As fotografias de natureza morta do século XIX e a estética do cotidiano (original) (raw)

Fotografia e pintura, a questão do realismo no século XIX

Revista Crítica Cultural, 2008

Trabalhar o realismo como o momento de ruptura entre o regime representativo e o regime estético (Rancière) através da fotografia de Christiano Júnior e Revert Henrique Klumb e dos quadros de Almeida Júnior e Rodolfo Amoedo; e o romance realista do século XIX como a condição de possibilidade da fotografia.

A pintura no século XIX

Revista de História da Arte e da Cultura

Em 1927, Henri Focillon (1881-1943), historiador da arte francês, publica em Paris o livro La peinture au XIXe siècle: le retour à l’antique, le Romantisme, seguido, no ano seguinte, por La peinture au XIXe et XXe siècles: Du Reálisme à nos jours. Os volumes, editado por H. Laurens, integravam a série Manuels d’Histoire de l’Art, sob direção de Henry Marcel, antigo diretor dos Museus Nacionais de França. A coleção tinha por objetivo “retraçar, em uma série de obras distintas, a história e a evolução de cada forma de arte”, das “origens” ao século XX. A tradução em português a seguir apresenta ao leitor a introdução do primeiro volume de Focillon, em que ele define as chaves para a compreensão da arte do século XIX.

Imagem, Self e nostalgia - o impacto da fotografia no contexto intimista do século XIX

1 A fotografia e a herança teórica de Foucault 1 2 Uma vigilância exercida sobre si mesmo 4 3 Imagem e Self: o contributo de Winnicot 6 4 Referências 12 Resumo Este artigo visa reflectir sobre o papel da fotografia como suporte da vida quotidiana e das grandes mutações nos grandes centros urbanos a partir de 1800. Partindo das aplicações da obra de Michel Foucault, "Vigiar e Punir", às questões da aplicação institucional e política da fotografia, trata seguidamente de alargar o conceito de disciplina às instâncias da construção da identidade numa época em que conceitos como o Self, subjectividade e intimidade se tornam estruturantes da consciência individual. Servindo-se de autores como Richard Sennett e Donald Winnicot, estabelece pontos de contacto entre o aparecimento do dispositivo fotográfico e uma cultura oitocentista centrada na rememoração e na nostalgia.

As fotografias de "anjos" no Brasil do século XIX

Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, 2006

O presente artigo examina fotografias de crianças mortas produzidas em São Paulo no século XIX, de modo a pensar acerca da sensibilidade da época em relação à morte, bem como algumas transformações operadas nesse âmbito. A estratégia de análise privilegiará a identificação, nesse material, de elementos constitutivos das práticas e representações relacionadas à criança morta, cujas origens são bem anteriores à prática de registro fotográfico dos "anjos" e, na mesma medida, daqueles elementos que estão associados às mudanças que nesse universo tiveram lugar na segunda metade do século XIX e que, como cremos, acompanharam e fomentaram não só o advento mas também a extinção desse costume.

A fotografia e o livro no século XIX.

V Encontro Nordeste de História da Mídia, 2018

Neste trabalho apresentaremos um possível percurso histórico para os livros de fotografia, comumente chamados de fotolivros, no séc. XIX. Discutiremos como o surgimento desses livros esteve vinculado às possibilidades e aos desenvolvimentos tecnológicos da fotografia e dos processos de impressão. Apresentaremos livros considerados pioneiros por historiadores da fotografia quanto aos usos que fazem da imagem fotográfica. E procuraremos estabelecer paralelos entre a produção nacional e a mundial quanto a essas questões.

Natureza e cultura no Porto do século XIX

Revista Convergência Crítica, 2012

A estruturação social de uma cidade pode inferir-se da morfologia e estrutura dos espaços verdes. Partindo de uma carta da cidade do Porto (Portugal), de 1892, procedeu-se ao reconhecimento dos contextos tipológicos e espaciais da estrutura verde em finais do século XIX: i) cidade intramuros; ii) a área de expansão extramuros, de forte ampliação nos séculos XVIII e XIX iii) anel periférico rural, suporte do desenvolvimento urbanístico ao longo do século XX. A modernização da cidade resulta no encontro e conflito entre a produção do espaço e da natureza, a representação das suas paisagens e a prática concreta dos seus lugares.

Relações de von Martius com imagens naturalisticas e artisticas do seculo XIX

2021

Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar-sozinho, à noite-Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. Gonçalves Dias v Agradecimentos Inicialmente, expresso meu agradecimento à Universidade Estadual de Campinas que permitiu a minha formação acadêmica universitária em Ciências Biológicas no período de 1978 a 1982, assim como o meu ingresso no Mestrado em História da Arte e Cultura, em 2001. Este mestrado preenche uma lacuna em minha formação intelectual, pois meu plano, desde adolescente, era o de cursar História, porém não o fiz pelo receio de tornar-me professor. Ironicamente, tornei-me professor de biologia no Ensino Médio, onde leciono desde 1980, e que até hoje me dá prazer e realização profissional. Ingressei no Mestrado depois de mais de duas décadas no magistério Estudei durante três anos História da Arte que, além da satisfação de estudar História, proporcionou-me entender o processo da evolução artística nos seus diversos períodos e movimentos. Agradeço, particularmente, ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp e a todos os professores de História da Arte que tanto contribuíram para o objetivo maior de minha formação intelectual, objetivo esse que se realiza neste trabalho. Expresso meu agradecimento ao meu orientador, Prof. Dr. Luiz César Marques Filho, pela objetividade nas orientações e pelas sugestões sempre extremamente oportunas e imprescindíveis. Agradeço, ainda, pelos cursos por ele ministrados na Pós-graduação e mesmo antes deste período, quando me permitiu freqüentá-los como aluno ouvinte e, posteriormente, como aluno especial. Agradeço ao professor Luciano Migliaccio, tão disponível e amigo, uma espécie de coorientador extra-oficial, pelas horas disponibilizadas em meu auxílio, nos momentos angustiantes que sempre surgem num trabalho de pesquisa deste porte. À Professora Doutora, Cláudia Mattos, pelas orientações e primeiras leituras dos meus textos, sem os quais não chegaria a este termo. Meu agradecimento ao professor Dr. Jorge Sidney Colli Jr, meu primeiro contato no IFCH, em 1993, quando fui pela primeira vez aluno ouvinte em um curso de História da Arte, para o qual realizei um trabalho final sobre a obra Teseu contra o Centauro, de Canova: abaixo da nota seis e meio, escreveu: "Um grande esforço e um bom começo", observação que desencadeou o meu interesse em prosseguir meus estudos. Ao professor Dr. Luiz Dantas, pelo empréstimo e sugestão de leitura do romance publicado somente em 1992, Frey Apollonio, de Von Martius, que me permitiu perceber uma visão do escritor Martius a respeito dos indígenas brasileiros, diferente daquela demonstrada em outros textos de sua autoria. Aos professores doutores Washington Marcondes-Ferreira e Julie H. A. Dutilh, do Departamento de Botânica da Unicamp, pela disponibilidade na análise de algumas pranchas para vi identificação das espécies nela encontradas, o que me permitiu concluir este trabalho. Agradeço-lhes ainda pelas fotos realizadas no Instituto Agronômico de Campinas, do primeiro volume original da Flora Brasiliensis. Aos Professores Aldo Antonio Mitidieri e Noel Arantes pelas preciosas sugestões e paciência das leituras realizadas. À Turma de 2002 do mestrado em História da Arte no IFCH-Unicamp, em especial à colega Mirian Seraphim que tanto me apoiou na conclusão desta dissertação. Agradeço aos funcionários da Unicamp, aos funcionários do IFCH, dos Museus e Bibliotecas consultados, particularmente a José Mindlin, do IAC Campinas, da Esalq, em Piracicaba e do Arquivo e Biblioteca Nacionais, do Rio de Janeiro, pela paciente disponibilidade no cumprir de suas obrigações, e pelo fascínio demonstrado por quem se realiza no que faz. Quero deixar expresso, também, meu agradecimento a alguns familiares e amigos, estimuladores do meu trabalho e inspiradores pela forma como levam sua vida em meu convívio. Em primeiro lugar, à minha mãe Tita-como carinhosamente sempre a chamei-confiante e paciente diante das minhas impaciências, ansiedades e dificuldades no decorrer da vida e até este momento. À minha esposa Silvana, grande companheira e administradora, sempre disponível e acolhedora mesmo quando levo para casa dissabores externos. Agradeço a ela, ainda, pelas duas filhas maravilhosas, Gabriela e Débora, que sabem incentivar o pai e conviver com suas ausências enquanto pesquisa, estuda e desenvolve o seu trabalho. Aos meus quatro amigos: Tio Alceu, que não sabe, mas foi quem me incentivou a cursar Ciências Biológicas, e por ter me ensinado, durante a infância e adolescência, a plantar, a cuidar de plantas, ter-lhes amor e o gosto "por colher frutas no pé". E aos meus três amigos-irmãos, Cláudio Donizete Campache, Edmundo Capelas de Oliveira e Pascoal Marracini, pelo incentivo, demonstração de afeto e pela paciência quando me procuram e não encontram, ou quando, na ânsia de abraçar o mundo, não respondo aos seus telefonemas. Um agradecimento ao meu maior professor do Ensino Médio, já falecido, Newton Pimenta Neves, pela maneira como ensinava matemática e como sofria pela displicência e falta de vontade de seus alunos; no entanto, continuava a ser o que sou, simplesmente um PROFESSOR. E, finalmente, agradeço a uma aluna que, em 1980, presenteou-me com uma pequena e carinhosa placa de madeira, até hoje mantida em local onde diariamente posso ler os seguintes dizeres: "A natureza nos ensina a difícil lição dos frutos que amadurecem devagar: semear e um dia colher!" vii RESUMO Esta dissertação é um estudo iconográfico do primeiro volume da monumental obra de Von Martius, Flora Brasiliensis, descrevendo as Tabulae Phisiognomicae Brasiliae. Trata-se de pranchas litografadas que retratam as paisagens dos nossos diferentes ecossistemas e que têm legado às gerações documentação histórica de nossas regiões fitogeográficas. Em destaque, a origem das diferentes ilustrações a partir de obras artistas como

O uso da fotografia por artistas brasileiros ao final do século XIX

Esboços - Revista do Programa de Pós-Graduação em História da UFSC, 2013

criativos, como modo de divulgar seus trabalhos ou como instrumento de ensino em suas aulas na Escola Nacional de Belas Artes. Nesse artigo não somente destacaremos a utilização de uma tecnologia moderna por esses artistas, mas procuraremos lançar luz sobre as suas atuações como fotógrafos amadores ou diletantes.

Um estudo sobre Arte e Fotografia no século XIX para Arte e Fotografia no século XIX

Uma análise de manuais de fotografia norte-americanos do século XIX na tentativa de recuperar seu potencial de formação aos amadores e profissionais iniciantes quanto ao sistema de representação da imagem e à prática profissional Publicado em nova versão (1991) como: MENDES, Ricardo. DESCOBRINDO A FOTOGRAFIA NOS MANUAIS: AMERICA (1840-1880). In: FABRIS, Annateresa. FOTOGRAFIA: USOS E FUNCOES NO SECULO XIX. 1ª ed. São Paulo/SP/BRASIL: EDUSP, 1991. il. 298p. pág. 83-130 (Coleção texto & arte, 3) 2ª edição, 1998, reimpressão: 2008