Decolonialidade e a crítica ao projeto democrático (original) (raw)
Related papers
A decolonialidade no pensamento freiriano
ETD. Educação Temática Digital, 2024
Este texto trata do conceito de Círculo de Cultura, trazido por Freire, como espaço crítico, criativo a uma educação libertadora e protagonista da relação entre a decolonialidade e o pensamento de Freire. Realizou-se uma pesquisa teórica para conhecer parte do pensamento freiriano e alguns elementos da decolonialidade.
Design e decolonialidade: fundamentos, debates e rupturas
Arcos Design
Os estudos em design vêm sendo atravessados pelas influências do chamado pensamento decolonial, que reúne perspectivas elaboradas a partir da América Latina em resposta à imposição da singularidade do pensamento ocidental. Neste artigo, apresentamos as circunstâncias que deram origem a essa corrente, através de um panorama sobre o pensamento decolonial, consolidado pela Rede Colonialidade/ Modernidade. Apresentamos, também, algumas influências e diálogos críticos desenvolvidos por designers que se apropriam desses debates e investigam formas de decolonizar o design. Por fim, este artigo apresenta algumas reflexões sobre práticas decoloniais em design, com o intuito de colaborar para a transformação do campo.
Direitos Humanos e Decolonialidade
Direitos Humanos e Decolonialidade - interpretação do conceito na América Latina a partir da Justiça de Transição , 2022
O livro traz uma perspectiva conceitual revisitada para os direitos humanos, apresentando a necessidade de rompimento com a epistemologia dominante na América Latina. Foi realizado um estudo de alguns casos sobre Justiça de Transição e as violações aos Direitos Humanos cometidas durante a ditadura civil-militar brasileira (1964-1985). A perspectiva adotada é a do Sistema Interamericano de Direitos Humanos e considera a forma como o conceito de Justiça de Transição foi construído mundialmente. São trabalhados os conceitos de modernidade, de eurocentrismo e dos legados das colonialidades poder, saber, ser e gênero. A partir da aplicação da teoria decolonial e das previsões do Novo Constitucionalismo Latino-Americano, aborda a possibilidade de reconhecimento da América Latina como lócus de enunciação e a necessidade de revisão do conceito de direitos humanos, aprofundando o debate sobre a geopolítica do conhecimento no diálogo Norte-Sul.
Decolonialidade Nas Implicâncias De Lima Barreto
2018
Lima Barreto, escritor carioca, negro e pobre, registra nas suas obras o que sentia por ser discriminado por sua origem etnica e condicao social, nas primeiras decadas do seculo XX. O Brasil atravessava um periodo de mudancas que mobilizavam tensoes e conflitos socioculturais entre os distintos grupos que compunham esse cenario. Algumas dessas mudancas impuseram duras experiencias a Lima Barreto e aos grupos menos abastados. Ele denunciou os contrassensos de tais mudancas com criticas ousadas atraves de seus artigos, os quais renderam-lhe alguns problemas e inimigos. As propostas deste artigo, vinculado a uma pesquisa em andamento de mestrado, sao flagrar estas criticas ou, segundo Lima Barreto suas “implicâncias”, e analisar se elas suscitam aproximacoes com questoes decoloniais, considerando-se as contribuicoes teoricas de Anibal Quijano, Enrique Dussel e Walter Mignolo.
Decolonialidade e justiça restaurativa
Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Uberlândia
No presente estudo, pretende-se apresentar as potencialidades da Justiça Restaurativa como um paradigma capaz de superar alguns dos problemas identificados em relação ao sistema de justiça tradicional, tendo como principal diretriz a reparação integral do dano por meio da construção dialógica de uma solução em um espaço profícuo ao diálogo respeitoso e voluntário, efetivando direitos e garantias fundamentais dos envolvidos e conferindo protagonismo àqueles efetivamente implicados no conflito - autor, vítima e comunidade. Parte-se da vertente jurídico-sociológica para o desenvolvimento do tema proposto, por meio de uma revisão bibliográfica acerca da Justiça Restaurativa como um novo paradigma de justiça alinhado ao Estado Democrático de Direito utilizando, para tanto, o método de pesquisa indutivo. Faz-se necessário pensar um novo modelo de justiça alinhado com as necessidades dos países do Sul Global, de tal forma que a Justiça Restaurativa se apresente sob uma perspectiva contra-h...
Este escrito busca compartilhar reflexões, tensionamentos e intenções que o contato com o pensamento decolonial pode provocar nos estudos sobre gênero e ciência, significando um possível movimento de insubmissão capaz de potencializar a crítica feminista à ciência. Os caminhos aqui percorridos pelas ideias são produzidos pela imersão no pensamento decolonial, por meio de pesquisa bibliográfica, em confronto com uma trajetória de pesquisas realizadas sobre as expressões da discriminação de gênero nas universidades e na Política de Ciência, Tecnologia & Inovação no contexto do Nordeste brasileiro. Como maior contribuição, traz para o centro do debate a desobediência epistêmica como necessária à crítica feminista -como contraposição não somente ao sexismo de modo abstrato, mas que o compreenda como parte indissociável das relações raciais, étnicas, econômicas e epistêmicas.
Noção concisa de decolonialidade/decolonialismo
Jornalistas Livres, 04 de março , 2022
Resumo: O levante da decolonialidade/decolonialismo não se pauta somente em superar a ordenação colonialista de nosso passado e em procurar emancipar os locais colonizados, mas também em assumir uma postura de luta permanente para apontar outro relato dos explorados como sujeitos sociais participantes do meio e não como meras figuras subjugadas e submissas.
A questão da identidade sob o prisma da decolonialidade
Pedro Henrique Almeida Bezerra, 2022
O presente texto trata-se de uma reflexão a cerca do chamado pensamento pós-colonial e seus desdobramentos no que hoje ficou conhecido como decolonialidade partindo de dois autores centrais dessa linha de pensamento, a saber: Gayatri Spivak e Stuart Hall. Distingue-se as diferenças entrre pós-colonialismo, descolonização e decolonização. Parte-se para uma abordagem dos autores em questão, para por fim traçar paralelos entre eles. Conclui-se que tanto Spivak (2010) quando Hall (2000) vão levantar reflexões e fatos sobre o processo pelo qual a colonialidade rebate na ciência, na vida e até mesmo no ser. Ambos questionam as identidades essencializadas e suas potências descontrutivas, e por que não subversivas.
Decolonialidade e Serviço Social
Este artigo reflete acerca das contribuições do pensamento decolonial para o Serviço Social. Considera a colonialidade e a decolonialidade como ferramentas de análise e projeto ético e político, que oferecem alternativas de conhecimento e transformação social devido à diversidade epistêmica teórica, política e pedagógica. Propõe complexificar e questionar a lógica de produção de conhecimento moderna/ ocidental, evidenciando categorias e conceitos úteis à prática e à produção científica da profissão.