ESP�RITO SANTO, BRASIL !!! (original) (raw)
Vila Velha � a cidade mais antiga do Estado do Esp�rito Santo, com cria��o na data de 23 de maio de 1535, por Vasco Fernandes Coutinho. Era domingo consagrado pela Igreja ao Esp�rito Santo, da� a denomina��o inicial de Vila do Esp�rito Santo.
Ao longo dos s�culos, Vila Velha ficou � sombra da capital Vit�ria. Sobreviveu aos primeiros anos, quando a maior parte de sua popula��o foi para a capital. Em 1828, quase tr�s s�culos depois de povoada, tinha apenas 1250 habitantes, enquanto Vit�ria contava com 12704 moradores. Pequenos munic�pios como Nova Almeida e Itapemirim possu�am, respectivamente, 1734 e 1835 habitantes, sendo maiores do que Vila Velha.
Para chegar a Vit�ria, o morador de Vila Velha tomava um bonde da Prainha at� o cais de Paul, onde embarcava na lancha. A ponte Florentino Avidos era praticamente ignorada pelos usu�rios de bondes e lanchas. Em Vit�ria, os barcos deixavam os passageiros no centro e no cais Dom Bosco, onde mais tarde foi aberta a Av. Beira Mar.
O vai-e-vem entre o continente e a ilha de Vit�ria fazia parte do cotidiano dos canelas-verdes, como s�o denominados os moradores de Vila Velha. Tudo era em Vit�ria, incluindo o pagamento de contas diversas.
Atualmente, Vila Velha possui cerca de 300 mil habitantes distribu�dos numa �rea de 211 Km2. � ligadas � Vit�ria pela 3a Ponte, Estrada Jer�nimo Monteiro e a Avenida Carlos Lindemberg, todas vias modernas e urbanizadas.
Vila Velha, hoje, caracteriza-se como munic�pio de grande desenvolvimento econ�mico, sobressaindo-se na produ��o de chocolates, refrigerantes, cal�ados infantis e sorvetes. Possui diversas ag�ncias banc�rias e um grande p�lo de confec��es, al�m de v�rias op��es para os turistas, tais como o Museu Homero Massena, o Convento de Nossa Senhora da Penha e suas belas praias.
CHEGADA DE VASCO COUTINHO
A Hist�ria do munic�pio remota ao segundo quartel do s�culo XVI, quando Vasco Fernandes Coutinho, recebendo a Carta r�gia de 1� de janeiro de 1534, no seu solar em Alemquer, tornava-se donat�rio de uma das capitanias da costa brasileira. Reunindo uns 60 homens, entre fidalgos e criados Del Rei, alinhando-se entre aqu�les D.Jorge de Menezes e D. Sim�o de Castelo Branco, e, equipando uma caravela de 4 mastros, deixou o fidalgo lusitano a sua P�tria, partindo rumo ao Ocidente para se apossar das 50 l�guas de terras, na costa do Brasil, demarcadas para seu dom�nio.
No dia 23 de maio de 1535, domingo do Esp�rito Santo, a nau Gl�ria, orientada pela serra do Mestre �lvaro, atravessou a barra ancorando numa pequena enseada, situada � esquerda, nas fraldas do morro da Penha, ao norte do morro de Jo�o Moreno. Os colonizadores julgaram ser a ba�a um grande rio. Deram a terra o nome de Esp�rito Santo em vista de celebrar-se, naquela data, pela Igreja Cat�lica, a festa do Divino Esp�rito Santo.�
O desembarque n�o se fez com facilidade, pois os abor�gines, em defesa de sua terra, lutaram com ardor, armados de arcos e fechas, atirando suas setas dirigidas �s embarca��es. Houve necessidade de fazerem-se troar as duas pe�as de artilharia da caravela, para que os Goitac�s debandassem, permitindo a posse da terra por Vasco Fernandes Coutinho.
Iniciava-se ent�o a coloniza��o do solo esp�rito-santense, com as suas primeiras cabanas e culturas agr�colas e tendo, pouco depois, a uni-las o v�nculo religioso representado por uma igrejinha, dedicada a S�o Jo�o, em homenagem ao monarca reinante. O primeiro n�cleo de coloniza��o recebera o nome de Vila de Nossa Senhora da Vit�ria, devo��o do donat�rio.
Reconhecendo o perigo representado pelos silv�colas, assim como a possibilidade de incurs�o de piratas, que infestavam as �guas do Atl�ntico, naquela �poca, Vasco Fernandes Coutinho Lan�ou-se � constru��o de um forte em local estrat�gico situado mais ou menos onde hoje se ergue o Quartel de Piratininga.
Vasco Fernandes Coutinho, homem de esp�rito liberal e magn�nimo, come�ou logo a distribuir terras com aqueles que o auxiliaram na empresa de colonizar o Esp�rito Santo. A D. Jorge de Menezes entregou a primeira ilha junto � barra (ilha do Boi); a atual ilha dos Frades foi doada a Valentim Nunes e, 15 de julho de 1537, doou a Duarte de Lemos a ent�o ilha de Santo Antonio, que se instalara na sua parte alta, fazendo construir, na fazenda, ao lado da resid�ncia, uma igrejinha para o culto de Santa Luzia. Por essa �poca, os colonizadores sentiam-se mais desafogados do gentio. A falta, por�m, de colonos para dar desenvolvimento aos trabalhos iniciados obrigou a Vasco Fernandes Coutinho ir a Metr�pole.
Com a partida do donat�rio, por volta de 1550, a capitania ficou em completo desmando. Todas as leis, todas as regras, todos os princ�pios passaram a ser desrespeitados pelos colonos e pelo substituto de Vasco Fernandes Coutinho (Dom Jorge de Menezes). Em pouco, acendeu-se uma guerra encarni�ada em que se envolveram portugueses, escravos, �ndios e mesti�os. Em busca de ref�gio, passaram-se quase todos os colonos para a ilha de Duarte Lemos (hoje Vit�ria). A� fundaram a povoa��o a que denominaram de Vila Nova do Esp�rito Santo, em ant�tese � primeira vila, conhecida como Vila Velha.
Regressando o donat�rio da Metr�pole, transferiu a sede da capitania para a Vila Nova, promovendo, no entanto, o reerguimento da primitiva vila (Vila Velha). Em 1595, inaugurou-se a Santa Casa de Miseric�rdia, ou Casa da Caridade onde foi sepultado o donat�rio Vasco Fernandes Coutinho.
�Elevou-se o territ�rio dessa vila � categoria de cidade em 1896 e � de munic�pio em 1897. A �rea do territ�rio municipal tem passado por v�rias modifica��es. Em 1931, pelo Decreto-lei estadual n� 9.222, de 31 de mar�o de 1938, foi desanexado, e, novamente, pelo Decreto-lei estadual n� 15.177, de 31 de dezembro de 1943, incorporado ao da capital. Tal situa��o perdurou a promulga��o da Constitui��o Estadual, a 27 de julho de 1947, que estabeleceu, no artigo d�cimo das Disposi��es Transit�rias, o restabelecimento do munic�pio de Esp�rito Santo.�
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