SOBRE SOMBRA E DEMOCRACIA. CLUBE DA ORLA DE PAULO MENDES DA ROCHA 1963. (original) (raw)

O JARDIM DE INFÂNCIA DO CLUB ATHLETICO PAULISTANO (1958-1961) NOTA SOBRE UMA OBRA INÉDITA DE PAULO MENDES DA ROCHA

Após décadas e décadas em que ficou descaracterizado, quase irreconhecível, o Ginásio do Club Athletico Paulistano, obra prima dos então jovens arquitetos Paulo Mendes da Rocha e João Eduardo De Gennaro, está sendo atualmente recuperado. Enquanto o Ginásio está no centro das atenções, publicamos a seguir um projeto dos mesmos arquitetos, para o mesmo clube e da mesma época, que ficou até agora desconhecido: uma obra pequena, que nos obriga, contudo, a repensar a arquitetura paulista de então.

LIÇÕES SOBRE DEMOCRACIA E CIDADANIA A PARTIR DA ANÁLISE DO MOVIMENTO ESCOLA SEM PARTIDO

Revista Direito Em Debate, 2019

Sob o fundamento de proteção à família e ao direito que pais têm de que seus filhos sejam educados conforme dadas convicções, o Movimento Escola sem Partido (ESP) expressa em suas proposições legislativas a intolerância, a violência e o combate a uma educação inclusiva, buscando reduzir o ato de educar à mera transmissão de conteúdos alheios a leituras críticas da realidade. Neste estudo analisa-se as perspectivas sobre democracia e cidadania no Movimento Escola sem Partido. Trata-se de uma pesquisa documental, a partir da apreciação de Projetos de Lei, lidos à luz da análise de conteúdo. O exame dos PL’s constata, na primeira categoria analítica, retrocessos à liberdade de cátedra, assim como estratégias retóricas de combate à doutrinação política e ideológica. A defesa da neutralidade pelo ESP opera, na verdade, como um mecanismo de perpetuação da ideologia do Movimento. Na segunda categoria analítica vê-se que os interesses de grupos políticos – apesar de se apontar nos documentos, repetidamente, o pluralismo de ideias – são a tônica dos textos, especialmente quanto ao tolhimento de discussões ligadas à diversidade e à inclusão. Nesta categoria analítica a ausência de reflexão política é traduzida na mera repetição dos conteúdos e dos termos defendidos nos PL´s. Por fim, a terceira categoria analítica permite-nos constatar que a cidadania é limitada apenas ao mero direito à informação. O Movimento não reconhece os espaços de formação como construtores de cidadania. A neutralidade proposta pelo ESP, na verdade, opera no esvaziamento do pensamento crítico na educação e na reprodução de desigualdades.

DEMOCRACIA E PÓS-MODERNIDADE 1

O presente artigo trata de discutir o futuro da Democracia, a partir das mudanças que estão ocorrendo e que se convencionou chamar de Pós-Modernidade. Os problemas vividos na atualidade sustentam uma crise do Estado Constitucional Moderno. Alguns exemplos como o complexo de industrias mundiais de alimentos que arrasa sementes tradicionais, o petróleo comercializado mundialmente, o monopólio da comunicação e a realidade virtual manipulável, demonstram que a "internalização" do Poder Público da modernidade provavelmente cederá espaço para a transnacionalização do Poder Público. Repensar a Democracia neste momento é fundamental, pois o mundo pósmoderno já não crê na legitimidade que não seja verdadeiramente democrática. São assuntos discutidos ao longo do texto. Observa-se que o problema maior, para se estabelecer os novos fundamentos para a representação democrática será no sentido de se repassar as prerrogativas atuais dos parlamentos representativos para as instituições de Democracia Participativa. Conclui-se que em todo o mundo "acordado" e afetado pela globalização se faz cada vez mais certo que o único poder legítimo é o poder com investidura popular, eleito desde baixo. A Democracia é, acima de tudo, um valor de civilização.

Coleção PENSAMENTO CRITICO Vol. 63 NORBERTO BOBBIO O FUTURO DA DEMOCRACIA Uma defesa das regras do jogo

Título do original em italiano: II futuro delia democrazia. Una difesa delle regole dei gioco. Revisão: Sônia Maria de Amorim Beatriz Siqueira Abrão Composição: Intertexto CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte. Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ. Bobbio, Norberto B637f O futuro da democracia; uma defesa das regras do jogo /Norberto Bobbio; tradução de Marco Aurélio Nogueira. -Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986. (Pensamento crítico, 63) Tradução de: Il futuro delia democrazia. Una difesa delle regole dei gioco. Bibliografia. 1. Democracia. I. Titulo. II, Série. 86-377 CDD -321.4 CDU -321.7 Direitos adquiridos pela EDITORA PAZ E TERRA Rua do Triunfo, 177 -01212 -São Paulo/SP -Tel. (011) 225-6522 Rua São José, 90 -11° andar -20010 -Rio de Janeiro/RJ Tel. (021) 221-4066 que se reserva a propriedade desta tradução 1997 Impresso no Brasil/Printed in Brasil Nota do digitalizador Página intencionalmente deixada em branco para que esta versão digital do livro tenha o mesmo número de páginas da versão impressa. Diversas páginas foram assim deixadas para, juntamente com a formatação das páginas, o texto nesta versão digital estivesse o mais próximo possível da versão impressa. Da capa do livro: O Futuro da Democracia não é um livro de gabinete, pura e simplesmente acadêmico. Os ensaios nele reunidos, escritos para servir ao público que se interessa por política, são textos de combate, desejosos de desfazer equívocos -como o que opõe a democracia direta à democracia representativa ou o que propõe o desmantelamento do welfare state como forma de combater o "excesso" de Estado -e preocupados em recuperar para o debate os temas e ideais do melhor pensamento político. Procurando combinar a grande tradição liberal com a grande tradição socialista, num delicado equilíbrio entre liberdade e justiça social, estruturam-se como uma polêmica vibrante e refinada contra a direita reacionária e contra todos os dogmatismos. Norberto Bobbio nasceu em Turim, Itália, em 1909. Como professor universitário e escritor, ocupou-se de teoria política, filosofia do direito e história do pensamento político. E senador vitalício desde 1984, alinhado às posições do Partido Socialista Italiano. De sua vasta bibliografia, foram já publicados no Brasil: O Conceito de Sociedade Civil (Rio de Janeiro, Graal, 1982), A Teoria das Formas de Governo (Brasília, UnB, 1980), Qual Socialismo? (Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1983), Direito e Estado no Pensamento de Emanuel Kant (Brasília, UnB, 1984), Sociedade e Estado na Filosofia Política Moderna (São Paulo, Brasiliense, 1986), Estado, Governo, Sociedade (Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987).

O PODER NA TORCIDA: CONSENSO, FUTEBOL E DITADURA NO BRASIL (1970) E NA ARGENTINA (1978

Este artigo propõe uma análise comparada dos discursos dos presidentes General Emílio Garrastazu Médici do Brasil e do General Jorge Rafael Videla da Argentina por ocasião das Copas do Mundo de Futebol da FIFA, em 1970 e 1978. O objetivo é analisar como os discursos presidenciaisutilizaram os êxitos esportivosdas seleções nacionais – em 1970, para o caso do Brasil e em 1978, na Argentina –, para fortalecer determinados projetos nacionaisrepresentados pelos regimes civis-militares de cada país.

A “DECLARAÇÃO SOBRE A POLÍTICA DO PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO DE MARÇO DE 1958”: IDEOLOGIA DO PROGRESSO E CONCEPÇÃO DE HISTÓRIA NO PENSAMENTO DE ESQUERDA NO BRASIL.

Curitiba 2007 RESUMO Esta monografia procura refletir sobre a "Declaração de Março de 1958", documento elaborado pelo Partido Comunista Brasileiro (então Partido Comunista do Brasil) no período de crise do movimento comunista internacional inaugurado pelo XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética. Procuramos analisar as propostas contidas na "Declaração" sob o ponto de vista do lugar que a chamada "ideologia do progresso" e o imperativo do "desenvolvimento das forças produtivas" ocupam nas suas elaborações, buscando contextualizar a sua publicação no momento de profundas transformações políticas vividas no Brasil, no movimento comunista internacional e por conseguinte, no interior do PCB. Foram abordadas questões como o debate mais geral sobre as diversas concepções de desenvolvimento histórico no seio do marxismo, dando ênfase à contribuição de Walter Benjamin; o posicionamento dos comunistas brasileiros diante do regime democrático; as alianças estratégicas do PCB em diferentes períodos de sua história; a composição de classes no Brasil segundo o PCB; as principais contradições da sociedade brasileira; a definição de "etapa histórica" no contexto brasileiro; o caráter da revolução brasileira. Procuramos tratar das diversas correntes políticas geradas dentro do PCB pelo debate acerca da "nova linha política" plasmada na "Declaração", comparando suas perspectivas teóricas e pontos de divergência e convergência. Além disso, buscamos apresentar a originalidade do ponto de vista de Caio Prado Junior e a sua crítica geral aos princípios políticos e teóricos do PCB, procurando localizar a sua análise na crítica ao modelo stalinista em voga no Brasil. PALAVRAS CHAVE Ideologia do progresso, pensamento de esquerda, concepção de história, stalinismo e comunismo no Brasil, Revolução Brasileira. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 7 CAPÍTULO 1 A "DECLARAÇÃO DE MARÇO DE 1958" E "IDEOLOGIA DO PROGRESSO" NO PENSAMENTO COMUNISTA BRASILEIRO 11 1.1. As alternativas políticas e históricas apontadas pela "Declaração" 12 1.2. A Elaboração da Declaração: os rumos do PCB em disputa 21 1.3. Desdobramentos políticos da "nova linha política' elaborada na "Declaração de março de 1958" na disputa interna dos rumos do PCB 27 1.4. Antes e depois da "Declaração": as Resoluções do IV e do V Congresso e as mudanças e continuidades na política do PCB 32 CAPÍTULO 2 A CONTRIBUIÇÃO DE CAIO PRADO JUNIOR PARA OS DEBATES GERADOS PELA "DECLARAÇÃO DE MARÇO DE 1958" 43 2.1. As contradições sociais no campo: a problematização da questão dos "restos feudais" no Brasil 43 2.2. As especificidades do processo de consolidação da dominação imperialista no Brasil e suas contradições 50 2.3. Um outro projeto de Revolução Brasileira 56 CAPÍTULO 3 ALTERNATIVAS Á IDEOLOGIA DO PROGRESSO: A CRÍTICA MARXISTA AO "ETAPISMO" STALINISTA 61 3.1. A concepção de história de Caio Prado Junior 61 3.2. Marxismo e "ideologia do progresso": o debate entre "o papel do sujeito" e das "condições objetivas" nas teorias revolucionárias 66 CONSIDERAÇÕES FINAIS 73 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 77

A FALÁCIA DA DEMOCRACIA NA MÍDIA - PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM FILOSOFIA

A FALÁCIA DA DEMOCRACIA NA MÍDIA, 2016

This works would be a dialog between the Brazilian Republic and the Republic of Plato. Start by stating that democracy as preached by the Republic in Brazil is different from Greek, and has never been defended by Plato, by contrast, put away. Here in Brazil, Democracy and Plato are synonymous for many, because they have not studied history and believe in everything that the mainstream media has on society, without question. Or wonders, does not seek alternative sources of information. Keywords: Media, Communication, Republic, Democracy, Brazil, Greek, Greece, Platonic, Plato.

O MAOÍSMO NA ESQUERDA BRASILEIRA: A TRAJETÓRIA DO PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL -ALA VERMELHA

O Partido Comunista do Brasil surgiu a partir de uma cisão do Partido Comunista Brasileiro, ocorrida em 1962. Com o golpe de 1964, o PC do B passou a refletir sobre as práticas empreendidas até então e as novas táticas a serem utilizadas perante esse novo contexto social e político imposto pelos militares brasileiros. A conseqüência dessa reflexão ficaria explícita através da publicação do documento O golpe de 1964 e seus ensinamentos (1964), no qual estaria clara a decisão do PC do B pela adoção da luta armada. No entanto, o PC do B esbarrou num empecilho, com o qual conviveria durante toda a década de 60, que se refere à coexistência no seio do