Avaliação Do Uso De Psicofármacos Durante O Período De Gravidez e Lactação (original) (raw)

Os psicofármacos se destacam por constituírem uma classe muito utilizada pelas mulheres no período gravídico-puerperal, já que estas estão mais vulneráveis a alterações físicas, hormonais, psíquicas e de inserção social. O contato do feto com essas drogas pode provocar consequências como teratogenicidade, o que leva ao risco de malformações congênitas; toxicidade neonatal, devido a exposição direta do feto com o fármaco; e sequelas neurológicas, comportamentais, psicológicas e cognitivas à longo termo. Assim, cabe ao profissional de saúde avaliar os riscos e os benefícios do uso de determinadas drogas durante esses períodos, buscando uma melhor escolha. O presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão integrativa acerca do uso de psicofármacos no decorrer da gestação e lactação e analisar as evidências cientificas sobre seus efeitos na gestação e lactação. Este trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica qualitativa, cujo objetivo é exploratório. Foram averiguadas informações e elucidadas questões sobre o tema, visando uma abordagem analítica do conteúdo em busca de contradições e unanimidade entre os autores, através de um levantamento das publicações. Foi realizada uma síntese dos resultados de pesquisas produzidas com o intuito de avaliar do uso de psicofármacos no decorrer da gestação e lactação e a partir de análise definiu-se os melhores a serem utilizados. A busca bibliográfica foi baseada em consultas por via eletrônica ao material de bibliotecas virtuais e bancos de dados como BVS, SCIELO, LILACS e Google acadêmico nos idiomas português e inglês, abrangendo artigos publicados no período compreendido entre 2005 e 2018 existente. A partir da análise e exploração, foram selecionados 16 artigos, os quais constituíram o corpus do estudo. Na literatura, a segurança do uso dos psicofármacos durante a gestação e lactação ainda não foi estabelecida. Entretanto, alguns estudos apontaram alguns fármacos menos teratogênicos, tanto para o bebê como para a mãe.