Poéticas: A(s) cidade(s) na literatura brasileira (original) (raw)
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Poéticas Da Cidade: Notas De Pesquisa
Linha Mestra
O texto reúne nuances sobre a cidade, suas grafias, encantamentos e silêncios. É composto por notas de pesquisa doutoral da autora e narram como a cidade figurou em movimentos entre práticas de leitura e escrita em escola pública.
Cidades literárias, realidades traumáticas
As cidades fictícias de Macondo e Nova Córdoba, construídas respectivamente na literatura de Gabriel Garcia Marquez (Cem Anos de Solidão) e Alejo Carpentier (O Recurso do Método), revelam o viés traumático do processo de urbanização e modernização na América Latina no século XX. Marcado por grande violência, seja no âmbito econômico, social, político e simbólico-discursivo, esse processo gerou duas dinâmicas distintas: de adestramento para o esquecimento nas formações sociais reais, e de existência na memória literária, na qual ficou guardado como vestígio simultaneamente histórico e imaginário. Palavras-Chave: cidades literárias – modernização traumática – memória/esquecimento
Emblemas, 2014
Este artigo discute a relação da poesia do francês Charles Baudelaire (1821-1867) e o espaço urbano que a gerou, poeta que é menos conhecido pelos seus inúmeros trabalhos como crítico de artes do que por sua obra-prima, As Flores do Mal, único livro de poesias que escreveu ao longo de seus 46 anos de vida, mas que o transformou em um dos poetas franceses mais conhecidos em todo mundo.
Belo Horizonte literária: a cidade e a poesia
Opiniães, 2016
O presente artigo pretende mostrar como a cidade de Belo Horizonte, capital mineira, desde a sua inauguração e principalmente com as primeiras décadas do século XX, esteve ligada intimamente à poesia como espaço de produção e como temática poética. Com Carlos Drummond de Andrade e os modernistas de A Revista, de 1925, a cidade entra na cena literária brasileira e se torna uma importante referência na produção literária e intelectual do país.
Poéticas urbanas e suas geograficidades: desaprendendo a gramática visual do mesmo.
RESUMO "Repetir repetir -até ficar diferente", é o que nos incentiva Manoel de Barros na sua "didática da invenção". Porém, até que ponto a repetição é algo que nos aprisiona ao invés de nos permitir essa espécie de autonomia de pensamento, de imaginação e de criatividade que tanto apregoa e defende o poeta? O próprio Manoel nos dá uma pista quando diz que "repetir é um dom do estilo", ou seja, quanto mais repetida for sua imagem iconográfica, menos potente será sua forma visual ou a prática discursiva, no sentido do "ficar diferente". Dito de outra forma, a imagem repetida é o empobrecimento da imaginação e, portanto, da nossa capacidade de pensamento. Se tomarmos, por exemplo, as grandes cidades contemporâneas como tema, um dos assuntos que mais tem circulado pelas bocas, olhos e dedos das pessoas é a chamada "mobilidade urbana". Qual seria a imagem repetida que define a mobilidade para como uma forma pensar e viver a cidade? Como se constitui essa sinonímia visual? Quais as implicações políticas dessas gramáticas visuais do mesmo? Qual o lugar do poético nesse contexto? Essas são questões que têm me acompanhado. Este artigo tem como objetivo compartilhar algumas experimentações conceituais e imaginativas que são uma forma de lidar com elas.
Cidade e forma literária: representações urbanas na literatura brasileira contemporânea
2015
Resumo em inglêsThe city as we know it, since its beginning in modern times, was characterized by its large-scale occupation by thousands of people, providing us with new kinds of social interactions and the development of new subjectivities and sensibilities that permeate the collective social imaginary. It is the ambiguous feelings caused by the uncontrolled development of the great discoveries in science and technology, population explosion, and social problems caused by the process of modernization that give the shade of the new urban ambiance, particularly of the metropolis. The Brazilian literature, mainly urban since its beginning, is known for the representation of the city, by the description of the urban space (or in transition to the urban modernity) as well as the social interactions that emerge from this environment. It is, however, in contemporaneity that the city goes from scenario to a sort of catalyst for events throughout the narrative. Before such context, the present work aims, with co-participation of the urban studies and literary studies, to verify how the urban imaginary is presented in the literature. In other words, through the analysis of Brazilian contemporary books, it will be checked the influence of urban discourse on the literary imaginary. The work will, specifically, look for the image of São Paulo presented and represented in the following literary work: The Hitman, by Patrícia Melo; The Intruder, by Marçal Aquino, the short story Blood Cornmeal, by Marcelino Freire and The sun goes down in São Paulo, by Bernardo Carvalho. This way, the research tries to find textual pieces of evidence that point out urban characteristics in the city of São Paulo, and relate directly to the subjectivity of the individuals who experience the city more than merely a background.
Geografia e Literatura: Uma Leitura Da Cidade Na Obra Poética De Paulo Leminski
Revista da Anpege, 2005
L'ÊTRE AVANT LA LETTRE la vie en close c'est une autre chose c'est lui c'est moi c'est ça c'est la vie des choses qui n'ont pas un autre choix (LEMINSKI, 2002b:5) Paulo Leminski 2 , já no fi nal da década de 1980, era um nome conhecido. Mesmo nos rincões do Brasil, seu nome era ouvido, sobretudo por aqueles jovens instigados pela Filosofi a, pela Música e pela Literatura. Em Rondonópolis, no interior do estado de Mato Grosso, antes mesmo de nossa entrada, como aluno, no curso de Graduação em Geografi a, no ano de 1989, tínhamos tido notícias de um jovem poeta: Paulo Leminski. Uma década e meia após esse nosso primeiro contato, novo encontro se estabelece no fi nal do curso de graduação em Letras na Universidade Federal do Paraná. Agora, como uma voz poética que traduz uma leitura da cidade; não só aquela em que nasceu e viveu-Curitiba 3-, mas, também, em outras em Resumo As mediações estabelecidas entre os poetas e a cidade foram pouco discutidas pela Geografi a. Assim, pretendese, com esse trabalho, analisar a cidade que se constrói na obra poética de Paulo Leminski, tendo como referência sua trajetória intelectual, sobretudo as infl uências presentes na construção de sua poética, mas, também, as mediações construídas em relação às cidades em que viveu, particularmente a de Curitiba.
Urbanidade, virtude e vício: o não-lugar da cidade na poesia pessoana
Revista do Centro de Estudos Portugueses, 2004
This essay shows how the different visions of the city in the poetry of Fernando Pessoa's heteronyms, influencied by the poetry of his precursors' masters, goes from the virtuous image of the benefits to the vicious image of the malefactions of the inevitable progress, consolidating, finally, in the idea of a non-place, the utopian and ideal city, real but dreamlike, whose existence is possible only in the literary space.
ESPAÇO E MEMÓRIA: representações sobre a cidade nas crônicas de Lycidio Paes
Espaco Em Revista, 2012
Estas reflexões têm como objetivo enfocar as representações construídas por meio das crônicas escritas ao longo do século XX por Lycidio Paes em diversos jornais do interior de Minas sobre o espaço da cidade e a memória de seus habitantes. Essas crônicas versam sobre as transformações urbanas pelas quais passaram algumas cidades do interior mineiro. As crônicas constituem uma memória tecida cotidianamente, e nos permitem compreender as alterações pelas quais passam os sentidos dos homens que habitam as cidades com a inserção dos novos ritmos ditados pela modernidade. Os meios técnicos de comunicação como o rádio, o cinema, a televisão, o carro, passam a fazer parte de uma sociedade que se transforma e desencadeia novas atitudes e hábitos dos homens que viveram em meados do século XX. Do estranhamento à acomodação esses meios reformularam a paisagem urbana e imprimiram novas relações de trabalho e lazer, no espaço público e privado.