Thaís Batista Rosa Moreira | Universidade de São Paulo (original) (raw)
Papers by Thaís Batista Rosa Moreira
Revista Lusófona de Estudos Culturais/Lusophone Journal of Cultural Studies, 2023
This article addresses the representation and presence of women in the graphic humor of the Brazi... more This article addresses the representation and presence of women in the graphic humor of the Brazilian press in the early 20th century. We take three distinct examples as the main sources of the analysis: the caricatures of women made by the artist Nair de Teffé (under the pseudonym Rian) in the 1910s, the illustrations the Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (Brazilian Federation for Women's Progress) used in the publications of the "Feminismo" (Feminism) section of the newspaper O Paiz in the late 1920s and, finally, the comic strips "Malakabeça, Fanika e Kabelluda" (Malakabeça, Fanika and Kabelluda) by Patrícia Galvão (popularly known as Pagu), published in the periodical O Homem do Povo in 1931. In addition to analyzing the works of these women, the article proposes a comparison with the comics published in the magazine O Malho, a mass humor periodical from the early 20th century. The highlighted illustrations, authored by the caricaturists J. Carlos and Leônidas, are representative of the dominant production of the time, which evoked sexist conceptions of gender relations. Our goal is to discuss the particularities and similarities of the works envisioned by women, in which the critical and subversive gaze of these figures predominated in the face of the society of their time. The historical and comparative approach makes it possible to recover these little-known graphic narratives, and shed light on the gender and power relations that constitute the universe of the press and humorous publications then.
Revista Lusófona de Estudos Culturais, 2023
O artigo visa refletir sobre a representação e a presença de mulheres no humor gráfico da impr... more O artigo visa refletir sobre a representação e a presença de mulheres no humor gráfico da imprensa brasileira no início do século XX. Tomaremos como fontes principais da análise três exemplos distintos: as caricaturas de mulheres feitas pela artista Nair de Teffé (com o pseudônimo Rian) na década de 1910, as ilustrações que a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino utilizou nas publicações da seção “Feminismo” do jornal O Paiz no final da década de 1920 e, por fim, as tirinhas cômicas “Malakabeça, Fanika e Kabelluda” de Patrícia Galvão (popularmente conhecida como Pagu), publicadas no periódico O Homem do Povo em 1931. Além de analisar as obras dessas mulheres, o artigo propõe uma comparação com os quadrinhos publicados pela revista O Malho, um periódico humorístico massivo do início do século XX. As ilustrações destacadas, de autoria dos caricaturistas J. Carlos e Leônidas, são representativas da produção hegemônica da época, que evocava concepções sexistas das relações de gênero. Nosso objetivo é discutir as particularidades e as similaridades das obras idealizadas pelas mulheres, em que predominaram o olhar crítico e subversivo dessas figuras diante da sociedade de seu tempo. A abordagem histórica e comparativa possibilitará recuperar essas narrativas gráficas pouco conhecidas, bem como lançar luz às relações de gênero e de poder que constituem o universo da imprensa e das publicações humorísticas do período.
Revista Angelus Novus, 2022
Uma das grandes pautas políticas do início do século XX foi o sufrágio feminino, questão que mobi... more Uma das grandes pautas políticas do início do século XX foi o sufrágio feminino, questão que mobilizou uma série de militantes, políticos e articulistas, seja em seu apoio, seja em sua oposição. Tendo a imprensa como fonte, o objetivo deste artigo é analisar parte da trajetória feminista argentina a partir de dois periódicos ilustrados: PBT e Caras y Caretas. Além disso, outras fontes da imprensa internacional da época são mencionadas, uma vez que muitas das representações sobre o tema circularam por diferentes países. Para isso, mobilizaremos a concepção de representação de Roger Chartier, as ideias acerca da circulação e da apropriação cultural mencionadas por Angela de Castro Gomes e Patricia Souza Hansen, bem como algumas considerações sobre a história conceitual do político de Pierre Rosanvallon. Nesse sentido, buscamos evidenciar como o debate sobre a emancipação feminina foi permeado por disputas – que envolviam posicionamentos detratores do feminismo e do sufragismo – mas também por apropriações – que as mulheres militantes utilizaram para contrapor os discursos antifeministas em voga, especialmente na imprensa.
Revista Eletrônica da ANPHLAC, 2021
Este artigo tem por objetivo analisar uma série de representações ligadas ao que se entendia como... more Este artigo tem por objetivo analisar uma série de representações ligadas ao que se entendia como virilidade no início do século XX. O período em questão é um momento-chave na história da imprensa como um todo: com os maquinários cada vez mais modernos e a circulação de notícias cada vez mais fluida, diversos periódicos são editados nos grandes centros urbanos. Uma das revistas mais populares da Belle Époque era a revista ilustradas humorística. Para a nossa reflexão comparativa, tomaremos como exemplo dois periódicos desse gênero: a revista O Malho, brasileira, e a revista PBT, argentina. A tônica de suas publicações, que são nossas fontes primárias, era a da sátira e do humor, através de chistes, charges e crônicas que traziam as notícias e as novidades do mundo da política e da cultura. Nesse sentido, a questão da emancipação feminina foi um dos temas constantemente articulados e mobilizados por esses periódicos, seja demarcando um posicionamento antifeminista ou ressignificando ...
Revista Epígrafe, 2019
O começo do século XX, permeado por diversos movimentos políticos no contexto brasileiro, bem com... more O começo do século XX, permeado por diversos movimentos políticos no contexto brasileiro, bem como internacional, foi um momento chave para a articulação das pautas feministas de emancipação e reivindicação de direitos. No Brasil, a questão ganhou evidência principalmente após a proposta de emenda constitucional favorável ao sufrágio em 1917, além da criação da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino em 1922. Ações como essas despertaram diversos posicionamentos contrários na opinião pública, que se utilizou de diferentes linguagens para deslegitimar as demandas feministas. A proposta desse artigo é analisar manejos de ideias essencialistas de gênero para defender posicionamentos antifeministas e antissufragistas em publicações especificamente veiculadas entre 1919 e 1931 em revistas ilustradas humorísticas de grande tiragem na cidade do Rio de Janeiro. Dentre caricaturas e anedotas, algumas edições das revistas O Malho e Careta trouxeram o tema do emancipação feminina e do sufrágio de forma satírica ao público leitor. Propomos a hipótese de que esse setor da imprensa, em especial, teve papel de destaque como porta-voz das críticas ao movimento sufragista-feminista. Para isso, traçamos uma reflexão sobre como operaram os discursos humorísticos e seus propósitos como linguagem para criticar as(os) militantes dos direitos políticos para mulheres no período em questão.
Talks by Thaís Batista Rosa Moreira
Laboratório de História Pública - LHP-Unifal, 2021
Conference Presentations by Thaís Batista Rosa Moreira
III Jornadas Internacionales de Estudios sobre el Humor y lo Cómico, 2023
A principios del siglo XX, las ideas feministas de emancipación de la mujer y de búsqueda de dere... more A principios del siglo XX, las ideas feministas de emancipación de la mujer y de búsqueda de derechos eran ya reivindicaciones conocidas en los grandes centros urbanos, habiendo tenido repercusiones, generalmente críticas, en la prensa de masas. Las sufragistas y las “mujeres modernas”, por su carácter desafiante y potencialmente subversivo, fueron recurrentemente representadas en las revistas ilustradas por el sesgo del humor: en las fuentes históricas, que incluyen tanto textos como imágenes, se registran chistes, burlas e incluso sátiras más agresivas.
En este sentido, la investigación pretende reflexionar sobre estas representaciones desde la perspectiva de género, observando la relación de estas producciones humorísticas (producidas en su mayoría por hombres) con la disputa que libran las feministas en busca de derechos y su propio lugar en el espacio público. Para analizar esta cuestión partiremos de un dato contradictorio que marca estas reacciones y representaciones antifeministas: si, por un lado, los periodistas y dibujantes manifestaron intenciones de deslegitimar al movimiento y provocar a sus defensoras a través de la burla, por otro terminaron por darles visibilidad y cierta “atención pública”.
Este dato es significativo para reflexionar sobre la trayectoria histórica de las asociaciones feministas y sufragistas en diferentes contextos, ya que la expresión “feminismo” ganó muy pronto una mala reputación y había una necesidad constante de visibilizar la causa y abogar por la adhesión de la opinión pública. Por lo tanto, buscar comprender las tensiones y contradicciones que permearon el acto de reírse de las mujeres en el espacio público nos permitirá pensar más en el antifeminismo (re)producido por la prensa de la época.
XVI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Investigadores de la Comunicación (ALAIC), 2023
El comienzo del siglo XX fue un momento clave en la consolidación de la prensa en las grandes ciu... more El comienzo del siglo XX fue un momento clave en la consolidación de la prensa en las grandes ciudades. El consumo y la tirada de publicaciones periódicas se mostró inseparable de la lógica del mercado y, sobre todo, de las disputas políticas locales. Sin embargo, este momento histórico también fue marcado por la acción de los movimientos sociales, entre ellos el sufragismo, protagonizado por feministas interesadas en conquistar derechos políticos para las mujeres. En Brasil, el Partido Republicano Feminino (PRF) fue creado en 1910 por la profesora Leolinda Figueiredo Daltro. En Argentina, se formaron varias organizaciones, como el Consejo Nacional de Mujeres Argentinas (1900), el Centro Feminista (1905), la Liga Feminista Nacional (1910), entre otras. Las reivindicaciones femeninas fueron, por tanto, un tema recurrente en las páginas de los periódicos, que denunciaban tanto a sufragistas inglesas como a activistas latinoamericanas con el propósito de desacreditar y ridiculizar los temas feministas. En ese sentido, tenemos como objetivo analizar la producción y circulación de representaciones y discursos antisufragistas en la prensa argentina y brasileña de principios del siglo XX a partir de las perspectivas teórico-metodológicas de la Historia Comparada, de los Estudios de Género y de la Cultura Visual.
Revista Lusófona de Estudos Culturais/Lusophone Journal of Cultural Studies, 2023
This article addresses the representation and presence of women in the graphic humor of the Brazi... more This article addresses the representation and presence of women in the graphic humor of the Brazilian press in the early 20th century. We take three distinct examples as the main sources of the analysis: the caricatures of women made by the artist Nair de Teffé (under the pseudonym Rian) in the 1910s, the illustrations the Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (Brazilian Federation for Women's Progress) used in the publications of the "Feminismo" (Feminism) section of the newspaper O Paiz in the late 1920s and, finally, the comic strips "Malakabeça, Fanika e Kabelluda" (Malakabeça, Fanika and Kabelluda) by Patrícia Galvão (popularly known as Pagu), published in the periodical O Homem do Povo in 1931. In addition to analyzing the works of these women, the article proposes a comparison with the comics published in the magazine O Malho, a mass humor periodical from the early 20th century. The highlighted illustrations, authored by the caricaturists J. Carlos and Leônidas, are representative of the dominant production of the time, which evoked sexist conceptions of gender relations. Our goal is to discuss the particularities and similarities of the works envisioned by women, in which the critical and subversive gaze of these figures predominated in the face of the society of their time. The historical and comparative approach makes it possible to recover these little-known graphic narratives, and shed light on the gender and power relations that constitute the universe of the press and humorous publications then.
Revista Lusófona de Estudos Culturais, 2023
O artigo visa refletir sobre a representação e a presença de mulheres no humor gráfico da impr... more O artigo visa refletir sobre a representação e a presença de mulheres no humor gráfico da imprensa brasileira no início do século XX. Tomaremos como fontes principais da análise três exemplos distintos: as caricaturas de mulheres feitas pela artista Nair de Teffé (com o pseudônimo Rian) na década de 1910, as ilustrações que a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino utilizou nas publicações da seção “Feminismo” do jornal O Paiz no final da década de 1920 e, por fim, as tirinhas cômicas “Malakabeça, Fanika e Kabelluda” de Patrícia Galvão (popularmente conhecida como Pagu), publicadas no periódico O Homem do Povo em 1931. Além de analisar as obras dessas mulheres, o artigo propõe uma comparação com os quadrinhos publicados pela revista O Malho, um periódico humorístico massivo do início do século XX. As ilustrações destacadas, de autoria dos caricaturistas J. Carlos e Leônidas, são representativas da produção hegemônica da época, que evocava concepções sexistas das relações de gênero. Nosso objetivo é discutir as particularidades e as similaridades das obras idealizadas pelas mulheres, em que predominaram o olhar crítico e subversivo dessas figuras diante da sociedade de seu tempo. A abordagem histórica e comparativa possibilitará recuperar essas narrativas gráficas pouco conhecidas, bem como lançar luz às relações de gênero e de poder que constituem o universo da imprensa e das publicações humorísticas do período.
Revista Angelus Novus, 2022
Uma das grandes pautas políticas do início do século XX foi o sufrágio feminino, questão que mobi... more Uma das grandes pautas políticas do início do século XX foi o sufrágio feminino, questão que mobilizou uma série de militantes, políticos e articulistas, seja em seu apoio, seja em sua oposição. Tendo a imprensa como fonte, o objetivo deste artigo é analisar parte da trajetória feminista argentina a partir de dois periódicos ilustrados: PBT e Caras y Caretas. Além disso, outras fontes da imprensa internacional da época são mencionadas, uma vez que muitas das representações sobre o tema circularam por diferentes países. Para isso, mobilizaremos a concepção de representação de Roger Chartier, as ideias acerca da circulação e da apropriação cultural mencionadas por Angela de Castro Gomes e Patricia Souza Hansen, bem como algumas considerações sobre a história conceitual do político de Pierre Rosanvallon. Nesse sentido, buscamos evidenciar como o debate sobre a emancipação feminina foi permeado por disputas – que envolviam posicionamentos detratores do feminismo e do sufragismo – mas também por apropriações – que as mulheres militantes utilizaram para contrapor os discursos antifeministas em voga, especialmente na imprensa.
Revista Eletrônica da ANPHLAC, 2021
Este artigo tem por objetivo analisar uma série de representações ligadas ao que se entendia como... more Este artigo tem por objetivo analisar uma série de representações ligadas ao que se entendia como virilidade no início do século XX. O período em questão é um momento-chave na história da imprensa como um todo: com os maquinários cada vez mais modernos e a circulação de notícias cada vez mais fluida, diversos periódicos são editados nos grandes centros urbanos. Uma das revistas mais populares da Belle Époque era a revista ilustradas humorística. Para a nossa reflexão comparativa, tomaremos como exemplo dois periódicos desse gênero: a revista O Malho, brasileira, e a revista PBT, argentina. A tônica de suas publicações, que são nossas fontes primárias, era a da sátira e do humor, através de chistes, charges e crônicas que traziam as notícias e as novidades do mundo da política e da cultura. Nesse sentido, a questão da emancipação feminina foi um dos temas constantemente articulados e mobilizados por esses periódicos, seja demarcando um posicionamento antifeminista ou ressignificando ...
Revista Epígrafe, 2019
O começo do século XX, permeado por diversos movimentos políticos no contexto brasileiro, bem com... more O começo do século XX, permeado por diversos movimentos políticos no contexto brasileiro, bem como internacional, foi um momento chave para a articulação das pautas feministas de emancipação e reivindicação de direitos. No Brasil, a questão ganhou evidência principalmente após a proposta de emenda constitucional favorável ao sufrágio em 1917, além da criação da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino em 1922. Ações como essas despertaram diversos posicionamentos contrários na opinião pública, que se utilizou de diferentes linguagens para deslegitimar as demandas feministas. A proposta desse artigo é analisar manejos de ideias essencialistas de gênero para defender posicionamentos antifeministas e antissufragistas em publicações especificamente veiculadas entre 1919 e 1931 em revistas ilustradas humorísticas de grande tiragem na cidade do Rio de Janeiro. Dentre caricaturas e anedotas, algumas edições das revistas O Malho e Careta trouxeram o tema do emancipação feminina e do sufrágio de forma satírica ao público leitor. Propomos a hipótese de que esse setor da imprensa, em especial, teve papel de destaque como porta-voz das críticas ao movimento sufragista-feminista. Para isso, traçamos uma reflexão sobre como operaram os discursos humorísticos e seus propósitos como linguagem para criticar as(os) militantes dos direitos políticos para mulheres no período em questão.
III Jornadas Internacionales de Estudios sobre el Humor y lo Cómico, 2023
A principios del siglo XX, las ideas feministas de emancipación de la mujer y de búsqueda de dere... more A principios del siglo XX, las ideas feministas de emancipación de la mujer y de búsqueda de derechos eran ya reivindicaciones conocidas en los grandes centros urbanos, habiendo tenido repercusiones, generalmente críticas, en la prensa de masas. Las sufragistas y las “mujeres modernas”, por su carácter desafiante y potencialmente subversivo, fueron recurrentemente representadas en las revistas ilustradas por el sesgo del humor: en las fuentes históricas, que incluyen tanto textos como imágenes, se registran chistes, burlas e incluso sátiras más agresivas.
En este sentido, la investigación pretende reflexionar sobre estas representaciones desde la perspectiva de género, observando la relación de estas producciones humorísticas (producidas en su mayoría por hombres) con la disputa que libran las feministas en busca de derechos y su propio lugar en el espacio público. Para analizar esta cuestión partiremos de un dato contradictorio que marca estas reacciones y representaciones antifeministas: si, por un lado, los periodistas y dibujantes manifestaron intenciones de deslegitimar al movimiento y provocar a sus defensoras a través de la burla, por otro terminaron por darles visibilidad y cierta “atención pública”.
Este dato es significativo para reflexionar sobre la trayectoria histórica de las asociaciones feministas y sufragistas en diferentes contextos, ya que la expresión “feminismo” ganó muy pronto una mala reputación y había una necesidad constante de visibilizar la causa y abogar por la adhesión de la opinión pública. Por lo tanto, buscar comprender las tensiones y contradicciones que permearon el acto de reírse de las mujeres en el espacio público nos permitirá pensar más en el antifeminismo (re)producido por la prensa de la época.
XVI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Investigadores de la Comunicación (ALAIC), 2023
El comienzo del siglo XX fue un momento clave en la consolidación de la prensa en las grandes ciu... more El comienzo del siglo XX fue un momento clave en la consolidación de la prensa en las grandes ciudades. El consumo y la tirada de publicaciones periódicas se mostró inseparable de la lógica del mercado y, sobre todo, de las disputas políticas locales. Sin embargo, este momento histórico también fue marcado por la acción de los movimientos sociales, entre ellos el sufragismo, protagonizado por feministas interesadas en conquistar derechos políticos para las mujeres. En Brasil, el Partido Republicano Feminino (PRF) fue creado en 1910 por la profesora Leolinda Figueiredo Daltro. En Argentina, se formaron varias organizaciones, como el Consejo Nacional de Mujeres Argentinas (1900), el Centro Feminista (1905), la Liga Feminista Nacional (1910), entre otras. Las reivindicaciones femeninas fueron, por tanto, un tema recurrente en las páginas de los periódicos, que denunciaban tanto a sufragistas inglesas como a activistas latinoamericanas con el propósito de desacreditar y ridiculizar los temas feministas. En ese sentido, tenemos como objetivo analizar la producción y circulación de representaciones y discursos antisufragistas en la prensa argentina y brasileña de principios del siglo XX a partir de las perspectivas teórico-metodológicas de la Historia Comparada, de los Estudios de Género y de la Cultura Visual.