhes, desde a infância, a crença de que todos eram iguais e que apenas o mérito explicava as diferenças gritantes entre os cidadãos. Essa ideologia não apenas tornava a comunidade coesa para os embates externos, mas justificava as hierarquias, as distinções de poder, de riqueza e de posição social. Abrindo um espaço muito rico de reflexões sobre o presente, o livro é também uma crítica à meritocracia contemporânea, que possui seus próprios códigos de honra, mas que se baseia, igualmente, na tentativa de ocultação das bases reais de nossa sociedade. Escrita em linguagem acessível e agradável, destina-se tanto a especialistas como ao público em geral.
Os estudos sobre a Esparta do Período Clássico realizaram avanços significativos nas últimas déca... more Os estudos sobre a Esparta do Período Clássico realizaram avanços significativos nas últimas décadas, inclusive no sentido de analisar o efeito que construções historiográficas de autores contemporâneos a ela possuem no modo como a vemos hoje. Entretanto, uma caracterização recorrente dos espartanos não recebeu a devida atenção até o momento me refiro, mais especificamente, à descrição do coletivo espartano como philótimos, "amante da honra". O objetivo dessa dissertação é justamente questionar tal caracterização, de modo a revelar, no sistema social espartano (aquele observável por meio das fontes), um possível fundo histórico para tal ou identificar as razões pelas quais ele é assim descrito a partir do século IV a.C. Isso é aqui realizado por meio de uma análise abrangente da influência não só da honra, mas também de todos os outros elementos relacionados a ela (vergonha, reputação, desonra etc.) no sistema social da Esparta do século IV a.C., desde a concepção à morte de um espartano. Descobriu-se que, apesar de o que sabemos sobre o sistema social espartano dar indícios de que a honra e a busca ela eram usadas como ferramentas para manter um status quo nada igualitário (algo funcional apenas quando associado à uma fachada meritocrática), a descrição dos espartanos como philótimoi serve a objetivos políticos específicos do século IV a.C., mais especificamente como crítica da hegemonia espartana e como justificativa de seu desmantelamento. Tais conclusões, assim como os argumentos que as baseiam, servem não só para compreendermos uma tática discursiva específica do século IV a.C., mas também as armadilhas do sistema da honra, especificamente como sua construção meritocrática usa o valor social de um indivíduo (i.e. honra) para manter um grupo específico no monopólio de certos privilégios, isso com total aceitação dos indivíduos deles excluídos. Tal sistema existia na Esparta do Período Clássico, com o mesmo discurso frequentemente ressuscitado em diversos contextos contemporâneos.
The studies on Classical Sparta have made significant progress in recent decades, including in the sense of analyzing the effect that historiographical constructions of its contemporary authors have on the way we view it today. However, a recurring characterization of the Spartans has not received the proper attention so far I refer, more specifically, to the description of the Spartan collective as philótimos, "lover of honor." The purpose of this dissertation is precisely to question this characterization, revealing, in the Spartan social system (that observable through the sources), a historical background for this or to identify the reasons why it is described likewise from the fourth century BC onwards. This is done here through a comprehensive analysis of the influence that not only honour, but also all other elements related to it (shame, reputation, dishonour, etc.) had in the social system of fourth century Sparta, from the conceiving to the death of a Spartan. It has been found that, on the one hand, what we know about the Spartan social system indicates that honor and the crave for it were tools used to maintain an unequal status quo (something functional only when associated with a meritocratic façade), but on the other hand the description of the Spartans as philótimoi served specific political goals of the fourth century BC, specifically as a criticism of Spartan hegemony and as a justification for its dismantling. These conclusions, as well as their basing arguments, serve not only to understand a specific discursive tactic of the fourth century BC, but also the pitfalls of the honor system, specially how its meritocratic form uses the individual's social value (i.e. honor) to maintain a specific group in the monopoly of certain privileges, this with the full acceptance of the excluded individuals. This system existed in Classical Sparta, with the same discourse often resurrected in several contemporary contexts.
Lives e Programas by Gabriel Cabral Bernardo
Sparta Live!, 2023
The study of the relationship between classical Sparta and the regions under its direct influence... more The study of the relationship between classical Sparta and the regions under its direct influence, either in Laconia or in Messenia, has made significant progress in the last decades. However, we are better informed about some regions than others, so the less know both historically and archaeologically are sometimes left on ‘blindspots’ of the scholarly debate. Therefore, this presentation will discuss the terms and possible characteristics of the Spartan influence over one of these less debated regions, more specifically the Malea peninsula. It will be argued, taking into account the available literary and archaeological data, that the narrative of the Spartan influence over the Malea peninsula was probably more complex than what is usually supposed, with longer processes of accommodation and involving perioikoi connected with a multiplicity of activities, from miners to peasants. In this sense, I hope to be able to show how the Spartan presence in even just a part of its immediate zone of influence could be much more complex than it is usually assumed.
https://www.youtube.com/watch?v=7urEQu3hoIg
Podcast Colunas de Hércules, 2021
https://open.spotify.com/episode/2u7WwAhg6Yb1a6CgGc992k A pólis de Esparta é um dos elementos do... more https://open.spotify.com/episode/2u7WwAhg6Yb1a6CgGc992k
A pólis de Esparta é um dos elementos do mundo helênico mais reconhecidos para além da área de estudo da história. Ela é referenciada dentro da cultura pop e existem menções a ela em movimentos políticos de extrema-direita dentro da atual Grécia e fora dela, como nos Estados Unidos e no Brasil. No Colunas de Hércules deste mês nós conversamos com Gabriel Cabral Bernardo que escreveu uma dissertação tendo como tema central da honra na sociedade espartana. Além disso, fazemos um panorama sobre a origem desta pólis, as peculiaridades e pontos em comum com o mundo helênico, assim como as principais fontes e problemáticas gerais que envolvem este tema.
Olá, Atendendo a pedidos, LEPHAMA tem o prazer de anunciar que liberou geral: Vai ter curso para... more Olá,
Atendendo a pedidos, LEPHAMA tem o prazer de anunciar que liberou geral: Vai ter curso para todo mundo!
Apenas justificando: a ideia do minicurso de férias era justamente ser um minicurso de férias para os discentes da UEMG.
Porém, como muitos alunos e alunas de fora se manifestaram pedindo uma vaga, decidimos ampliar o público e fazer o curso no YouTube (/LEPHAMATV).
Dia 01: https://www.youtube.com/watch?v=JPTC9QN96kU
Dia 02: https://www.youtube.com/watch?v=TJCHHjhdKhE
Somente lembrando que o minicurso de férias: “Esparta Antiga”, com o Prof. Gabriel Cabral Bernardo (http://lattes.cnpq.br/4300792225780564), terá a duração de 3 horas, divididas em dois dias (21 e 22/10), e continuará com certificação.
As inscrições devem ser feitas pelo e-mail: lephama.uemg@gmail.com. É só enviar o nome completo.
Enviaremos, antes do curso, um material de leitura para os inscritos. Durante as aulas, haverá uma chamada apenas para conferir quem se inscreveu.
Abraços!
La paz: perspectivas antiguas sobre un tema actual, 2020
Ancient Society, 2022
Since at least the beginning of the twentieth century, scholars have conceptualized the ties betw... more Since at least the beginning of the twentieth century, scholars have conceptualized the ties between Sparta and its periocic poleis almost as those shared between a modern capital and other (subordinate) municipalities of a state. However, although Jean Ducat’s work in the last decade has reasonably questioned some of the central foundations of this picture, there is still no update on how the new framework proposed by him affects our understanding of the aforementioned ties. In fact, some of these foundations still base recent studies. In this sense, this paper intends to reassess one of the commonplaces of the topic: the supposedly high degree of control that ancient Spartans exercised over multiple aspects of the perioecic life. To tackle this question this paper considers both literary and archaeological sources, but in the light of Ducat’s conceptualization of Lacedaemon as an ethnic community and not a well-structured “state”. Despite the multiple ideas of harsh state subordination imposed on the perioikoi, it can be argued that during the Classical period their loyalty to Sparta was maintained not by political threats or interventionism, but through the permission of a high degree of autonomy and the building of a common collective identity. Even if it is not possible to exclude the so called “hard power” measures from Spartan-perioikoi relationship, the available sources indicates that these were not the main tools in the Spartan toolbox. Consequently, in the Classical period the Lacedaemonian perioikoi might have experienced a lifestyle closer to those of other known perioikoi, who did not live under strict obedience to central polities.
Poverty in Ancient Greece and Rome: Discourses and Realities, 2022
In the last four decades, studies on poverty in Antiquity have had a significant success in illum... more In the last four decades, studies on poverty in Antiquity have had a significant success in illuminating the lives and experiences of individuals comparatively hard to access from literary sources, usually written by authors who did not consider themselves or were not considered poor. However, a multiplicity of different influences act in each spatial and temporal context, shaping not only the lives and experiences of the poor, but also the discourses surrounding them. The Sparta of the Classical period is one of these contexts, one with specific factors that influenced, in a very particular way, the way those characterized as “poor” acted and interacted with the internal socioeconomic structures of the polis. The goal of the chapter is to evaluate the influence that what was understood as poverty exerted on how citizens followed the model Spartiate way of civic life, which involved, among other things, the constant pursuit of honour (here understood as a type of social capital). This will be done by highlighting how the lack of capital (economic and social) created obstacles that ultimately masked the reproduction of power relations within the Spartiate citizen body. We will see, for instance, that maintaining a “poor” social stratum satisfied goals wealthy citizens – one the most important being the achievement of honour through the control of clients. Such conclusions help us understand not only the interests but also the kind of actions involved in the failure of the polis to mitigate the socioeconomic crisis that almost led to Sparta’s demise in the fourth century BC.
Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, 2022
Pode-se dizer que, desde ao menos a segunda metade do século XIX, a pólis foi a unidade básica de... more Pode-se dizer que, desde ao menos a segunda metade do século XIX, a pólis foi a unidade básica de análise da história da Grécia antiga. Entretanto, em muitos casos é evidente que a tentativa de adequar as pólis gregas a cidades-Estado prototípicas do Estado moderno produziu ressonâncias longevas, que até hoje condicionam nossa compreensão das relações sociopolíticas entre vários grupos que compunham as pólis. Portanto, o objetivo desse artigo é demonstrar como as raízes dessa historiografia baseada na pólis condicionaram uma compreensão errônea da relação entre Esparta e as comunidades periecas da Lacônia e Messênia durante o Período Clássico. Isso será feito por meio da comparação dessa relação com aquela mantida por outras pólis com seus respectivos periecos – mais especificamente Élis e as pólis tessálias. Veremos que, ao invés de um Estado unificado e com funcionamentos análogos aos de sua versão moderna, a soma de Esparta e seus vizinhos compunha uma comunidade politicamente muito menos hierárquica e rígida do que se tende a pensar. Isso, por sua vez, nos permite aproximar Esparta de fenômenos análogos contemporâneos a ela, os mesmos que, apesar das respectivas especificidades, ainda apontam para a inexistência de uma pólis-Estado que englobasse cidadãos de uma cidade central e seus periecos.
Mythos, 2021
Resumo: O comprometimento com o lema "vencer ou morrer" é uma das bases da ideia de que a vida es... more Resumo: O comprometimento com o lema "vencer ou morrer" é uma das bases da ideia de que a vida espartana era militarizada. Contudo, a desonra que teria motivado tal comprometimento não funcionava em episódios coletivos de covardia, o que nos permite questionar se a guerra era realmente o principal motor da vida espartana.
Calíope, 2021
No último século, as obras de Xenofonte passaram por uma série de revisões, dentre elas as relaci... more No último século, as obras de Xenofonte passaram por uma série de revisões, dentre elas as relacionadas à sua visão sobre Esparta. Contudo, enquanto a reavaliação de seus trabalhos históricos e filosóficos revelou um Xenofonte extremamente crítico de instituições e da conduta política espartana, o gênero encomiasta do Agesilau o manteve inexplorado quanto a essa temática. O objetivo desse estudo é mostrar que o encômio não é uma exceção à regra, mas que também contém críticas a Esparta em meio ao conteúdo dos elogios dedicados a Agesilau. Isso é feito pela contextualização desses em meio aos topoi associados a Esparta e aos espartanos durante seu período hegemônico, os mesmos que são denunciados anos a fio por Xenofonte e por outros autores contemporâneos a ele. Argumenta-se que o ateniense não só protege Agesilau desses topoi como também o distancia deles, caracterizando-o como alguém que assume o polo oposto dos comportamentos negativos atribuídos à pólis espartana e seus cidadãos. Dessa forma, é possível não só ver Agesilau como uma contraposição à ideia de que Xenofonte era um laconófilo acrítico, mas também como uma obra cuidadosamente pensada para atingir um objetivo apenas superficialmente simples: compor um elogio de um dos principais responsáveis pelas memórias negativas sobre a hegemonia espartana.
In the last century, Xenophon’s works have undergone a series of revisions, among them those related to his views of Sparta. However, while the reassessment of his historical and philosophical writings revealed an extremely critical Xenophon of Spartan institutions and political conduct, Agesilaus' encomiast genre kept him unexplored on this subject. The purpose of this study is to show that the encomium is not an exception to the rule, but that it also contains criticisms of Sparta amidst the content of the praises dedicated to Agesilaus. This is done by contextualizing these praises among the topoi associated with Sparta and the Spartans during their hegemonic period, the same ones that have been denounced for years by Xenophon and other contemporary authors. It is argued that the Athenian not only protects Agesilaus from these topoi but also distances him from them, characterizing him as someone who takes the opposite pole of the negative behaviours attributed to the Spartan polis and its citizens. In this way, it is possible not only to include Agesilaus in the challenge of
the idea that Xenophon was an uncritical laconophile, but also to see the encomium as something carefully thought out to achieve a goal only superficially simple: to compose a praise on one of the main responsible for the bad memories of the Spartan hegemony.
Romanitas – Revista de Estudos Grecolatinos, 2020
Resumo: A história de Esparta é geralmente dividida entre os Períodos Arcaico e Clássico, caracte... more Resumo: A história de Esparta é geralmente dividida entre os Períodos Arcaico e Clássico, caracterizados, respectivamente, pela abertura a influências externas e pelo posterior bloqueio dessas. Entretanto, uma análise mais cuidadosa da relação entre Esparta e o Oriente Próximo pode mostrar, nesses dois períodos, um continuum e não fases completamente diferentes de uma mesma sociedade. Considerando a cultura material espartana e as evidências literárias dos períodos Arcaico e Clássico, temos um quadro em que Esparta manteve sim alguma inserção nas redes do Mediterrâneo oriental, mas indiretamente, associando-se a cidades ou agentes já bem estabelecidos nessas redes. Nesse sentido, Esparta não mudou completamente de atitude em relação às suas relações "internacionais", mas manteve a mesma lógica de conexão, investindo apenas na conectividade que respondia às suas demandas internas específicas. Abstract: The history of Sparta is usually divided between the Archaic and Classical periods, these characterized, respectively, by openness to external influences and its subsequent blockage. However, a closer analysis of the relationship between Sparta and the Near East may show, in these two periods, a continuum rather than completely different phases of the same society. Considering the Spartan material culture and the literary evidences of the Archaic and Classical periods, we have a picture in which Sparta did maintain some insertion in the Eastern Mediterranean networks, but indirectly, associating itself with cities or agents already well established in these networks. In this sense, Sparta did not completely changed its attitude towards its "international" relations, but maintained the same logic of connection, investing only in the connectivity that responded to its specific internal demands.
Desde La Mirage Spartiate de F. Ollier (1933), os acadêmicos focados na Esparta antiga têm tomado... more Desde La Mirage Spartiate de F. Ollier (1933), os acadêmicos focados na Esparta antiga têm tomado cuidado com as imagens pintadas pelos historiadores sobre a cidade e seus cidadãos. Entretanto, é notável que a obra de Heródoto tenha recebido uma atenção apenas circunstancial nesse quesito. Tentando preencher minimamente tal lacuna, esse artigo analisa como o chamado “Pai da História” constrói a imagem dos reis espartanos, indivíduos-chave na sociedade espartana. Desse modo, podemos notar quais elementos da chamada “miragem espartana” já estão presentes no discurso de Heródoto, algo que, quando articulado ao contexto das Histórias, se mostra uma parte integrante de um de seus debates: qual a melhor politeia, o melhor nomos? Esparta, mesmo representando um termo de comparação, não era tão perfeita quanto se proclamava.
Since F. Ollier’s La Mirage Spartiate (1933), the scholars focused on Ancient Sparta have been taking caution with the images painted by the historians on the city and its citizens. However, it is remarkable that Herodotus’ work has received only a circumstantial attention in this regard. Trying to fill minimally this gap, this paper analyses how the so-called Father of History builds the image of the Spartan kings, key individuals in the Spartan society. In this way, we can note which elements of the so-called “Spartan mirage” are already present in Herodotus’ discourse, something that, when articulated to the context of the Histories, shows itself as an integrant part of one of its debates: which is the best politeia, the best nomos? Sparta, even representing a term of comparison, was not as perfect as it proclaimed itself to be.
Graças a escavações em sítios como Olinto, Priene, Atenas e Delos já se escreveu muito sobre a ca... more Graças a escavações em sítios como Olinto, Priene, Atenas e Delos já se escreveu muito sobre a casa e a vida doméstica no Mundo Grego antigo. Esse conjunto de sítios arqueológicos nos proveu tipos arquitetônicos relativamente regulares, que podem ser encontrados desde a costa oriental do Egeu até a Sicília. Entretanto, essas casas (como quaisquer outras) são produtos de regras e comportamentos específicos, de modo que ao observarmos sociedades regidas por outro conjunto de normas acabaríamos por testemunhar modelos diferentes em atividade. Creio que seja esse o caso de Esparta, onde o cotidiano era ditado por instituições mais semelhantes às de outra região: Creta – e, portanto, assim também seriam suas casas, que fogem completamente do estabelecido " padrão " grego clássico. ABSTRACT: Thanks to excavations at sites like Olynthus, Priene, Athens and Delos much has already been written about the domestic house and life in the ancient Greek World. This set of archaeological sites provided us of relatively uniform architectural types that can be founded form the Aegean oriental coast to Sicily. However, these houses (as any other else) are products of specific rules and behaviors, so when we observe societies guided by another set of norms we end up testifying different models in activity. I believe that this would be the case of Sparta, where the routine was dictated by institutions more resembling to those of another region: Crete – and, therefore, so would be its houses, which do not correspond to the established classical Greek " standard " .
Hoje, em meio ao bairro moderno do Testaccio em Roma, jazem apenas dois vestígios do que seria um... more Hoje, em meio ao bairro moderno do Testaccio em Roma, jazem apenas dois vestígios do que seria um monumento colossal, cujas dimensões e técnicas de construção indicam que o edifício já desempenhou um papel grande importância no funcionamento da cidade antiga. Entretanto, as fontes disponíveis ainda não são suficientes para a identificação definitiva da identidade e função primordial do monumento, apesar de produzirem teorias relevantes. Esse artigo procura comparar as teorias existentes e analisar o debate a respeito do chamado “Porticus Aemilia”, inserindo nele algumas considerações advindas das últimas campanhas de escavação realizadas no local.
Commanders and Cowards: Honour and Merit in Sparta, 2019
Obra premiada pela CAPES, o livro que o leitor tem em mãos abre horizontes inéditos sobre a Antig... more Obra premiada pela CAPES, o livro que o leitor tem em mãos abre horizontes inéditos sobre a Antiga Grécia e questionamentos importantes para um diálogo com o mundo contemporâneo. Seu objeto de estudo é Esparta, cidade famosa por suas singularidades e sua força militar, cuja História, no entanto, é pouco documentada, escondida por trás de uma verdadeira “miragem” de idealizações antigas e modernas. O autor estuda cuidadosamente as fontes para extrair delas o modo como a ideia de honra estruturava a sociedade dos espartanos, incutindo-lhes, desde a infância, a crença de que todos eram iguais e que apenas o mérito explicava as diferenças gritantes entre os cidadãos. Essa ideologia não apenas tornava a comunidade coesa para os embates externos, mas justificava as hierarquias, as distinções de poder, de riqueza e de posição social. Abrindo um espaço muito rico de reflexões sobre o presente, o livro é também uma crítica à meritocracia contemporânea, que possui seus próprios códigos de honra, mas que se baseia, igualmente, na tentativa de ocultação das bases reais de nossa sociedade. Escrita em linguagem acessível e agradável, destina-se tanto a especialistas como ao público em geral.
Os estudos sobre a Esparta do Período Clássico realizaram avanços significativos nas últimas déca... more Os estudos sobre a Esparta do Período Clássico realizaram avanços significativos nas últimas décadas, inclusive no sentido de analisar o efeito que construções historiográficas de autores contemporâneos a ela possuem no modo como a vemos hoje. Entretanto, uma caracterização recorrente dos espartanos não recebeu a devida atenção até o momento me refiro, mais especificamente, à descrição do coletivo espartano como philótimos, "amante da honra". O objetivo dessa dissertação é justamente questionar tal caracterização, de modo a revelar, no sistema social espartano (aquele observável por meio das fontes), um possível fundo histórico para tal ou identificar as razões pelas quais ele é assim descrito a partir do século IV a.C. Isso é aqui realizado por meio de uma análise abrangente da influência não só da honra, mas também de todos os outros elementos relacionados a ela (vergonha, reputação, desonra etc.) no sistema social da Esparta do século IV a.C., desde a concepção à morte de um espartano. Descobriu-se que, apesar de o que sabemos sobre o sistema social espartano dar indícios de que a honra e a busca ela eram usadas como ferramentas para manter um status quo nada igualitário (algo funcional apenas quando associado à uma fachada meritocrática), a descrição dos espartanos como philótimoi serve a objetivos políticos específicos do século IV a.C., mais especificamente como crítica da hegemonia espartana e como justificativa de seu desmantelamento. Tais conclusões, assim como os argumentos que as baseiam, servem não só para compreendermos uma tática discursiva específica do século IV a.C., mas também as armadilhas do sistema da honra, especificamente como sua construção meritocrática usa o valor social de um indivíduo (i.e. honra) para manter um grupo específico no monopólio de certos privilégios, isso com total aceitação dos indivíduos deles excluídos. Tal sistema existia na Esparta do Período Clássico, com o mesmo discurso frequentemente ressuscitado em diversos contextos contemporâneos.
The studies on Classical Sparta have made significant progress in recent decades, including in the sense of analyzing the effect that historiographical constructions of its contemporary authors have on the way we view it today. However, a recurring characterization of the Spartans has not received the proper attention so far I refer, more specifically, to the description of the Spartan collective as philótimos, "lover of honor." The purpose of this dissertation is precisely to question this characterization, revealing, in the Spartan social system (that observable through the sources), a historical background for this or to identify the reasons why it is described likewise from the fourth century BC onwards. This is done here through a comprehensive analysis of the influence that not only honour, but also all other elements related to it (shame, reputation, dishonour, etc.) had in the social system of fourth century Sparta, from the conceiving to the death of a Spartan. It has been found that, on the one hand, what we know about the Spartan social system indicates that honor and the crave for it were tools used to maintain an unequal status quo (something functional only when associated with a meritocratic façade), but on the other hand the description of the Spartans as philótimoi served specific political goals of the fourth century BC, specifically as a criticism of Spartan hegemony and as a justification for its dismantling. These conclusions, as well as their basing arguments, serve not only to understand a specific discursive tactic of the fourth century BC, but also the pitfalls of the honor system, specially how its meritocratic form uses the individual's social value (i.e. honor) to maintain a specific group in the monopoly of certain privileges, this with the full acceptance of the excluded individuals. This system existed in Classical Sparta, with the same discourse often resurrected in several contemporary contexts.
Sparta Live!, 2023
The study of the relationship between classical Sparta and the regions under its direct influence... more The study of the relationship between classical Sparta and the regions under its direct influence, either in Laconia or in Messenia, has made significant progress in the last decades. However, we are better informed about some regions than others, so the less know both historically and archaeologically are sometimes left on ‘blindspots’ of the scholarly debate. Therefore, this presentation will discuss the terms and possible characteristics of the Spartan influence over one of these less debated regions, more specifically the Malea peninsula. It will be argued, taking into account the available literary and archaeological data, that the narrative of the Spartan influence over the Malea peninsula was probably more complex than what is usually supposed, with longer processes of accommodation and involving perioikoi connected with a multiplicity of activities, from miners to peasants. In this sense, I hope to be able to show how the Spartan presence in even just a part of its immediate zone of influence could be much more complex than it is usually assumed.
https://www.youtube.com/watch?v=7urEQu3hoIg
Podcast Colunas de Hércules, 2021
https://open.spotify.com/episode/2u7WwAhg6Yb1a6CgGc992k A pólis de Esparta é um dos elementos do... more https://open.spotify.com/episode/2u7WwAhg6Yb1a6CgGc992k
A pólis de Esparta é um dos elementos do mundo helênico mais reconhecidos para além da área de estudo da história. Ela é referenciada dentro da cultura pop e existem menções a ela em movimentos políticos de extrema-direita dentro da atual Grécia e fora dela, como nos Estados Unidos e no Brasil. No Colunas de Hércules deste mês nós conversamos com Gabriel Cabral Bernardo que escreveu uma dissertação tendo como tema central da honra na sociedade espartana. Além disso, fazemos um panorama sobre a origem desta pólis, as peculiaridades e pontos em comum com o mundo helênico, assim como as principais fontes e problemáticas gerais que envolvem este tema.
Olá, Atendendo a pedidos, LEPHAMA tem o prazer de anunciar que liberou geral: Vai ter curso para... more Olá,
Atendendo a pedidos, LEPHAMA tem o prazer de anunciar que liberou geral: Vai ter curso para todo mundo!
Apenas justificando: a ideia do minicurso de férias era justamente ser um minicurso de férias para os discentes da UEMG.
Porém, como muitos alunos e alunas de fora se manifestaram pedindo uma vaga, decidimos ampliar o público e fazer o curso no YouTube (/LEPHAMATV).
Dia 01: https://www.youtube.com/watch?v=JPTC9QN96kU
Dia 02: https://www.youtube.com/watch?v=TJCHHjhdKhE
Somente lembrando que o minicurso de férias: “Esparta Antiga”, com o Prof. Gabriel Cabral Bernardo (http://lattes.cnpq.br/4300792225780564), terá a duração de 3 horas, divididas em dois dias (21 e 22/10), e continuará com certificação.
As inscrições devem ser feitas pelo e-mail: lephama.uemg@gmail.com. É só enviar o nome completo.
Enviaremos, antes do curso, um material de leitura para os inscritos. Durante as aulas, haverá uma chamada apenas para conferir quem se inscreveu.
Abraços!