De volta às discussões sobre o significado de paisagem e outras avenças (original) (raw)
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EDUFES, 2013
"Viajar, transitar, percorrer, transladar, caminhar, deslocar, seguir, passar, perceber, refletir, analisar, conhecer, conversar. Cada uma dessas palavras manifesta o desejo de encontrar um território ao qual pertenço, mas que, ao mesmo tempo, sinto não ser o meu" – é o sentimento que perpassa essa obra de fotografias de viagens.
O conceito de paisagem e suas dissonâncias
Geografia no Século XXI - Volume 4, 2019
Modo de acesso: World Wide Web Inclui bibliografia 1. Meio ambiente 2. Gestão. 3. Espaço Urbano I. dos Santos, Fabiane CDD-577 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores.
Sobre paisagem e representação
Resumo Termo de crucial importância em âmbitos tão variados como na geografia, nas artes visuais e na cosmologia, a palavra “paisagem” parece ir muito além do que diz sua etimologia, e mesmo do que narra sua história. Mas ainda que suas possibilidades de significação se prestem a renovados desdobramentos, sua condição de representação parece não se abrir a qualquer questionamento. As reflexões que se seguem se enraízam principalmente no solo das artes visuais, e buscam examinar justamente a premissa da inseparabilidade entre paisagem e representação. O foco destas considerações recai antes de tudo sobre a Land Art, especialmente sobre Robert Smithson. Há também a presença de Martin Heidegger no que tange a questão da representação, tão decisiva no âmbito da filosofia. Este breve estudo não pretende ser abrangente, ou mesmo “mapear” o problema, mas tão somente indicar algumas brechas abertas pela arte na supostamente sólida juntura que une paisagem e representação. Palavras-chave Paisagem – representação – Land Art – Martin Heidegger Abstract As a fundamental term in areas as diverse as geography, visual arts and cosmology, the word ‘landscape’ seems to go far beyond its etymology and its history. Although its possible meanings allow new unfoldings, its representational status does not seem subjected to any questioning. Rooted in the visual arts, the present reflexions examine the presupposed inseparability between landscape and representation. These considerations focus primarily on Land Art, especially on the work of Robert Smithson. In order to tackle the issue of representation, I am also making use of Martin Heidegger’s seminal philosophical ideas. This brief study is not intended to be comprehensive or even to "map" the problem. It aims rather to point out some loopholes open by art in what is assumed to be a solid bond between landscape and representation. Key-words Landscape – representation – Land Art – Martin Heidegger
Campo-paisagem: transversalidades em debate
Revista Indisciplinar, 2022
AUTORES: Adriana Nascimento, Isabela F. Cioni, Mariana C.M. Souza, Paulo Jarbas C. da Silva, Rafaella A. S. Borges, Suzana H. C. Ribeiro e Vitor B. Braz. Dentro dos debates urbanos, territoriais, ambientais, histórico-geográficos, geomorfológicos, políticos, artísticos e relacionados às distintas cosmovisões da vida, as discussões das noções de “campos”, enquanto fisionomia do Cerrado brasileiro, apresentam perspectivas complementares sobre a formação da paisagem, seja urbana, rural ou regional. A partir da construção coletiva, pretende-se neste artigo apresentar abordagens que vêm contribuindo para a revisão da compreensão territorial e cultural da noção de campo, de percepções primeiras ligadas a características próprias do lugar e aos processos amnésicos advindos de apropriações outras do território, relacionadas às questões de dominação cultural, de gestão e identidade territorial.
A paisagem e sua dimensão estética
Princípios (Revista de Filosofia), 2018
Os estudos que se dedicam à paisagem a compreendem como a materialização de relações entre o homem e o território. Por outro lado, a noção de paisagem abriga, desde sua origem, uma conotação estética, pensada como discurso valorativo da natureza. Assim, o objetivo desse artigo é mostrar a paisagem como categoria do pensamento e parte do campo reflexivo da disciplina Estética. Serão mencionados escritos de determinados filósofos empenhados em interpretar a paisagem em sua dimensão estética. Dentre eles, pode-se citar Georg Simmel, Augustin Berque e Arnold Berleant. Busca-se ampliar sua noção para além das transformações sociais do espaço, celebrando as maneiras sensíveis de apreensão da natureza. Pretende-se, ainda, compreender a noção de pai- sagem formulada no Renascimento e, especialmente, no final do século XVIII, pondo luz em algumas obras literárias de Goethe, tais como Os sofrimentos do jovem Werther e Escritos sobre arte.
A índole dialógica da paisagem
Caderno de Geografia
Tendo como objeto empírico as relações dialógicas inerentes ao processo de implementação de projetos urbanos em fase inicial, o presente artigo tem por objetivo defender a índole dialógica da paisagem; defender que essa categoria geográfica é ontologicamente dialógica. Defendemos que uma abordagem dialógica da paisagem nos permitirá refletir, por exemplo, sobre a relação paisagem-poder extrapolando a dicotomia, que tem tomado esse debate, entre paisagem hegemônica e contra-hegemônica. Permitirá, num mesmo movimento, extrapolar o fetichismo da rebeldia que tem tomado os debates que revelam a mobilização de elementos da paisagem como forma de contestação e canal para reivindicações públicas frente a projetos urbanos em fase inicial; extrapolar a relação entre resistência e paisagem em direção ao entendimento de uma índole responsiva e, logo, dialógica da paisagem.
As concepções da paisagem no Código Florestal
Ra'e Ga, 2003
This research discuss the landscape upon Peirce's semiotic on the Forestry Law of Brazil. It is based on a hermeneutic and semiotic approach, interpreting law as a specific social representation of a society in a certain time. First, it discusses the main geographical conceptions of landscape, since the initial organic and positivist ideas of the 19th century up to the functional and cultural approaches of landscape after second W orld War. Then, it gives a resumed overview on the evolution of environmental law in Brazil, highlighting its economic and utilitarian aspects in 16th and 17th century Brazil, then appointing to the perspective of private property in the late Empire and the "Old Republic" , continuing with the nationalization of the resource of "nature" during the Vargas period, and finally referring to the social aspect in democratic Brazil and the influence of environm entalist and conservationist ideologies. It then discusses four semiotic dimensions o f the "Forestry Code": first, the individual elements of forests and their protection and utilization; secondly, the legal guarantee of the functioning of these ecosystems, both in ecological, and in economic and social perspective; thirdly, the interpretative aspects of forests, like the question of private property, the ideology of Sustainable Development and some symbolic and esthetic connotations of the landscape. Finally, it refers to some semiotic problems connected to the implementation of the " Forestry Code" , like its relation to other legal instruments, the problem of spatial demarcation in environmental law, and its application in relation to other hierarchical legal levels, like State legislation. It could be shown throughout this research that-during the nineties-the environmental legislation of Brazil has successfully shifted to a geosystemical approach, which includes ecological, social and individual particular interests, combined in the vision of Sustainable Development and, thus, abolishing the predominant utilitarian aspect of the older legislation. Now, it is up to the national jurisdiction and the political field to implement this legislation with serenity.
2013
title: Fictions about the landscape Abstract: This article aims to establish a reflection on the landscape in order to explore the concept of fiction associated to the poetic construction process of the Mexican artist Sebastián Romo during his artistic residency in 8th Mercosul Biennial in 2011.
Texto para o catálogo da exposição Paisagem 1. Desenho e Pintura de Sofia Areal. Palácio da Galeria, Tavira, 2005