Maureen S C H A E F E R França | UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANÁ (original) (raw)

Papers by Maureen S C H A E F E R França

Research paper thumbnail of Moçada negra na Pop, primeira revista jovem do Brasil (anos 1970)

Anais do 14° Congresso de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 2024

A Pop, primeira revista destinada à juventude brasileira, circulou entre 1972 e 1979 pela editora... more A Pop, primeira revista destinada à juventude brasileira, circulou entre 1972 e 1979 pela editora Abril, abordando a moda como um de seus principais assuntos. Veiculada em plena ditadura militar, ela dialogou com transformações comportamentais daqueles anos impulsionadas, em parte, pelos movimentos hippie, negro, gay e feminista. A moda não é uma prática neutra e apolítica, mas atravessada por visões de mundo, interesses e regulações, podendo reiterar ou não desigualdades sociais. Logo, o objetivo do texto é compreender se as representações de pessoas negras em imagens de moda, que circularam na Pop, questionaram e/ou reforçaram desigualdades raciais. Para isso, me apoio nos Estudos Culturais e Estudos de Raça e na História do Brasil e da Moda. A partir das análises, verifiquei que as representações da moçada negra estavam ligadas à tentativa de atribuir um verniz “descolado” à revista, sem se preocupar, mais profundamente, com a redução das desigualdades raciais.

Research paper thumbnail of MODA UNISSEX NA POP, PRIMEIRA REVISTA JOVEM DO BRASIL (ANOS 1970)

Dobras , 2024

A Pop, primeira revista destinada às garotas e aos garotos do Brasil, circulou entre... more A Pop, primeira revista destinada às garotas e aos garotos do Brasil, circulou entre 1972 e 1979 pela editora Abril, abordando a moda do período entre outros assun-tos. A revista, veiculada em plena ditadura militar, dialogou com transformações compor-tamentais daqueles anos impulsionadas, em parte, pelos movimentos hippie, gay e femi-nista. Compreendemos que a moda não é uma prática neutra e apolítica, mas atravessada por visões de mundo, interesses e regulações, podendo reiterar ou não desigualdades sociais. Sendo assim, o objetivo do texto é entender como a moda unissex, que circulou na Pop, materializou transformações culturais do período, questionando e/ou reforçando normas de gênero. Para isso, nós analisamos a jardineira, peça unissex de maior destaque na revista, nos apoiando em Estudos de Gênero e Estudos Culturais e na História do Brasil, da Mídia e da Moda. A partir das análises, verificamos se as peças de moda realmente fun-cionaram de modo unissex, enquadrando ou não maneiras distintas de vesti-las quando conectadas a corpos ditos femininos e masculinos. Ademais, também avaliamos se as pro-duções mantiveram ou não referências de feminilidades e de masculinidades, causando ou não ambiguidades de gênero.

Research paper thumbnail of Juventude “transada” nas capas da Pop, primeira revista jovem do Brasil (anos 1970)

Arcos Design, Jan 6, 2023

Juventude "transada" nas capas da Pop, primeira revista jovem do Brasil (anos 1970) Resumo: A Pop... more Juventude "transada" nas capas da Pop, primeira revista jovem do Brasil (anos 1970) Resumo: A Pop, primeira revista destinada à juventude brasileira, circulou entre 1972 e 1979, dialogando com transformações comportamentais do período impulsionadas pela contracultura e pelos movimentos gay e feminista. Busco compreender como as capas da Pop moldaram modelos de juvenilidades que, a priori, questionaram o conservadorismo social, ampliando referências para a construção das identidades juvenis. Nessa perspectiva, utilizo pesquisas sobre Juventude, Gênero, Raça, História, Imagem e Design. O estudo das mídias é relevante, pois elas constroem representações que parecem ser a própria realidade, legitimando e ampliando, mas também interditando modos de ser e estar no mundo, podendo reiterar e/ou tensionar desigualdades sociais. O estudo indicou que a Pop questionou modelos de comportamento tradicionais, embora tenha produzido, em grande medida, representações de juvenilidades ligadas às camadas privilegiadas, à branquitude e à heteronormatividade. Palavras-chave: Revista Pop; juventude; anos 1970.

Research paper thumbnail of Moda hippie & a prática “faça você mesmo”

dObra[s], Mar 29, 2022

Pop foi a primeira revista dirigida especificamente para a juventude brasileira, tendo circulado ... more Pop foi a primeira revista dirigida especificamente para a juventude brasileira, tendo circulado entre 1972 e 1979 pela editora Abril em plena ditadura civil-militar. A publicação dialogou com transformações comportamentais impulsionadas pela contracultura e por alguns movimentos sociais para moldar uma representação de juventude "transada" na tentativa de atrair garotos e garotas, sobretudo, das camadas médias brancas, atuando como um referencial na construção das identidades juvenis. E como os corpos não possuem fronteiras fixas nem imutáveis, são produzidos socialmente em interação com o mundo, não existindo, portanto, os que não apelem para as tecnologias, entre elas, a moda. Sendo assim, temos como objetivo analisar, sob a ótica de gênero, como a prática "faça você mesmo", atrelada à moda hippie na revista Pop, ampliou e/ou reiterou os limites para a construção dos corpos. Para isso, recorremos especialmente aos Estudos de Gênero, aos Estudos Culturais e à História da Moda. As análises indicam que os modismos ampliaram esses limites, embora a Pop tenha acionado referências associadas a modelos tradicionais de feminilidades e de masculinidades. [palavras-chave] Juventude. Moda hippie. Faça você mesmo. Revista Pop. Gênero.

Research paper thumbnail of Garotas usam calça, gravata & paletó: novos modelos de feminilidades na Revista Pop (anos 1970)

Revista Veredas da História, Dec 31, 2020

Research paper thumbnail of Juventude Transada Moda Como Tecnologia De Genero Na Revista Pop Anos 1970

Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Feb 23, 2021

Fashion is not a neutral practice, but crossed by worldviews, interests and power relations that ... more Fashion is not a neutral practice, but crossed by worldviews, interests and power relations that often go unnoticed. The body does not have fixed and immutable boundaries, being socially built in interaction with the world, therefore, there is no body that does not appeal to technologies, including fashion. Based on these assumptions, I aim to investigate how fashion as a gender prosthesis - and in intersection with other social markers such as age/generation, social class, race/ethnicity and sexuality – reinforced and/or expanded the limits for the construction of bodies across representations of “cool” young people published in Pop – the first youth magazine in Brazil, having circulated between 1972 and 1979 during the Military Dictatorship by the Abril publishing house. Aimed at boys and girls, above all, from the white middle classes, the magazine adopted the pop language in an attempt to shape a new market niche, dialoguing, in a certain way and to a certain extent, with the counterculture and its connections with the black, gay and feminist movements. At this juncture, “cool” kids, whose images circulated in Pop magazine, were molded as young people supposedly irreverent, free, authentic, nonconformist, modern and “without prejudice” in opposition to conformist, conservative and outdated models of masculinities and femininities, culturally associated with the “adult world”. This research brings contributions regarding the explanation of the transformations that occurred in the youth fashion of the 1970s, considering for that its intertwining with the socio-cultural dynamics; the political character of design; and the deconstruction of evolutionary, essentialist and dichotomous views (which tend to naturalize social inequalities) in order to stimulate changes in perspectives, which in daily practices, could will converge to the construction of a more conscious and solidary society. The analyzes indicate that the fashion conveyed by Pop has expanded the limits for the construction of bodies, although it has systematically triggered references associated with traditional models of femininities and masculinities. In other words, the fashion analyzed has shaped “cool” youth models, in a certain extent, being traversed by contradictions, questioning, but not quite breaking with gender norms.

Research paper thumbnail of Moda, cultura e frascos de perfume

Projetica, 2011

Os estudos apresentados neste artigo buscam refletir sobre a relação entre design e cultura prese... more Os estudos apresentados neste artigo buscam refletir sobre a relação entre design e cultura presente nos frascos de perfume do século XXI. O objetivo é compreender algumas representações sociais construídas através do design de frascos de perfume após o seu encontro com a moda e as suas relações com a criação de espaços de identificação para os consumidores potenciais. Procurouse estudar os envoltórios em sua materialidade, o modo como constituem e são constituídos por discursos sócio-culturais, questionando ou reproduzindo estereótipos, convenções sociais e relações de poder. Para isso, recorreu-se à análise da configuração visual, mediada pelas questões sócioculturais, de duas embalagens de perfume: CH e CH Men, ambas da estilista Carolina Herrera, voltadas, respectivamente, para o público feminino e masculino. As embalagens costumam dar visibilidade a tipos de feminilidades e masculinidades e estilos de vida, que são atravessados por questões de gênero, geracionais e classistas. Os frascos de perfume, assim como outros produtos do design, permitem observar parte da representação da sociedade contemporânea.

Research paper thumbnail of Juventude “transada”: tensionamentos das normativas de gênero na moda promovida pela revista Pop (anos 1970)

dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda, Dec 19, 2019

Research paper thumbnail of Design Têxtil: memória das subversões dos limites de gênero no início do século XXI

Busca-se analisar designs têxteis que subvertem padrões normativos de gênero no início do século... more Busca-se analisar designs têxteis que subvertem padrões normativos de gênero no início do século XXI. O design têxtil memoriza ideias numa forma tangível, funcionando como um agente de transformação social. São apresentadas noções sobre Design Têxtil e a sua relação com a construção das identidades pessoais e gênero. Depois, são analisados designs têxteis que reforçam e subvertem padrões normativos de gênero segundo o método de análise pautado nos estudos de Schiebinger.

Research paper thumbnail of Moda, Cultura & Frascos de Perfume

Os estudos apresentados neste artigo buscam refletir sobre a relação entre design e cultura prese... more Os estudos apresentados neste artigo buscam refletir sobre a relação entre design e cultura presente nos frascos de perfume do século XXI. O objetivo é compreender algumas representações sociais construídas através do design de frascos de perfume após o seu encontro com a moda e as suas relações com a criação de espaços de identificação para os consumidores potenciais. Procurou-se estudar os envoltórios em sua materialidade, o modo como constituem e são constituídos por discursos sócioculturais, questionando ou reproduzindo estereótipos, convenções sociais e relações de poder. Para isso, recorreu-se à análise da configuração visual, mediada pelas questões sócio-culturais, de duas embalagens de perfume: CH e CH Men, ambas da estilista Carolina Herrera, voltadas, respectivamente, para o público feminino e masculino. As embalagens costumam dar visibilidade a tipos de feminilidades e masculinidades e estilos de vida, que são atravessados por questões de gênero, geracionais e classistas. Os frascos de perfume, assim como outros produtos do design, permitem observar parte da representação da sociedade contemporânea.

Thesis Chapters by Maureen S C H A E F E R França

Research paper thumbnail of Juventude "transada": moda como tecnologia de gênero na revista Pop (anos 1970)

Tese de doutorado, 2021

Fashion is not a neutral practice, but crossed by worldviews, interests and power relations that ... more Fashion is not a neutral practice, but crossed by worldviews, interests and power relations that often go unnoticed. The body does not have fixed and immutable boundaries, being socially built in interaction with the world, therefore, there is no body that does not appeal to technologies, including fashion. Based on these assumptions, I aim to investigate how fashion as a gender prosthesis - and in intersection with other social markers such as age/generation, social class, race/ethnicity and sexuality – reinforced and/or expanded the limits for the construction of bodies across representations of “cool” young people published in Pop – the first youth magazine in Brazil, having circulated between 1972 and 1979 during the Military Dictatorship by the Abril publishing house. Aimed at boys and girls, above all, from the white middle classes, the magazine adopted the pop language in an attempt to shape a new market niche, dialoguing, in a certain way and to a certain extent, with the counterculture and its connections with the black, gay and feminist movements. At this juncture, “cool” kids, whose images circulated in Pop magazine, were molded as young people supposedly irreverent, free, authentic, nonconformist, modern and “without prejudice” in opposition to conformist, conservative and outdated models of masculinities and femininities, culturally associated with the “adult world”. This research brings contributions regarding the explanation of the transformations that occurred in the youth fashion of the 1970s, considering for that its intertwining with the socio-cultural dynamics; the political character of design; and the deconstruction of evolutionary, essentialist and dichotomous views (which tend to naturalize social inequalities) in order to stimulate changes in perspectives, which in daily practices, could will converge to the construction of a more conscious and solidary society. The analyzes indicate that the fashion conveyed by Pop has expanded the limits for the construction of bodies, although it has systematically triggered references associated with traditional models of femininities and masculinities. In other words, the fashion analyzed has shaped “cool” youth models, in a certain extent, being traversed by contradictions, questioning, but not quite breaking with gender norms.

Research paper thumbnail of Moçada negra na Pop, primeira revista jovem do Brasil (anos 1970)

Anais do 14° Congresso de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 2024

A Pop, primeira revista destinada à juventude brasileira, circulou entre 1972 e 1979 pela editora... more A Pop, primeira revista destinada à juventude brasileira, circulou entre 1972 e 1979 pela editora Abril, abordando a moda como um de seus principais assuntos. Veiculada em plena ditadura militar, ela dialogou com transformações comportamentais daqueles anos impulsionadas, em parte, pelos movimentos hippie, negro, gay e feminista. A moda não é uma prática neutra e apolítica, mas atravessada por visões de mundo, interesses e regulações, podendo reiterar ou não desigualdades sociais. Logo, o objetivo do texto é compreender se as representações de pessoas negras em imagens de moda, que circularam na Pop, questionaram e/ou reforçaram desigualdades raciais. Para isso, me apoio nos Estudos Culturais e Estudos de Raça e na História do Brasil e da Moda. A partir das análises, verifiquei que as representações da moçada negra estavam ligadas à tentativa de atribuir um verniz “descolado” à revista, sem se preocupar, mais profundamente, com a redução das desigualdades raciais.

Research paper thumbnail of MODA UNISSEX NA POP, PRIMEIRA REVISTA JOVEM DO BRASIL (ANOS 1970)

Dobras , 2024

A Pop, primeira revista destinada às garotas e aos garotos do Brasil, circulou entre... more A Pop, primeira revista destinada às garotas e aos garotos do Brasil, circulou entre 1972 e 1979 pela editora Abril, abordando a moda do período entre outros assun-tos. A revista, veiculada em plena ditadura militar, dialogou com transformações compor-tamentais daqueles anos impulsionadas, em parte, pelos movimentos hippie, gay e femi-nista. Compreendemos que a moda não é uma prática neutra e apolítica, mas atravessada por visões de mundo, interesses e regulações, podendo reiterar ou não desigualdades sociais. Sendo assim, o objetivo do texto é entender como a moda unissex, que circulou na Pop, materializou transformações culturais do período, questionando e/ou reforçando normas de gênero. Para isso, nós analisamos a jardineira, peça unissex de maior destaque na revista, nos apoiando em Estudos de Gênero e Estudos Culturais e na História do Brasil, da Mídia e da Moda. A partir das análises, verificamos se as peças de moda realmente fun-cionaram de modo unissex, enquadrando ou não maneiras distintas de vesti-las quando conectadas a corpos ditos femininos e masculinos. Ademais, também avaliamos se as pro-duções mantiveram ou não referências de feminilidades e de masculinidades, causando ou não ambiguidades de gênero.

Research paper thumbnail of Juventude “transada” nas capas da Pop, primeira revista jovem do Brasil (anos 1970)

Arcos Design, Jan 6, 2023

Juventude "transada" nas capas da Pop, primeira revista jovem do Brasil (anos 1970) Resumo: A Pop... more Juventude "transada" nas capas da Pop, primeira revista jovem do Brasil (anos 1970) Resumo: A Pop, primeira revista destinada à juventude brasileira, circulou entre 1972 e 1979, dialogando com transformações comportamentais do período impulsionadas pela contracultura e pelos movimentos gay e feminista. Busco compreender como as capas da Pop moldaram modelos de juvenilidades que, a priori, questionaram o conservadorismo social, ampliando referências para a construção das identidades juvenis. Nessa perspectiva, utilizo pesquisas sobre Juventude, Gênero, Raça, História, Imagem e Design. O estudo das mídias é relevante, pois elas constroem representações que parecem ser a própria realidade, legitimando e ampliando, mas também interditando modos de ser e estar no mundo, podendo reiterar e/ou tensionar desigualdades sociais. O estudo indicou que a Pop questionou modelos de comportamento tradicionais, embora tenha produzido, em grande medida, representações de juvenilidades ligadas às camadas privilegiadas, à branquitude e à heteronormatividade. Palavras-chave: Revista Pop; juventude; anos 1970.

Research paper thumbnail of Moda hippie & a prática “faça você mesmo”

dObra[s], Mar 29, 2022

Pop foi a primeira revista dirigida especificamente para a juventude brasileira, tendo circulado ... more Pop foi a primeira revista dirigida especificamente para a juventude brasileira, tendo circulado entre 1972 e 1979 pela editora Abril em plena ditadura civil-militar. A publicação dialogou com transformações comportamentais impulsionadas pela contracultura e por alguns movimentos sociais para moldar uma representação de juventude "transada" na tentativa de atrair garotos e garotas, sobretudo, das camadas médias brancas, atuando como um referencial na construção das identidades juvenis. E como os corpos não possuem fronteiras fixas nem imutáveis, são produzidos socialmente em interação com o mundo, não existindo, portanto, os que não apelem para as tecnologias, entre elas, a moda. Sendo assim, temos como objetivo analisar, sob a ótica de gênero, como a prática "faça você mesmo", atrelada à moda hippie na revista Pop, ampliou e/ou reiterou os limites para a construção dos corpos. Para isso, recorremos especialmente aos Estudos de Gênero, aos Estudos Culturais e à História da Moda. As análises indicam que os modismos ampliaram esses limites, embora a Pop tenha acionado referências associadas a modelos tradicionais de feminilidades e de masculinidades. [palavras-chave] Juventude. Moda hippie. Faça você mesmo. Revista Pop. Gênero.

Research paper thumbnail of Garotas usam calça, gravata & paletó: novos modelos de feminilidades na Revista Pop (anos 1970)

Revista Veredas da História, Dec 31, 2020

Research paper thumbnail of Juventude Transada Moda Como Tecnologia De Genero Na Revista Pop Anos 1970

Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Feb 23, 2021

Fashion is not a neutral practice, but crossed by worldviews, interests and power relations that ... more Fashion is not a neutral practice, but crossed by worldviews, interests and power relations that often go unnoticed. The body does not have fixed and immutable boundaries, being socially built in interaction with the world, therefore, there is no body that does not appeal to technologies, including fashion. Based on these assumptions, I aim to investigate how fashion as a gender prosthesis - and in intersection with other social markers such as age/generation, social class, race/ethnicity and sexuality – reinforced and/or expanded the limits for the construction of bodies across representations of “cool” young people published in Pop – the first youth magazine in Brazil, having circulated between 1972 and 1979 during the Military Dictatorship by the Abril publishing house. Aimed at boys and girls, above all, from the white middle classes, the magazine adopted the pop language in an attempt to shape a new market niche, dialoguing, in a certain way and to a certain extent, with the counterculture and its connections with the black, gay and feminist movements. At this juncture, “cool” kids, whose images circulated in Pop magazine, were molded as young people supposedly irreverent, free, authentic, nonconformist, modern and “without prejudice” in opposition to conformist, conservative and outdated models of masculinities and femininities, culturally associated with the “adult world”. This research brings contributions regarding the explanation of the transformations that occurred in the youth fashion of the 1970s, considering for that its intertwining with the socio-cultural dynamics; the political character of design; and the deconstruction of evolutionary, essentialist and dichotomous views (which tend to naturalize social inequalities) in order to stimulate changes in perspectives, which in daily practices, could will converge to the construction of a more conscious and solidary society. The analyzes indicate that the fashion conveyed by Pop has expanded the limits for the construction of bodies, although it has systematically triggered references associated with traditional models of femininities and masculinities. In other words, the fashion analyzed has shaped “cool” youth models, in a certain extent, being traversed by contradictions, questioning, but not quite breaking with gender norms.

Research paper thumbnail of Moda, cultura e frascos de perfume

Projetica, 2011

Os estudos apresentados neste artigo buscam refletir sobre a relação entre design e cultura prese... more Os estudos apresentados neste artigo buscam refletir sobre a relação entre design e cultura presente nos frascos de perfume do século XXI. O objetivo é compreender algumas representações sociais construídas através do design de frascos de perfume após o seu encontro com a moda e as suas relações com a criação de espaços de identificação para os consumidores potenciais. Procurouse estudar os envoltórios em sua materialidade, o modo como constituem e são constituídos por discursos sócio-culturais, questionando ou reproduzindo estereótipos, convenções sociais e relações de poder. Para isso, recorreu-se à análise da configuração visual, mediada pelas questões sócioculturais, de duas embalagens de perfume: CH e CH Men, ambas da estilista Carolina Herrera, voltadas, respectivamente, para o público feminino e masculino. As embalagens costumam dar visibilidade a tipos de feminilidades e masculinidades e estilos de vida, que são atravessados por questões de gênero, geracionais e classistas. Os frascos de perfume, assim como outros produtos do design, permitem observar parte da representação da sociedade contemporânea.

Research paper thumbnail of Juventude “transada”: tensionamentos das normativas de gênero na moda promovida pela revista Pop (anos 1970)

dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda, Dec 19, 2019

Research paper thumbnail of Design Têxtil: memória das subversões dos limites de gênero no início do século XXI

Busca-se analisar designs têxteis que subvertem padrões normativos de gênero no início do século... more Busca-se analisar designs têxteis que subvertem padrões normativos de gênero no início do século XXI. O design têxtil memoriza ideias numa forma tangível, funcionando como um agente de transformação social. São apresentadas noções sobre Design Têxtil e a sua relação com a construção das identidades pessoais e gênero. Depois, são analisados designs têxteis que reforçam e subvertem padrões normativos de gênero segundo o método de análise pautado nos estudos de Schiebinger.

Research paper thumbnail of Moda, Cultura & Frascos de Perfume

Os estudos apresentados neste artigo buscam refletir sobre a relação entre design e cultura prese... more Os estudos apresentados neste artigo buscam refletir sobre a relação entre design e cultura presente nos frascos de perfume do século XXI. O objetivo é compreender algumas representações sociais construídas através do design de frascos de perfume após o seu encontro com a moda e as suas relações com a criação de espaços de identificação para os consumidores potenciais. Procurou-se estudar os envoltórios em sua materialidade, o modo como constituem e são constituídos por discursos sócioculturais, questionando ou reproduzindo estereótipos, convenções sociais e relações de poder. Para isso, recorreu-se à análise da configuração visual, mediada pelas questões sócio-culturais, de duas embalagens de perfume: CH e CH Men, ambas da estilista Carolina Herrera, voltadas, respectivamente, para o público feminino e masculino. As embalagens costumam dar visibilidade a tipos de feminilidades e masculinidades e estilos de vida, que são atravessados por questões de gênero, geracionais e classistas. Os frascos de perfume, assim como outros produtos do design, permitem observar parte da representação da sociedade contemporânea.

Research paper thumbnail of Juventude "transada": moda como tecnologia de gênero na revista Pop (anos 1970)

Tese de doutorado, 2021

Fashion is not a neutral practice, but crossed by worldviews, interests and power relations that ... more Fashion is not a neutral practice, but crossed by worldviews, interests and power relations that often go unnoticed. The body does not have fixed and immutable boundaries, being socially built in interaction with the world, therefore, there is no body that does not appeal to technologies, including fashion. Based on these assumptions, I aim to investigate how fashion as a gender prosthesis - and in intersection with other social markers such as age/generation, social class, race/ethnicity and sexuality – reinforced and/or expanded the limits for the construction of bodies across representations of “cool” young people published in Pop – the first youth magazine in Brazil, having circulated between 1972 and 1979 during the Military Dictatorship by the Abril publishing house. Aimed at boys and girls, above all, from the white middle classes, the magazine adopted the pop language in an attempt to shape a new market niche, dialoguing, in a certain way and to a certain extent, with the counterculture and its connections with the black, gay and feminist movements. At this juncture, “cool” kids, whose images circulated in Pop magazine, were molded as young people supposedly irreverent, free, authentic, nonconformist, modern and “without prejudice” in opposition to conformist, conservative and outdated models of masculinities and femininities, culturally associated with the “adult world”. This research brings contributions regarding the explanation of the transformations that occurred in the youth fashion of the 1970s, considering for that its intertwining with the socio-cultural dynamics; the political character of design; and the deconstruction of evolutionary, essentialist and dichotomous views (which tend to naturalize social inequalities) in order to stimulate changes in perspectives, which in daily practices, could will converge to the construction of a more conscious and solidary society. The analyzes indicate that the fashion conveyed by Pop has expanded the limits for the construction of bodies, although it has systematically triggered references associated with traditional models of femininities and masculinities. In other words, the fashion analyzed has shaped “cool” youth models, in a certain extent, being traversed by contradictions, questioning, but not quite breaking with gender norms.