Acompanhamento Na Produção e Construção Por Mutirão Das Casas De Terra. Caso: Assentamento Sepé Tiaraju, Serra Azul - SP (original) (raw)

Análise da organização coletiva no processo de construção da habitação rural: caso Assentamento Rural Sepé Tiaraju, Serra Azul - SP

2000

Este trabalho de pesquisa tem como objeto central a questão do provimento da habitação social para a população do campo através de organizações coletivas, em projetos que buscam além da construção de casas. Para tanto, parte da análise de um projeto de grande complexidade, denominado Projeto Sepé Tiaraju-Construção das Casas, no qual foi experimentado um processo participativo, desde a escolha da habitação, a organização para a construção e a gestão das obras. Com o desenrolar das construções, no entanto, toda a organização idealizada inicialmente se perdeu, e foi substituída pelos mais variados conflitos, e por diversas paralisações de obra. Neste contexto, este trabalho tem como objetivo analisar a organização coletiva das famílias do assentamento rural Sepé Tiaraju, Serra Azul-SP, na construção de 67 habitações, partindo do pressuposto de que existiram diferentes racionalidades que influenciaram e interferiram na organização coletiva no processo de construção das habitações, as quais se referem às características das famílias que compuseram o grupo; à atuação da assessoria técnica; às características do programa de financiamento; e às características de um canteiro de obras em meio rural. A estratégia da pesquisa está baseada em duas metodologias, a pesquisa-ação e o estudo de caso, e se desenvolve a partir da descrição do histórico de construção das casas. A importância da pesquisa está em apontar as distorções decorrentes de projetos como este, os quais, esbarrando em interesses divergentes, e num programa habitacional rígido, acabam por promover processos bastante desgastantes para os todos os envolvidos, comprometendo os seus resultados esperados. Palavras-chave: mutirão, organização coletiva, habitação rural, processo de construção, programa habitacional.

Casa de Farinha do Povoado Terreirão, Muniz Ferreira, Bahia

Revista Informação na Sociedade Contemporânea, 2022

Utilizou-se métodos da etnometodologia, da pesquisa exploratória e do estudo de caso. As técnicas e procedimentos adotados foram: visita de campo, diário de campo, entrevistas, observação direta e participante, pesquisa bibliográfica e documental. Tem como resultados parciais as narrativas sobre a formação territorial do lugar e a apresentação dos elementos informacionais que representam a informação étnico-raciais observados in loco.

A Transformação Do Território a Partir Do Uso Da Terra No Município De Santarém Pará

Nova Revista Amazônica

Este artigo foi construído no intuito de analisar os impactos do agronegócio da soja no município de Santarém no Oeste do Pará, e como a chegada dessa lógica na região acarretou mudanças no uso e ocupação da terra, requalificando antigas formas e funções espaciais. Os dados da pesquisa apontam para um caráter de substituição de algumas culturas anuais pela monocultura da soja e a introdução desses novos agentes de produção no território acabam por desencadear conflitos pelo uso e apropriação da terra; os diversos sujeitos territoriais presentes neste território divergem em interesses econômicos e sociais.

(Re) Construção Do Território No Residencial Vista Bela

ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO

Esta pesquisa insere-se no debate sobre a política habitacional, mais especificamente sobre os efeitos territoriais dos empreendimentos implantados pelo Programa Minha Casa Minha Vida. A partir do conceito de territorialização, investiga os aspectos demográficos, socioeconômicos e espaciais que influenciam os processos de (re)construção do território do Residencial Vista Bela, em Londrina-PR. A pesquisa utiliza como procedimento analítico, o mapeamento das informações do atendimento das famílias, que foram sistematizadas em uma base de dados georreferenciada do empreendimento de estudo. As aproximações sucessivas como método permitiram entender o processo de remoção a partir da origem dos moradores e dos aspectos de vulnerabilidade social, evidenciaram as relações de poder que sobre o território, e elucidaram como decisões institucionais se articularam com aspectos espaciais criando uma configuração territorial particular que impacta diretamente nos processos de (re)territorializaçã...

A casa que nasce e a casa que morre: processos de habitar na Serra da Bicha, Capivari, Serro - MG.

Monografia (bacharelado em Ciências Sociais), Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, UFMG, 2020

Este estudo é um primeiro passo em direção à compreensão dos processos de habitar na Serra da Bicha, localidade que fica entre a serra de mesmo nome e o Pico do Itambé, próximo à vila de Capivari, no município do Serro, MG. Ali, conheci moradores de dezessete casas (cujos familiares habitaram a região há pelo menos cinco gerações) no momento em que as casas tradicionais de pau-a-pique estavam paulatinamente sendo substituídas por casas de bloco e outras alvenarias mais duráveis. Para não incorrer ao erro do “pessimismo sentimental” resolvi dedicar uma escuta atenta, através da etnografia, tendo percebido a centralidade da casa para aquelas pessoas. Instigada por uma antropologia da casa em aproximação com uma antropologia do corpo, fui em busca do que a casa era feita, observando o que era acionado no momento de sua construção e os possíveis motivos de seu abandono. O que se revelou foi como as casas Serra da Bicha parecem estar em coconstituição com os seus moradores: operando um borramento entre as fronteiras da estrutura física da morada e dos corpos que a habitam. Estudando a dimensão do parentesco de forma abrangente, enquanto mutualidade do ser, foi possível perpassar princípios formativos de casas e pessoas: a vicinalidade - tecido habitacional em que as pessoas participam umas das outras; os adensamentos do tecido em configurações de casas, de tendência patrilocal; e o casamento. Se estas relações compõem as casas, as quebras também as decompõem e, no processo dinâmico do viver e do morrer, as casas de pau-a-pique acompanham organicamente as transformações, sendo construídas e abandonadas na medida em que as relações mudam. Esta dimensão pode contribuir à compreensão do processo histórico de intenso deslocamento vivido por famílias negras de sitiantes em regiões próximas, em um sentido outro do que o acesso precário à terra. A mobilidade estudada aqui também se dá a partir de motivações próprias à criatividade nativa, com autonomia sobre a própria história.

PEREIRA, G. G. ; PEREIRA, O. G. . Migração Permanentemente Temporária em Matão/SP: Famílias e Casas dos Trabalhadores Rurais.. In: X Graduação em Campo - Seminários de Antropologia Urbana, 2011, São Paulo. Anais do X Graduação em Campo - Seminários de Antropologia Urbana, 2011. p. 284-293.

Este texto se insere em uma pesquisa de iniciação cientifica e tem como objetivo desvelar o cenário urbano em Matão-SP marcado pela dinâmica estabelecida entre o segmento agroindustrial local e os trabalhadores oriundos do norte-nordeste brasileiro com seus projetos migratórios individuais ou familiares. Desvelar o cenário urbano neste contexto passa pela compreensão das redes sociais existentes e a distribuição da população migrante no espaço da cidade. Logo, além de pesquisa de campo, se fez necessária a criação de um banco de dados específico, pautado em registros institucionais, fornecidos tanto pela Pastoral do Migrante, quanto pela Secretaria de Assistência e Bem-Estar Social do município.