Graziela Forte | Universidade de São Paulo (original) (raw)
Papers by Graziela Forte
EccoS – Revista Científica, 2016
Revista Novos Rumos, 2017
Este artigo discute o pensamento e obra de Djanira da Motta e Silva ou apenas Djanira. Esta impor... more Este artigo discute o pensamento e obra de Djanira da Motta e Silva ou apenas Djanira. Esta importante pintora modernista de cenas e costumes brasileiros, ao afirmar que fazia uma “arte autenticamente nossa”, colocava-se como intérprete do Brasil, capaz de captar tanto o cotidiano do povo bem como a diversidade do país ao longo do século XX, com seus trabalhadores rurais, operários, as festas de rua, o folclore, o sincretismo religioso e o lazer.
Revista de História, 2010
Este artigo discute os motivos que levaram Flávio de Carvalho, Di Cavalcanti, Antônio Gomide e Ca... more Este artigo discute os motivos que levaram Flávio de Carvalho, Di Cavalcanti, Antônio Gomide e Carlos Prado a criarem, em novembro de 1932, na cidade de São Paulo, o Clube de Artistas Modernos (CAM), uma agremiação cultural favorável à promoção da arte moderna, sem depender da ajuda financeira dos mecenas. Esta associação apareceu entre a fase final dos salões culturais promovidos pela elite e o início da institucionalização do Estado, da consolidação de um mercado para as artes e do incentivo dado à indústria de massa. Estas mudanças foram fundamentais porque determinaram as novas possibilidades de acesso às oportunidades de trabalho para os artistas. Palavras-chave Clube de Artistas Modernos • salões culturais • institucionalização do Estado • modernismo • mecenas.
Neste artigo vamos abordar a trajetória do gravador Rossini Perez, artista nascido no Rio Grande ... more Neste artigo vamos abordar a trajetória do gravador Rossini Perez, artista nascido no Rio Grande do Norte, que fixou residência no Rio de Janeiro, nos anos 1940. A decisão de adotar a técnica da gravura deu-se após ver os trabalhos de Edvard Munch na primeira edição da Bienal de Artes de São Paulo. Com poucos cursos de gravura disponíveis na época, estudou com Oswaldo Goeldi e Iberê Camargo até ser convidado, junto com Edith Behring, para ser assistente do inglês Johnny Friedlaender, no ateliê do MAM carioca. Com uma obra extensa, retratou barcos, morros e favelas, em trabalhos marcados por linhas e planos sucessivos e que foram perdendo as fronteiras dos contornos até ganharem um aspecto abstrato. Artista premiado nacional e internacionalmente, professor de gravura no Brasil e no exterior, fotógrafo de estátuas do século XIX, dedica-se há 60 anos às diversas linguagens artísticas. Seu traço único está na temática carregada de lembranças da infância e de experiências vividas.
Após uma década e meia de visibilidade (1930-1945), a arte social perdia espaço para a arte abstr... more Após uma década e meia de visibilidade (1930-1945), a arte social perdia espaço para a arte abstrata que contava com o apoio da Associação Internacional de Críticos de Arte (Aica) e profissionais associados à instituição, como Mário Pedrosa. Durante os anos 1950 e início dos 1960, várias foram as divergências e o debate se intensificou entre essas duas tendências.
Resenha do livro "A Arte da Rivalidade", de Sebastian Smee.
Correio Braziliense, 2009
Entrevista de Luiz Bernardo Pericás e Graziela Forte com o premiado escritor cubano, autor do rom... more Entrevista de Luiz Bernardo Pericás e Graziela Forte com o premiado escritor cubano, autor do romance "Chuva sobre Havana" (Brasiliense, 2008)
Projeto de Pós Doc para Unesp Marília, 2015
Após duas décadas de visibilidade (1930-1940), a arte social perdeu espaço para a arte abstrata q... more Após duas décadas de visibilidade (1930-1940), a arte social perdeu espaço para a arte abstrata que contava com o apoio da Associação Internacional de Críticos de Arte (Aica) e profissionais associados à instituição, como Mário Pedrosa. Durante os anos 1950 e início dos 1960, várias foram as divergências e o debate se intensificou entre essas duas tendências. Foi nesse período de transição que seis artistas assinaram, na cidade do Rio de Janeiro, o “Manifesto dos Artistas Modernos Independentes” (1960), em uma evidente referência ao “Manifesto por uma Arte Revolucionária Independente” (1938). Enquanto isso, em São Paulo o pintor-arquiteto Carlos da Silva Prado tecia considerações e criticava a atuação dos críticos e os rumos que a arte havia tomado, além de mudanças quanto ao padrão estético. Esses além de outros fatos evidenciam as disputas pela adoção da estética ideal, além da legitimação e consagração dos artistas.
Arquiteturismo, 2016
Breve panorama das megaexposições no Brasil, no ano de 2015.
Resenha do livro "Caio Prado Júnior: um biografia política", de autoria do historiador Luiz Berna... more Resenha do livro "Caio Prado Júnior: um biografia política", de autoria do historiador Luiz Bernardo Pericás sobre a atuação política de CPJ.
Artigo de Roberto Massari sobre o Terrorismo, publicado no Dossiê Terrorismo, da Revista Margem E... more Artigo de Roberto Massari sobre o Terrorismo, publicado no Dossiê Terrorismo, da Revista Margem Esquerda da Editora Boitempo, de junho de 2016. Tradução: Graziela Naclério Forte.
Breve análise das grandes mostras de artes plásticas apresentadas em nosso país no último ano (20... more Breve análise das grandes mostras de artes plásticas apresentadas em nosso país no último ano (2015), destacando suas principais características como origem das obras, curadoria, formas de apresentação, equipamentos culturais envolvidos, patrocinadores e perfil do público.
Resenha do livro Culturas do passado-presente - modernismos, artes visuais, políticas da memória,... more Resenha do livro Culturas do passado-presente - modernismos, artes visuais, políticas da memória, de Andreas Huyssen, Contraponto, 2014, 213 páginas.
Este artigo tem o objetivo de analisar obras de arte nacionais tanto figurativas como abstratas, ... more Este artigo tem o objetivo de analisar obras de arte nacionais tanto figurativas como abstratas, com o intuito de utilizá-las em aulas de Português Língua Estrangeira (PLE). Além do ensino da língua-alvo, apresentamos aos alunos conceitos relativos à arte e à cultura brasileira. Tais imagens funcionam como elementos provocadores da conversação, podendo ser utilizadas em contextos diversos, extraindo informações relativas à história, história da arte, cultura, comportamento, temas e discursos contemporâneos, dentre muitos outros. Para tanto, nos valemos da interdisciplinaridade como método teórico. Incluimos, ainda, sugestões de atividades para se trabalhar, as quais foram previamente testadas por alunos estrangeiros, estudantes de Português na vertente brasileira.
Nesse artigo vamos analisar a polêmica Siqueiros e Rivera (1934-1935) como o resultado de disputa... more Nesse artigo vamos analisar a polêmica Siqueiros e Rivera (1934-1935) como o resultado de disputas no campo pessoal, político e artístico entre os dois grandes nomes do Muralismo Mexicano. Essa questão particular, onde ambos se questionam e o tempo todo repensam criticamente sobre suas produções e atividades políticas dentro do movimento, evidencia as possibilidades e limitações deles dentro do projeto cultural nacionalista do Estado.
O livro Cozinha e Indústria em São Paulo: Do Rural ao Urbano, de autoria de Maria Cecília Nacléri... more O livro Cozinha e Indústria em São Paulo: Do Rural ao Urbano, de autoria de Maria Cecília Naclério Homem, lançado pela Edusp, apresenta a evolução da cozinha doméstica paulista a partir de fins do século XVIII até nossos dias. A cozinha era então herdeira dos tempos coloniais, da vida caipira cristalizada na solidão do Planalto bandeirista, caudatária das culturas de subsistência, que vicejavam nos engenhos, ao lado dos canaviais que se multiplicavam com vistas à exportação do açúcar para a Metrópole portuguesa. Cozinhava-se a lenha, a captação da água era difícil e o processamento das matérias primas, realizado no local. Tratava-se de uma cozinha suja, autossuficiente, voltada para o exterior, cujos serviços eram morosos e pesados, e dependiam de um número excessivo de mão de obra. Em seu percurso rumo à atualidade, a cozinha passou por diversas alterações, para tornar-se pequena, bonita e limpa, além de super organizada e equipada, com aparelhos cada vez mais aperfeiçoados que englobam diversas funções, movidos a diferentes formas de energia. Situada agora no interior das residências, nela se economizam os passos e o trabalho dos usuários, tanto do elemento feminino como do masculino. Hoje, ela integra a área social, tornou-se local de lazer e ponto de encontro de amigos e familiares, onde o homem, investido na posição de chef gourmet, também assume o comando das atividades culinárias.
Como se deu o processo de pesquisa da tese sobre o artista plástico Carlos da Silva Prado (1908-1... more Como se deu o processo de pesquisa da tese sobre o artista plástico Carlos da Silva Prado (1908-1992).
Este artigo apresenta a vida e a obra da artista plástica Tuni Murtinho, além de destacar suas at... more Este artigo apresenta a vida e a obra da artista plástica Tuni Murtinho, além de destacar suas atividades como divulgadora da gravura brasileira, em mostras coletivas organizadas em nosso país, bem como no exterior, nas décadas de 1950 e 1960.
Esse artigo tem o objetivo de analisar sob o ponto de vista histórico-social, o conjunto da obra ... more Esse artigo tem o objetivo de analisar sob o ponto de vista histórico-social, o conjunto da obra de Carlos da Silva Prado , mais conhecido como Carlos Prado, atuante no modernismo como artista plástico, arquiteto e teórico da arquitetura funcional, no período . Com uma produção diversificada em termos de técnicas empregadas, estilos e temas, os trabalhos da fase popular ou folclórica, assim como os sociais, inclusive aqueles realizados sob o ponto de vista do urbanista, onde criou um panorama da urbe ao mesmo tempo moderna e com sérios problemas de infraestrutura, como a falta de transportes e moradias para as classes econômicas menos privilegiadas, relacionam-se entre si e evidenciam as diferenças entre progresso e atraso, ricos e pobres. É possível dizer que Carlos Prado foi um pintor do modernismo paulista, que adotou a temática popular e social, imprimindo em seus trabalhos uma visão idealizada do passado sob o ponto de vista de um aristocrata, que absorveu a ideia de "brasilidade" defendida pelos críticos Mário de Andrade e Sérgio Milliet. O afastamento do sistema das artes plásticas na década de 1960 deve-se à atitude que assumiu de evitar a convivência com as pessoas uma vez que não se adaptou ao mundo capitalista, quando as artes plásticas também ficaram sujeitas às leis da oferta e demanda. Ele via no passado as bases para a construção de um futuro utópico, enquanto a modernidade parecia ignorar os valores humanos, incentivando o consumismo, o império do fetichismo da mercadoria e do dinheiro. Palavras-Chave: 1. Carlos Prado, 2. Modernismo (Arte) -Brasil, 3. Arte e Sociedade, 4. Política na Arte, 5. Arquitetura Moderna.
Com todas as mudanças ocorridas nas décadas de 1950 e, principalmente de 1960, Carlos Prado passo... more Com todas as mudanças ocorridas nas décadas de 1950 e, principalmente de 1960, Carlos Prado passou a se sentir à margem e, assim se colocou, quase sem coragem de lutar por um espaço, mesmo tendo sido detentor de variados trunfos: a origem familiar, a formação e o treinamento teórico, as vivências no exterior, a breve militância política no Partido Comunista junto com o irmão Caio Prado Júnior, o bom trânsito em esferas sociais distintas e o acesso aos dirigentes culturais. Estava ligado pelo parentesco, mesmo que distante, a três grandes incentivadores das artes do século XX: Paulo Prado, que manteve nos anos 1920 um salão cultural em sua casa de Higienópolis, frequentado por intelectuais e artistas como
EccoS – Revista Científica, 2016
Revista Novos Rumos, 2017
Este artigo discute o pensamento e obra de Djanira da Motta e Silva ou apenas Djanira. Esta impor... more Este artigo discute o pensamento e obra de Djanira da Motta e Silva ou apenas Djanira. Esta importante pintora modernista de cenas e costumes brasileiros, ao afirmar que fazia uma “arte autenticamente nossa”, colocava-se como intérprete do Brasil, capaz de captar tanto o cotidiano do povo bem como a diversidade do país ao longo do século XX, com seus trabalhadores rurais, operários, as festas de rua, o folclore, o sincretismo religioso e o lazer.
Revista de História, 2010
Este artigo discute os motivos que levaram Flávio de Carvalho, Di Cavalcanti, Antônio Gomide e Ca... more Este artigo discute os motivos que levaram Flávio de Carvalho, Di Cavalcanti, Antônio Gomide e Carlos Prado a criarem, em novembro de 1932, na cidade de São Paulo, o Clube de Artistas Modernos (CAM), uma agremiação cultural favorável à promoção da arte moderna, sem depender da ajuda financeira dos mecenas. Esta associação apareceu entre a fase final dos salões culturais promovidos pela elite e o início da institucionalização do Estado, da consolidação de um mercado para as artes e do incentivo dado à indústria de massa. Estas mudanças foram fundamentais porque determinaram as novas possibilidades de acesso às oportunidades de trabalho para os artistas. Palavras-chave Clube de Artistas Modernos • salões culturais • institucionalização do Estado • modernismo • mecenas.
Neste artigo vamos abordar a trajetória do gravador Rossini Perez, artista nascido no Rio Grande ... more Neste artigo vamos abordar a trajetória do gravador Rossini Perez, artista nascido no Rio Grande do Norte, que fixou residência no Rio de Janeiro, nos anos 1940. A decisão de adotar a técnica da gravura deu-se após ver os trabalhos de Edvard Munch na primeira edição da Bienal de Artes de São Paulo. Com poucos cursos de gravura disponíveis na época, estudou com Oswaldo Goeldi e Iberê Camargo até ser convidado, junto com Edith Behring, para ser assistente do inglês Johnny Friedlaender, no ateliê do MAM carioca. Com uma obra extensa, retratou barcos, morros e favelas, em trabalhos marcados por linhas e planos sucessivos e que foram perdendo as fronteiras dos contornos até ganharem um aspecto abstrato. Artista premiado nacional e internacionalmente, professor de gravura no Brasil e no exterior, fotógrafo de estátuas do século XIX, dedica-se há 60 anos às diversas linguagens artísticas. Seu traço único está na temática carregada de lembranças da infância e de experiências vividas.
Após uma década e meia de visibilidade (1930-1945), a arte social perdia espaço para a arte abstr... more Após uma década e meia de visibilidade (1930-1945), a arte social perdia espaço para a arte abstrata que contava com o apoio da Associação Internacional de Críticos de Arte (Aica) e profissionais associados à instituição, como Mário Pedrosa. Durante os anos 1950 e início dos 1960, várias foram as divergências e o debate se intensificou entre essas duas tendências.
Resenha do livro "A Arte da Rivalidade", de Sebastian Smee.
Correio Braziliense, 2009
Entrevista de Luiz Bernardo Pericás e Graziela Forte com o premiado escritor cubano, autor do rom... more Entrevista de Luiz Bernardo Pericás e Graziela Forte com o premiado escritor cubano, autor do romance "Chuva sobre Havana" (Brasiliense, 2008)
Projeto de Pós Doc para Unesp Marília, 2015
Após duas décadas de visibilidade (1930-1940), a arte social perdeu espaço para a arte abstrata q... more Após duas décadas de visibilidade (1930-1940), a arte social perdeu espaço para a arte abstrata que contava com o apoio da Associação Internacional de Críticos de Arte (Aica) e profissionais associados à instituição, como Mário Pedrosa. Durante os anos 1950 e início dos 1960, várias foram as divergências e o debate se intensificou entre essas duas tendências. Foi nesse período de transição que seis artistas assinaram, na cidade do Rio de Janeiro, o “Manifesto dos Artistas Modernos Independentes” (1960), em uma evidente referência ao “Manifesto por uma Arte Revolucionária Independente” (1938). Enquanto isso, em São Paulo o pintor-arquiteto Carlos da Silva Prado tecia considerações e criticava a atuação dos críticos e os rumos que a arte havia tomado, além de mudanças quanto ao padrão estético. Esses além de outros fatos evidenciam as disputas pela adoção da estética ideal, além da legitimação e consagração dos artistas.
Arquiteturismo, 2016
Breve panorama das megaexposições no Brasil, no ano de 2015.
Resenha do livro "Caio Prado Júnior: um biografia política", de autoria do historiador Luiz Berna... more Resenha do livro "Caio Prado Júnior: um biografia política", de autoria do historiador Luiz Bernardo Pericás sobre a atuação política de CPJ.
Artigo de Roberto Massari sobre o Terrorismo, publicado no Dossiê Terrorismo, da Revista Margem E... more Artigo de Roberto Massari sobre o Terrorismo, publicado no Dossiê Terrorismo, da Revista Margem Esquerda da Editora Boitempo, de junho de 2016. Tradução: Graziela Naclério Forte.
Breve análise das grandes mostras de artes plásticas apresentadas em nosso país no último ano (20... more Breve análise das grandes mostras de artes plásticas apresentadas em nosso país no último ano (2015), destacando suas principais características como origem das obras, curadoria, formas de apresentação, equipamentos culturais envolvidos, patrocinadores e perfil do público.
Resenha do livro Culturas do passado-presente - modernismos, artes visuais, políticas da memória,... more Resenha do livro Culturas do passado-presente - modernismos, artes visuais, políticas da memória, de Andreas Huyssen, Contraponto, 2014, 213 páginas.
Este artigo tem o objetivo de analisar obras de arte nacionais tanto figurativas como abstratas, ... more Este artigo tem o objetivo de analisar obras de arte nacionais tanto figurativas como abstratas, com o intuito de utilizá-las em aulas de Português Língua Estrangeira (PLE). Além do ensino da língua-alvo, apresentamos aos alunos conceitos relativos à arte e à cultura brasileira. Tais imagens funcionam como elementos provocadores da conversação, podendo ser utilizadas em contextos diversos, extraindo informações relativas à história, história da arte, cultura, comportamento, temas e discursos contemporâneos, dentre muitos outros. Para tanto, nos valemos da interdisciplinaridade como método teórico. Incluimos, ainda, sugestões de atividades para se trabalhar, as quais foram previamente testadas por alunos estrangeiros, estudantes de Português na vertente brasileira.
Nesse artigo vamos analisar a polêmica Siqueiros e Rivera (1934-1935) como o resultado de disputa... more Nesse artigo vamos analisar a polêmica Siqueiros e Rivera (1934-1935) como o resultado de disputas no campo pessoal, político e artístico entre os dois grandes nomes do Muralismo Mexicano. Essa questão particular, onde ambos se questionam e o tempo todo repensam criticamente sobre suas produções e atividades políticas dentro do movimento, evidencia as possibilidades e limitações deles dentro do projeto cultural nacionalista do Estado.
O livro Cozinha e Indústria em São Paulo: Do Rural ao Urbano, de autoria de Maria Cecília Nacléri... more O livro Cozinha e Indústria em São Paulo: Do Rural ao Urbano, de autoria de Maria Cecília Naclério Homem, lançado pela Edusp, apresenta a evolução da cozinha doméstica paulista a partir de fins do século XVIII até nossos dias. A cozinha era então herdeira dos tempos coloniais, da vida caipira cristalizada na solidão do Planalto bandeirista, caudatária das culturas de subsistência, que vicejavam nos engenhos, ao lado dos canaviais que se multiplicavam com vistas à exportação do açúcar para a Metrópole portuguesa. Cozinhava-se a lenha, a captação da água era difícil e o processamento das matérias primas, realizado no local. Tratava-se de uma cozinha suja, autossuficiente, voltada para o exterior, cujos serviços eram morosos e pesados, e dependiam de um número excessivo de mão de obra. Em seu percurso rumo à atualidade, a cozinha passou por diversas alterações, para tornar-se pequena, bonita e limpa, além de super organizada e equipada, com aparelhos cada vez mais aperfeiçoados que englobam diversas funções, movidos a diferentes formas de energia. Situada agora no interior das residências, nela se economizam os passos e o trabalho dos usuários, tanto do elemento feminino como do masculino. Hoje, ela integra a área social, tornou-se local de lazer e ponto de encontro de amigos e familiares, onde o homem, investido na posição de chef gourmet, também assume o comando das atividades culinárias.
Como se deu o processo de pesquisa da tese sobre o artista plástico Carlos da Silva Prado (1908-1... more Como se deu o processo de pesquisa da tese sobre o artista plástico Carlos da Silva Prado (1908-1992).
Este artigo apresenta a vida e a obra da artista plástica Tuni Murtinho, além de destacar suas at... more Este artigo apresenta a vida e a obra da artista plástica Tuni Murtinho, além de destacar suas atividades como divulgadora da gravura brasileira, em mostras coletivas organizadas em nosso país, bem como no exterior, nas décadas de 1950 e 1960.
Esse artigo tem o objetivo de analisar sob o ponto de vista histórico-social, o conjunto da obra ... more Esse artigo tem o objetivo de analisar sob o ponto de vista histórico-social, o conjunto da obra de Carlos da Silva Prado , mais conhecido como Carlos Prado, atuante no modernismo como artista plástico, arquiteto e teórico da arquitetura funcional, no período . Com uma produção diversificada em termos de técnicas empregadas, estilos e temas, os trabalhos da fase popular ou folclórica, assim como os sociais, inclusive aqueles realizados sob o ponto de vista do urbanista, onde criou um panorama da urbe ao mesmo tempo moderna e com sérios problemas de infraestrutura, como a falta de transportes e moradias para as classes econômicas menos privilegiadas, relacionam-se entre si e evidenciam as diferenças entre progresso e atraso, ricos e pobres. É possível dizer que Carlos Prado foi um pintor do modernismo paulista, que adotou a temática popular e social, imprimindo em seus trabalhos uma visão idealizada do passado sob o ponto de vista de um aristocrata, que absorveu a ideia de "brasilidade" defendida pelos críticos Mário de Andrade e Sérgio Milliet. O afastamento do sistema das artes plásticas na década de 1960 deve-se à atitude que assumiu de evitar a convivência com as pessoas uma vez que não se adaptou ao mundo capitalista, quando as artes plásticas também ficaram sujeitas às leis da oferta e demanda. Ele via no passado as bases para a construção de um futuro utópico, enquanto a modernidade parecia ignorar os valores humanos, incentivando o consumismo, o império do fetichismo da mercadoria e do dinheiro. Palavras-Chave: 1. Carlos Prado, 2. Modernismo (Arte) -Brasil, 3. Arte e Sociedade, 4. Política na Arte, 5. Arquitetura Moderna.
Com todas as mudanças ocorridas nas décadas de 1950 e, principalmente de 1960, Carlos Prado passo... more Com todas as mudanças ocorridas nas décadas de 1950 e, principalmente de 1960, Carlos Prado passou a se sentir à margem e, assim se colocou, quase sem coragem de lutar por um espaço, mesmo tendo sido detentor de variados trunfos: a origem familiar, a formação e o treinamento teórico, as vivências no exterior, a breve militância política no Partido Comunista junto com o irmão Caio Prado Júnior, o bom trânsito em esferas sociais distintas e o acesso aos dirigentes culturais. Estava ligado pelo parentesco, mesmo que distante, a três grandes incentivadores das artes do século XX: Paulo Prado, que manteve nos anos 1920 um salão cultural em sua casa de Higienópolis, frequentado por intelectuais e artistas como
É possível encontrar obras de Carlos da Silva Prado (1908-1992), irmão do intelectual Caio Prado ... more É possível encontrar obras de Carlos da Silva Prado (1908-1992), irmão do intelectual Caio Prado Júnior, nos principais museus paulistas. Artista plástico, arquiteto e teórico da arquitetura funcional, ele deixou uma obra diversificada e importante para a arte nacional, mas até então pouco conhecida. Neste trabalho a autora revela aspectos significativos ao analisar sua trajetória profissional e pessoal.
Este trabalho é fruto da pesquisa realizada no mestrado na Universidade de São Paulo e trata das ... more Este trabalho é fruto da pesquisa realizada no mestrado na Universidade de São Paulo e trata das relações entre arte, política e sociabilidade entre os participantes do Clube de Artistas Modernos (CAM), uma agremiação cultural criada na cidade de São Paulo, em novembro de 1932, pelos pintores modernistas Flávio de Carvalho, Di Cavalcanti, Antônio Gomide e Carlos Prado. Dissidente da Sociedade Pró-Arte Moderna (SPAM), outro grupo de artistas que teve como líder Lasar Segall e que reunia os amigos judeus, além de nomes da sociedade paulistana. As duas associações promoveram festas, apresentações musicais, exposições de artes plásticas. Foram muito atuantes e procuraram abalar as convenções da época.