A relação de gênero no futebol escolar. Fabiane França de Aguiar 1 (original) (raw)
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A relação de gênero no futebol escolar
2017
Sao inumeros os conflitos e as dificuldades dos educadores no enfrentamento das questoes de genero presentes na cultura escolar, especialmente nas aulas de educacao fisica, pois se trata de valores e normas culturais que se transformam muito lentamente. OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo analisar os preconceitos relacionados as questoes de genero na pratica do futebol feminino no ambiente escolar durante as aulas de Educacao Fisica, verificar as expectativas das alunas pela pratica mista e identificar as dificuldades dos educadores “professores de Educacao Fisica” em elaborar aulas de futebol para turmas mistas. METODO: O estudo foi realizado em 1 escola do Ensino Fundamental da rede Estadual de Ibirite – MG. A populacao estudada constituiu-se de alunas cursantes da 8a serie de cinco turmas e os professores de Educacao Fisica do Ensino Fundamental no ano de 2010. Foram escolhidas 6 alunas aleatoriamente de cada sala, totalizando 30 alunas e 3 professores de Educacao F...
Futsal escolar: As barreiras do Sexismo feminino
2020
Educação Básica: Novas perspectivas no processo de ensino-aprendizagem da educação física escolar 1ª Ediçao Belo Horizonte Poisson 2020 Educação Básica: Novas perspectivas no processo de ensino-aprendizagem da educação física escolar
O interesse feminino pelo Futebol na escola
Revista Brasileira de Futsal e Futebol, 2020
O consenso de que o futebol é um dos conteúdos mais presentes nas aulas de Educação Física, nem sempre se aplica quando referido à prática feminina. Esse estudo tem como objetivo apresentar a perspectiva de alunas do Ensino Médio sobre o interesse na prática do Futebol feminino nas aulas de Educação Física nas escolas públicas estaduais do município de Santa Cruz do Rio Pardo-SP. Foi utilizado questionário com questões abertas e parcialmente abertas aplicado a 47 participantes. Utilizou-se como referencial pressupostos da teoria da relação com o saber proposta por Bernard Charlot. Foram utilizadas na pesquisa análise de conteúdo e análise quantitativa, descrevendo a frequência absoluta e relativa. Os resultados indicam que 70% das participantes passaram por experiências com o esporte na escola. Em relação ao interesse pela prática, sentimentos positivos como "gostar, achar legal e interessante" foram os principais motivos apontados, enquanto que, os sentimentos negativos, ...
Gênero e Educação Do Campo: Uma Análise Sobre O Futebol Feminino Em Uma Escola Do Campo
2017
Esta pesquisa objetivou compreender como se da a pratica positiva do futebol por alunas de uma escola do campo no municipio de Santo Antonio de Jesus, localizado no Reconcavo. O publico alvo foi constituido por dez estudantes-meninas na faixa etaria de 12 a 15 anos do ensino fundamental II - todas praticantes do futebol na escola e/ou na comunidade. Como instrumento, utilizamos a entrevista semiestruturada com gravacao de audio autorizada. A participacao das entrevistadas esteve condicionada a aceitacao do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido por parte do seu representante legal. As entrevistas foram realizadas na escola, transcritas e analisadas para a producao de categorias analiticas. Ressaltamos que utilizamos nomes ficticios para nos referirmos as falas destacadas nas entrevistas. As alunas entrevistadas demonstraram reconhecer o campo como um espaco bom para viver, destacando a producao do proprio alimento e valorizacao do meio ambiente. A dificuldade de comunicacao e o ...
A Prática Pedagógica Do Futebol Nas Aulas De Educação Física Sob Uma Perspectiva De Gênero
Poiésis - Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação, 2018
Esta pesquisa-intervenção propôs-se a analisar um caminho didático-pedagógico que articulasse o trato do conteúdo futebol com uma postura coeducativa. A fundamentação teórica pautou-se pela pedagogia histórico-crítica (SAVIANI, 2005), pelos estudos de Gasparin (2003) sobre os aspectos didáticos desta pedagogia, e por Castellani Filho et al. (2009) que, por meio da proposta crítico-superadora trouxeram, para a Educação Física, a concepção de ensino proposta por Saviani. Para tanto, foi observado um programa de aulas de futebol em um sexto ano do ensino fundamental de uma escola pública de Cocal do Sul – SC. Para registro das aulas utilizou-se gravação em vídeo e em áudio, complementadas por anotações em um diário de campo. Os resultados demonstraram que as relações de gênero entre adolescentes, durante a prática pedagógica do futebol, são hegemonicamente masculinas, mas após vivenciarem a problematização da experiência coeducativa, novas alternativas de sociabilidade e aprendizagem p...
Texto 1 - Os gêneros na escola
analisar e planejar projetos didáticos para turmas de alfabetização, integrando diferentes componentes curriculares, e atividades voltadas para o desenvolvimento da oralidade, leitura e escrita;
Gênero e equidade na escola do campo
Periferia, 2021
Esta pesquisa-ação realizada na escola do campo abordou como ocorrem as relações de gênero entre os integrantes da escola, considerando que o ambiente escolar reproduz a visão capitalista e patriarcal do mundo exterior, juntos formam obstáculos para a formação educacional igualitária. A educação do campo no Brasil se originou junto aos movimentos sociais do campo e o feminismo junto ao sufrágio e às greves das mulheres. Estas lutas tiveram a contestação e a autonomia dos sujeitos como principal fundamento. O gênero e a escola do campo possuem desafios semelhantes ao se oporem a lógica do capital. A fundamentação teórica apoiou-se nos estudos de gênero, do feminismo, dos movimentos campesinos, da escola do campo e legislações vigentes sobre cada tema. O protagonismo dos participantes foi respeitado, de maneira democrática, propondo a abertura do espaço de fala dos sujeitos que a compõem, iniciando uma caminhada para a equidade.
2015
Antes do ano de 1941, pouco se sabe sobre a prática esportiva – sobretudo a prática futebolística – das mulheres. As praticantes, quando as partidas eram noticiadas nos cadernos esportivos dos jornais da época, eram descritas como senhoritas intrépidas, ousadas e desafiadoras. As partidas eram narradas com um misto de chiste e ironia, e o futebol feminino era percebido como um espaço de humor e ridicularização do corpo das jogadoras, sendo, portanto, essencialmente praticado por mulheres consideradas transgressoras (FRANZINI, 2006; 2005). O Decreto-Lei no 3.199, que ficou vigente entre os anos de 1941 e 1979, foi um dos grandes responsáveis pelo afastamento e silenciamento de mulheres brasileiras em diversas modalidades esportivas.1 Durante o período, sob imposição do Conselho Nacional de Desportos (CND), institui-se quais eram as “práticas incompatíveis com as condições da natureza feminina”, dentre elas: as lutas, os saltos, o atletismo, o ciclismo, o rugby e, obviamente, o futebo...
“Bruna fechou o gol hoje”: o futebol como tecnologia sexopolítica na Educação Física escolar
Revista Periferia, 2022
O objetivo deste artigo é discutir as percepções de estudantes sobre o futebol como conteúdo da Educação Física escolar. Tomamos como base as noções de Biopolítica de Michel Foucault, Sexopolítica de Paul Preciado e a dialética inclusão/exclusão, como referências teóricas centrais, e operacionalizamos uma pesquisa-ação em uma escola pública do Rio de Janeiro, no segundo semestre de 2019, como parte do projeto de extensão Educação Física escolar na perspectiva inclusiva. A partir de propostas pedagógicas reflexivas e inclusivas, que se voltam ao reconhecimento das diferenças nas aulas, emergiu a resistência do futebol ser vivenciado de forma igualitária por meninos e meninas, entretanto reconhecemos que tal questão pode ser tensionada e desestabilizada com ações inclusivas nos espaços de aula.