Gêneros na prática pedagógica: diálogos entre escolas e universidades (original) (raw)
Related papers
Relações De Raça e Gênero Na Escola Escrevivências De Uma Prática Pedagógica
Revista Em Favor de Igualdade Racial
Este texto tem como objetivo compreender as contribuições de uma prática pedagógica desenvolvida em parceria com estudantes de Ensino Médio e mulheres negras da cidade de Iraquara, na Bahia, que teve como base o estudo das relações de raça e gênero em suas experiências. O trabalho foi realizado a partir de pesquisa sobre mulheres negras consideradas referências para estudantes de uma escola de ensino médio cujas narrativas, centradas em suas histórias de vida, foram analisadas a partir do conceito de "escrevivência", de Conceição Evaristo (2005). Tomamos a escrevivência como inspiração teórico-metodológica em que a realidade vivida, experienciada e refletida é narrada pelas colaboradoras e comunicadas pelas escrevivências da professora-pesquisadora como mulher negra, entrecruzando movimentos de vida, docência e pesquisa. Nosso diálogo teórico está pautado em Evaristo (2005), hooks (2017), Carneiro (2001), entre outros(as) autores(as). Os resultados apontaram que a experiência pedagógica narrada contribuiu para dar visibilidade aos diálogos sobre relações de raça e gênero e aos saberes da cultura local através da pluralidade de experiências das mulheres negras de Iraquara, colocando em pauta no espaço escolar conhecimentos não hegemônicos ao mesmo tempo em que possibilitou aos(às) estudantes assumir protagonismo como construtores(as) de seu processo de aprendizagem.
Leituras e Discussões De Gênero Na Escola
Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura, 2019
Apresentamos uma experiência de trabalho com a temática de gênero em uma escola pública da Educação Básica, em Irecê, interior da Bahia. Inicialmente, trazemos um tópico teórico, no qual exploramos problemas de gênero, que persistem em salas de aula e corredores escolares; mostramos alternativas para que tais questões sejam dirimidas e ancoramos nossa discussão em autoras como Joan Scott, Guacira Louro e Jane Felipe, considerando gênero enquanto uma categoria necessária e útil para análise em programas escolares. Em seguida, apresentamos o desenvolvimento das atividades e justificamos a necessidade de se discutir gênero na escola, diante de casos de machismo que ainda vêm ocorrendo na escola e nos lugares de convívio dos/as estudantes. Palavras-chave: Educação. Gênero. Mulheres.
Pode Falar sobre Gênero na Escola
Quando LGBTs invadem a escola, 2020
O texto que explica o que significa, afinal, “gênero”, qual a utilidade desse conceito para a educação escolar e por que tantas pessoas têm medo de que essa palavra seja usada na escola. O capítulo integra o livro digital QUANDO LGBTs INVADEM A ESCOLA E O MUNDO DO TRABALHO, publicado pela editora da UNIRIO.
Gênero e diversidade na educação
2021
Doutora em Antropologia Social (UFRGS). Mestra em Ciências Sociais (UFSM). Bacharela em Comunicação Social (hab. Jornalismo) e Ciências Sociais (UFSM).
Autoras: Sheila Vieira de Camargo Grillo e Ariadne Mattos Olímpio [PT] Descrição da presença da teoria do círculo de bakhtin nos pcns de língua portuguesa e investigação da forma/construção composicional dentro do projeto de uma metalingüística. [EN] Description of the bakhtin’s circle theory in the pcns of portuguese language and the investigation of the compositional structure in the metalingüistics project.
Gênero na educação básica brasileira
e da crítica feminista à produção do conhecimento, de Donna Haraway, o texto analisa projetos de lei pretensamente proibitivos quanto ao diálogo sobre relações de gênero na escola. Esses projetos colocam em disputa modelos de sociedade, via políticas públicas e práticas educacionais, no que se refere à autonomia e igualdade de direitos. PALAVRAS-CHAVES: Relações de gênero. Educação básica. Educação democrática. Movimentos sociais. Direito à educação.
Apontamentos sobre a Diferenca de Gênero na Universidade
Há alguns anos, em uma conversa informal com uma professora universitária, colega de instituição, perguntei-lhe sobre sua vida profissional após o nascimento de seu primeiro bebê. "A trancos e barrancos", respondeu, descrevendo em seguida a dificuldade de se readaptar à roda-viva produtivista em que se tornou o mundo acadêmico, enquanto seu companheiro e colega de departamento -o pai do bebê -fortalecia seus projetos de pesquisa com um grupo de estudantes e frequentes publicações, despontando como acadêmico de alta produtividade em pesquisa. Trago esse relato como pano de fundo para alguns apontamentos que desejo fazer sobre o espaço universitário público como emblemático dos modos de interação entre as identidades de gênero na vida social e de como se garante/restringe/impede o acesso aos bens materiais e simbólicos. Como desdobramento do jogo identitário que se processa por mecanismos muitas vezes imprevistos, consideraremos também algumas micropolíticas de resistência que vemos emergir no meio acadêmico, através da produção e circulação de textos, funcionando para sublinhar o feminino e assim possibilitar formas mais equitativas de interação na universidade. Assim como seu parceiro, a professora com quem conversamos é pressionada pelo produtivismo que, submetendo a educação às interferências diretas do mercado sob o argumento da globalização e da internacionalização, estabelece seus ditames em uma universidade cuja doxa educacional é qualificar para o mercado e não para a vida. Os efeitos das condições laborais precárias que o produtivismo acadêmico surte são objeto de estudo de pesquisadores que apresentam conclusões, relacionando-o ao sofrimento psíquico, emocional e físico. (Cf. LIMA & LIMA-FILHO, 2009; BORSOI, 2012; DIAS & ROZENDO, 2015, por exemplo). Níveis altos de ansiedade, angústia,
Gênero e Sexualidade Na Escola: Rastros Culturais Que Dificultam O Debate
Educação, inclusão e Diversidade: Abordagens e experiências, Volume 1
A inclusão de debates que envolvam questões sociais, dentre elas as questões de gênero e sexualidade, é uma necessidade latente dentro da sala de aula, com o fim de haver reflexões que ao serem geradas livrem o ambiente escolar de preconceitos, da cultura do machismo, da soberania entre corpos e da violência. O presente artigo tem como objetivo analisar os rastros culturais que dificultam os debates sobre gênero e sexualidade na escola. Para tal, a metodologia utilizada na pesquisa foi um levantamento bibliográfico e documental em plataformas, revistas, periódicos, onde foram consultados autores que estudam sobre o assunto, fazendo uma ligação com experiências pessoais e conectando às questões corporais e culturais da sociedade e de cada indivíduo. O assunto é bastante delicado e gera constrangimento não só para os alunos, mas para os professores que deveriam estar preparados para inserir os temas em sala de forma natural, utilizando-se da escola como grande aliada, onde o diálogo é o meio mais eficaz no combate as desigualdades de gênero e de sexualidade. É necessário criar o hábito de debater temas tão sensíveis, entretanto deve haver uma preocupação com a formação dos professores para que estes não despejem suas crenças e questões culturais sobre alunos e os impeçam da possibilidade de criar suas próprias percepções. Somente desta forma, trabalhando a comunicação com toda a comunidade escolar, fortalecendo a educação baseada na igualdade e no respeito, é que mudanças significativas poderão ser compartilhadas. A cultura a ser implantada e difundida é o respeito às diversidades.
Questões De Gênero Nas Práticas Pedagógicas Dos Professores/As: Devires Cartográficos
Revista Ciências Humanas
As narrativas apresentadas neste artigo tomam como centralidade as questões que envolvem o gênero, bem como as práticas pedagógicas e formação docente, na tentativa de responder à questão norteadora: como as demandas sobre gênero estão presentes na escola e de que maneira estas incidem nas práticas pedagógicas do(a)s professore(a)s/? Inclui dados de uma pesquisa realizada por um dos autores, tecida colaborativamente, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação e Diversidade de uma instituição baiana. Ancora-se no horizonte qualitativo, utilizando o método cartográfico como procedimento de construção e análise dos dados, tendo em vista a perspectiva pós-crítica, de questionar os próprios modos de fazer pesquisa. A partir do estudo realizado e reflexões teóricas foi possível verificar que muitos(as) professores(as) ainda se sentem reféns de práticas pedagógicas distantes das demandas dos sujeitos da contemporaneidade e mesmo que estas pessoas estejam presentes na escola, o amb...